Tópicos | Abilio Diniz

O ex-presidente e pré-candidato ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou na noite desta sexta-feira (17) que intercedeu junto ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998, pela libertação dos sequestradores do empresário Abílio Diniz. A declaração foi dada em evento do PT em Maceió, durante uma série de visitas do petista ao Nordeste.

Lula admitiu a participação no processo que culminou na extradição dos envolvidos, que eram estrangeiros, enquanto falava sobre sua amizade com o senador Renan Calheiros (MDB), um dos ministros da Justiça nos governos de FHC.

##RECOMENDA##

"Eles iam entrar em greve seca, que é ficar sem comer e sem beber, e aí é morte certa. Aí, eu então fui procurar o ministro da Justiça, Renan Calheiros, que depois de uma longa conversa me disse para falar com o presidente Fernando Henrique Cardoso, porque ele teria toda disposição de mandar soltar o pessoal", disse Lula.

Durante o relato, o petista recordou que à época do crime os sequestradores teriam afirmado que foram obrigados a vestir camisetas com a logomarca do PT, para que o partido fosse relacionado ao caso, fato nunca confirmado.

Lula seguiu a narrativa dizendo que, de fato, foi procurar o tucano: "Eu disse ‘Fernando, você tem a chance de passar para história como um democrata ou como o presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morressem na cadeia, e isso não vai (se) apagar nunca’".

De acordo com Lula, FHC teria garantido que concederia a soltura se o petista convencesse os presos a encerrarem a greve de fome. Logo após, o ex-presidente diz que foi à cadeia onde estavam os detentos e pediu a palavra do grupo de que encerrariam a greve de fome para que fossem soltos. "Hoje não sei onde estão", finalizou.

Em abril de 1998, no último ano do primeiro mandato de FHC, o governo federal deu andamento ao processo de extradição dos sequestradores estrangeiros, mas nunca admitiu relação da decisão tomada com a ameaça de greve de fome.

Lula no Nordeste

A declaração sobre a amizade com Renan Calheiros não foi à toa. Durante o evento, antes do discurso de Lula, o senador subiu ao palco e também falou ao público. Cacique da política emedebista no Estado, ele reforçou o apoio do MDB alagoano à candidatura de Lula ao Planalto. Também aproveitou a ocasião para dar destaque à pré-candidatura do atual governador, Paulo Dantas (MDB), que assumiu mandato tampão após Renan Filho (MDB) deixar o cargo para correr ao Senado Federal.

Lula passou por três Estados durante a turnê. A primeira parada foi na quinta-feira, 16, em Natal, no Rio Grande do Norte, onde dividiu o palco com a pré-candidata à reeleição estadual, Fátima Bezerra (PT). Na ocasião, o vice da chapa encabeçada pelo PT à presidência, Geraldo Alckmin (PSB), foi vaiado por apoiadores petistas.

Além do encontro de Maceió, na noite passada, a excursão de Lula e Alckmin passou neste sábado, 18, por Aracaju. Assim como nos eventos anteriores, a dupla foi recepcionada pelo pré-candidato do partido ao governo estadual. Dessa vez foi o senador Rogério Carvalho (PT) quem fez as honras da casa aos pré-candidatos. A viagem termina em São Cristóvão, na região metropolitana de Sergipe, no final da tarde deste sábado, 18.

Caso Abílio Diniz

O empresário Abílio Diniz foi sequestrado em 11 de dezembro de 1989, em São Paulo, por um grupo de dez integrantes do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR). Dez pessoas foram presas por envolvimento no caso: cinco chilenos, dois canadenses, dois argentinos e um brasileiro. O grupo foi condenado a cumprir penas que variavam entre 26 e 28 anos de prisão.

Os sequestradores alegaram, à época, que a ação tinha fins políticos e que queriam dinheiro para financiar a guerrilha em El Salvador. O grupo de estrangeiros foi extraditado aos países de origem em 1998, e lá deveriam seguir cumprindo pena. Materiais da campanha de Lula à presidência foram, de fato, apresentados à imprensa como de posse dos sequestradores, mas o envolvimento do PT com o crime nunca foi comprovado.

Com relação ao seu indiciamento pela Polícia Federal nos autos da Operação Trapaça por estelionato, organização criminosa, crime contra saúde pública e falsidade ideológica, o empresário Abilio Diniz divulgou nota em que diz não ter cometido nenhuma irregularidade como presidente do Conselho de Administração da BRF. Segundo ele, "no relatório apresentado pela Polícia Federal não existem elementos que demonstrem irregularidades cometidas por Abilio Diniz". Ele diz que "é importante ressaltar que o indiciamento não indica culpa, mas apenas que a autoridade policial considera haver indícios de atos ilícitos, o que será apreciado ainda pelo Ministério Público".

Outros 42 investigados também foram indiciados pela PF,entre eles o ex-diretor-presidente global da BRF Pedro Faria.

##RECOMENDA##

O advogado Aloisio Medeiros, que defende Pedro Faria, diz em nota que "a respeito do relatório divulgado pela Polícia Federal no dia 15 de outubro de 2018, o senhor Pedro de Andrade Faria esclarece que jamais houve qualquer determinação da diretoria do Grupo BRF, muito menos de Pedro Faria, no sentido de acobertar quaisquer eventuais desconformidades relativas ao processo produtivo da companhia". Ao contrário, ele sustenta, durante a administração de Pedro de Faria a empresa não poupou esforços e recursos para dotar as suas unidades dos mais modernos sistemas de controle sanitário de seus produtos".

