Justiça da Coreia do Sul investiga a irmã de Kim Jong Un
Kim Yo Jong é acusada de destruição do escritório de ligação intercoreano
Os promotores de Seul abriram uma investigação sobre Kim Yo Jong, a irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, sobre a destruição do escritório de ligação intercoreano no mês passado, disseram as autoridades nesta quinta-feira (16).
Os promotores do distrito central receberam uma denúncia de um advogado que trabalha em Seul e iniciaram uma investigação, disse um porta-voz à AFP.
No mês passado, Pyongyang destruiu o edifício de escritórios de ligação intercoreana, alguns dias depois de sua irmã e conselheira dizer que era "inútil" e que em breve seria "completamente derrubado".
Antes da demolição, a Coreia do Norte havia criticado os panfletos de propaganda que chegam ao seu país vindos do Sul.
Em sua denúncia, o advogado Lee Kyung-jae afirma que o prédio destruído é propriedade da Coreia do Sul e que foi renovado com dinheiro do governo sul-coreano, apesar de estar no Norte.
Segundo o advogado, Kim Jong Un "usou explosivos para destruir (...) a missão quase-diplomática que serviu ao interesse público" da Coreia do Sul.
Lee também abriu um processo contra Pak Jong Chon, o chefe de Estado Maior do exército norte-coreano.
Na prática, é provavelmente impossível que as autoridades de Seul apliquem qualquer tipo de sanção contra Kim Yo Jong ou Pak Jong Chon, mas o advogado disse que quer "informar o povo norte-coreano da hipocrisia de seus líderes".
As relações entre as duas Coreias continuam tensas desde o fracasso de uma cúpula no ano passado no Vietnã entre Kim Jong e o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o programa nuclear norte-coreano.