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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, por 10 votos a três, a representação feita pelo Psol contra o deputado Ricardo Salles (PL-SP). O partido alegou que, enquanto exercendo a função de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cometeu "violência de gênero" por usar o colegiado como "arma política para intimidação" e também fala da perseguição do parlamentar em publicações contra Sâmia Bomfim (Psol-SP) nas redes sociais.

Em maio, Salles pediu a extração das falas da deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) após ela fazer acusações ao deputado. Ele fez o pedido para apresentar ação contra a colega no colegiado - já protocolada e arquivada por votação na instância.

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Em sua defesa, Salles disse que o que acontecia o inverso. Deputadas do Psol faziam ataques a integrantes da comissão, inicialmente composta, em sua maioria, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. "A CPI do MST presenciou um sem-número de ataques e provocações muito pesadas, inclusive, de deputadas a um sem-número de deputados ali presentes, rotulados de terroristas, assassinos, genocida, bandido", afirmou. "Era uma estratégia de ataque, escamoteado atrás da discussão de gênero."

O Conselho de Ética também arquivou, por 11 votos a um, uma representação do PL contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). A legenda acusou Glauber de "ferir gravemente" a honra de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Bolsonaro, ao falar do caso das joias sauditas trazidas pelo ex-presidente, caso revelado pelo Estadão.

"Fica quietinho. Você já devolveu todos os colares? Já devolveu todos os colares?", questionou Braga a Eduardo. O PL justificou que Glauber imputou o "falso crime" de peculato. "Não é aceitável que em meio aos trabalhos de uma comissão desta Casa, um parlamentar inicie demasiados ataques desordeiros", escreveu o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

Glauber sustentou que o que foi dito não passou de "uma discussão política de natureza dura", mas que não extrapolava os limites do que dispõe a Constituição e o Código de Ética.

Até o momento, o Conselho de Ética não deu prosseguimento a nenhuma das 22 representações protocoladas no colegiado. O presidente da comissão, Leur Lomanto Júnior (União-BA), fez um apelo a parlamentares em setembro para que parassem de fazer trocas de acusações por via de representações. O PL é o autor de mais ações: foram 11 até o momento.

Chegaram no Supremo Tribunal Federal (STF), nas últimas semanas, duas ações de inconstitucionalidade sobre as novas diretrizes do Conselho Federal de Psicologia que proíbem atendimentos associados a crenças religiosas.

A resolução, publicada em abril, reforça o caráter laico da profissão. Veja alguns pontos vedados:

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- Induzir a crenças religiosas ou a qualquer tipo de preconceito, no exercício profissional;

- Usar o título de psicóloga ou psicólogo associado a vertentes religiosas;

- Associar conceitos, métodos e técnicas da psicologia a crenças religiosas;

- Usar, como forma de publicidade e propaganda, suas crenças religiosas.

As ações foram distribuídos ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ele não pretende decidir individualmente e está decidido a levar o caso para julgamento direto no plenário.

Os processos devem ser analisadas em conjunto, mas não há uma data prevista para o julgamento. As ações só serão liberadas para inclusão na pauta depois que o Conselho Federal de Psicologia enviar suas justificativas e a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República concluírem seus pareceres.

Com as manifestações em mãos, Moraes decidirá quando liberar os processos para julgamento e a Presidência do STF poderá marcar uma data. Não há prazo para esses andamentos, o que significa que o tempo corre a favor do Conselho Federal de Psicologia, já que por enquanto não há risco de Moraes derrubar monocraticamente a resolução.

A primeira ação é movida em conjunto pelo Partido Novo e pelo Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR). Eles afirmam que a resolução restringe a liberdade de crença e pedem que o STF declare o texto inconstitucional.

"A crença em determinada religião ou a consciência religiosa de um indivíduo não apenas estão ligadas a essência de seu ser, seus afetos mais profundos, como necessariamente se manifestam na vida desse indivíduo como um todo", argumentam.

O PDT também entrou com ação, mas em sentido contrário. O partido pede que o Supremo Tribunal Federal declare válida e resolução. O argumento é que a espiritualidade não pode ser usada para 'desvirtuar os standards da psicologia'.

"Mesmo respeitando a espiritualidade de cada profissional, o campo de incidência e a autonomia dos profissionais de psicanálise devem ficar muito bem distintos de imposições religiosas", diz um trecho da ação. "Tal desenlaçamento não implica proibição, vedação ou perseguição ao exercício da fé e da crença, seja tanto em seu aspecto intimista como em manifestações coletivas."

O partido afirma ainda que Novo e IBDR buscam, por 'vias transversas', garantir a promoção de terapias de conversão sexual, popularmente conhecidas como 'cura gay', 'através de inseminação de conteúdo religioso em detrimento da técnica e da ciência inerente à profissão'. O STF já reconheceu que qualquer prática terapêutica que considere a homossexualidade como um 'desvio' é ilegal.

A resolução foi aprovada por unanimidade, em dezembro de 2022, por uma assembleia formada pelo Conselho Federal de Psicologia e pelos 24 conselhos regionais. O texto foi publicado em 6 de abril de 2023, quando começou a valer.

A versão final foi construída a partir de sugestões de pesquisadores e do grupo de trabalho criado em 2014 para debater o tema. O Código de Ética da Psicologia já trazia diretrizes semelhantes, entre elas a proibição de 'induzir' convicções morais, ideológicas e religiosas aos pacientes.

"A resolução orienta que psicólogas e psicólogos devem atuar segundo os princípios éticos da profissão, pautando seus serviços com base no respeito à singularidade e à diversidade de pensamentos, crenças e convicções dos indivíduos e grupos, de forma a considerar o caráter laico do Estado e da Psicologia como ciência e profissão", justificou o Conselho Federal de Psicologia ao publicar a resolução.

O aclamado autor britânico Ian McEwan está desconcertado com a atual obsessão com a "sensibilidade" no mundo editorial. "Sejam corajosos!", diz ele aos escritores mais jovens.

