Dia das Mães: filhas criam estratégia para celebrar a data

Usar a tecnologia ou fazer surpresa na porta de casa são algumas das medidas para amenizar a saudade

por Alfredo Carvalho sex, 08/05/2020 - 16:59
Arquivo Pessoal Benedita Martins (à esq.) e a filha Ester Gomes farão chamada de vídeo no Dia das Mães Arquivo Pessoal

Por causa da pandemia de coronavírus (Covid-19), o Dia das Mães, que acontece neste domingo (10), será diferente. Por conta do isolamento social, muitas famílias não vão poder se reunir em suas casas, mas, mesmo mesmo distantes, mães e filhos não vão permitir que a data passe em branco.

É o caso da profissional de desenvolvimento humano Ester Gomes, 38 anos, do Rio de Janeiro, que resolveu ensinar sua mãe, Benedita Martins, 78 anos, a utilizar ferramentas de webconferência para que possam interagir neste domingo. "Como minha mãe pertence ao grupo de risco, vamos passar separadas fisicamente, mas faremos contato por chamada de vídeo", conta.

Ester comenta que encontrou a mãe apenas uma vez após o inicio da quarentena, pois precisava levar remédios para ela. O contato foi feito a distância, contudo, após o decreto de lockdown, ficou impossível qualquer tipo de contado presencial. "Parece que estamos vivendo em um filme de terror", lamenta. Apesar de tudo, ela não perde a esperança e aguardo pelo momento em que tudo voltará ao normal. "Tenho certeza que vamos comemorar essa data pessoalmente quando a pandemia passar", complementa.

A esteticista Natalia Nascimento e a mãe Odette Nascimento | Foto: arquivo pessoal

Já a esteticista Natalia Nascimento, 35 anos, também do Rio de Janeiro, pretende ir até o portão da casa de sua mãe, Odette Nascimento, 81 anos, para deixar uma flor. "Quando estiver perto, vou ligar para ela de dentro do carro e meu filho vai sair para deixar a flor", explica. Natalia conta que tem sido muito difícil lidar com a saudade da mãe, mas acredita que, nesse momento, a distância é necessária. "O que mais me deixa triste, é lembrar que meu último abraço nela já tem quase dois meses. Ver ela pegando uma flor no portão será triste e não quero que essa seja minha última lembrança dela", complementa.

Outra difícil tarefa de Natalia será explicar para o filho, João Paulo, 7 anos, que, por enquanto, ele não poderá se encontrar com a avó. "Acho que ele ainda não entendeu que não vai vê-la. Na cabeça dele isso é uma brincadeira. Mas no ano que vem, nessa mesma data, vamos comemorar muito", finaliza.

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