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O brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que havia sido sequestrado no Equador, foi libertado com vida pelos criminosos, relataram nesta quarta-feira, dia 10, familiares dele. Thiago Allan foi uma das vítimas da onda de ataques promovidos por facções de narcotraficantes que aterrorizaram o país. O governo equatoriano teve de declarar estado de exceção, reconhecer um conflito armado interno e empregar as Forças Armadas.

O brasileiro passou mais de 24 horas em cárcere privado. Thiago Allan havia sido capturado na manhã desta terça-feira, dia 9, por sequestradores em Guayaquil, onde vive há cerca de três anos. Ele tem um restaurante de churrasco brasileiro, a La Brasa.

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Thiago Allan foi encontrado por policiais e já voltou para casa. Ainda não há detalhes de como foi a operação de resgate. Os criminosos chegaram a exigir US$ 8 mil dólares, inicialmente. A Embaixada do Brasil em Quito já foi informada do resgate.

Um dos filhos dele, Gustavo, os sequestradores exigiram por fim um resgate de US$ 3 mil, e a família chegou a pagar com recursos próprios mais de US$ 1 mil. Sem dinheiro, o jovem recorreu às redes sociais para pedir contribuições e soltar o pai dos algozes.

Os filhos de Thiago publicaram uma mensagem no perfil do pai no Instagram: "Muito obrigado pela ajuda, de coração. Já encontraram meu pai. Estamos todos seguros, graças a Deus".

Na noite desta quarta-feira Eric Lorran Vieira, irmão de Thiago, gravou um vídeo para relatar que ele havia sido solto e estava bem. Eles conversaram por meio de uma videochamada: "Conseguimos, meu irmão está bem. Acabei de falar com ele".

Segundo Eric Lorran, representantes do governo brasileiro já foram informados sobre a libertação de Thiago Allan. A família em São Paulo fez contato com ele por meio da polícia equatoriana. "Quero agradecer a todos que compartilharam, mandaram mensagens e ajudaram financeiramente. A gente saiu do maior sufoco. Conseguimos salvar uma vida. Isso é divino", disse Eric.

Após um primeiro dia bem-sucedido no cessar-fogo e troca de prisioneiros entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na sexta-feira, o atraso na libertação do segundo grupo ontem expôs a fragilidade da trégua alcançada entre eles na guerra que já dura mais de sete semanas. Ontem, depois de sete horas de atraso, o Hamas entregou o segundo grupo de reféns composto por 13 israelenses - 8 crianças e 5 mulheres - e 4 tailandeses. Em troca, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos, conforme o negociado.

No início do dia, o atraso na libertação levantou temores de que a trégua pudesse entrar em colapso total. O Hamas disse inicialmente que iria adiar o acordo, culpando Israel por não ter cumprido partes importantes da negociação envolvendo entrega de ajuda humanitária. Os militares israelenses negaram veementemente a acusação e ameaçaram retomar os bombardeios se os reféns não fossem soltos. Os termos do acordo entre os dois não foram detalhados, o que dificulta a verificação das afirmações do grupo terrorista.

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Já à noite, o Catar, que ajudou a mediar o acordo ao lado do Egito, informou que os lados tinham conseguido superar obstáculos não especificados que dificultavam sua implementação. O presidente americano, Joe Biden, chegou a conversar diretamente com o emir e com o primeiro-ministro do Catar sobre possíveis atrasos e mecanismos para resolvê-los, disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Assim como no primeiro dia, o novo grupo de reféns foi entregue à organização humanitária Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza, que o levou em seus veículos para o Egito. De lá, os recém-libertados foram levados para Israel e encaminhados para hospitais. Pelo combinado, deverá haver nova troca de prisioneiros hoje e amanhã.

Ao longo do dia tenso, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, reuniu-se com os altos responsáveis pela segurança do país. O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, disse que os esforços para libertar os reféns avançavam, mas "nada era definitivo até que realmente acontecesse".

50 DIAS

A breve trégua - que entrou em vigor na manhã de sexta-feira - já é a pausa mais longa em um conflito de 50 dias que começou em 7 de outubro, quando um ataque do Hamas ao sul de Israel matou 1,2 mil pessoas - outras 240 foram sequestradas.

Como parte do acordo, o Hamas concordou em libertar durante quatro dias pelo menos 50 mulheres e crianças israelenses mantidas reféns em Gaza, enquanto Israel libertaria 150 mulheres e menores palestinos nas suas prisões, disseram autoridades de ambos os lados. Na sexta-feira, o Hamas libertou 13 reféns israelenses, enquanto Israel soltou 39 prisioneiros palestinos. Dez cidadãos tailandeses e um filipino - que trabalhavam nas fazendas do sul de Israel quando foram sequestrados - também foram soltos pelo grupo terrorista.

Ao anunciar o atraso de ontem, autoridades do Hamas acusaram Israel de não permitir que caminhões com ajuda suficiente chegassem ao norte de Gaza, onde estão concentrados os combates. Afirmaram ainda que Israel e não libertou prisioneiros palestinos segundo os termos do acordo.

Israel negou qualquer violação e deu a entender que o cessar-fogo de quatro dias terminaria mais cedo se o Hamas não libertasse o segundo grupo de reféns ainda ontem.

Apesar de não detalhado, o acordo entre ambos envolve também a entrega de mais ajuda a Gaza, onde a guerra causou grave escassez de combustível e alimentos para a população do enclave.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) informou no fim do dia, ontem, ter recebido 187 caminhões do Crescente Vermelho egípcio, que foram despachados para a Cidade de Gaza e para o norte do território, no maior comboio de ajuda já recebido na região desde 7 de outubro.

RETORNO

Os primeiros 13 reféns israelenses libertados na sexta-feira começaram a reunir-se com as suas famílias, pondo fim a quase sete semanas de incerteza e medo sobre o seu destino em Gaza.

Ontem, em um vídeo divulgado pelo hospital infantil Schneider, Yoni Asher pode ser visto abraçando sua mulher, Doron, e suas duas filhas em uma cama de hospital. As três foram soltas na sexta-feira.

"Você estava com saudades de mim? Você pensou no papai?", perguntou Asher a suas filhas - Raz, de 4 anos, e Aviv, de 2. "O tempo todo", respondeu Doron. "Sonhei que íamos para casa", disse Raz. "Iremos para nossa casa em breve", respondeu o pai.

Em outro vídeo divulgado pelo hospital, Ohad Munder Zichri, de 9 anos, corre pelo corredor do hospital e cai nos braços do pai. Sua família também compartilhou imagens de Ohad - sequestrado junto com sua mãe, Keren, e com a avó Ruti - brincando no hospital.