Aos 75 anos, McEwan está longe de ser considerado um escritor conservador. Mas o autor de "Lições" confessa estar chocado com a ascensão do politicamente correto.

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"Não sei o que está acontecendo", declara o escritor que ganhou o Prêmio Booker de 1998 com "Amsterdam", ao ser questionado sobre os "leitores sensíveis", a moda mais recente no mercado editorial anglo-saxão, que consiste em leitores que recomendam alterações em obras que podem ser consideradas ofensivas.

"Isso está acontecendo entre pessoas muito jovens que vivem em sociedades que são relativamente livres, e eles parecem querer amarrar os braços e as pernas de jeitos que são simplesmente triviais", acrescenta, em entrevista à AFP.

McEwan diz que ouviu recentemente um jovem escritor falar sobre seu medo de escrever sobre o desejo masculino.

"Eu pensei: 'Coitado!' Porque você perdeu o desejo de metade do mundo", disse ele.

Seu conselho: "Seja corajoso! Que se danem eles. Você tem que escrever o que sente. Você tem que dizer a verdade".

"Essas histerias em massa, pânicos morais, atingem a população de vez em quando. E acho que esta é uma delas", completou.

Para ele, a tendência não se aplica a todos os jovens. É apenas "uma coisa estranha que acontece em algumas universidades, que adotamos dos Estados Unidos".

Ele apoia de modo veemente os jovens que lutam contra a mudança climática, uma questão "que afetará todos e cada um de nós". E conta que apoiou os estudantes que derrubaram a estátua de um traficante de escravos em Bristol, na Inglaterra, em 2020.

"Exigir um pouco mais de responsabilidade pelo nosso passado imperial colonial é uma exigência perfeitamente válida. Mas dizer que não podemos ler Nabokov, ou Conrad, ou o que quer que seja, parece mais do que desprezível", afirmou.

"A roda vai girar novamente" 

McEwan concede a entrevista à AFP durante uma viagem a Paris pouco antes do anúncio do Prêmio Nobel de Literatura, do qual é considerado um potencial vencedor.

"Todos os anos somos cerca de 50", comenta.

"Acho que meu filho (um pesquisador médico) receberá o Prêmio Nobel antes de mim", acrescenta, rindo.

Os romances de McEwan exploram uma ampla gama de temas morais complexos, como memória, trauma, implicações éticas do progresso científico, ou o lado sombrio do amor e dos relacionamentos, geralmente com humor ironicamente afiado.

Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema, incluindo "Na Praia de Chesil", "Amor para sempre" e o aclamado romance de guerra "Reparação" ("Desejo e Reparação" no cinema).

"Lições" conta a história de um homem que segue os principais acontecimentos políticos vividos por McEwan, desde a crise de Suez e a crise dos mísseis cubanos até a pandemia da covid-19.

McEwan considera o Brexit o evento histórico que cobra o maior preço.

Para ele, é um símbolo da derrota de uma Grã-Bretanha composta por "professores, médicos, bibliotecários... pessoas que trabalham no serviço público (que) já não contam, porque a Grã-Bretanha é realmente governada por pessoas que ganharam grandes quantias de dinheiro em serviços financeiros, e o bem social não lhes interessa".

"Acho que vão voltar", acrescentou.

"A roda vai voltar a girar. Vimos muitos dos episódios estúpidos e vergonhosos da direita populista em nosso país”, completa.

O Conselho de Ética da Câmara instaurou processo, nesta quarta-feira, 14, contra seis deputadas de esquerda que insultaram parlamentares que votaram a favor de projeto estabelecendo um marco temporal para demarcação de reservas indígenas. As representações contra as deputadas foram apresentadas pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Dois dos processos correm o risco de serem relatados por apoiadores do ex-presidente: o caso de Talíria Petrone (PSOL-RJ) poderá ficar sob a responsabilidade do Delegado Fábio Costa (PP-AL) e o de Erika Kokay (PT-DF) com Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

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Além delas, foram alvos de representação Célia Xakriabá (PSOL-MG), Samia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP). Em publicações nas redes, as congressistas chamaram de "genocida" o projeto que autoriza demarcação de terras apenas nas áreas ocupadas por indígenas até a promulgação da Constituição em 1988.

Segundo texto formulado pelo PL, as deputadas de esquerda acusaram os colegas que votaram a favor do projeto como tendo patrocinado o "extermínio" das comunidades indígenas. O PL sustenta ainda que as declarações tiveram "intuito de desonrar e macular esta instituição".

Célia Xakriabá, por exemplo, foi alvo de representação após dizer que os parlamentares que votaram a favor do projeto eram assassinos. "Vocês são assassinos do nosso povo", disse a parlamentar, no plenário da Câmara.

O documento, assinado pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, diz que as ditas transgressões "ultrapassam a imunidade parlamentar e possuem viés criminoso" por criar "uma narrativa ardilosa" e corroborar "fake news".

"As falas caluniosas da deputada não se restringem aos parlamentares da sessão, mas também são proferidas contra esta Casa, com intuito de desonrar e macular esta instituição", justificou Valdemar. Célia é uma das três parlamentares indígenas a exercerem o mandato na Câmara, ao lado de Juliana Cardoso e Silvia Waiãpi (PL-AP).

As deputadas acusam o PL de patrocinar uma perseguição machista. Durante os discursos na reunião do Conselho, parlamentares do PSOL ainda exibiram faixas de "marco temporal não". "Essa comissão de ética precisa ser de fato uma proteção a todos os parlamentares, mas acima de tudo, não cassar a palavra das mulheres nesse método machista que existe na sociedade e não está diferente aqui nesta Casa", disse Juliana.

O deputado Gustavo Gayer, ao criticar a postura das parlamentares, disse que era preciso deixar o lado "histérico e militante" de lado. O incidente gerou discussões - que aconteceram mais de uma vez ao longo das 2h30 de sessão.

"Estamos no Conselho de Ética. Se não pudermos dar o exemplo na reunião do Conselho de Ética, vamos dar onde?", questionou o presidente do Conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA), incomodado com as trocas de ataques entre deputados.