Segundo o advogado, "os próprios documentos que compõem o relatório da Polícia Federal dão conta de que a BRF e Pedro Faria agiram de forma diligente e transparente para solucionar as inconformidades citadas". Essa atuação, segundo a nota, "envolveu comunicações periódicas às autoridades e à sociedade, como Ministério da Agricultura, Ministério das Relações Exteriores, embaixadas e governos estrangeiros, associações setoriais e os mercados em geral. A BRF também recolheu produtos, contratou novos testes e a mobilizou seu corpo técnico a fim de solucionar definitivamente as causas dos problemas, sem qualquer risco para seus consumidores e clientes".

"Diante do exposto acima", diz a nota, "Pedro Faria reitera que, se falhas houve, estas jamais contaram com a anuência da administração da BRF, razão pela qual causa surpresa a conclusão a que chegou a Polícia Federal, totalmente discrepante daquilo que foi demonstrado no curso do inquérito e que consta do relatório ora apresentado".

O advogado Beno Brandão, que defende André Baldissera, informou que "está se inteirando do longo relatório".

No relatório final do inquérito, a PF afirma que um esquema de fraudes nas unidades da BRF tinha como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, e as fiscalizações de qualidade do processo industrial da empresa. As investigações concluíram que a prática das fraudes contava com a anuência de executivos do grupo, bem como de seu corpo técnico, além de profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da própria empresa.

A euforia com a confirmação de Pedro Parente na presidência da BRF durou pouco, diante da rápida deterioração do cenário externo. A ação da companhia chegou a abrir o dia em alta, na esteira da mudança no comando da gigante de alimentos, mas ainda pela manhã o humor dos investidores com a empresa virou e a companhia passou a operar em queda.

No fim do dia, o papel da BRF fechou com recuo de 3,83%, cotada a R$ 20,20. No acumulado de 2018, a companhia acumula desvalorização de 45,16%. Nos últimos 12 meses, a desvalorização supera a marca de 50%.

##RECOMENDA##

Segundo relatório da Guide Investimentos, embora a notícia já fosse mais do que esperada, a chegada do executivo, cerca de 15 dias depois de deixar a Petrobrás, é extremamente positiva e deve acelerar o processo de "turnaround" (reestruturação) da companhia, que acumulou prejuízos de mais de R$ 1,5 bilhão em 2016 e 2017 - só no ano passado, as perdas foram de R$ 1,1 bilhão.

Do ano passado para cá, BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, se viu envolvida em uma série de reveses: a Operação Carne Fraca, a ascensão da marca Seara, da rival JBS, e, mais recentemente, uma pesada taxação chinesa para a carne de frango produzida no Brasil.

Do lado da governança, a empresa viu a saída de Abilio Diniz da presidência do conselho - cargo que ele ocupava desde 2013 - para a entrada de Pedro Parente, no fim de abril, ainda antes de o executivo deixar o comando da Petrobrás na esteira da greve dos caminhoneiros, no fim de maio. Com a decisão de Parente de deixar a Petrobrás, ficou aberto o caminho para que ele exercesse o comando executivo da BRF, que estava interinamente nas mãos do executivo Lorival Nogueira Luz.

Reações. Em comentário distribuído a clientes, o time de analistas da XP Investimentos disse que uma nova diretoria deve trazer maior visibilidade sobre a estratégia da companhia.

Para a Guide, "o executivo deverá atuar no planejamento estratégico e financeiro da companhia, liderando o processo de recuperação da BRF, em especial, preenchendo as lacunas chaves e questões relacionadas à governança". A Guide, no entanto, ressalvou que o cenário para 2018 permanece desafiador para a BRF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos oito empresas americanas, entre elas escritórios de advocacia e representantes de investidores, ameaçam processar a BRF nos Estados Unidos. As companhias estão investigando para avaliar se o alto comando da gigante brasileira de alimentos burlou regras do mercado de capitais americano.

Entre os que estudam entrar na Justiça está o Pomerantz, o mesmo escritório que liderou a ação coletiva contra a Petrobrás em Nova York, que em janeiro anunciou acordo de US$ 3 bilhões para encerrar o litígio.

##RECOMENDA##

Em comunicados aos investidores, os advogados afirmam a intenção de iniciar uma ação coletiva contra a BRF em Nova York e convocam os interessados a discutir o caso. A BRF tem American Depositary Receipts (ADRs, recibos que representam ações) listados na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). Por isso, também está sujeita as regras do mercado de capitais dos EUA.

"O Pomerantz está investigando queixas em nome dos investidores da BRF", afirma um comunicado do escritório. O texto ressalta que os papéis da empresa brasileira despencaram com a notícia da prisão pela Polícia Federal de Pedro Faria, ex-presidente da companhia, e de acusações de adulteração de resultados de análises laboratoriais. Procurada, a BRF não comentou.

Outro escritório, o Block & Leviton, de Boston, afirma estar investigando se a companhia burlou leis federais do mercado de ações dos EUA e também ressalta a intenção de iniciar uma ação coletiva. Em nota a clientes, o escritório observa que as acusações contra a empresa "causaram prejuízos de milhões de dólares" aos investidores, que podem pedir na Justiça a recuperação do prejuízo.

