Atuação de policiais em grupos de extermínio é investigada
Crime em Campo Grande, Zona Norte do Recife, motivou a investigação de duas quadrilhas
Uma execução ligada a disputa de dois grupos de extermínio que tentam dominar algumas áreas da Zona Norte do Recife. Foi assim que o delegado Alfredo Jorge definiu o crime que resultou na morte do ex-presidiário conhecido como Lúcio da Bomba, no dia 9 de março, no bairro de Campo Grande.
O crime motivou a investigação de duas quadrilhas criminosos rivais. Segundo o delegado, uma delas é comandada pelo ex-PM Marcos Antônio Souza, o Galo, e também conta com a participação de Cláudio da Silva Melo, que já integrou a Polícia Militar.
"O que sabemos é que Lúcio da Bomba era parceiro do Marcos Galo, só que depois houve uma divisão e eles passaram a ser rivais. Por conta disso, alguns homicídios estão acontecendo naquela área", afirmou Jorge.
Ainda conforme o delegado, a investigação está em fase inicial, mas os dois grupos já estão bem delineados. "A gente pode dizer que tem envolvimento de policiais, seja militar ou civil. Os grupos também atuam na área do tráfico de drogas e assaltos a banco", concluiu.
Buscas
Cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime em Campo Grande estão sendo procuradas. Segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, os integrantes do grupo de extermínio só têm duas saídas: ou se entregam ou serão presos. "Esta quadrilha já está identificada, as condutas foram individualizadas desde o primeiro instantes", afirmou.