O professor Gilat Livni, que supervisiona o tratamento das crianças reféns tratadas no Schneider, disse que as quatro crianças israelenses que retornaram na sexta-feira estavam "em geral, em boas condições", apesar do que passaram.

Para muitas famílias - mesmo para aquelas cujos parentes foram libertados -, a alegria se misturou com a tristeza pelos mais de 200 reféns que se acredita permanecem ainda em Gaza. Algumas famílias foram divididas, com mulheres e crianças libertadas, enquanto parentes do sexo masculino ficaram para trás - incluindo o avô de Ohad, Avraham.

"Estamos felizes, mas não estamos comemorando. Ainda há outros reféns em cativeiro", disse Roy Zichri, irmão de Ohad, em um comunicado. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vários reféns que haviam sido sequestrados em solo israelense por milicianos do Hamas e depois levados à Faixa de Gaza foram liberados nesta sexta-feira (24), após o acordo negociado com a mediação do Catar e poucas horas depois da entrada em vigor de uma trégua entre Israel e o movimento islamista palestino.

"Os 13 reféns israelenses estão agora com os serviços de segurança israelenses", disse à AFP uma fonte de segurança israelense, depois que duas fontes próximas ao Hamas indicaram que os presos foram entregues na Faixa de Gaza ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Por sua vez, a Tailândia anunciou que o Hamas liberou 12 de seus cidadãos reféns, que se somam aos israelenses liberados, em um "gesto" consentido pelo movimento islamista.

A trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor na manhã desta sexta-feira e inicialmente havia sido anunciada a liberação de 13 reféns, no que significa o primeiro sinal de distensão após semanas de guerra.

O Catar, principal mediador do conflito ao lado dos EUA e Egito, conseguiu na quarta-feira um acordo para uma trégua - que pode ser prolongada - de quatro dias, acompanhada de uma troca de 50 reféns mantidos em Gaza por 150 presos palestinos detidos em Israel.

A entrada em vigor do pacto estava prevista inicialmente para quinta-feira, mas foi adiada para sexta-feira às 07h locais (05h GMT, 02h no horário de Brasília), anunciou o Catar.

Ao amanhecer milhares de pessoas que fugiram das regiões próximas à fronteira com o Egito se preparavam para voltar para suas casas, reunindo seus pertences em bolsas de plástico e caixas de papelão.

Entre eles, Omar Jibrin, um jovem de 16 anos, que minutos depois do início da trégua saiu de um hospital do sul do território onde havia se refugiado com oito parentes.

"Vou para casa", disse à AFP.

No céu, aviões israelenses haviam cessado os bombardeios, mas lançaram panfletos de advertência: "A guerra não acabou (…) Retornar ao norte é proibido e é muito perigoso".

No sul de Israel, quinze minutos após o início da trégua, as sirenes de alerta antiaéreo foram ativadas em várias localidades próximas à fronteira com Gaza, disse o Exército sem dar mais detalhes.

- "Incrivelmente difícil" -

O Hamas anunciou "uma paralisação total das atividades militares" por quatro dias, durante a qual 50 reféns serão liberados. Para cada um deles, "três presos palestinos" serão soltos, indicou.

Na manhã desta sexta, uma fonte de segurança egípcia disse à AFP que uma delegação de segurança de seu país estará em Jerusalém e Ramallah para garantir o "respeito à lista" de presos palestinos liberados.

Uma fonte dentro do Hamas disse à AFP que a entrega destes reféns será feita "secretamente, longe da imprensa".

Maayan Zin soube na quinta-feira que suas duas filhas não faziam parte dos reféns que seriam liberados nesta sexta.

"É incrivelmente difícil para mim", disse na rede social X, antigo Twitter, apesar de ter se mostrado "aliviada pelas outras famílias".

Israel divulgou uma lista de 300 palestinos (33 mulheres e 267 menores de 19 anos) que podem ser soltos. Entre eles, há 49 membros do Hamas.

- Voltar à guerra? -

A comunidade internacional celebrou o acordo e confia no que seja um primeiro passo para um cessar-fogo duradouro.

Mas o governo e o Exército israelense disseram que "continuariam" os combates para "eliminar" o Hamas uma vez que termine a trégua.

"Não paramos a guerra. Continuaremos até a vitória", afirmou o chefe do Estado Maior de Israel, o general Herzi Halevi.

"Tomar o controle do norte da Faixa de Gaza é a primeira etapa de uma longa guerra e nos preparamos para as fases seguintes", disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari.

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, declarou que a trégua "não pode ser apenas uma pausa" e pediu para usar esse respiro para impedir a retomada dos combates em Gaza.

A guerra estourou com o ataque dos milicianos do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, de uma magnitude e violência inéditas desde a criação do Estado israelense.

Segundo as autoridades do país, 1.200 pessoas, em sua maioria civis, foram assassinadas e cerca de 240 foram tomadas como reféns e levadas à Faixa de Gaza.

Israel lançou uma ofensiva contra Gaza, com bombardeios constantes e uma operação terrestre desde 27 de outubro, que causaram a morte de 14.854 pessoas, entre elas 6.150 crianças, segundo o governo controlado pelo Hamas.

- Bombardeios antes da trégua -

As hostilidades persistiram até o último momento. Duas horas antes do início da trégua, um responsável do governo do Hamas disse à AFP que soldados israelenses "realizaram uma invasão ao Hospital Indonésio" em Gaza, onde há cerca de 200 pacientes.

Os bombardeios devastaram o território palestinos e deslocaram 1,7 dos seus 2,4 milhões de habitantes, segundo a ONU, que denuncia uma grave crise humanitária.

A população encontra-se submetida desde 9 de outubro a um "cerco total" por parte de Israel, que cortou os fornecimentos de comida, água, eletricidade e medicamentos.

A trégua deve permitir a entrada de "um maior número de comboios humanitários e de ajuda, incluindo combustível", segundo o Catar.

Mas um grupo de ONGs internacionais asseguraram que será "insuficiente" para levar a ajuda necessária e pediram um verdadeiro cessar-fogo.

A guerra também chega à fronteira norte de Israel, onde, nas últimas semanas, foram registradas trocas de tiros quase que diárias entre o Exército israelense e o movimento libanês Hezbollah, aliado do Hamas.

Parentes e amigos de Santiago Sánchez, o espanhol detido no Irã em meio à recente onda de violência quando caminhava para a Copa do Mundo, se reuniram neste domingo (18) em frente à embaixada de Teerã em Madri para exigir sua libertação imediata.