Desde o começo do ano, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tem feito apelos para que os parlamentares não percam a compostura no plenário.

Leur tem o apoio de Lira, que queria colocar um deputado "linha dura" para acabar com o que considera excessos que acontece no plenário e nas comissões.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou nesta terça-feira (30) processos disciplinares contra sete deputados: Carla Zambelli (PL-SP), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Nikolas Ferreira (PL-MG), José Medeiros (PL-MT), Juliana Cardoso (PT-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Após a instalação dos processos, foram sorteadas, para cada caso, listas tríplices de deputados para a escolha dos relatores.

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O deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), presidente do conselho, explicou que, para o sorteio, foram considerados os blocos e as federações existentes em 19 de abril de 2003, data de instalação do colegiado.

A designação dos relatores é feita a partir da lista tríplice sorteada, sendo que o relator não pode pertencer ao mesmo estado, partido ou bloco parlamentar do representado, sendo considerado o partido atual do deputado.

No caso de representação de iniciativa de partido político, o relator também não poderá ser desse mesmo partido.

Lomanto Júnior afirmou que os relatores serão designados na próxima reunião do conselho, quando começará a contar o prazo de 10 dias úteis para a apresentação do parecer preliminar.

Carla Zambelli

O processo (Representação 1/23) contra Carla Zambelli foi apresentado pelo PSB. O partido acusa a deputada de quebra de decoro parlamentar por ter xingado e constrangido o deputado Duarte (PSB-MA) durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino.

O comportamento, segundo o PSB, "reduz o Parlamento a uma roda de conversas informais, onde qualquer pessoa pode ofender sem ser repreendido". A representação acrescenta que a imunidade parlamentar é uma proteção à democracia e não deve ser usada de forma "imoral e zombeteira".

A lista tríplice sorteada inclui os deputados Ricardo Maia (MDB-BA), João Leão (PP-BA) e Washington Quaquá (PT-RJ).

Márcio Jerry

 processo contra Márcio Jerry (Representação 2/23) foi apresentado pelo PL também por quebra de decoro. Ele é acusado de importunação sexual contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC) também durante audiência com Flávio Dino.

Imagens de câmeras mostram que Jerry se aproxima por trás de Julia, apoia seu corpo contra o da colega e coloca o rosto em meio ao cabelo dela. O deputado afirma que teria agido dessa forma por causa do tumulto.

Foram sorteados para a lista tríplice os deputados Alexandre Leite (União-SP), Ricardo Maia e Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT).

Nikolas Ferreira

O processo contra Nikolas Ferreira (Representação 3/23) foi apresentado por quatro partidos: Psol, PDT, PT e PSB. As legendas afirmam que Ferreira faltou com o decoro ao usar uma peruca loira para, no Dia Internacional da Mulher, "fazer um discurso de cunho flagrantemente discriminatório e transfóbico".

Na ocasião, ele foi repreendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). "O Plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém", disse Lira.

A lista tríplice sorteada inclui os deputados Bruno Ganem (Pode-SP), Ricardo Maia e Alexandre Leite.

José Medeiros

O processo contra José Medeiros (Representação 4/23) foi apresentado pelo PT também por quebra de decoro durante a sessão que comemorava o Dia da Mulher.

Medeiros é acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de xingar e agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG) quando este foi defender a parlamentar paranaense. Comportamentos "que descambam para a violência física e intimidação injustificável não têm e não poderão jamais encontrar guarida na garantia da imunidade parlamentar", afirma o PT.

Foram sorteados para a lista tríplice os deputados Ricardo Ayres (Republicanos-TO), Gutemberg Reis (MDB-RJ) e Albuquerque (Republicanos-RR).

Juliana Cardoso

O PP (Representação 5/23) diz que a deputada Juliana Cardoso quebrou o decoro parlamentar ao chamar de “assassinos” os parlamentares favoráveis à urgência do projeto que dificulta a demarcação de terras indígenas (PL 409/07), incluindo o presidente Arthur Lira.

A lista tríplice sorteada inclui os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Luciano Vieira (PL-RJ).

Talíria Petrone

O PL (Representação 6/23) acusa a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) de quebra de decoro parlamentar por, durante reunião da CPI do MST, ter acusado o relator do colegiado, deputado Ricardo Salles (PL-SP), de fraudar mapas e ter relação com o garimpo.

Foram sorteados para a lista tríplice os deputados Rafael Simões (União-MG), Sidney Leite (PSD-AM) e Gabriel Mota.

Eduardo Bolsonaro

O PT (Representação 7/23) pede a aplicações de sanções cabíveis contra o deputado Eduardo Bolsonaro, por desentendimento com o deputado Marcon (PT-RS), em reunião da Comissão de Trabalho.

A confusão começou após Marcon ter questionado a facada desferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, Eduardo Bolsonaro levantou, xingou e ameaçou o petista. Os dois foram contidos por colegas.

A lista tríplice sorteada inclui os deputados Albuquerque, Gutemberg Reis e Josenildo (PDT-AP).

Critério de escolha

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que, pela imprensa, ficou sabendo que há outras representações, contra outros deputados. Ele questionou o presidente do Conselho de Ética sobre o número de representações existentes e o critério para essas sete terem sido pautadas, na medida em que foram apresentadas em tempos muito diversos.

O presidente Leur Lomanto Júnior esclareceu que desconhece o critério adotado pela Mesa Diretora e que ele apenas seguiu a ordem de numeração das representações.

O Conselho

O Conselho de Ética é o órgão encarregado da aplicação de penalidades nos casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar.

Cabe ao colegiado zelar pela observância dos preceitos éticos, cuidando da preservação da dignidade parlamentar; instaurar processo disciplinar; e proceder os atos necessários à sua instrução.

Criado em 2001, o conselho é composto por 21 membros titulares e igual número de suplentes, com mandato de dois anos, que não podem ser substituídos a qualquer tempo.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Na manhã da última quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da primeira sessão plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O CDESS tem como objetivo auxíliar o presidente na formulação de políticas públicas para o país, com participação de variados grupos sociais.

