Programação em Belém marca luta contra o trabalho infantil
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), Universidade da Amazônia (Unama) e instituições parceiras fazem alerta em dia de combate à exploração de crianças e adolescentes
Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), com a participação de 14 instituições e ONGs, levou centenas de crianças, adolescentes e adultos à Praça Brasil, em Belém, no dia 12 de junho, onde ocorreram ações dos projetos desenvolvidos pela Comissão de Combate ao Trabalho Infantil. São atividades como cineclube para crianças, apresentações de escolas parceiras e serviços de emissão de documentos e consultas jurídicas.
Para a desembargadora Zuíla Dutra, gestora regional da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, a ação é de extrema importância para extinção do trabalho infantil no Estado do Pará, onde ainda há registro de mais de 168 mil crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, em condições de trabalho infantil. “Essa ação hoje é parte de um programa da Justiça do Trabalho que existe desde 2012. No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, os 24 tribunais regionais de todo o Brasil estão promovendo ações com objetivo de chamar a atenção da sociedade e mostrar que o trabalho infantil existe, é um mal e precisa ser eliminado”, enfatizou a desembargadora.
No evento, estavam presentes diversas instituições e ONGs que também ajudam e lutam pelo fim do trabalho infantil, como é o caso da ONG Sodireitos, que atua na combate a exploração sexual, tráfico de pessoas e situação de refugiados na cidade de Belém. “É de fundamental importância estar divulgando o nosso trabalho aqui hoje”, afirmou a coordenadora da ONG Sodireitos, Andréa Ribeiro.
A Universidade da Amazônia (Unama) também esteve presente na ação. Alunos e professores do curso de Serviço Social distribuíram cartilhas sobre bullying e trabalho infantil. “Desde 2015 nós fazemos essa parceria com o Tribunal para sensibilizar sobre a questão do trabalho infantil. Os alunos se empenham e compram a causa com a gente também. Eles participam na divulgação, realizam as ações no curso e dentro da Unama”, disse a coordenadora do curso de Serviço Social, Fábia Miranda.
Durante o evento, cerca de 100 alunos da Escola de Ensino Fundamental Waldemar Ribeiro, de Belém, formaram um cata-vento humano, o primeiro registrado no Estado do Pará. O catavento é o símbolo mundial do combate ao trabalho infantil. A diretora da escola, Rosemery Castro, explicou que a ação e o conhecimento sobre o que é o trabalho infantil fazem com que os alunos da escola possam sonhar com um futuro melhor. “Nós apresentamos o cata-vento humano, feito por mais de 100 alunos, e ele simboliza a luta pelo trabalho infantil. Nossos alunos assumiram com muita responsabilidade essa tarefa. Toda essa ação possibilita a alunos que vêm de áreas periféricas sonhar com uma sociedade melhor”, explicou a diretora.