"Sua família pede que você seja solto logo", dizia uma grande faixa erguida por vários de seus familiares, que junto com dezenas de pessoas realizaram uma manifestação "silenciosa" em frente à delegação diplomática, localizada em uma área residencial no norte da capital espanhola.

Depois de sair da Espanha em janeiro passado com a intenção de chegar ao Catar a pé para a Copa do Mundo, Sánchez foi preso no início de outubro no Irã depois de tirar uma foto no túmulo de Mahsa Amini, a curda iraniana de 22 anos cuja morte gerou protestos que abalaram o Irã por semanas, explicou sua mãe.

"De forma alguma ele pretendia ameaçar a segurança do Estado do Irã", afirmou em manifesto Célia, que disse ter sido recebida na última quinta-feira pelo embaixador iraniano em Madri.

Ela também pôde falar brevemente com seu filho nos dias anteriores, graças aos esforços da embaixada espanhola em Teerã, e saber que ele estava "bem de saúde".

"Pedimos (às autoridades iranianas) que percebam que ele não é um ativista político", disse à AFP José Félix, amigo de Sánchez, de 53 anos, segurando uma faixa que diz "Liberdade para Santiago".

A onda de protestos no Irã desencadeada pela morte de Mahsa Amini em 16 de setembro, após sua prisão em Teerã pela polícia da moral, deixou até agora centenas de pessoas mortas, milhares detidas e dois homens executados em relação com as manifestações.

Vários cidadãos europeus, incluindo outro espanhol, foram detidos em relação aos protestos no Irã. Muitas vezes, suas famílias optam por grande discrição na esperança de facilitar sua libertação.

O ex-presidente e pré-candidato ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou na noite desta sexta-feira (17) que intercedeu junto ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998, pela libertação dos sequestradores do empresário Abílio Diniz. A declaração foi dada em evento do PT em Maceió, durante uma série de visitas do petista ao Nordeste.

Lula admitiu a participação no processo que culminou na extradição dos envolvidos, que eram estrangeiros, enquanto falava sobre sua amizade com o senador Renan Calheiros (MDB), um dos ministros da Justiça nos governos de FHC.

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"Eles iam entrar em greve seca, que é ficar sem comer e sem beber, e aí é morte certa. Aí, eu então fui procurar o ministro da Justiça, Renan Calheiros, que depois de uma longa conversa me disse para falar com o presidente Fernando Henrique Cardoso, porque ele teria toda disposição de mandar soltar o pessoal", disse Lula.

Durante o relato, o petista recordou que à época do crime os sequestradores teriam afirmado que foram obrigados a vestir camisetas com a logomarca do PT, para que o partido fosse relacionado ao caso, fato nunca confirmado.

Lula seguiu a narrativa dizendo que, de fato, foi procurar o tucano: "Eu disse ‘Fernando, você tem a chance de passar para história como um democrata ou como o presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morressem na cadeia, e isso não vai (se) apagar nunca’".

De acordo com Lula, FHC teria garantido que concederia a soltura se o petista convencesse os presos a encerrarem a greve de fome. Logo após, o ex-presidente diz que foi à cadeia onde estavam os detentos e pediu a palavra do grupo de que encerrariam a greve de fome para que fossem soltos. "Hoje não sei onde estão", finalizou.

Em abril de 1998, no último ano do primeiro mandato de FHC, o governo federal deu andamento ao processo de extradição dos sequestradores estrangeiros, mas nunca admitiu relação da decisão tomada com a ameaça de greve de fome.

Lula no Nordeste

A declaração sobre a amizade com Renan Calheiros não foi à toa. Durante o evento, antes do discurso de Lula, o senador subiu ao palco e também falou ao público. Cacique da política emedebista no Estado, ele reforçou o apoio do MDB alagoano à candidatura de Lula ao Planalto. Também aproveitou a ocasião para dar destaque à pré-candidatura do atual governador, Paulo Dantas (MDB), que assumiu mandato tampão após Renan Filho (MDB) deixar o cargo para correr ao Senado Federal.

Lula passou por três Estados durante a turnê. A primeira parada foi na quinta-feira, 16, em Natal, no Rio Grande do Norte, onde dividiu o palco com a pré-candidata à reeleição estadual, Fátima Bezerra (PT). Na ocasião, o vice da chapa encabeçada pelo PT à presidência, Geraldo Alckmin (PSB), foi vaiado por apoiadores petistas.

Além do encontro de Maceió, na noite passada, a excursão de Lula e Alckmin passou neste sábado, 18, por Aracaju. Assim como nos eventos anteriores, a dupla foi recepcionada pelo pré-candidato do partido ao governo estadual. Dessa vez foi o senador Rogério Carvalho (PT) quem fez as honras da casa aos pré-candidatos. A viagem termina em São Cristóvão, na região metropolitana de Sergipe, no final da tarde deste sábado, 18.

Caso Abílio Diniz

O empresário Abílio Diniz foi sequestrado em 11 de dezembro de 1989, em São Paulo, por um grupo de dez integrantes do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR). Dez pessoas foram presas por envolvimento no caso: cinco chilenos, dois canadenses, dois argentinos e um brasileiro. O grupo foi condenado a cumprir penas que variavam entre 26 e 28 anos de prisão.

Os sequestradores alegaram, à época, que a ação tinha fins políticos e que queriam dinheiro para financiar a guerrilha em El Salvador. O grupo de estrangeiros foi extraditado aos países de origem em 1998, e lá deveriam seguir cumprindo pena. Materiais da campanha de Lula à presidência foram, de fato, apresentados à imprensa como de posse dos sequestradores, mas o envolvimento do PT com o crime nunca foi comprovado.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (21) que as tropas do país tomaram com "sucesso" o controle da cidade ucraniana de Mariupol e ordenou o cerco aos últimos combatentes entrincheirados na fábrica de Azovstal, mas sem um ataque.

"O fim do trabalho de libertação de de Mariupol é um sucesso", declarou Putin ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, em um encontro exibido na televisão.

O presidente russo também indicou que prefere cercar os últimos combatentes ucranianos na fábrica de Azovstal, porque um ataque provocaria muitas mortes.

A área tem uma ampla rede de galerias subterrâneas.

"Considero que o ataque proposto na zona industrial não é apropriado. Ordeno o cancelamento", disse Putin.

"Precisamos pensar (...) na vida de nossos soldados e oficiais. Não há necessidade de entrar nestas catacumbas e rastejar no subsolo através das instalações industriais. Bloqueiem toda a área industrial para que nem mesmo uma mosca possa escapar", disse Putin.