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O Conselhão foi criado no primeiro mandato de Lula (2003-2007). Na gestão de Jair Bolsonaro, deixou de existir. Agora, foi recriado. Na primeira reunião tomaram posse os 246 novos integrantes.

O Conselhão reúne desde influenciadores digitais, como Felipe Neto, até lideranças indígenas, como o xamã yanomami David Kopenawa. Duas mulheres paraenses também estão incluídas na lista de empossados: Glória Caputo, professora, musicista e gestora de órgãos publicos ligados à música; e Zélia Amador de Deus, professora, ativista do movimento em defesa da população negra e uma das fundadoras do centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).

Em entrevista, Glória Caputo disse que o Conselhão será de grande ajuda na busca da solução para problemas que o governo Lula poderá vir a enfrentar. "Acho que um bom conselho pode ajudar muito, desde que não se perca nas análises dos problemas, mas que procure as soluções a curto e longo prazo", afirmou a professora.

Além da posse, a primeira reunião foi marcada por vários pronunciamentos.  "Tivemos neste momento inicial a posse e durante a tarde os primeiros pronunciamentos. Acredito que nas próximas reuniões é que de fato vamos discutir e trocar ideias", destacou Glória Caputo.

Glória avaliou a participação de representantes paraenses no Conselho. "Acho um número muito grande de integrantes. Porém, um Estado como o Pará, tão grande e com extensões equivalentes a de um país, é evidente que poderíamos ter mais representantes", disse.

Pianista e professora, Glória Caputo ressalta a importância da música como uma ferramenta educacional no país. "A música é muito importante no processo de educação, fundamental para o crescimento do nosso país. As artes são ferramentas importantes no desenvolvimento das crianças, educação em forma de lazer", observou.

Glória Caputo começou a tocar piano na infância. Estudou nos Estados Unidos e, de volta ao Brasil, na década de 1980, criou a Fundação Amazônica de Música (FAM). Atualmente, ensina o ofício da música a crianças carentes de Belém (PA), formando profissionais para orquestras e bandas.

Também integrante do Conselhão, Zélia Amador de Deus tem Licenciatura Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (1974), curso de formação de ator (1974), mestrado em Estudo Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2008). É professora da Universidade Federal do Pará desde 1978. Tem experiência na área de Letras, Teatro, História da Arte, Estética, com ênfase em ações afirmativas e afrodiáspora.

Por David Nogueira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

O conselho de administração da Petrobras reagiu às declarações do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, sobre eventuais mudanças na política de preços de combustíveis da companhia e reduções no valor do diesel cobrado em suas refinarias.

O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que o colegiado enviou uma carta a Silveira cobrando a apresentação dessa nova diretriz para os preços, citada pelo ministro em entrevista na quarta-feira. O documento é assinado pelo presidente do colegiado, Gileno Gurjão Barreto.

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Em entrevista à GloboNews, Silveira chamou o atual modelo de preço de paridade de importação, o PPI, de "absurdo" e disse que "já determinou mudanças". O ministro também afirmou que haveria espaço para uma redução no preço do diesel entre R$ 0,22 e R$ 0,25 por litro.

A carta foi vista como uma forma de o conselho se proteger legalmente, já que informações sensíveis aos negócios de empresas de capital aberto devem ser comunicadas em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma campanha lançada pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) tenta convencer foliões a não utilizar fantasias que façam referência à profissão. Com o mote "Enfermeira não é brincadeira", a ação visa coibir a erotização da profissão e evitar o machismo, funcionando através de materiais educativos publicados em redes sociais. As publicações ressaltam que as fantasias e adereços relacionados à enfermagem podem incentivar o assédio, principalmente às mulheres.

“A iniciativa partiu do plenário do Coren-PE, que, em cumprimento à Lei 5.905/73, tem a prerrogativa de defender os profissionais de enfermagem. A campanha tem o objetivo de enfrentar os estigmas, cuidar da mulher, coibir assédio e estimular mulheres das mais variáveis categorias profissionais à sororidade, em defesa de profissionais de enfermagem que estão constantemente expostas aos mais diversos tipos de assédio”, afirma o Presidente do Coren-PE, Gilmar Júnior.

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Gilmar também frisa que a categoria é majoritariamente composta por mulheres (86%). "A fantasia de enfermeira ou técnica de enfermagem, na maioria das vezes, é associada à erotização da profissão. E abordagens do tipo funcionam fortemente como empecilho na luta da categoria por reconhecimento, respeito", reforça.

A luta do Coren-PE se junta ao trabalho de conscientização de outras entidades públicas e grupos organizados espalhados pelo país que buscam desestimular o uso de fantasias e adereços que possam ridicularizar pessoas e culturas, a exemplo de indígenas, travestis e pessoas pretas. “A enfermagem é uma profissão que exige anos de estudo e aperfeiçoamento em qualquer grau de escolaridade. A replicação da fantasia de enfermeira ou técnica de enfermagem, é um claro exemplo do machismo estrutural enraizado na cultura desse país, que tenta impor o trabalho da mulher à contextos nada verosímil ao da realidade: mulheres cujo cuidado está pautado na técnica e na ciência”, concluiu Gilmar Júnior.

A senadora Damares Alves (Republicanos-RJ) afirmou, nessa quinta-feira (9), ser improcedente a representação protocolada pelo PSOL no Conselho de Ética do Senado na qual o partido pede a cassação do mandato da ex-ministra. O documento responsabiliza Damares pela crise de saúde dos Yanomami e apresenta um conjunto de ofícios enviados pelo Ministério Público Federal (MPF) e organismos internacionais a ela quando ministra dos Direitos Humanos. Tais documentos traziam denúncias sobre casos de violência contra os indígenas.

