Desembargadoras são presas por venda de sentenças
A Polícia Federal cumpre 36 mandados de busca e apreensão em quatro cidades da Bahia e no distrito Federal
Na manhã desta segunda-feira (14), duas desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foram presas temporariamente pela Polícia Federal (PF). Em cumprimento da Operação Faroeste, as autoridades expediram 36 mandados de busca e apreensão para desarticular um esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores baianos.
Os mandados determinados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, são cumpridos nas cidades de Salvador, Barreiras, Catu, Uibaí e em Brasília, no Distrito Federal. O grupo é suspeito de corrupção passiva e ativa, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência. A PF ainda investiga a participação de representantes de outros poderes, que seriam responsáveis por 'proteger' o esquema.
Além das desembargadoras, o operador de um juiz também teve a prisão preventiva decretada. Todos os servidores envolvidos nas etapas da força-tarefa foram afastados das atividades.
O trabalho da PF iniciou em novembro do ano passado, com a prisão de quatro advogados e o afastamento de seis magistrados. Na quinta fase, em março deste ano, três mandados de prisão temporária foram cumpridos, junto com oito de busca e apreensão.