Quase 2.000 militares ucranianos permanecem nas instalações industriais, segundo o ministro russo da Defesa.

Putin prometeu salvar a vida dos que se renderem.

"Proponham mais uma vez a todos aqueles que não entregaram as armas que o façam, o lado russo garante a vidas e que serão tratados com dignidade", afirmou.

Uma mulher que era submetida a cárcere privado e obrigada sob ameaças a se prostituir foi resgatada por policiais civis na quinta-feira, 5, depois que um cliente denunciou o caso por telefone a um ex-namorado da vítima, em Minas Gerais, e este relatou à polícia mineira o que acontecia.

Segundo a Polícia Civil carioca, a mulher tinha se mudado de Minas para o Rio em busca de trabalho. Fora atraída por um anúncio de emprego que encontrara nas redes sociais. Acabou prisioneira de uma quadrilha, que a obrigava a se prostituir em "programas" externos e por videochamada.

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Autoridades de Minas encaminharam a denúncia ao Rio. Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) e da 29ª DP (Madureira) localizaram a mulher em Madureira, na zona norte carioca. Na ação policial, uma jovem, de 22 anos, foi presa. Ela é acusada dos crimes de organização criminosa, cárcere privado, favorecimento e casa de prostituição, segundo nota da Polícia Civil.

Cliente telefonou para ex-namorado da vítima e denunciou o caso

A vítima, de acordo com os policiais, era mantida prisioneira e só podia sair para os "programas" presenciais. Em um deles, o cliente percebeu que a mulher estava muito nervosa e tremia. Perguntou o motivo, e ela contou o que se passava. Pediu que ele telefonasse para o ex-namorado e fizesse a denúncia, o que o homem fez.

A suposta vaga era para trabalhar em uma lanchonete, com salário atrativo e moradia. A vítima foi levada para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Lá, foi aprisionada e obrigada a entregar o telefone celular. Um dos criminosos a agrediu e estuprou. Ao sair para os "programas", a mulher era ameaçada, para que não denunciasse o que acontecia.

Policiais da 21ª DP, após investigações, descobriram que a quadrilha havia se mudado para uma casa em Madureira. A mulher tinha sido levada para lá com os olhos vendados. Em conjunto com agentes da 29ª DP, invadiram o local e libertaram a vítima.

A Polícia Civil fluminense diz que já foram identificados três integrantes da quadrilha e o chefe do bando, que estuprou a mulher.

As negociações para uma nova troca de prisioneiros entre as partes do conflito no Iêmen, realizadas em Amã, na Jordânia, terminaram em um fracasso, disse a ONU em um comunicado neste domingo (21).

"Estou decepcionado que esta rodada de negociações não tenha rendido os mesmos resultados que vimos em setembro na Suíça, com a histórica libertação de 1.056 detidos", lamentou o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, citado na nota.

"Exorto as partes a continuarem suas discussões e consultas (...) para libertar mais prisioneiros em breve", acrescentou.

No conflito no Iêmen, se enfrentam os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado desde 2015 por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

Em 2018, os dois lados chegaram a um acordo, patrocinado pela ONU, para a troca de 15 mil prisioneiros. Assim, centenas puderam retornar para suas casas em outubro.

No entanto, a quinta reunião do comitê de monitoramento do acordo sobre a troca de prisioneiros, co-presidido pela ONU e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que havia começado em 24 de janeiro em Amã, não obteve qualquer progresso.

Mesmo assim, os envolvidos "se comprometeram a continuar negociando os parâmetros de uma futura operação em grande escala", enfatizou a ONU.

O conflito no Iêmen já matou dezenas de milhares de pessoas e deixou 3,3 milhões de desabrigados. Além disso, 24,1 milhões de habitantes, mais de dois terços da população, precisam de assistência humanitária, segundo as ONU.

As forças curdas do norte da Síria libertaram, nesta quinta-feira (15), mais de 600 prisioneiros sírios detidos por seus vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico (EI) - anunciou uma autoridade da administração autônoma curda.

Essa soltura em massa se dá no contexto de uma primeira anistia geral decretada há alguns dias pelas autoridades curdas do nordeste sírio. Graças a ela, 631 presos condenados por terrorismo e que cumpriram metade de sua pena seriam libertados nesta quinta.

Dezenas de milhares de detidos suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico, entre eles centenas de estrangeiros de diversas nacionalidades, estão nas prisões das Forças Democráticas Sírias (FDS), vinculadas à administração autônoma curda nesta região do país.

Amina Omar, copresidente do conselho democrático sírio, declarou hoje, em coletiva de imprensa realizada em Al-Qamishli (nordeste), que "todos os que foram libertados são sírios" que colaboraram com o EI, mas "que não cometeram atos criminosos".

Segundo ele, a soltura dos prisioneiros foi alcançada por intermédio "e a pedido dos chefes das tribos árabes", que constituem a maioria da população em várias áreas controladas pelos curdos, especialmente na parte oeste da Síria.

Na frente do presídio de Alaya, nos arredores da cidade de Al-Qamishli, um correspondente da AFP viu dezenas de presos deixarem o local, alguns com sacolas, outros com um ou vários membros amputados, sob uma alta vigilância de segurança.

Eles eram esperados por suas famílias, incluindo mulheres e crianças. Desde a queda do autoproclamado "califado" do EI em março de 2019, após uma última ofensiva das forças curdas apoiadas por uma coalizão liderada por Washington, as autoridades desse território pedem aos países afetados que repatriem os extremistas presos, ou que criem um tribunal internacional para julgá-los. A maioria dos países, principalmente os europeus, mostra-se relutante em repatriar seus cidadãos.

Uma princesa saudita presa sem acusações fez um apelo público incomum ao rei e ao príncipe herdeiro para pedir por sua libertação de uma prisão de segurança máxima, alegando que sua saúde "está se deteriorando".

A princesa Basmah bint Saud, uma empresária de 56 anos, foi detida em março do ano passado, pouco antes de uma viagem à Suíça para receber tratamento médico, de acordo com uma fonte próxima à família.

O pedido público de libertação é o sinal mais recente de problemas dentro da secreta família real, após a detenção no mês passado de um irmão e de um sobrinho do rei Salman, em um aparente tentativa de acabar com a dissidência interna.

"Atualmente estou detida de forma arbitrária na prisão de Al Ha'ir, sem acusações penais, nem de outro tipo", escreveu a princesa em uma carta publicada em sua conta verificada do Twitter.

