Starbucks abre loja com equipe que fala língua de sinais

Rebecca Witzofsky, de 20 anos, e seu amigo Nikolas Carapellatti, de 22, esperavam com ansiedade a inauguração do primeiro Starbucks com este tipo de atendimento nos Estados Unidos

qua, 24/10/2018 - 07:07
Jim WATSON Os estudantes Nikolas Carapellatti e Rebecca Witzofsky na abertura de Starbucks com equipe que fala a língua de sinais, em Washington DC, em 23 de outubro de 2018 Jim WATSON

A cadeia de cafeterias Starbucks inaugurou nesta terça-feira (23), em Washington DC, o seu primeiro café nos Estados Unidos cuja equipe, majoritariamente formada por pessoas com diferentes graus de surdez, pode se expressar na língua de sinais.

Diferentemente de outros cafeterias da rede nos Estados Unidos, neste o silêncio impera, apesar da grande quantidade de pessoas, rara em uma manhã de terça-feira. Usando o uniforme da Starbucks, os funcionários falam em ASL, a língua de sinais americana.

Rebecca Witzofsky, de 20 anos, e seu amigo Nikolas Carapellatti, de 22, esperavam com ansiedade a inauguração do primeiro Starbucks com este tipo de atendimento nos Estados Unidos, que segue o modelo de outro aberto em 2016 em Kuala Lumpur, na Malásia.

"Isto oferece às pessoas surdas um local, fora do campus universitário, onde podem socializar e comer", diz Rebecca, estudante da Universidade Gallaudet, uma das poucas no mundo dedicada a quem tem dificuldades de audição ou são surdas.

"Em um Starbucks 'normal', ou tento me fazer compreender falando, ou peço à equipe o que quero pelo meu celular", conta. "Aqui o seu nome aparece em uma tela quando o seu pedido está pronto, você não tem que fazer esforço para entender".

Sentados com suas bebidas, Albert e Peggy Hlibok, um casal de aposentados, aproveitam a ocasião de poder "entrar no mundo dos que escutam".

"É uma oportunidade formidável para todo mundo", afirma a senhora Hlibok com a ajuda de um intérprete. "Isso mostrará às pessoas que não precisam ter medo de se comunicar com pessoas surdas".

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