The Schall Law Firm, de Los Angeles, está apurando se, ao omitir práticas irregulares, a BRF divulgou "comunicados falsos e/ou enganosos" para investidores. Já o escritório Bronstein, Gewirtz & Grossman explica a clientes que a investigação na BRF faz parte da Operação Carne Fraca, que já descobriu mais de 40 casos de pagamento de propina para corromper fiscais e órgãos reguladores.

A Carne Fraca já levou à abertura de uma ação coletiva contra a JBS em Nova York. Empresas do Brasil com ações listadas em Wall Street foram alvo de vários processos nos últimos anos nos EUA. A Lava Jato motivou ações coletivas contra Petrobrás, Braskem e Eletrobrás. Já a Zelotes fez os investidores processarem a Gerdau. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prestes a completar 81 anos, o empresário Abilio Diniz diz que não pretende parar de trabalhar, e traça planos. À frente de importantes negócios por meio da Península, empresa de investimentos de sua família, afirma que seguirá influenciando via conselho nos rumos do Carrefour, onde é o terceiro maior acionista, e da BRF. Abilio afirma que não quer se envolver diretamente em política, mas pretende usar as redes sociais para estimular o voto consciente em deputados.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

##RECOMENDA##

O sr. conseguiu impor o nome de José Aurélio Drummond Jr. na BRF. Mas houve votos contra.

Ele foi eleito por maioria. Ponto. Está apoiado por todos de maneira muito forte. Estamos todos com o mesmo propósito, de fazer o melhor para a companhia, com bom clima e muita esperança. (Abilio não quis confirmar se deu voto de Minerva para desempatar o placar e eleger Drummond).

Como está seu relacionamento com os fundos Previ e Petros?

O interesse é comum. Temos de fazer o melhor para a BRF. Quanto a isso ninguém tem dúvida. O resto é o resto.

Qual influência que o sr. terá nos planos de crescimento do Carrefour lá fora e no Brasil?

O Abilio não é mais um operador. Temos capacidade de influir sim. Mas sempre por meio dos conselhos. A administração anterior era fechada. Alexandre Bompard (novo presidente do Carrefour) é completamente diferente. O Noel Prioux (novo presidente Brasil) é diferente. Há interação. Com essa possibilidade de diálogo, posso aproveitar do meu conhecimento de quase 50 anos na distribuição, e não só como gestor. O Carrefour estava muito parado. Agora estamos trazendo gente competente para acelerar a parte digital.

Qual empresa te motiva mais?

Está sendo um ano bom. Não há muitos empresários no mundo que trocam três presidentes de empresas enormes ao mesmo tempo. E nós trocamos ou ajudamos a trocar o global do Carrefour, o do Carrefour no Brasil e da BRF. A Península está num ano muito bom. A Anima, de educação, está se recuperando de maneira extraordinária. A Wine.com, distribuidora de vinho e de cerveja, vai muito bem. A Benjamin (padarias) começou como uma empresinha e já vai avançando. Até 2018, teremos nova fábrica para expandir com muita força. Tem a parte de mercados da Península, com o escritório em Nova York. O gostoso nessa altura da vida é fazer tudo com satisfação.

O sr. bateu suas metas?

Sempre bato as minhas metas.

Quais são as metas para 2018?

Este ano, fiz um evento em Portugal chamado Plenitude, voltado para viver bem e com felicidade. Foi um sucesso. Lançaremos em março no Brasil uma plataforma internacional colocando nossos conhecimentos sobre o assunto para o maior número de pessoas.

A eleição atrapalhará a retomada do crescimento no Brasil?

As eleições estão aí e é o que nós temos. Estava preocupado até o início de 2016. Neste momento, estou muito otimista e muito esperançoso. A conscientização dos brasileiros de que precisamos de reforma é muito grande. Todos nós sabemos que precisamos fazer a reforma da Previdência. Espero que seja feita por Temer agora. Quero usar a minha voz para estimular as pessoas para votarem bem, renovar o Congresso. Somos muito ativos nas redes sociais. Alcancei 1 milhão de seguidores no Facebook, de longe sou o maior empresário em número de seguidores. Somos ativos na mídia Twitter. Quero usar a minha voz, meu poder de convencimento, para estimular as pessoas a votarem bem. As pessoas não dão importância para o Congresso, que é tão importante quanto o Executivo.

O sr. terá nomes ou partidos?

Nem estou pensando em nomes ou partidos. Quero que as pessoas encontrem o seu.

Como vê movimento de ‘outsiders’ entrando na política?

O que nós estamos procurando são jovens que se interessem mais pela carreira política. É um movimento que procuramos fazer, de conscientização política.

Tem ambição política?

Nenhuma. Zero. Empresário não pode ser político. Empresário tem de gerar riquezas e emprego e, paralelamente, pensar no País. Através da mídia, redes sociais, pensar em votar consciente para o Congresso.

Não pretende se posicionar?

Nunca declarei meu voto. A gente acaba criando momentos ruins, dizer votei nesse ou naquele. Tem de estimular a população a votar bem.

Pensa em parar?

Parar de fazer o quê? Minha mulher não vai aguentar, meus filhos não vão aguentar. Nem eu vou me aguentar. O Abilio é um pacote, não é um pedacinho. Esse lado empresário faz parte da minha vida. É preciso dar equilíbrio. Dou atenção ao meu trabalho, minha família, meus esportes... Se eu parar...

O governo Temer é elogiado pela pauta econômica, mas criticado pelo aspecto ético. É o caso de se separar as duas coisas?