"Meus eleitores queridos, fiquem tranquilos, o Conselho de Ética do Senado, segundo o regimento interno, não pode julgar e investigar nenhum ato meu antes da posse, então essa representação não vai ser procedente e, nas demais ações que a esquerda entrar contra mim, eu vou me defender", disse a ex-ministra em vídeo publicado em sua rede social.

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Segundo a Resolução nº 20, de 1993, que criou o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o grupo tem a responsabilidade de zelar pela "dignidade do mandato parlamentar no Senado Federal" com base dos princípios éticos, além de analisar denúncias contra os parlamentares.

Sobre as acusações referentes à crise Yanomami, a senadora afirmou que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) era de responsabilidade do ministério da Justiça e Segurança Pública quando ela era ministra do governo de Jair Bolsonaro. "Eu era ministra no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A FUNAI não estava no nosso ministério. Então, eu não posso ser responsabilizada por uma atribuição que não era minha", disse. Além do Ministério da Justiça, a senadora cita também outro órgão envolvido nos cuidados à população indígena: a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Segundo Damares, o fato dela também estar fora do ministério desde o fim de março de 2022 é um indicativo de que não pode ser responsabilizada. "Estou fora do ministério há quase um ano. Então, não cabe a mim a responsabilidade desses indígenas que estão desnutridos ou das mortes que aconteceram nos últimos anos dos índios Yanomamis", disse. A ex-ministra deixou o cargo para concorrer às eleições do ano passado.

A representação

A representação do PSOL contra Damares foi protocolada nesta quinta-feira (9). O documento relaciona a parlamentar com decisões do governo Bolsonaro voltadas aos direitos humanos, pasta pela qual era responsável, e ações do ex-presidente Bolsonaro como "deturpação do uso da máquina pública, utilizada apenas para propagar discursos de ódio".

Um das justificativas da ação é uma informação divulgada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Segundo o órgão, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e a ex-ministra se omitiram de agir perante denúncias de violência contra o povo Yanomami e direcionou a responsabilidade para outros órgãos.

"Foram identificados sete processos administrativos em que, mesmo diante de vários alertas sobre as violências sofridas pelo povo Yanomami entre os anos de 2019 e 2022, com o envio de recomendações e pedidos da ONU, da CIDH, do MPF, entre outras entidades, o MMFDH - e a Representada, portanto - se eximiu de responsabilidade, seja redirecionando casos de sua competência à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), à Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), ao Ministério da Justiça, entre outros órgãos do governo, seja simplesmente manifestando não ser o tema de sua atribuição e devolvendo os casos aos remetentes", afirmam.

O documento defende que os fatos envolvendo a gestão de Damares como ministra "não podem simplesmente ser apagados pela eleição para outro cargo". "É fundamental ressaltar que não importa, conforme vêm decidindo o STF e demais tribunais, o tempo da ocorrência do delito ético-político para fins de verificação e punição pela quebra de decoro. Uma vez ocorrida a quebra do decoro parlamentar, não há tempo que a desfaça e não há ato que signifique o perdão tácito - ainda mais se tratando de fatos ocorridos no período em que a Representada era Ministra de Estado e revelados após a sua diplomação."

A representação do PSOL é assinada pelo presidente do partido Juliano Medeiros, o líder da sigla Guilherme Boulos e pelos membros Henrique Vieira (PSOL-RJ), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Chico Alencar (PSOL-RJ), Erika Hilton (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Luciene Cavalcante (PSOL-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Tarcísio Motta (PSOL-RJ).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou três novos membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que vão entrar no lugar de outros três escolhidos pelo então presidente Jair Bolsonaro, dois deles nomeados para o colegiado na reta final do governo passado.

Decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (7), dispensam da função o ex-ministro de Bolsonaro Célio Faria Júnior e o advogado João Henrique Nascimento de Freitas, que era chefe da Assessoria Especial do ex-presidente, ambos aliados de primeira hora de Bolsonaro e que ganharam o posto na Comissão de Ética a 44 dias do fim da gestão presidencial para integrar o colegiado por três anos. O terceiro dispensado foi o desembargador aposentado Fábio Prieto, escolhido para ser o novo secretário da Justiça do Estado de São Paulo pelo governador Tarcísio de Freitas.

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Os novos membros da comissão nomeados por Lula, também formalizados no Diário Oficial desta terça, são: Bruno Espiñeira Lemos, Kenarik Boujikian e Manoel Caetano Ferreira Filho, todos com mandato de três anos.

Criada durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, em 1999, a comissão é um órgão consultivo, que deve zelar pela aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, analisar casos de potencial conflito de interesses e desvios de ocupantes de cargos de confiança. O grupo tem acesso a dados sigilosos de patrimônio dos integrantes do primeiro escalão do governo. Na prática, integrantes da Comissão de Ética podem apontar conflitos de interesse envolvendo ministros e demais ocupantes da cúpula do governo federal. Podem até recomendar a exoneração de servidores por violação de conduta.

O colegiado também decide se ministros, ao deixar o cargo, devem cumprir quarentena por até seis meses antes de exercer outras atividades profissionais. Nesta semana, o Estadão revelou que a comissão, formada por sete conselheiros, cuja composição era toda indicada por Bolsonaro, liberou ministros de seu governo para exercer de imediato atividades em empresas da iniciativa privada que mantêm relação com seus antigos cargos.

O colegiado dispensou da quarentena três titulares do primeiro escalão de Bolsonaro que, por lei, poderiam receber salários pelos próximos seis meses sem trabalhar, para evitar situações de conflito de interesse. Até agora, a comissão já liberou da quarentena o ex-deputado Fábio Faria (PP-RN), que comandou o Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União - os dois vão trabalhar no BTG Pactual, e Marcelo Sampaio, ex-ministro da Infraestrutura, que informou ao órgão consultivo que foi convidado para trabalhar na Vale, a gigante da mineração e logística.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira, 31, o decreto que cria o Conselho de Participação Social. O órgão vai reunir representantes da sociedade civil e de movimentos sociais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhos Sem Terra (MST), em um grupo para discutir políticas públicas e negociar demandas diretamente com a Presidência. No discurso de assinatura da medida, o petista disse que é necessário "acabar com o fascismo impregnado" em parte da população.

