Tópicos | influência política

A pandemia de Covid-19 foi severamente agravada no Brasil devido sua politização. No entanto, o impacto de forças políticas difusas na fatalidade de uma epidemia é notoriamente difícil de quantificar. Pesquisadores dos departamentos de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) apresentaram um método para medir esse efeito no caso brasileiro, baseado na distribuição não homogênea em todo o território nacional do apoio político ao governo federal.

Esse apoio político é quantificado pelas taxas de votação na última eleição geral no Brasil. Esses dados estão correlacionados com as taxas de letalidade da covid-19 em cada estado brasileiro à medida que o número de mortes cresce ao longo do tempo. O estudo mostra que a correlação entre taxa de mortalidade e apoio político à atual gestão federal cresceu à medida que a campanha de desinformação foi desenvolvida. Isso levou à dominância de um fator político de impacto na pandemia brasileira no decorrer de 2021. Os resultados mostram que, uma vez estabelecida essa dominância, a correlação permite estimar o número total de mortes por influência política.

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A análise cruzada dos dados de fatalidade e votos correlacionados no tempo, estabelece a dominância de uma correlação e permite estimar o número total de óbitos por influência política. Os pesquisadores apontam 350 mil óbitos até o final de 2021 durante período de forte influência da narrativa política. Isto correspondendo a 57% do total de óbitos no Brasil naquele período. Estados como Roraima, Rondônia e Mato Grosso mostram níveis altos de votação no atual presidente e taxa alta de fatalidade. Já Piauí, Bahia, Maranhão, Paraíba e Ceará, todos no Nordeste, possuem mais baixa votação no candidato governista e menor taxa de fatalidade.

“Nossa análise mostra que uma parcela significativa das forças políticas no Brasil optou por ignorar os métodos científicos de mitigação e um desenvolvimento acelerado se confirmou com uma mistura de ilusões e tratamentos não testados. As consequências foram terríveis, resultando diretamente em um excesso de mortes entre as populações que compartilhavam bases de ideologia política semelhante”, complementa o professor José Dias do Nascimento, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE) da UFRN e coautor do estudo.

A quantificação da correlação estatística entre votos nas eleições presidenciais de 2018 e mortes causadas por Covid-19 aponta, também, para direções de futuras pesquisas sobre os mecanismos causais da relação de intervenção política em campanhas de saúde pública. A análise mostra que o papel das visões políticas podem trazer agravamento e crises na gestão da saúde pública.

*Da assessoria

A Câmara dos Deputados pode votar, nesta terça-feira (19), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/21, que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A sessão do Plenário está marcada para as 15 horas.

Nessa segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a votação da PEC. Segundo ele, a proposta dá paridade e igualdade entre representantes da sociedade civil e do Ministério Públicono conselho. "Pesos e contrapesos, todo mundo tem que ser fiscalizado. Quem controla também tem que ser controlado."

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Os parlamentares já concluíram a fase de discussão do parecer do relator da PEC, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). Segundo o texto, o CNMP terá 17 integrantes (ante os atuais 14), sendo 5 indicados ou eleitos pelo Poder Legislativo (hoje são 2). O mandato dos integrantes continuará a ser de dois anos, permitida uma recondução, e cada indicado precisará passar por sabatina no Senado.

Entre outros pontos, o texto do relator também exige que o Ministério Público crie, em 120 dias, um código de ética que vise combater abusos e desvios de seus integrantes. Se esse prazo não for cumprido, caberá ao Congresso elaborar o código por meio de uma lei ordinária.

O texto também trata da escolha do corregedor nacional do Ministério Público, que será o vice-presidente do CNMP.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a proposta foi negociada e conversada com diversos integrantes do Ministério Público, mas ressaltou a autonomia dos parlamentares para aprovar a PEC.

"Foi feito um acordo em alguns pontos e, mais importante, o fato de ter acordo ou não, não inviabiliza a votação", disse Lira, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (15). "Não vamos aceitar versões criadas contra a própria sociedade. A Câmara não deixou de conversar e ouvir ou acatar sugestões, mas não são os procuradores que votam no Plenário da Câmara e do Senado", declarou.

Para a aprovação de uma PEC, são necessários pelo menos 308 votos no Plenário da Câmara, em dois turnos. A proposta teve sua admissibilidade aprovada em maio pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Incêndios florestais

Entre outros itens, a pauta do Plenário de terça-feira também inclui o Projeto de Lei 11276/18, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, disciplinando as situações nas quais será permitido seu uso.