O combate à corrupção tem de ser mundial. Isso tem de continuar. Tem de separar as agendas. Isso não pode prejudicar a agenda econômica. Incrível que não prejudicou. Toda a questão da delação dos Batistas. Os investidores lá fora separam bem. Estão preocupados se a gente aprova as reformas. Tem de continuar (o combate à corrupção), mas isso é coisa para Sérgio Moro, Raquel Dodge. Mas (Henrique) Meirelles tem de seguir fazendo o que está fazendo.

Ele é um nome para 2018?

Ele está fazendo um bom trabalho. Espero que continue fazendo. Se vai ser candidato, não é da minha agenda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do conselho da BRF, Abilio Diniz, avalia que o Brasil entrou em um novo momento e está de volta aos negócios. A afirmação foi feita ontem a jornalistas, após evento da empresa de alimentos, em Nova York. "Não há melhor lugar no mundo para os investidores no momento que no Brasil", completou. A avaliação contrasta com a declaração que o empresário deu em novembro do ano passado, durante o BRF Day, também em Nova York, quando afirmou que o Brasil estava "em liquidação". Na ocasião, o empresário disse que não havia uma crise econômica no Brasil, mas uma crise política, que afetava a confiança de investidores, empresários e consumidores.

"Ninguém está investindo, porque está faltando confiança", afirmou o empresário no ano passado, destacando que o País estava muito barato para investidores estrangeiros. Na fala de ontem, em evento em que detalhou os planos da BRF para ampliar a presença no mercado internacional, o empresário reforçou que está muito confiante no futuro. "Com a esperança, vem a confiança", afirmou. "O Brasil ainda está barato."

##RECOMENDA##

Teto de gastos

Abilio destacou a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos, e ressaltou que o ajuste fiscal é essencial para a recuperação da economia. De acordo com o empresário, não é uma tarefa fácil melhorar as contas públicas brasileiras apenas com a PEC, sem elevar tributos, mas seria possível. "Foi (a aprovação da PEC na Câmara) uma grande vitória do governo brasileiro e do Brasil."

"Precisamos equilibrar a situação fiscal do Brasil", disse o presidente do conselho da BRF, ao ser perguntado sobre elevação de tributos. "É errado dizer que o Abilio defende a alta de impostos no Brasil", afirmou, ressaltando que defendeu a CPMF no passado por ser um tributo de mais fácil implementação. Abilio afirmou que a recessão brasileira afetou os negócios da BRF, na medida em que o consumo ficou baixo, mas a companhia conseguiu sustentar bons resultados.

"O ciclo difícil e de desafios acabou. Estamos em um novo momento, o consumo está voltando a crescer de novo. A perspectiva é muito positiva", afirmou. "Tudo que é bom para o Brasil é bom para a companhia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário e presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz, afirmou nesta segunda-feira que não há uma crise econômica no Brasil, mas sim uma crise política, que tem afetado a confiança de investidores, empresários e consumidores. "No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente", disse em entrevista a jornalistas antes de participar do BRF Day em Nova York. A empresa de alimentos comemora 15 anos de listagem de seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

"Ninguém está investindo, porque está faltando confiança. Não sei o que vai acontecer no curto prazo, mas tenho certeza que a situação vai ser superada. Tenho total confiança", afirmou o empresário, destacando que por conta da atual situação, o "Brasil está em liquidação". "O País está muito barato para investidores estrangeiros. Para investidores internacionais, é o momento de se aproveitar disso. Estamos em um momento ruim, mas é um momento."

##RECOMENDA##

Abílio afirmou que vê o dólar no Brasil negociado ao redor de R$ 4,00 como "exagerado" e que os fundamentos atuais da economia brasileira não justificam a moeda norte-americana nesse patamar. Para o empresário, o mais justo seria a divisa ser negociada ao redor de R$ 3,50.

"Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Eu amo a crise, em toda a minha vida eu cresci em crises. Não há crise econômica no Brasil", ressaltou o empresário. Abílio contou que passou por vários momentos complicados da economia brasileira em sua vida e citou como exemplo a crise da dívida nos anos 90, quando estava no Conselho Monetário Nacional (CMN) e participou das negociações em Nova York. "Agora, o País tem US$ 370 bilhões de reservas em dinheiro. É completamente diferente", disse ele.

A CPI que investiga possíveis irregularidades em operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) rejeitou na manhã desta quinta-feira (1) um pedido de convocação do presidente do Conselho de Administração da BRF Brasil, Abilio Diniz.

O requerimento, assinado pelo deputado José Rocha (PR-BA), tinha o objetivo de que Diniz prestasse esclarecimentos sobre as relações contratuais mantidas entre BRF e o BNDES. Nenhum outro requerimento foi aprovado na sessão de hoje. O presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM), disse que esperava aprovar pelo menos mais oito convocações, mas acredita que os trabalhos não estão comprometidos.

##RECOMENDA##

Os deputados recusaram ainda dois pedidos para que fossem incluídos na pauta os requerimentos de convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministro de Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira. Para Arnaldo Jordy (PPS-PA), um acordo entre PT e PMDB está blindando uma série de nomes que prestariam importantes esclarecimentos ao colegiado. Segundo ele, o partido pretende abandonar a CPI caso os trabalhos não evoluam.

