Plano nacional de vacinação deve ser anunciado em novembro

Informação foi passada aos gestores de saúde de Pernambuco em coletiva de imprensa na última quarta-feira (14)

por Vitória Silva qui, 15/10/2020 - 09:18
Divulgação/SES-PE Divulgação/SES-PE

Após conferência remota com o Ministério da Saúde na última quarta-feira (14), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou que o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 deverá ser anunciado em novembro pelo Governo Federal, com análise dos grupos prioritários que receberão a vacina conforme disponibilidade. A informação foi cedida aos pernambucanos através de coletiva de imprensa remota com André Longo e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.

O Estado trabalhará com o controle e rastreio das imunizações aplicadas. Diferentemente da iniciativa nacional, que aposta principalmente na coalizão da “Covax”, Pernambuco optou por apostar nas iniciativas de Oxford e do Instituto Butantan em parceria com a China.

A Fiocruz e o Instituto Butantan, principais entidades brasileiras à frente das parcerias científicas para desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, informaram que a expectativa é que sejam fornecidas doses da vacina a partir de dezembro. 

"O que nos foi colocado durante a reunião é que o Ministério trabalha, atualmente, com os planos da Fiocruz e do Butantan, as duas iniciativas consideradas mais promissoras. A expectativa é que o Butantan já forneça cerca de 46 milhões de doses da vacina ainda em dezembro. Já a perspectiva da Fiocruz é fornecer cerca de 100 milhões de doses ao longo do primeiro semestre de 2021. Vale ressaltar que todos os estudos passarão, ainda, pelo processo de registro e segurança necessários na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). São notícias promissoras que acompanharemos, através do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), ao longo das próximas semanas", pontuou André Longo.

O secretário estadual de Saúde também comentou a estimativa de uma reprodução nacional das vacinas. “Há uma perspectiva de já ter disponibilidade da vacina, no caso da Fiocruz, algo em torno de 15 milhões de doses da vacina a cada mês, no primeiro semestre de 2021. Estamos falando de 100 milhões de doses nesse período. Há um processo de transferência da tecnologia de Oxford, a Astrazeneca, para a Fiocruz. Isso deve permitir que o princípio ativo seja nacionalizado no decorrer do primeiro semestre do ano.”, explicou o gestor.

Além disso, também há a expectativa da Fiocruz encerrar os estudos da fase três e já seguir para o trabalho de aprovação da vacina com a Anvisa. 

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