"Minha saúde está se deteriorando a um ponto que é grave e que pode provocar a minha morte. Não recebi atendimento médico, nem sequer resposta às cartas que enviei da prisão para corte real", completa o texto.

As autoridades sauditas não revelaram os motivos da detenção.

A princesa afirma que foi "jogada na prisão depois de ser sequestrada sem uma explicação ao lado de uma de suas filhas".

Ela pede ao tio, o rei Salman, e ao primo, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, que a libertem porque "não fez nada de errado" e insiste em que seu estado de saúde é "crítico".

A princesa não especifica sua doença, mas a carta foi divulgada no momento em que o reino luta contra a pandemia do novo coronavírus.

O governo decretou toque de recolher as 24 horas do dia em grande parte do país para limitar a propagação do vírus. Até o momento, a Arábia Saudita contabiliza 6.380 infecções e 83 mortes.

Não se sabe como a princesa conseguiu publicar mensagens no Twitter do interior da prisão de segurança máxima de Al-Ha'ir, que fica na região de Riad e é conhecida por abrigar presos políticos.

O pedido público é um ato incomum e corajoso de alguém da extensa família real, composta por milhares de pessoas que geralmente não expressam em público suas queixas.

No mês passado, o príncipe Ahmed bin Abdulaziz al Saud, irmão do rei, e um sobrinho do monarca, o príncipe Mohamed bin Nayef, que antes era príncipe herdeiro, foram detidos.

O governo não fez comentários sobre as detenções, que provocaram o receio de instabilidade governamental.

Uma fonte próxima da corte real rebateu os temores e afirmou que as detenções transmitem uma advertência dentro da família real para que ninguém se oponha ao príncipe herdeiro.

O príncipe Mohamed, herdeiro do trono, lidera uma repressão ferrenha aos dissidentes desde que assumiu o cargo em 2017.

Várias mulheres ativistas, clérigos, blogueiros e jornalistas foram detidos. Analistas destacam a repressão crescente e o autoritarismo no reino.

O presidente americano, Donald Trump, criticou nesta quinta-feira o primeiro-ministro da Suécia e pediu a libertação do rapper americano A$AP Rocky, após um tribunal sueco decidir que o cantor deve ser julgado por agressão.

"Muito decepcionado com o primeiro-ministro Stefan Lofven por ser incapaz de agir. A Suécia decepcionou a Comunidade Afro-Americana", tuitou Trump, que acrescentou: "Deem a A$AP Rocky sua liberdade".

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O rapper de 30 anos, cujo nome real é Rakim Mayers, foi preso em Estocolmo em 3 de julho com outras três pessoas após um show, devido a uma briga ocorrida em 30 de junho nas ruas da capital sueca.

Mayers alega ter agido em autodefesa.

Comemorando 70 anos de carreira em 2019, a cantora Elza Soares vive mais um momento pleno em sua trajetória. Ainda viajando pelo Brasil apresentando os shows de seu último álbum, “Deus é Mulher”, lançado pela gravadora Deck em 2018, Elza já gravou seu próximo trabalho. O disco "Planeta Fome" foi produzido por Rafael Ramos e deve ser lançado dia 13 de setembro, pelo mesmo selo.

 O carro-chefe do novo álbum de Elza Soares é a música "Libertação", composta por Russo Passapusso. A banda liderada por Passapusso, BaianaSystem, foi quem gravou e produziu a faixa, na qual Elza Soares convida a cantora baiana Virginia Rodrigues para participar dos vocais. A canção tem ainda arranjos de Letieres Leite executados pela Orkestra Rumpilezz.

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A música “Libertação” estará disponível nas plataformas digitais a partir de 16 de agosto e o show, o qual marcará o lançamento do álbum "Planeta Fome", está programado para acontecer dia 29 de setembro, com a apresentação de Elza Soares no Rock in Rio 2019.

Uma estudante sequestrada pelo Boko Haram em fevereiro ao lado de outras 100 colegas na Nigéria pediu às autoridades que ajudem a obter sua libertação, informa a imprensa, que cita uma suposta gravação da única refém do grupo de alunas que permanece sob poder dos extremistas.

Leah Sharibu, cristã de 15 anos, está entre as mais de 100 jovens sequestradas no dia 19 de fevereiro em uma pensão de Dapchi, cidade do estado de Yobe, nordeste da Nigéria, em um crime que lembrou o sequestro de 276 estudantes de Chibok em abril de 2014, caso que provocou uma onda de indignação mundial.

Depois de um mês no cativeiro, todas as estudantes de Dapchi foram liberadas, com exceção da única cristã do grupo, Leah Sharibu. No caso das meninas de Chibok, as autoridades presumem que 112 jovens permanecem sob poder do Boko Haram.

Em uma gravação enviada à imprensa local na segunda-feira, a adolescente suplica por sua libertação ao governo do presidente Muhammadu Buhari.

"Eu suplico ao governo e ao presidente que tenham piedade de mim e que me salvem", afirmou a adolescente em hausa, a língua mais falada na região norte da Nigéria.

Esta gravação é a primeira prova de vida da estudante desde o sequestro.

Em alguns trechos, a jovem gagueja, repete palavras, o que sugere que estaria lendo um texto preparado. A gravação foi enviada com uma foto de Leah Sharibu usando um véu islâmico que permite observar seu rosto, sentada em um local não reconhecido.

O governo informou que está verificando a autenticidade da gravação.

"Nossa reação seguirá o resultado da investigação", afirmou o porta-voz da presidência, Garba Shehu. Também indicou que o presidente Buhari obterá sua libertação.

"O presidente Buhari não vai poupar nada para que todas as crianças voltem para casa. Não descansará até que elas sejam liberadas em sua totalidade", disse.

Um relatório da ONU afirma que, apesar do desmentido das autoridades, quantias importantes foram pagas pelo resgate das outras meninas de Dapchi.

Uma notícia que promete impactar o cenário político e social do Brasil. Neste domingo (8), após liminar deferida no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o desembargador Rogério Favreto ordenou que o ex-presidente Lula seja solto da prisão da Polícia Federal em Curitiba.

Nas redes sociais, favoráveis ao petista comemoraram a decisão e sustentam o argumento de que Lula poderá disputar as eleições presidenciais deste ano. Por outro lado, internautas que acreditam na culpa do ex-presidente criticam a decisão do desembargador e torcem para que a ordem não seja cumprida. Também na internet, a senadora Gleisi Hoffmann comemorou muito a possibilidade de libertação e disse que só falta a assinatura do delegado para o pernambucano ganhar a liberdade.