O cenário econômico brasileiro não é o pior já enfrentado na história do País e nem está o Brasil sozinho na crise, afirmou o empresário Abilio Diniz durante um congresso em São Paulo. Ao iniciar um discurso sobre gerenciamento de crises para uma plateia de executivos do varejo, Abilio avaliou que a China está "sofrendo um tranco" e disse que o momento que vive o país asiático afeta o mundo inteiro.

"O governo chinês não divulga muito o que esta acontecendo, fui pra lá pra trabalhar com o Carrefour e, de fato, a China está sofrendo um tranco pesado", afirmou. "Vamos ver como vai ser a aterrissagem, se vai ser 'soft' ou mais barulhenta, mas o tamanho da China faz com que isso mexa com o mundo inteiro", acrescentou.

##RECOMENDA##

Sobre o Brasil, o empresário afirmou que o País vive uma crise de ceticismo, de falta de confiança. "Fundamentalmente essa é uma crise política, muito mais do que econômica", declarou. "Se tivermos tranquilidade política, a crise se resolve, não com grande facilidade, mas se resolve", completou.

Na avaliação de Abilio, os fundamentos da economia brasileira seguem sendo sólidos e investidores estrangeiros mantém interesse no País uma vez que "o Brasil está barato". "O nosso déficit é baixo, é claro que tem que ser estancado, mas é pequeno e ainda há fundamentos sólidos da economia", completou. O empresário pediu "união" dos brasileiros. "A hora em que superarmos a crise política através de união dos brasileiros, vamos superar crise com certeza".

Durante sua palestra no Latam Retail Show, Abilio falou ainda sobre a superação de crises em sua carreira. Ele relembrou períodos de tensão nos anos 90 no Grupo Pão de Açúcar e a disputa com os sócios do Casino. O empresário concluiu dizendo que está "realizado, voltando ao varejo e às origens" com o Carrefour.

Abilio Diniz sempre gostou de holofotes. Ex-dono da rede varejista Pão de Açúcar e agora um dos maiores acionistas do concorrente Carrefour, o empresário teve, recentemente, sua vida estampada nos principais jornais e revistas do Brasil ao protagonizar uma das maiores disputas societárias do País, encerrada em 2013, quando deixou o grupo fundado por seu pai, em 1948, após uma longa queda de braço com seu ex-sócio, o grupo francês Casino.

Quase dois anos depois da saída de Abilio Diniz do Pão de Açúcar, a jornalista Cristiane Correa detalha os altos e baixos da vida do empresário em seu novo livro: Abilio - Determinado, Ambicioso, Polêmico, que será lançado amanhã em São Paulo, pelo selo Primeira Pessoa, da editora Sextante.

##RECOMENDA##

Em 2013, Cristiane publicou o best-seller Sonho Grande, que narra a trajetória dos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da gestora 3G, que, por sua vez, comanda importantes redes globais, como Burger King, Heinz (em fusão com a Kraft Foods), e a maior cervejaria do mundo, a AB InBev.

Seu novo livro é uma grande reportagem, que retrata com riqueza de detalhes os bastidores da briga entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, dono do Casino, mas não fica só na disputa. Após introduzir o momento crítico dessa crise, a jornalista volta no tempo e conta a história do empresário, desde quando ainda era um garoto "baixinho, gordinho e impopular" que, determinado a não apanhar dos seus colegas, tornou-se um atleta e passou a bater para se defender. Abilio é um homem que comprou muitas brigas ao longo de sua vida e não poupou nem sua família para proteger seus interesses. Não à toa, cultiva vários desafetos.

Logo no primeiro capítulo, o leitor já se depara com o quase desfecho do litígio entre Abilio Diniz e seu ex-sócio, atual dono do Pão de Açúcar.

Cristiane conta os bastidores que levaram Abilio a abrir mão do negócio fundado por seu pai e dar início à nova etapa de sua vida empresarial.

Talvez não seja fácil para um leitor mais desavisado ser apresentado logo de cara a personagens do mercado financeiro e de escritórios de advocacia, conhecidos por pessoas mais familiarizadas com o mundo dos negócios. Mas o texto fluido de Cristiane dá fôlego para seguir adiante, onde ela apresenta um Abilio que poucos conhecem.

A escritora trata com discrição temas pessoais, que envolvem calorosas brigas familiares, sobretudo com seu irmão Alcides, que entre os anos 80 e 90 foram temas de reportagens de jornais e revistas, e concentra seu foco no lado empreendedor de Abilio, que se tornou empresário influente em Brasília, transformou o Pão de Açúcar em um colosso, mas foi questionado por remarcar preços nos anos 80, quase perdeu as rédeas do grupo nos anos 90, e conseguiu dar a volta por cima. O capítulo que trata da profissionalização da gestão no início dos anos 2000 mostra outro momento difícil do empresário, que preteriu Ana Maria, sua filha e braço direito, apontada como sua sucessora natural, ao optar por um executivo de fora.

O livro apresenta um Abilio de temperamento forte que tem aprendido na marra que a vida dá muitas voltas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil perdeu o momento de ter uma indústria forte, capaz de liderar o seu crescimento econômico, disse nesta quarta-feira, 27, o presidente do Conselho de Administração da BRF, Abilio Diniz, durante sua participação no 17º Fórum de Varejo da América Latina. Diniz afirma acreditar que, hoje, a vocação do País está muito mais centrada em setores como o agronegócio e comércio e serviços.

