Pompeo acusa Rússia de 'semear o caos' no Mediterrâneo

Em um comunicado, o secretário de Estado respondeu ao seu homólogo russo, Serguei Lavrov, 'que acusou os Estados Unidos de fazer jogos políticos' na região

ter, 15/12/2020 - 13:00
NICHOLAS KAMM O secretário de Estado americano, Mike Pompeo NICHOLAS KAMM

O chefe da diplomacia americana Mike Pompeo acusou nesta terça-feira (15) a Rússia de "ameaçar a estabilidade do Mediterrâneo" e de "semear o caos" nos países da região.

Em um comunicado, o secretário de Estado respondeu ao seu homólogo russo, Serguei Lavrov, "que acusou os Estados Unidos de fazer jogos políticos" na região. "O senhor Lavrov está claramente equivocado e tenta reescrever a história", disse.

"Na verdade, Estados Unidos trabalha de forma produtiva com os sócios regionais e apoia os processos políticos da ONU na Líbia", afirmou Pompeo em sua conta oficial no Twitter.

"Rússia, por sua vez, mina a política interna dos países do Mediterrâneo, apoia o ditador brutal da Síria [Bashar Al-Assad, ndlr] e alimenta o conflito na Líbia por meio de grupos aliados", acrescentou.

E ampliou no comunicado: "A Rússia continua ameaçando a estabilidade do Mediterrâneo usando várias técnicas para propagar desinformação, prejudicar a soberania nacional e semear o caos, os conflitos e a divisão nos países da região", acrescentou.

Pompeo denunciou o comportamento de Moscou na Líbia, Grécia e Síria, no mesmo dia em que o presidente russo Vladimir Putin parabenizou o democrata Joe Biden por sua vitória contra Donald Trump nas eleições de novembro.

O magnata republicano nunca conseguiu cumprir de fato sua promessa de melhorar as relações com Moscou ao tropeçar desde o início nas acusações da suposta interferência russa em sua vitória de 2016 e com a hostilidade da classe política dos Estados Unidos contra o Kremlin.

Vladimir Putin aguardou mais de um mês para felicitar Joe Biden por sua vitória eleitoral.

"Por mim, estou pronto para uma colaboração e para estabelecer contatos com você", disse Putin nesta terça-feira em um telegrama, de acordo com o Kremlin.

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