Itália debate plano que prevê reabertura gradual em 4/5

Projeto pretende liberar a circulação dentro das regiões

qui, 23/04/2020 - 07:24
VINCENZO PINTO / AFP VINCENZO PINTO / AFP

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, se reuniu com representantes do governo para debater um plano de reabertura gradual do país, como parte da segunda fase do combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2), a partir do dia 4 de maio.

No "articulado programa", o governo está estudando autorizar primeiro a abertura de lojas de varejo e, em seguida, bares e restaurantes. A hipótese é que, em 4 de maio, essas atividades incluam serviços de retiradas de produtos, além das entregas em domicilio, como já é permitido.

As datas ainda não foram definidas, mas a possibilidade seria reabrir as lojas a partir de 11 de maio e os restaurantes após o dia 18 do mesmo mês.

Segundo fontes oficiais, o projeto ainda prevê liberar a circulação fora do município e dentro das regiões individuais a partir do próximo dia 4, deixando em vigor o território regional como o limite da mobilidade.

O plano para a fase 2 "sempre reinicia com a máxima cautela, na consciência de que a curva epidemiológica deve sempre ser mantida sob controle e não ser despreparada em caso de um possível aumento", informaram fontes oficiais.

A iniciativa também prevê uma flexibilização das medidas restritivas, mas não uma distorção. "Nesta fase, será essencial fortalecer o protocolo de segurança no local de trabalho já aprovado em março passado e concluir esses requisitos também com referência às atividades de transporte e logística", explicou Conte.

"A revisão das medidas de distanciamento social não significa que ficará 'tudo livre', mas não podemos deixar os cidadãos em casa para sempre", acrescentou o premier italiano.

Conforme relatos, durante a reunião, os representantes do governo discutem a reabertura dos setores de manufatura e construção a partir de 4 de maio, enquanto Conte explica que haverá um "relaxamento das medidas restritivas, mas não de maneira indiscriminada", porque "seria irresponsável".

"É uma flexibilização. As regras não serão ignoradas, mas as recomendações serão adaptadas à nova fase", disse.

A flexibilização de medidas restritivas ao sistema econômico deve envolver no máximo 2,7 milhões de trabalhadores, de acordo com o chefe da força-tarefa, Vittorio Colao, durante a reunião de videoconferência entre o governo e os sindicatos, citado por participantes da reunião. 

Da Ansa

COMENTÁRIOS dos leitores