"Temos de ter uma indústria forte, claro, mas ela não vai ser o carro-chefe da economia brasileira, perdemos o timing para isso", afirmou. Segundo o executivo, nos últimos anos o setor industrial perdeu participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Apesar de descartar uma possível liderança do setor na economia, Diniz considerou importante reforçar o papel da indústria.

##RECOMENDA##

O presidente do conselho de administração da BRF, Abílio Diniz, avaliou que a visão de investidores estrangeiros sobre o Brasil é boa, mesmo após o anúncio do rebaixamento do Brasil pela agência Standard & Poor's. O rebaixamento "era algo que já se sabia que iria acontecer e acontece", disse ele, durante palestra no Global Agribusiness Forum, em São Paulo.

O empresário afirmou que ainda há interesse em investimentos no Brasil por parte de estrangeiros. "Tenho conversado com muita gente fora do Brasil e a visão que eles têm é melhor que a nossa aqui dentro", disse. "Os grandes investidores não saíram daqui, quem saiu foi o capital de bolsa e, com qualquer espasmo, ele volta", acrescentou.

##RECOMENDA##

Diniz defendeu que os fundamentos da economia brasileira estão sólidos e que "o rebaixamento não significa nada". O presidente do conselho da BRF considerou que o único tema que hoje preocupa investidores estrangeiros é a volatilidade do câmbio, acrescentando que o debate atual em torno do déficit público "é conjuntural, momentâneo".

O empresário Abilio Diniz renunciou à presidência do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 6, ele começou lendo uma carta que escreveu aos funcionários. No documento, relatou que em 7 de setembro de 1948, o pai dele, Valentim dos Santos Diniz, fundou o Pão de Açúcar e, depois de 65 anos, ele encerra "a história de sucesso da empresa".

"É com emoção que renuncio à presidência do conselho do Grupo Pão de Açúcar. (...) Na véspera do dia que simboliza a liberdade do Brasil, eu também abraço a minha liberdade para continuar perseguindo os meus sonhos", declarou o empresário.

##RECOMENDA##

No texto, Abilio também citou que é "preciso ter sabedoria para aceitar as mudanças", em alusão à tomada de controle da varejista pelo grupo francês Casino. "Quero ser hoje melhor do que ontem, amanhã melhor que hoje. E vai ser assim sempre, é assim que eu vivo", afirmou.

Após ler a carta, Abilio disse que não ter um adjetivo certo para descrever sua decisão: "É mágico, é uma mistura de emoções, mas estou muito feliz pelo que está acontecendo", afirmou, ressaltando que a alegria também é por "dar um ponto final nesses dois anos de luta".

O empresário Abílio Diniz fez nesta segunda-feira, 19, uma enfática defesa dos avanços econômicos e sociais alcançados pelo governo nos últimos 10 anos. Durante uma palestra para alunos da Fundação Getulio Vargas no Rio, o empresário lembrou que o governo melhorou a condição de vida de cerca de 20 milhões de brasileiros, que antes estavam abaixo da linha da pobreza.

"Houve em uma década realmente uma mudança de patamar", disse, após negar ser um otimista excessivo. O empresário deixou claro que muitas vezes é acusado de ter uma visão otimista por ser próximo da atual presidente da República, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT.

##RECOMENDA##

"Dizem `ele é amigo da Dilma e do Lula'. Sou, mas tenho que reconhecer (os avanços)", enfatizou. Para o empresário, que preside o Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar e da BRF, a retirada desses 20 milhões brasileiros da posição abaixo da linha da pobreza elevou o Brasil a outro patamar.

Muito aplaudido, Diniz enfatizou que o Brasil deixou de ser o país do futuro. Apesar dos problemas enfrentados, o País segue muito cobiçado por investidores estrangeiros, afirmou. "A situação não está tão ruim assim (...) Tem muita gente saindo, mas também tem muita gente querendo entrar", garantiu. E completou: "O Brasil é o país emergente mais cobiçado".

O Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA), submeteu hoje pedido arbitral contra o empresário Abilio dos Santos Diniz. O Casino pretende, entre outras finalidades, obter uma declaração de que a eleição do empresário brasileiro como presidente do conselho de administração da empresa de alimentos BRF, sem que renuncie à presidência do conselho do Pão de Açúcar, conflita com os interesses do GPA.

Segundo nota à imprensa, o Casino entende que existe uma violação da lei brasileira e do acordo de acionista com Abilio Diniz. O grupo francês também requer a confirmação de que pode tomar todas as medidas necessárias para proteger os interesses do Pão de Açúcar em conformidade com o acordo de acionista, sem prejuízo de qualquer medida que possa ser adotada pelo GPA até lá.

##RECOMENDA##

A decisão do Casino de levar o assunto à arbitragem, conforme previsto no acordo de acionistas, que dá ao ex-controlador do GPA o direito de ser eleito presidente do conselho de administração da companhia, resulta da recusa dele de renunciar ao colegiado da varejista. Representantes do Casino pediram, em pelo menos três ocasiões, que Abilio renuncie ao cargo no Pão de Açúcar por acreditar que existe um "claro e permanente conflito de interesses" resultante da decisão do empresário de servir como presidente dos conselhos do GPA e da BRF.

"O Casino, como acionista controlador e maior acionista de GPA, pretende tomar todas as medidas apropriadas para proteger o Grupo Pão de Açúcar, seus administradores, acionistas e demais stakeholders, da situação de conflito de interesses criada por Abilio Diniz", destaca nota enviada à imprensa nesta tarde.

