OAB-SP terá 1ª presidente mulher e 1ª travesti no Conselho
Em uma eleição histórica, nessa quinta (25), a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) deu um passo importante para a representatividade no judiciário
Perto de completar um século de existência, pela primeira vez, a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) será presidida por uma mulher, que escolheu a primeira conselheira travesti para compor sua chapa. A instituição elegeu as representantes na votação dessa quinta-feira (25).
Apoiada pela maioria dos advogados, a Patricia Vanzolini vai comandar a OAB-SP nos próximos três anos. Ela venceu a disputa com 35,80% dos votos, equivalente a 64.207 eleitores. O segundo colocado foi o candidato à reeleição Caio Santos, que ficou com 32,79%, opção de 58.821 votantes.
Como primeira mulher eleita, Patricia será auxiliada pela empresária Márcia Rocha, que já havia quebrado paradigmas ao ser a primeira advogada a receber a carteira da Ordem com o nome social.
Ela já é membro da comissão da Diversidade Sexual da OAB-SP e coordena o projeto Transempregos. Emocionada, Márcia anunciou o resultado da eleição nas redes sociais: "estamos muito felizes com essa confiança depositada em nós. Sou a primeira conselheira travesti eleita para a OAB/SP!", publicou.
Ao todo, 350 mil advogados estavam aptos ao voto. Neste ano, foi lançada a regra de paridade de gênero, aprovada em 2020 pelo Conselho Federal da entidade, que designou que metade das chapas, cargos de comando e diretoria deveria ser ocupado por mulheres.