Sócios de corretora são acusados de fraudar previdência
São investigados 13 fundos de investimentos e há também a suspeita de envolvimento de servidores de órgãos previdenciários
A Justiça Federal aceitou a denúncia contra dois sócios e dois funcionários da corretora Gradual por fraudes em fundos da previdência que estão sendo investigadas pela Operação Encilhamento. As investigações apontam que 28 institutos de previdência municipais realizaram investimentos em debêntures sem lastro (título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor).
De acordo com o Ministério Público Federal, são investigados 13 fundos de investimentos e há também a suspeita de envolvimento de servidores de alguns dos órgãos previdenciários.
A denúncia acolhida pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, afirma que os acusados participaram da emissão de 3 mil títulos de dívida de empresas, nos quais os papéis foram comprados a partir de aportes realizados pelo Regime de Previdência Privada de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, que aplicou R$ 41,5 milhões no Fundo Tower Bridge e R$ 39,5 milhões no OAK FIRF, administrado pela Gradual que, segundo o MPF, desviou parte do dinheiro.
Os quatro acusados da corretora foram presos em uma operação que ocorreu em abril deste ano envolvendo o MPF, a Polícia Federal e a Receita Federal. No entanto, apenas um dos sócios da Gradual permanece detido após descumprir as restrições impostas no habeas corpus concedido em seu favor.