O empresário Abilio Diniz estabeleceu um prazo de 100 dias para desenhar sua estratégia para a BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão. Ele assumiu recentemente o posto de presidente do conselho de administração e, aos 76 anos, enfrenta seu primeiro desafio fora do Pão de Açúcar, varejista fundada por seu pai.

Nesse período, o consultor Claudio Eugênio Galeazzi, da Galeazzi & Associados, ganhou uma sala na BRF e está se reunindo com todas as lideranças da empresa. Com os vice-presidentes, vai para a terceira rodada de conversas. Sua equipe, formada por seis pessoas, também começou a conversar com diretores e gerentes executivos.

##RECOMENDA##

A meta de 100 dias foi mencionada por Abilio em sua primeira reunião na BRF, da qual participaram cerca de 60 pessoas. O encontro ocorreu no fim da manhã do dia 10 de abril, logo após ele assumir o cargo. Com base nessa data, o prazo expira em meados de julho.

Abilio tem dito a interlocutores que "pode chegar a conclusão de que não há nada a ser alterado", mas o objetivo é "revisitar" a estrutura BRF. Em sua primeira coletiva de imprensa como presidente do conselho, ele disse que sua maior contribuição à BRF será na gestão.

Galeazzi tem fama de enxugar empresas para elevar sua rentabilidade. Segundo fontes do setor, a operação da BRF está adequada, mas a área comercial é grande. Isso ocorreu porque, para aprovar a fusão de Sadia e Perdigão, a BRF vendeu as marcas Rezende e Confiança para o concorrente Marfrig, mas manteve a equipe de vendas.

O objetivo da empresa era evitar que a "inteligência do negócio" migrasse para o concorrente e ganhar tempo para avançar ainda mais com as marcas líderes. Essa equipe de vendas, formada por mais de mil pessoas, foi deslocada para produtos in natura. Por enquanto, porém, não há evidências de que vão ocorrer demissões na BRF.

Grupo

Abilio vai a empresa todos os dias, muitas vezes com roupas informais, mas não tem sala. Ele costuma despachar junto com o presidente executivo, José Antonio Fay, de quem tem dito que "aprende muito".

Às terças-feiras, participa da reunião de um novo grupo estratégico criado para discutir o futuro da empresa. O grupo é formado por Abilio e três conselheiros: Sérgio Rosa, ex-presidente da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Pedro Faria, sócio do fundo privado Tarpon, e Valter Fontana, da família fundadora da Sadia.

Com apoio de Previ e Tarpon, Abilio substituiu Nildemar Secches na presidência do conselho da BRF. Secches foi o responsável pelo crescimento da Perdigão e pela fusão com a Sadia, mas alguns sócios capitaneados pela Tarpon acreditam que a empresa pode ser mais "agressiva". Procurados, BRF e Abilio não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os acionistas da empresa de alimentos BRF aprovaram a nomeação do empresário Abilio Diniz para a presidência do conselho de administração da companhia no biênio 2013-2015. A votação, ocorrida na tarde desta terça-feira em assembleia geral ordinária e extraordinária não foi unânime.

O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros) se absteve de votar a nomeação do empresário à frente do conselho. Desde a formação da chapa, o fundo, que detém 12,22% do controle acionário da BRF, teve dúvidas se o empresário é o nome correto para conduzir o atual plano de expansão da alimentícia e chegou a procurar apoio para se oporem ao nome de Abilio à frente do colegiado.

##RECOMENDA##

O nome do fundador e presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar foi indicado em uma aliança formada pelo fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) e pelo fundo de investimento Tarpon, que, juntos, detém 20,21% do capital da BRF.

Abilio entra no lugar de Nildemar Secches, que esteve à frente da Perdigão por quase duas décadas e promoveu a fusão com a Sadia. Ele já havia comunicado à Previ sua intenção de sair, mas ficou aborrecido porque só soube da articulação em torno do nome de Abilio pelos jornais. Apesar das diferenças de personalidade e gestão entre ambos, alterações drásticas em termos de estratégia da companhia não são aguardadas, já que o presidente do conselho não tem poder executivo e qualquer decisão deverá ser feita por maioria de votos.

Votação

Os acionista votaram primeiramente a chapa que formará o novo conselho da companhia e depois, em separado, a presidência e da vice-presidência do colegiado. Os acionistas da empresa de alimentos nomearam, além de Abilio Diniz, o ex-presidente do Previ, Sérgio Rosa, como vice-presidente do conselho, indicado pelo próprio fundo. Abilio e Rosa foram aprovados por 76,66% do quórum presente.

No mercado, a entrada de Abilio no conselho da BRF é bem vista institucionalmente e operacionalmente, pois pode impulsionar a internacionalização da companhia, já que, após a aprovação da fusão da Sadia com a Perdigão, que deu origem à empresa, o avanço no País está limitado em alguns segmentos para evitar a concentração de mercado.

A própria BRF acredita que o empresário pode contribuir para esse movimento. Nesse ano, a empresa começará a desenhar seu novo plano de longo prazo, o BRF 15, que deverá tratar da organização global da companhia e as estratégias de expansão da presença mundial. A entrada de Rosa também foi considerada positiva pelo fato de o executivo ter bom relacionamento com diversos fundos.

Atualmente, a BRF possui capital pulverizado - dentre os principais acionistas estão Petros, com 12,22%; Previ, com 12,19%; Tarpon (8,02%) e BlackRock (5,13%) e Valia (2,54%).

