PE: Com pouca água, Compesa altera distribuição no Agreste
Por conta da pouca água na Barragem de Jucazinho, 240 mil pessoas serão atingidas. Tem cidades que ficarão 22 dias sem água
Segundo informado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), por conta da falta de chuvas na região de influência da Barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, agreste de Pernambuco, será preciso alterar o calendário de abastecimento para a população de 11 cidades da região até o período de inverno. Serão 240 mil pessoas afetadas.
Sendo assim, o novo calendário de abastecimento já está em vigor. Os municípios de Passira, Cumaru e Riacho das Almas passaram a ter um regime de distribuição de oito dias com água e 22 dias sem. Já nas cidades de Surubim, Casinhas, Salgadinho, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Vertente do Lério e Toritama o rodízio de abastecimento agora é de 11 dias com água e 19 dias sem o abastecimento.
O volume do manancial está hoje com 2,78% da sua capacidade, que corresponde a um pouco mais de 9 milhões de metros cúbicos de água - do total de 327 milhões de metros cúbicos. A compesa garante que os seus técnicos estão monitorando o volume da barragem e realizando cálculos para a retirada do volume de água, com o objetivo de não deixar as cidades sem atendimento pela rede de distribuição. “A severa estiagem provocou uma queda acentuada do volume do manancial, que já não tem água suficiente para atender simultaneamente os onze municípios. Por isso, fomos obrigados a ampliar o rodízio”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Bruno Adelino.
A companhia espera que com esse novo calendário garanta o abastecimento de água até o período de chuvas na região Agreste, que ocorre entre os meses de abril e julho. A Barragem de Jucazinho é o maior reservatório de abastecimento humano do interior do Estado e responsável pelo atendimento de 240 mil pessoas nessas 11 cidades.
"Nos últimos oito anos, Jucazinho entrou em colapso uma vez - em setembro de 2016 - e vem apresentado baixos índices de acumulação, tendo em vista que as chuvas registradas na região não foram suficientes para recuperar o manancial", acentua a Compesa.
Bruno Adelino reforça que “o maior índice de acumulação alcançado pela Barragem de Jucazinho, nesse período de seca prolongada, foi de 8% da sua capacidade total, chegando a reservar 16,3 milhões de metros cúbicos de água."