EUA e Rússia se reúnem para discutir situação na Síria

O general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, reuniu-se em Viena com o general Valery Gerasimov, seu colega russo

seg, 04/03/2019 - 19:49
Delil souleiman (3 mar) Membro das Forças Democráticas da Síria, apoiadas pelos EUA, corre para se proteger durante bombardeios no último reduto do grupo Estado Islâmico em Baghouz, província síria de Deir Ezzor Delil souleiman

Os chefes do estado-maior das Forças Armadas de Estados Unidos e Rússia reuniram-se na Áustria nesta segunda-feira para discutir a situação na Síria, onde uma força militar residual americana será mantida após a derrota territorial do grupo radical Estado Islâmico (EI).

O general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, reuniu-se em Viena com o general Valery Gerasimov, seu colega russo, confirmou o porta-voz de Dunford, coronel Pat Ryder.

"Os dois chefes militares discutiram a prevenção de conflitos entre as operações da coalizão e as russas na , e trocaram pontos de vista sobre a situação das relações militares entre Estados Unidos e Rússia, bem como a atual situação de segurança internacional na Europa e outros temas-chave", disse Ryder, citado em comunicado.

Desde a entrada da Rússia nesse conflito, em 2015, Moscou e Washington fecharam um acordo para delimitar suas zonas de operação contra o EI e evitar qualquer incidente entre suas respectivas tropas.

"Ambos os comandantes reconhecem a importância de se manter uma comunicação regular para evitar erros de cálculo e promover a transparência e prevenção de conflitos nas áreas onde nossos militares estão operando muito próximos", disse Ryder.

A reunião é a primeira desde junho, e acontece em meio a uma tensão intensa entre Washington e Moscou, no momento em que o Pentágono busca um novo enfoque sobre a Rússia como competidor "de grande poderio".

O presidente americano, Donald Trump, decidiu em dezembro retirar suas tropas mobilizadas no nordeste da Síria, onde cooperaram com forças curdas para expulsar o EI, mas concordou, no fim de fevereiro, em manter um contingente de 200 militares naquele país árabe.

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