Recife registra a 2ª maior inflação do Brasil, revela IBGE

O IPCA-15 indica que a Região Metropolitana Recife teve elevação nos preços mais alta que a média nacional. Só o setor de alimentos e bebidas registrou aumento de 2,36%

por Victor Gouveia sex, 23/10/2020 - 11:56
Tânia Rêgo/Agência Brasil O consumidor reclama do impacto no preço da feira Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em outubro, a Região Metropolitana Recife (RMR) atingiu o maior percentual do ano e dobrou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), com a prévia da inflação em 1,12%. De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (23), a região registrou a segunda maior inflação no acumulado do ano, com 3,70%.

Das 11 localidades pesquisadas, a RMR apresenta a terceira maior projeção, atrás apenas de Fortaleza (1,35%) e Belém (1,33%). O estudo recolheu os preços entre os dias 12 de setembro e 13 de outubro e apontou que o setor de alimentos e bebidas sofreu o maior aumento, com o acréscimo de 2,36%. Artigos para a casa (2,17%) dão continuidade à lista, seguida por transportes (1,69%), vestuário (1,10%), habitação (0,36%), saúde (0,29%), despesas pessoais (0,25%) e educação (0,06%), aponta a pesquisa. Apenas o setor de comunicação permaneceu estável.

Já entre os produtos, as passagens aéreas foram responsáveis pela maior variação, com a taxa de 47,67%. O arroz aparece em segundo lugar com 21,16%, seguido por óleo de soja (18,10%), carne de porco (10,64%) e a batata-inglesa (10,03%). O IBGE ainda destaca os impactos na gasolina (1,96%) e no gás de cozinha (3,86%).

Em contrapartida, o abacaxi foi o produto com maior queda no preço (9,6%). Ônibus interestaduais (6,88%), melancia (5,4%), carne-seca e de sol (1,95), energia elétrica residencial (0,47%) e carro novo (0,33%) complementam os principais itens com redução.

No Brasil, o IPCA-15 teve alta de 0,94% neste mês, o que representa o maior resultado para um mês de outubro desde 1995, quando foi registrado 1,34%. No ano, a alta soma 2,31%. O cálculo atende às famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos e abrange as metrópoles do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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