A relatora do projeto, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), ressalta a necessidade de aprovação da proposta para ampliar o combate a incêndios florestais. "Há dados terríveis, que chamam a atenção do mundo, como em torno de 17 milhões de animais mortos em incêndios em 2020 no Pantanal", afirmou.

De autoria do Poder Executivo, o projeto cria três órgãos para coordenar esse combate; permite queimadas realizadas por indígenas e agricultores familiares; e traz medidas para substituir o fogo por tecnologias alternativas.

*Da Agência Câmara de Notícias

Em meio à corrida eleitoral e as articulações dos pré-candidatos em prol de alianças políticas, as Centrais Sindicais de Pernambuco irão celebrar o Dia do Trabalhador nesta quinta-feira (1°) de forma distinta. Ano passado, a Força Sindical reuniu vários centrais na Praia do Pina, em Boa Viagem, mas este ano os eventos estão sendo marcados de forma individual.

Em virtude da proximidade do período eleitoral, presidentes de sindicatos e de Centrais Sindicais já apontam o desejo de apoiar determinados postulantes. No entanto, a influência desse fato tem opiniões distintas na visão de sindicalistas. 

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Segundo o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Israel Torres, diferente do ano passado que participou do evento junto a Força Sindical, o motivo principal dele não participar da festividade do 1° de maio este ano, é mesmo por questões políticas. “Esse encontro lá no Pina é mais político. Além disso é Armando Monteiro (PTB) que vai está lá e de maneira nenhuma a gente apoio Armando Monteiro para governador. Isso já é um motivo a mais para não irmos”, esclareceu.

No último sábado (26), Torres bateu o martelo em defesa da candidatura do pré-candidato Paulo Câmara (PSB) e em conversa com a equipe do LeiaJá nesta quarta-feira (30) disse que o senador Armando Monteiro defende apenas os interesses empresariais. “Tivemos apenas uma conversa (sobre o evento no Pina), faz um mês, mas depois houve a adesão da Força à candidatura do ‘patrão’ e do ‘empresário’ e de maneira nenhuma a gente vai apoiar um candidato que vota 100% contra o trabalho, temos princípios e temos lado, e o nosso lado é do trabalhador”, cravou o sindicalista. 

Questionado se as eleições atrapalham a unidade das Centrais Sindicais, o presidente da NCST comentou que irá comemorar o Dia do Trabalhador com algumas empresas e sinalizou positivamente no que concerne a influência da eleição neste período. “É claro que está sendo prejudicada (a festa do Dia do Trabalhador) porque quando existe uma união mostra que o movimento sindical está unido e não apenas em prol dos direitos individuais. Quando se tem mais centrais melhor”, ressaltou. 

Diferente do pensamento de Israel, o presidente da União Geral dos Trabalhadores de Pernambuco (UGT), Gustavo Walfrido – que também defende Monteiro, mas que não participará do evento no Pina – não relacionou a eleição à festividade deste ano. “Não vejo por ai não. Eu vejo que a eleição não interfere nada É mais por uma questão de entendimento até porque se for por candidato eu também vou apoiar Armando. Se for por questões políticas não tem nada ver, é uma decisão de cada central avaliar o seu momento e decidir que vai fazer sozinho ou quando tem que trabalhar em conjunto. Não mistura nada, não atrapalha”, opinou.

Ano passado Walfrido e toda a UGT participaram da ação do 1° de maio na Praia do Pina, mas neste ano, ele revelou celebrará sozinho. “Ano passado nós fizemos em parceria. Esse ano, a Força fez o evento isolado, mas como já fizemos a corrida dos comerciários ao longo de seis anos, este ano a gente fez independente. Eles (a Força Sindical) entenderam que esse ano era melhor fazer sozinho, mas não temos nenhum problema”, explicou, alegando que a Força Sindical disse ter recebido orientação nacional para realização do evento.

Corrida - Para comemorar a data desta quinta-feira (1°), a UGT realizará uma corrida com todos os comerciários. A iniciativa esportiva começará às 7h com concentração em frente ao Sindicato dos Comerciários na Rua da Imperatriz, n° 67, Centro do Recife. Segundo Gustavo Walfrido, haverá dois percursos, um de 10km e outro de 5km e a trajetória passará pela Avenida Rio Branco, Ponto Limoeiro, entre outros locais centrais da capital pernambucana. Ele também contou que os corredores que chegarem do primeiro ao quarto lugar receberão premiações. 

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