Diminui risco de novo rompimento de barragem em Brumadinho

Segundo o Corpo de Bombeiros, um novo rompimento poderia afetar até 24 mil pessoas que vivem na região

dom, 27/01/2019 - 16:20
Isac Nóbrega/PR Isac Nóbrega/PR

As buscas por desaparecidos e vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), na sexta-feira, 25, retomaram um pouco depois das 15h deste domingo depois que diminuiu o risco de que uma nova barragem também rompesse. Ainda há 287 pessoas desaparecidas.

O perigo, que vinha sendo aventado desde sábado, promoveu logo cedo a evacuação de moradores de suas casas. Às 5h30 soou uma sirene na cidade, informando que havia risco de rompimento de uma segunda estrutura, a barragem 6, que contém água. Segundo o Corpo de Bombeiros, um novo rompimento poderia afetar até 24 mil pessoas que vivem na região, comprometendo fornecimento de água e energia.

A corporação informou que havia de 3 milhões de m³ a 4 milhões de m³ de água no local, mas após procedimento de drenagem realizado desde sábado, o volume já havia caído para 840 mil m³, mas ainda havia o risco. Um pouco antes de 14h, os bombeiros disseram que cerca de 3 mil pessoas estavam sendo retiradas de suas casas, mas menos de uma hora depois informaram que o risco de rompimento havia diminuído e os moradores podiam voltar. Em nota, a Vale confirmou que a Defesa Civil baixou o nível de criticidade da barragem 6 de 2 para 1.

O Corpo de Bombeiros declarou que ainda trabalha com a possibilidade de encontrar sobreviventes. Há uma forte preocupação com a segurança e entrada de pessoas no perímetro da mina. As polícias Militar e Civil estão mobilizadas para impedir que pessoas entrem na área e prejudiquem o trabalho de busca de vítimas. As estradas foram bloqueadas e há policiais espalhados pela cidade para impedir a passagem.

A polícia também detectou tentativas criminosas de pessoas pedindo doações em dinheiro para ajudar famílias, em mensagens e contas espalhadas pela internet. As doações de mantimentos que a prefeitura de Brumadinho já recebeu até o momento, segundo a Polícia Militar, também são suficientes até o momento e, apenas em novos casos de necessidade, serão oficialmente comunicadas.

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