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“Nós tivemos uma decisão que manda soltar o presidente Lula. Traz um fato novo ao processo para que o presidente Lula pudesse participar dos debates, das discussões políticas, dar entrevista, enfim, exercer o seu direito de candidato que está na constituição”, disse a senadora, em vídeo postado neste domingo na sua conta oficial no Facebook.

“Estamos aguardando agora a assinatura do delegado para que Lula saia da prisão. Isso é uma vitória da democracia, do estado democrático de direito”, declarou Gleisi Hoffmann. Confira o vídeo:

 

Lula foi condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros crimes. No entanto, o petista alega inocência e diz que a Justiça não tem provas concretas para incriminá-lo. O pernambucano quer disputar as eleições presidenciais deste ano; em muitas pesquisas, Lula aparece na primeira colocação entre os eleitores. 

O soldado Fernando Paiva Moraes Júnior, que disse ter sido coagido a delatar, e outros 11 denunciados no âmbito de investigação que mira contrabando e descaminho em terminais portuários de São Luís, tiveram suas prisões preventivas revogadas pelo juiz Luiz Régis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal do Maranhão.

O depoimento em que contou à Justiça ter sido ameaçado pelo secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela (PC do B), veio à tona em meio à crise que se instaurou na pasta após a divulgação de ofícios internos da Polícia Militar com orientações pela espionagem de opositores políticos.

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Ao mandar soltar os investigados, o juiz destaca que, durante o processo, diversas "situações tormentosas" se verificaram em meio ao processo. Entre elas, a "notícia de eventuais ameaças sofridas por custodiado com a conseguinte e premente transferência de estabelecimento prisional", o "tumultuado procedimento de colaboração premiada com insegura retratação do pretenso colaborador", a "menção titubeante por custodiado pretenso colaborador à suposta coação processual eventualmente realizada por Secretário de Segurança Pública" e o vazamento de seu depoimento.

"O desleixo das autoridades administrativas encarregadas de promover e fiscalizar as prisões preventivas no presente caso transmite inequívoca preocupação, apesar da diligência ministerial em indicar local adequado de custódia", anotou.

"Diante deste quadro fático, as prisões preventivas não mais persistem convenientes à instrução criminal e/ou investigativa. Ao revés, aparentam dificultar a perquirição do real alcance delitivo na operacionalização da entrada de mercadorias ilícitas na ilha de São Luís/MA, em especial quanto a completa autoria dos fatos narrados em denúncia", conclui.

A Fernando Paiva Moraes Júnior, foram estipuladas as seguintes condições: fiança de R$ 15 mil, uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar no período noturno e, nos finais de semanas, comparecimento mensal diante do juízo, proibição de manter contato com os demais denunciados e proibição do acesso ao local onde foi flagrado com as mercadorias apreendidas.

O soldado disse que foi tirado de sua cela à noite, levado para o Ministério Público Federal, onde se encontrou, sem seus advogados, com o secretário de Segurança Pública do Estado, Jefferson Portela.

"Quando eu cheguei lá, o secretário de segurança pública Jefferson Portela começou a dizer que eu devia colaborar com ele, porque eu era o mais novo que tinha sido preso, que estaria correndo grande risco de perder minha farda e todos os meliantes que eu já prendi poderiam tomar ciência disso e depois atentar contra minha vida".

Jefferson ainda diz que o chefe da pasta tentou o induzir a "falar nomes de pessoas". "Queria formar um circo, um teatro, para que pudesse inserir as pessoas que estivessem sendo investigadas e algumas que não estivessem para que fossem envolvidas na situação do contrabando."

"Ele queria o tempo todo que eu dissesse que o delegado Tiago Bardal estivesse dentro do sítio. Ele queria o tempo todo que eu dissesse que o delegado Raimundo Cutrim, que é o atual deputado, tivesse dentro do sítio também. Ele queria que eu falasse. Por ele, eu poderia contar a história mais mirabolante que fosse, mas envolvendo eles, entendeu? O delegado Ney Anderson, que eu não conheço. Eu não conheço o deputado Raimundo Cutrim. Também não conheço o delegado Bardal", relatou.

Após o vazamento de vídeo da audiência do soldado, o Ministério Público Federal do Maranhão convocou a imprensa para pronunciamento sobre o caso. Segundo o procurador Juraci Guimarães Júnior, Paiva "esteve na presença de um defensor público para assisti-lo e aí chegar a um acordo para saber o que ele tem ou não de direito". "O defensor passou de uma e meia da tarde até 10 e meia da noite".

"O Ministério Público Federal está muito tranquilo da legalidade que ele fez, das inverdades que foram faladas por ele e pelo advogado, que nós hoje temos a ciência que tem como finalidade tirar o foco do processo. E o processo é contrabando, organização criminosa, descaminho, porte ilegal de arma, corrupção. E já está denunciado, já encaminhado à Justiça faz três semanas, quase um mês. Esse é nosso foco."

Quando o relato do policial foi divulgado, a Secretaria de Segurança Pública reagiu enfaticamente. "A acusação é mais um crime praticado pelo soldado, preso em flagrante por contrabando e já denunciado pelo Ministério Público Federal por participação de organização criminosa."

"Diferentemente do que diz o soldado, o secretário Jefferson Portela nunca participou das conversas sobre possível delação premiada, que se deram em acordo firmado na sede do Ministério Público Federal."

Em um movimento surpresa, o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, anunciou nesta quarta-feira planos para retirar acusações contra presos políticos e fechar uma penitenciária, no que ele chamou de esforço para "expandir o espaço democrático para todos".

Os comentários do premiê etíope aconteceram depois de protestos anti-governo nos últimos meses, deixando empresas, universidades e redes de transporte paralisadas. Os protestos foram os mais graves desde que o atual governo chegou ao poder, em 1991, e se espalharam para diversas regiões do país, levando a um estado de emergência de um mês. "Os prisioneiros políticos que estão enfrentando processos judiciais e já estão presos serão libertados", disse Hailemariam. "E a prisão de Maekelawi será fechada e transformada em um museu", comentou.

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Não ficou imediatamente claro quantos presos políticos seriam mantidos em todo o país, que é um aliado próximo dos Estados Unidos. Os etíopes responderam rapidamente, mesmo com as redes sociais bloqueadas no país. "Estou escrevendo a vocês sobre essa luta com minhas lágrimas. Todas essas promessas precisam ser implementadas imediatamente", escreveu o blogueiro Befeqadu Hailu.