O Conselho será presidido por Lula, mas a coordenação dos trabalhos ficará a cargo do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT). O grupo contará com 68 representantes de movimentos e entidades da sociedade civil, que deve se reunir a cada três meses. Segundo Lula, a criação do colegiado é "uma obra e uma ideia" da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

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Durante a cerimônia de assinatura, Lula mostrou à plateia os tapumes e a falta de persianas no Palácio do Planalto por causa da invasão de golpista no último dia 8 de janeiro. Segundo o presidente, as marcas no prédio são a prova de que houve uma vitória eleitoral, mas o governo ainda precisa enfrentar o fascismo.

"Ganhamos uma eleição, mas a causa que nos fez chegar aqui ainda está engatinhando para que a gente possa conquistá-la", disse Lula. "Nós derrotamos um presidente, mas ainda não derrotamos o fascismo que foi impregnado na cabeça de milhões de brasileiros", prosseguiu.

A criação do colegiado foi uma promessa de Lula aos movimentos sociais durante a transição de governo. Em dezembro do ano passado, o petista recebeu lideranças do MST, do Movimento Negro Unificado (MNU), das centrais sindicais e de organizações estudantis. Na ocasião, os participantes pediram a Lula que o grupo organize a retomada do orçamento participativo junto ao governo.

Lula pediu que os movimentos populares tenham paciência com o governo, pois, segundo ele, a montagem dos ministérios só foi concluída no último dia 24 por causa das crises recentes que desestabilizaram o País. O presidente, porém, garantiu que as entidades serão tratadas com "igualdade" e terão suas demandas ouvidas pela Presidência e pelos ministros.

"Estamos num processo de reconstrução desse País. Quem já tentou reconstruir o seu barraco, uma reforma, sabe que é mais difícil do que construir uma coisa nova", afirmou. "Vocês vão ajudar a gente a reconstruir ou a construir uma coisa nova, com participação efetiva", prosseguiu. "A gente não pode mais permitir retrocesso nesse país. Eu pensei que tivéssemos acabado com a fome e a fome voltou mais uma vez", disse.

O ministro Macêdo disse nesta terça que já iniciou o diálogo com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), para criar o Plano Plurianual (PPA) participativo, que deve guiar o orçamento com participação popular. O ministro ainda aproveitou o discursou para atacar o que chamou de política de desmonte dos conselhos sociais durante o governo Bolsonaro.

Antes de assinar o decreto, Lula ainda afirmou que os conselheiros contribuirão para aprovar política voltadas às mulheres. Segundo ele, o objetivo do governo na área é garantir que as taxas de feminicidio sejam as menores da história durante o seu governo. "A luta contra o feminicídio é uma luta sem trégua", disse.

"(O feminicídio) é um problema cultural, de educação. O homem tem que aprender que a mulher não foi feita para apanhar. A mulher foi feita para ser parceira, fazer política. Mulher foi feita para ser igual, inclusive no mercado de trabalho"

Nesta terça, a coordenadora nacional do MNU, Simone Nascimento, discursou na cerimônia de assinatura do decreto e colocou a revogação do teto de gastos públicos como "condição primária" para a retomada do orçamento participativo no Plano Plurianual, que deve ser uma das principais atribuições do Conselho. A militante ainda indiciou que o grupo deve pressionar Lula para que não sejam tomadas medidas de anistia ao membros do governo Jair Bolsonaro (PL). A palavra de ordem "sem anistia" se tornou a principal bandeira de setores de esquerda no atual governo.

"O Brasil precisa continuar seguindo esses rumos da democracia, como vimos na revogação (por Lula) do decreto que impunha limites à participação de movimento sociais em conselhos", afirmou Simone. "Sem participação popular, não poderemos reconstruir a democracia no Brasil" Esperamos que o conselho seja um espaço de diálogo efetivo e constante com o senhor (Lula) e o ministro (Márcio Macêdo)", completou.

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou Caio Mario Paes de Andrade presidente-executivo da empresa por sete votos a três nesta segunda-feira, 27. Ele também foi aprovado para integrar o Conselho.

Segundo fontes, votaram a favor de Paes de Andrade os cinco conselheiros da União e dois representantes de acionistas minoritários. Outros três conselheiros minoritários votaram contra a indicação.

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Paes de Andrade será o quinto presidente da Petrobras no governo Jair Bolsonaro, em sucessão novamente marcada pela queda de braço entre o governo e a diretoria da petroleira sobre a alta nos preços dos combustíveis em refinarias da Petrobras, hoje alinhados ao mercado internacional.

Currículo

Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista e tem cursos de pós-graduação em administração pelas americanas Harvard University e Duke University.

Com passagens por empresas de tecnologia da informação, ele migrou para a administração pública em 2019, quando assumiu a presidência do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Em agosto de 2020, ele assumiu o cargo de secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia.

Paes de Andrade também é membro do Conselho de Administração da Embrapa e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal que administra o óleo lucro da União em campos produtores do pré-sal. Aí reside seu único contato mais claro com o setor de óleo e gás.

Em reunião extraordinária marcada para esta segunda-feira (27) o conselho de administração da Petrobras vai discutir a indicação do atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para uma das vagas do colegiado e para a presidência da estatal.

O encontro foi confirmado depois que o Comitê de Elegibilidade da empresa concluiu que Andrade tem os requisitos legais para ocupar o cargo. A decisão não foi unânime. Ele será o quinto presidente da Petrobras no governo Bolsonaro, que faz pressão para mudar a atual política de reajustes de preços dos combustíveis (que segue a oscilação das cotações do barril de petróleo no exterior). Os ataques aumentaram nas últimas semanas com o receio de que esses reajustes possam minar a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

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Durante a avaliação de seu nome, Andrade recusou convite do Comitê de Pessoas para falar sobre política de preços e governança da estatal. Ele optou por responder por escrito aos questionamentos. Andrade negou ter sido orientado pelo governo a modificar a política de preços. "Não tenho qualquer orientação específica ou geral do acionista controlador ou qualquer outro acionista no sentido de alteração da política de preços praticados pela companhia", escreveu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho de Administração do Twitter recomendou, de forma unânime, a aceitação da proposta de venda para o CEO da Tesla, Elon Musk, por US$ 44 bilhões, de acordo com documento protocolado na Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) nesta terça-feira (21).

