China fala de "terrorismo" em manifestações em Hong Kong

Os manifestantes exigem a renúncia de Carrie Lam, a chefe de Governo local, próxima a Pequim, e que o sucessor seja escolhido por sufrágio universal direto, e não designado pela China, como acontece atualmente

seg, 12/08/2019 - 10:24
Manan VATSYAYANA Hong Kong: manifestantes reclamam da repressão policial durante protestos Manan VATSYAYANA

O governo chinês afirmou nesta segunda-feira (12) que há "sinais incipientes de terrorismo" nas manifestações violentas a favor da democracia em Hong Kong.

"Os manifestantes radicais de Hong Kong recorreram em diversas ocasiões a objetos extremamente perigosos para atacar os policiais, o que constitui um crime grave e revela sinais incipientes de terrorismo", afirmou em Pequim o porta-voz do Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau, Yang Guang.

Yang, que na semana passada afirmou que "quem brinca com fogo morre queimado", declarou que uma "minoria minúscula" representa um "grave desafio à prosperidade à estabilidade de Hong Kong". Ele denunciou que manifestantes lançaram bombas incendiárias contra a polícia.

Yang fez as declarações após o 10º fim semana consecutivo de manifestações na ex-colônia britânica, onde milhares de pessoas desafiam a polícia nas ruas e muitos enfrentam os agentes com diversos objetos, enquanto as forças de segurança respondem com gás lacrimogêneo.

Os manifestantes exigem a renúncia de Carrie Lam, a chefe de Governo local, próxima a Pequim, e que o sucessor seja escolhido por sufrágio universal direto, e não designado pela China, como acontece atualmente.

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