Grupos de direitos humanos e de oposição na Etiópia pediram a libertação de presos políticos, dizendo que prisões foram baseadas em acusações falsas, com os presos punidos por seus pontos de vista. O governo da Etiópia tem sido acusado de prender jornalistas críticos e líderes opositores. Fonte: Associated Press.

Autoridades da Venezuela libertaram dezenas de prisioneiros acusados de incitar a violência contra o governo em protestos ocorridos nas ruas, informaram neste sábado organizações de direitos humanos.

Alfredo Romero, diretor do Foro Penal, disse que 36 prisioneiros foram libertados durante o fim de semana, mas se mostrou crítico à estratégia do governo. "Melhor seria se ao invés de libertar alguns, todos fossem liberados e mais ninguém preso", comentou em sua conta do Twitter.

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Entre os primeiros que saíram livres estava Alfredo Ramos, ex-prefeito de Iribarren, cidade ao nordeste da Venezuela, e o professor Carlos Perez, que permaneceu mais de três anos na cadeia, segundo a mídia local.

Cerca da metade dos prisioneiros receberam o direito de deixar a prisão há mais de um ano, no entanto, somente agora estão sendo libertados.

Líderes de oposição acusam o presidente Nicolas Maduro de usar táticas duras de controle de seus oponentes e pressionam para que os prisioneiros sejam liberados em meio as negociações com o partido socialista do governo. As libertações recentes mostram que Maduro, que está desesperamente buscando apoio para refinanciar sua enorme dívida externa, pode estar inclinado a atender tal demanda.

Segundo o Foro Penal, mais de 200 políticos são ainda mantidos como prisioneiros. Fonte: Associated Press

A Coreia do Norte libertou um pastor que tem cidadania sul-coreana e canadense nesta quarta-feira (9), após a detenção dele por mais de dois anos, em uma medida tomada semanas após a morte de um universitário americano mantido sob custódia de Pyongyang.

A libertação do reverendo Lim Hyeon-soo, um dia após a chegada a Pyongyang de Daniel Jean, importante assessor do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, poderia também reduzir as tensões entre a Coreia do Norte e o mundo ocidental. Horas antes de Lim ser libertado, a Coreia do Norte e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocaram ameaças públicas.

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Lim, de 62 anos, foi detido na Coreia do Norte em 2015 e recebeu pena de prisão perpétua em dezembro daquele ano por "atos hostis" contra o Estado norte-coreano.

O tempo de prisão de Lim superou em mais de dois anos o de Kenneth Bae, um missionário sul-coreano-americano libertado no fim de 2014, após cerca de dois anos de sua detenção.

Em breve comunicado, a Coreia do Norte disse que Lim foi libertado por questões médicas e citou a preocupação humanitária com a saúde dele.

Dois meses atrás, Pyongyang libertou Otto Warmbier, um ex-universitário americano que pegou uma dura pena e foi sentenciado a trabalhos forçados no país por roubar propaganda de um hotel. Warmbier foi levado de volta aos EUA com uma grave lesão no cérebro e morreu seis dias após retornar. Fonte: Dow Jones Newswires.

Visto muitas vezes como indesejável e sujo, o período menstrual sempre foi considerado um tabu entre as mulheres. Apesar disso, nos últimos anos, um "copinho" feito com silicone medicinal, produzido para coletar o sangue da menstruação, tem ganhado cada vez mais espaço entre as brasileiras.

Embora tenha sido criado na década de 1930, o coletor menstrual só  ganhou popularidade no Brasil a partir de 2010. O produto é uma alternativa diferente  dos absorventes e armazena o sangue menstrual por um período de até 12 horas e tem duração de até dez anos. A recomendação é de retirá-lo, esvaziá-lo e lavá-lo com algum produto de limpeza antes de reinserir. Durante a menstruação, entre um ciclo e outro,  a mulher deve fervê-lo em uma panela.

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Apesar de ainda pouco conhecido, só no ano de 2015, uma das fabricantes do produto no Brasil, a Inciclo, por exemplo, afirmou que o coletor registrou um crescimento de 938% nas vendas nacionais. De acordo com os fabricantes, "os copinhos" são hipoalergênicos e com isso apresentam baixa possibilidade de acometer reações alérgicas às mulheres. Cada coletor custa em torno de R$ 79 e como tem duração longa, é considerado mais sustentável por diminuir a produção de lixo contínuo no meio ambiente.

Ao contrário do absorvente interno, que é inserido ao fundo da vagina, o coletor fica na entrada e é vendido em vários formatos e tamanhos. O custo-benefício também é um fator que atrai muitas mulheres. 

Dados da empresa Fleurity, marca que revende o produto, registram um faturamento mensal de até R$ 700 mil. Apenas em 2016, a estimativa da empresa é faturar R$ 2 milhões mensais. De acordo com a Fleurity, o coletor é uma alternativa mais econômica, ecológica, confortável e com baixo risco de vazamento. Para a paulista Juliana Sousa, 31 anos, usuária do produto há seis anos, a preocupação com o seu conforto e com o meio ambiente foram decisivas. "Eu me interessei muito pela ideia de não usar mais absorvente,  já não usava o externo, mas o interno me incomodava. A questão ambiental também me fez refletir sobre  quanto lixo eu ainda produziria na minha vida menstrual e quanto dinheiro eu gastaria", contou.

Para mulheres, coletor é libertação

Visto por algumas mulheres como "revolucionário" e "libertador", o coletor menstrual também ganha espaço nas redes sociais. Para Monique Zaioncz, 21 anos, a descoberta foi muito positiva. "Conheci o coletor através do Facebook e decidi usá-lo porque ao pesquisar mais sobre como era e como se usava, achei que parecia ser bem mais confortável que os absorventes descartáveis e mais higiênico. Eu tinha assaduras por causa dos absorventes", explica.

Embora o produto tenha vindo à tona nos últimos anos, Monique lamenta os estigmas culturais. "Várias marcas de coletores têm páginas no Facebook e muitas mulheres comentam que acham nojento e anti-higiênico e isso é reflexo de uma educação repressora", pontua. 

Em muitas páginas sobre o assunto no Facebook, mulheres que já fazem uso do produto há mais tempo, se dedicam a repassar informações sobre como utilizar coletor menstrual, onde devem comprar e buscam atrair cada vez mais adeptas. Só a página 'Coletores Brasil - menstrual cups' já possui mais de 70 mil mulheres participantes.