A declaração afirma que, após cuidadosa análise dos fatos, os diretores sugerem que os acionistas votem a favor da transação e concordem com uma reunião extraordinária, caso não haja votos suficientes.

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Na segunda-feira, Musk reiterou que há assuntos "não resolvidos" para o fechamento do negócio, principalmente a questão de contas falsas na rede social.

O empresário chegou a suspender temporariamente a compra após questionar os dados apresentados pela companhia.

A nadadora Joanna Maranhão é uma das boas novidades no comando corporativa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em 2022. A nadadora figura entre os cinco nomes eleitos para o Conselho de Ética da entidade, escolhidos nesta terça-feira. Outros seis nomes assumem o Conselho Fiscal.

Dona do melhor resultado de uma nadadora brasileira na história olímpica, com o quinto lugar nos 400m medley em Atenas-2004, a nadadora pernambucana tem uma história de luta e superação após ser vítima de abuso sexual. Criou a Lei Joanna Maranhão e sempre está lutando para acabar com as injustiças no esporte.

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Eleita com 43 de 50 votos possíveis na Assembleia Geral do COB, a ex-nadadora espera trabalhar mais pelo esporte, como já fazia como atleta. "Feliz com a confiança depositada. Obrigada aos que votaram", agradeceu. "É preciso que mais mulheres e mais atletas ocupem e conquistem esses espaços com representatividade ativa e com conteúdo. Muito por fazer. Sigamos em frente!."

Joana Maranhão e Samy Arap Sobrinho foram eleitos como não independentes. O Conselho de Ética ainda terá Humberto Aparecido Panzetti, Ney Barros Bello Filho e Guilherme Faria da Silva, escolhidos como membros independentes. No Conselho Fiscal os eleitos foram Bianca de Azevedo, Ângelo Moniz Freire Vivacqua e Sebastião Dantas Ramos, além dos suplentes Marcus de Carvalho Mussa Gaze, Guilherme de Oliveira Campos e Marcos José de Carvalho Neto.

"A eleição transcorreu em clima de tranquilidade, participação maciça das Confederações, representantes dos atletas e membros do COI. Espero que os novos membros, alguns reconduzidos ao cargo, continuem exercendo o trabalho que estavam fazendo, atuando com independência como órgãos fiscalizadores", enfatizou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

"A transparência é um dos pilares da nossa administração. Então, a aprovação das contas foi muito tranquila. Tudo muito claro, apenas arguições sobre detalhes técnicos, nada que atrapalhasse o brilho da prestação feita pelas diretorias administrativa e financeira e do relatório muito bem elaborado por todas as áreas. Agora é foco total em 2022, um ano bastante promissor para nós", completou.

Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla, desistiu de integrar o conselho de administração do Twitter, segundo informou o presidente executivo da rede social, Parag Agrawal. Às 9h04 desta segunda-feira (de Brasília), a ação do Twitter caía 2,86% nos negócios do pré-mercado em Nova York.

"Elon decidiu que não irá mais se juntar ao nosso conselho de administração", disse Agrawal, em tuíte publicado no fim da noite de domingo (10). O anúncio da desistência veio após Musk, que recentemente adquiriu uma fatia de 9,2% no Twitter, passar o fim de semana tuitando críticas, sugestões e aparente piadas sobre a empresa de mídia social.

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Em um dos tuítes, Musk perguntou a seus 81 milhões de seguidores se acreditam que o Twitter está morrendo e apontou que várias contas mais relevantes, como as dos artistas Taylor Swift e Justin Bieber, raramente tuítam. Com informações da Dow Jones Newswires.

Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro instituiu o Conselho do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS). O documento saiu na edição desta quinta-feira (30) do Diário Oficial da União.

O colegiado será formado por representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) – que exercerá os cargos de presidência e de secretaria-executiva do conselho–; da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI) do Ministério da Economia; da Casa Civil; e do Ministério da Infraestrutura.

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O conselho deverá escolher a instituição financeira que será responsável pela administração do fundo por meio de uma chamada pública. As instituições interessadas deverão, obrigatoriamente, atuar nas cinco regiões do país; atuar no financiamento de projetos de infraestrutura; atuar e dispor de equipes técnicas multidisciplinares para modelagem de projetos de concessão e parcerias público-privadas; e possuir experiência na administração de fundos de investimento.

Outra ação possibilitada pelo Decreto é a integralização das cotas do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) ao FDIRS. O valor está limitado a R$ 11 bilhões.

O Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável foi criado a partir da reestruturação do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) e tem como principais objetivos: viabilizar a estruturação e o desenvolvimento de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs); conceder garantias destinadas à cobertura dos riscos relacionados ao descumprimento de obrigações pecuniárias assumidas pelo parceiro público em PPPs; e permitir a participação em fundos de investimentos regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na forma de capital semente.

A estruturação e desenvolvimento de projetos de concessão e (PPP) da União, dos estados e dos municípios terão disponíveis, inicialmente, R$ 750 milhões, com prioridade para cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Perto de completar um século de existência, pela primeira vez, a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) será presidida por uma mulher, que escolheu a primeira conselheira travesti para compor sua chapa. A instituição elegeu as representantes na votação dessa quinta-feira (25).

Apoiada pela maioria dos advogados, a Patricia Vanzolini vai comandar a OAB-SP nos próximos três anos. Ela venceu a disputa com 35,80% dos votos, equivalente a 64.207 eleitores. O segundo colocado foi o candidato à reeleição Caio Santos, que ficou com 32,79%, opção de 58.821 votantes.

