Negociações para libertação de presos no Iêmen fracassam
"Estou decepcionado que esta rodada de negociações não tenha rendido os mesmos resultados que vimos em setembro na Suíça, com a histórica libertação de 1.056 detidos", lamentou o enviado especial da ONU para o Iêmen
As negociações para uma nova troca de prisioneiros entre as partes do conflito no Iêmen, realizadas em Amã, na Jordânia, terminaram em um fracasso, disse a ONU em um comunicado neste domingo (21).
"Estou decepcionado que esta rodada de negociações não tenha rendido os mesmos resultados que vimos em setembro na Suíça, com a histórica libertação de 1.056 detidos", lamentou o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, citado na nota.
"Exorto as partes a continuarem suas discussões e consultas (...) para libertar mais prisioneiros em breve", acrescentou.
No conflito no Iêmen, se enfrentam os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado desde 2015 por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.
Em 2018, os dois lados chegaram a um acordo, patrocinado pela ONU, para a troca de 15 mil prisioneiros. Assim, centenas puderam retornar para suas casas em outubro.
No entanto, a quinta reunião do comitê de monitoramento do acordo sobre a troca de prisioneiros, co-presidido pela ONU e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que havia começado em 24 de janeiro em Amã, não obteve qualquer progresso.
Mesmo assim, os envolvidos "se comprometeram a continuar negociando os parâmetros de uma futura operação em grande escala", enfatizou a ONU.
O conflito no Iêmen já matou dezenas de milhares de pessoas e deixou 3,3 milhões de desabrigados. Além disso, 24,1 milhões de habitantes, mais de dois terços da população, precisam de assistência humanitária, segundo as ONU.