O tabu com o corpo feminino, no entanto, ainda é um impedimento no uso do produto, aponta a operadora de telemarketing, Danielle Menezes, que começou a utilizar o coletor há dois meses. Para ela, desde a infância é ensinado que não devemos falar sobre menstruação em público. "As mulheres não têm o hábito de de conhecer seu corpo desde a adolescência, mas vejo algumas que são mais maleáveis a mudanças e acho que se o coletor fosse mais divulgado e acessível, elas se interessariam mais em experimentar", comentou. 

Com o desejo de tornar o produto mais conhecido entre as mulheres, a professora Petra Ramalho, de 39 anos, passou de ser apenas usuária e agora também revende o coletor na cidade de João Pessoa, na Paraíba. "Eu faço isso porque eu tenho prazer em colaborar para um futuro melhor para o nosso planeta. Não faço muito pelo lucro, mas pela necessidade de fazer mais mulheres da minha cidade conhecerem o produto", explicou.

Petra diz que muitas vezes só recebe o pagamento meses depois da entrega do produto. "Fico feliz em fazer outras mulheres que desejam comprar o coletor e não podem pagar no momento que recebem". Para ela, não apenas os estigmas culturais com relação aos fluidos do corpo feminino impedem a divulgação do produto. "Acho que é mais o desconhecimento quase completo do seu próprio corpo por parte das mulheres", afirma. 

Recentemente, a engenheira mecânica, Gisele Milanezi, 35 anos, optou por utilizar o "copinho" durante a menstruação para fugir dos anteconcepcionais. "Eu não menstruava por uso de contraceptivos hormonais por dez anos e estava pensando em descontinuar por causa de efeitos colaterais.Como sempre tive muito problema no uso de absorventes como alergias e assaduras e desconforto, resolvi dar uma chance ao coletor e isso mudou a minha vida", falou.

Feliz com a decisão libertadora, ela conta que pode utilizar o produto sem necessidade de troca durante o trabalho, sem preocupações com vazamentos e sem o incômodo do absorvente interno. "Ví que não preciso mais interromper de forma hormonal minha menstruação, ela não é mais um incômodo". 

Benefícios

Em uma pesquisa recente, a empresa Intimina, responsável pela produção de produtos de higiene íntima, perguntou a 1.500 mulheres sobre as mudanças após substituir o uso do absorvente comum pelo coletor menstrual. De acordo com os registros, uma em cada quatro mulher disse além de enxergar uma melhora na vida sexual ter  menos secura vaginal. Ainda segundo a pesquisa, um grupo de 62% afirmou sentir a diminuição do cheiro forte da menstruação. O odor é relacionado diretamente com o uso do absorvente porque o sangue entra em contato com o ar, diz a ginecologista e obstetra do Hospital da Mulher do Recife, Leila Katz, que também é usuária do coletor há pelo menos oito anos.

A médica explica que além da comodidade, da economia e de ser ecologicamente sustentável, o coletor menstrual também é mais higiênico. "Se a usuária seguir as regras de uso de forma contínua os benefícios serão inúmeros. O absorvente, que com a umidade pode levar à proliferação de bactérias e a infecções como a candidíase, as vezes pode ser muito prejudicial à saúde da mulher, diferente do coletor, que apesar de não ser algo de muitos estudos científicos, traz menos riscos", afirmou Leila.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto ainda não é regido por uma legislação sanitária específica no Brasil. Por meio de nota, a Anvisa informou que está trabalhando numa proposta de inclusão dos coletores menstruais no escopo regulamentar da Agência. "Estamos avaliando as características do produto para definir seu enquadramento e requisitos mínimos. Os critérios, quando publicados, serão válidos tanto para os produtos nacionais quanto para os produtos importados."

Para a ginecologista Leila Katz, a não oficialização de órgãos fiscalizadores prejudica a propagação do uso do coletor. "Isso dificulta muito o acesso das mulheres ao produto, às vezes não sabem onde podem comprar, por exemplo. No exterior, na maioria dos lugares, isso é vendido livremente em farmácia", argumenta a médica. Apesar disso, O InCiclo, um dos fabricantes do produto no Brasil, recebeu liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. De acordo com resoluções internas da Anvisa, o Departamento de Gerência de Tecnologia de Materiais de Uso em Saúde deferiu a liberação por não considerar o InCiclo um produto para saúde.

Além do impasse na legislação brasileira, a ginecologista também diz que muitas mulheres ainda enxergam como barreiras a manipulação do próprio corpo. Ela conta que muitas pacientes já contaram que têm medo de que o "copinho" entre na vagina e se perca lá dentro. "O coletor também é uma forma de autoconhecimento do corpo feminino porque muitas mulheres ainda tem informações equivocadas sobre o assunto. Eu já indiquei pra muitas pacientes e amigas". Para ela, quando a maioria das mulheres conhecer e se habituar com o uso do coletor menstrual, será libertador.  

O ex-estudante da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que tinha sido condenado a seis meses de prisão por um estupro no campus, foi libertado na sexta-feira, depois de ter cumprido apenas três meses da sua pena.

Sua libertação, justificada no âmbito legal, voltou a comover a opinião pública americana, que já considerava muito leve a pena original de seis meses, devido à gravidade do crime cometido. As redes de televisão mostraram o ex-atleta universitário Brock Turner, de 21 anos, saindo do estabelecimento penitenciário do condado de Santa Clara em San José, Califórnia.

Turner, que em janeiro de 2015 estuprou uma jovem inconsciente no campus de Stanford, voltará agora para a casa da família, nos arredores de Dayton, em Ohio, segundo meios de comunicação americanos. Uma petição popular apoiada por mais de um milhão de assinaturas pediu a demissão do juiz Aaron Persky, também ex-atleta de Stanford, denunciando sua "tomada de partido" a favor do acusado.

Persky gerou indignação ao condenar Turner a apenas seis meses de prisão com liberdade condicional pelo estupro, afirmando que temia que uma pena mais longa o "afetaria gravemente". O pai do réu tinha afirmado durante a audiência da sentença que seu filho não merecia ir para a prisão, considerando que este era "um preço altíssimo a se pagar por 20 minutos de ação dos seus mais de 20 anos de vida".

A vítima descreveu no julgamento os danos psicológicos e a rejeição ao próprio corpo que sentia, e criticou Turner por declarar que "uma noite de bebedeira pode arruinar uma vida". "Arruinar uma vida, uma vida, a sua. Você esqueceu da minha", disse a jovem durante o julgamento, olhando para a cara do acusado.

O caso voltou a atenção pública para os abusos sexuais nas universidades americanas, onde, segundo um estudo, mais de uma em cada seis mulheres são estupradas durante seu primeiro ano quando estão sob o efeito de álcool ou drogas.

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