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Como primeira mulher eleita, Patricia será auxiliada pela empresária Márcia Rocha, que já havia quebrado paradigmas ao ser a primeira advogada a receber a carteira da Ordem com o nome social.

Ela já é membro da comissão da Diversidade Sexual da OAB-SP e coordena o projeto Transempregos. Emocionada, Márcia anunciou o resultado da eleição nas redes sociais: "estamos muito felizes com essa confiança depositada em nós. Sou a primeira conselheira travesti eleita para a OAB/SP!", publicou.

Ao todo, 350 mil advogados estavam aptos ao voto. Neste ano, foi lançada a regra de paridade de gênero, aprovada em 2020 pelo Conselho Federal da entidade, que designou que metade das chapas, cargos de comando e diretoria deveria ser ocupado por mulheres. 

A Câmara dos Deputados pode votar, nesta terça-feira (19), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/21, que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A sessão do Plenário está marcada para as 15 horas.

Nessa segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a votação da PEC. Segundo ele, a proposta dá paridade e igualdade entre representantes da sociedade civil e do Ministério Públicono conselho. "Pesos e contrapesos, todo mundo tem que ser fiscalizado. Quem controla também tem que ser controlado."

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Os parlamentares já concluíram a fase de discussão do parecer do relator da PEC, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). Segundo o texto, o CNMP terá 17 integrantes (ante os atuais 14), sendo 5 indicados ou eleitos pelo Poder Legislativo (hoje são 2). O mandato dos integrantes continuará a ser de dois anos, permitida uma recondução, e cada indicado precisará passar por sabatina no Senado.

Entre outros pontos, o texto do relator também exige que o Ministério Público crie, em 120 dias, um código de ética que vise combater abusos e desvios de seus integrantes. Se esse prazo não for cumprido, caberá ao Congresso elaborar o código por meio de uma lei ordinária.

O texto também trata da escolha do corregedor nacional do Ministério Público, que será o vice-presidente do CNMP.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a proposta foi negociada e conversada com diversos integrantes do Ministério Público, mas ressaltou a autonomia dos parlamentares para aprovar a PEC.

"Foi feito um acordo em alguns pontos e, mais importante, o fato de ter acordo ou não, não inviabiliza a votação", disse Lira, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (15). "Não vamos aceitar versões criadas contra a própria sociedade. A Câmara não deixou de conversar e ouvir ou acatar sugestões, mas não são os procuradores que votam no Plenário da Câmara e do Senado", declarou.

Para a aprovação de uma PEC, são necessários pelo menos 308 votos no Plenário da Câmara, em dois turnos. A proposta teve sua admissibilidade aprovada em maio pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Incêndios florestais

Entre outros itens, a pauta do Plenário de terça-feira também inclui o Projeto de Lei 11276/18, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, disciplinando as situações nas quais será permitido seu uso.

A relatora do projeto, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), ressalta a necessidade de aprovação da proposta para ampliar o combate a incêndios florestais. "Há dados terríveis, que chamam a atenção do mundo, como em torno de 17 milhões de animais mortos em incêndios em 2020 no Pantanal", afirmou.

De autoria do Poder Executivo, o projeto cria três órgãos para coordenar esse combate; permite queimadas realizadas por indígenas e agricultores familiares; e traz medidas para substituir o fogo por tecnologias alternativas.

*Da Agência Câmara de Notícias

Faustão mal retornou para a Band, mas já parece estar se dando bem com os colegas de emissora - isso porque José Luiz Datena revelou, durante o Brasil Urgente da última quinta-feira (9), que recebeu conselhos do ex-apresentador do Domingão do Faustão.

Durante o programa, Datena revelou que Fausto Silva havia percebido suas diversas broncas dadas na equipe - ao vivo - por conta da comunicação através do ponto eletrônico. Com isso, ele conta que foi aconselhado pelo colega a deixar de usar o aparelho de modo constante.

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"O Faustão, outro dia, me ligou e falou assim: Datena, de vez em quando você tem que parar de usar o ponto eletrônico. Porque eu fico bravo por causa do aparelho. As pessoas falam no momento mais indevido e, às vezes, para dar uma informação que você acabou de dar. Tem que ouvir o programa. Ele falou assim: Porque você não para de usar o ponto eletrônico? Ninguém vai reclamar mais de você discutindo com os outros. É a nossa cara que está no ar, se você der informação errada, repete alguma coisa que você falou, perde o raciocínio", disse.

Apesar disso, o polêmico apresentador fez questão de elogiar a equipe do programa e explicar as dificuldades que podem ser causadas pelo ponto eletrônico: "Quando você está ouvindo alguém, ninguém pode falar com você, a não ser que caia meteoro na terra. Não dá pra falar quando você está entrevistando alguém do outro lado, se alguém fala no seu ouvido, você pode perder uma parte importante. Por isso que de vez em quando eu fico bravo aqui. As interrupções são importantes, a minha equipe é a melhor equipe de jornalistas do Brasil. Só que há momento para tudo".

Fim do Brasil Urgente?

De acordo com o colunista Flávio Ricco, a Band já tem sua programação para 2022, de modo que já será possível conferir um pouco do que os telespectadores podem esperar da nova atração comandada por Fausto Silva. A presença de José Luiz Datena e de seu programa, no entanto, ainda é um mistério.

O jornalista conta que a incerteza relacionada ao apresentador do telejornal está relacionada a sua possível candidatura à presidência do Brasil em 2022. Se essa intenção realmente for posta em prática, o Brasil Urgente pode ser retirado do ar - isso porque, sem a cara de Datena, seria difícil encontrar um substituto à altura.

Outra informação sobre a grade da emissora é que a Band teria comprado um grande pacote de filmes e programas de televisão, garantindo mais uma temporada do Duelo de Mães e a volta de O Aprendiz. A empresa também estaria trabalhando para a renovação dos direitos do MasterChef - cujo contrato se encerra em seis meses - por mais três anos.

A apresentação oficial da programação deve ser divulgada no dia 28 de setembro.

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