O empresário Abílio Diniz confirmou, na tarde desta terça-feira, que colocou a venda o lote de 7.964.741 ações preferenciais do Pão de Açúcar, levados a leilão no final desta manhã. Em nota à imprensa, o executivo afirmou que o negócio faz parte do processo de diversificação de seus investimentos.

Conforme o empresário, o lote vendido corresponde a 21,9% do total de papéis que o Grupo AD detinha na companhia antes do leilão. O grupo mantém 28.311.660 ações do Pão de Açúcar (entre ordinárias e preferenciais), o equivalente a 10,76% do capital total da empresa.

##RECOMENDA##

No comunicado, Abilio reforçou sua confiança no grupo varejista, ressaltou que continua com a maior parte de seu patrimônio no Pão de Açúcar e ocupa de forma vitalícia a presidência do conselho.

O leilão com ações do Pão de Açúcar, que durou pouco mais de uma hora, encerrou com a PN negociada a R$ 107,15 e movimentou 8,836 milhões de papéis, com giro de

R$ 946,777 milhões.

Abilio Diniz vem comprando dia a dia ações da BRF, empresa resultante da fusão de Sadia e Perdigão. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, na última quarta-feira (16), o fundo Santa Rita, que administra investimentos do empresário, possuía cerca de R$ 280 milhões em ações da empresa. A participação de Abilio, no entanto, já pode ser muito maior. Fontes próximas ao negócio acreditam que chega a R$ 1 bilhão, o que significaria cerca de 3% da BRF.

Com apoio dos fundos Previ e Tarpon, dois dos principais sócios da empresa, e com o aval do governo federal, Abilio Diniz costura um acordo para se tornar presidente do conselho de administração da BRF, substituindo Nildemar Secches, responsável pelo crescimento da Perdigão e pela fusão com a Sadia. O nome de Abilio deve ser proposto pelos fundos na assembleia geral da BRF, que vai ocorrer em abril.

##RECOMENDA##

Abilio tenta até essa data se tornar um acionista relevante da empresa, com uma fatia próxima a 4%. No dia 31 de dezembro, pouco depois de começar a montar sua estratégia, o fundo Santa Rita tinha apenas cerca de R$ 75 milhões em ações da BRF. No dia 16 de janeiro, último dado oficial disponível, o valor chegou a R$ 280 milhões. O empresário vem comprando as ações pouco a pouco para evitar uma valorização excessiva.

Ontem, a corretora Link adquiriu R$ 350 milhões em ações da BRF. Segundo fontes do mercado, a operação teria sido feita a pedido do fundo Santa Rita, de Abilio Diniz. Por meio de sua assessoria de imprensa, o empresário não comentou o assunto. No dia 11 de janeiro, Abilio levantou R$ 1,5 bilhão com a venda de ações preferenciais do Pão de Açúcar, grupo fundado por seu pai, cujo controle foi vendido ao varejista francês Casino. Ele ainda detém 47,5% das ações ordinárias da Wilkes, a holding que controla o Pão de Açúcar, e segue como presidente do conselho de administração do grupo.

A expectativa de fontes envolvidas no caso é que a situação fique mais clara no dia 1º de fevereiro, quando ocorre a próxima reunião do conselho da BRF, a primeira desde as movimentações de Abilio. Os principais acionistas da companhia são os fundos de pensão estatais Previ e Petros, com 12% e 10% do capital, respectivamente, e o fundo privado Tarpon, com 10%.

Abilio Diniz teria sido convidado pelo Tarpon para tentar assumir a presidência do conselho de administração da BRF. Tarpon e Previ estariam insatisfeitos com a gestão da empresa, que consideram pouco agressiva. O empresário esteve em Brasília no fim do ano passado e conversou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o assunto. Segundo o Estado apurou, o governo federal apoia as intenções de Abílio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fundo Santa Rita, que reúne investimentos da família de Abilio Diniz, vendeu 1,7 milhão de ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar ao valor aproximado de R$ 155 milhões, o equivalente a 0,65% capital total da companhia. Trata-se da primeira venda realizada por Diniz desde que ele passou o controle da empresa ao grupo francês Casino em junho. O valor levantado deve ser utilizado para a compra de ações de outras companhias.

A operação, realizada entre os dias 19 e 24, não muda a estrutura de controle da empresa. O Pão de Açúcar continua sendo comandado pela holding Wilkes, em que 47,5% das ações ordinárias pertencem a Abilio Diniz e 52,5% ao Casino. Isso significa que o empresário brasileiro mantém seus direitos sobre a companhia e seu cargo de presidente do conselho de administração.

##RECOMENDA##

A venda de ações começou a ser desenhada neste mês, quando Abilio passou para o Santa Rita 24 milhões das 35,6 milhões de ações preferenciais que detém. Segundo nota divulgada pela assessoria de Abilio, a transferência para o fundo, que existe desde 2007, se deu como parte de uma estratégia para "profissionalização da gestão do patrimônio e diversificação do portfólio do grupo (família Diniz)".

Disputa

Na semana passada, em mais um lance da disputa entre os sócios Abilio Diniz e Casino, que se estende desde meados do ano passado, o empresário brasileiro entrou com um pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional para que o grupo francês "se abstenha de praticar ações que violem seu cargo como presidente do Conselho de Administração". A medida foi uma resposta, entre outras, ao formato de comitês de gestão recentemente criados pelo Casino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando