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O PSOL protocolou, nesta quinta-feira (1º), uma representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar contra o líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Segundo documento encaminhado ao Estadão/Broadcast, Barros "desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades". O pedido exige a perda de cassação do mandato do parlamentar.

O documento tem por base as declarações do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmãos, Luís Ricardo Miranda, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid contra Barros e o presidente Jair Bolsonaro na compra da vacina indiana Covaxin. De acordo com representação, Barros teria utilizado a importância que tem no governo para ser intermediador das negociações em defesa de interesses pessoais, às custas da pandemia da Covid-19.

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"Depreende-se da atitude do Deputado Ricardo Barros a prática de abuso das prerrogativas constitucionalmente asseguradas aos representantes do povo, ao fazer uso abusivo de sua posição de parlamentar Líder do Governo para negociar vantagens alheios aos interesses públicos, para si próprio e para a Precisa Medicamentos", empresa intermediária da Covaxin, diz o pedido. "Em razão disto, outra não pode ser a sanção aplicada ao Representado após o devido processamento pelo Conselho de Ética, senão a perda do mandato".

Sobre a representação, a vice-líder do partido Fernanda Melchionna (RS) afirmou que "existem muitos indícios" do envolvimento de Barros no esquema de compra da vacina. Conforme pontua, "ele é o líder do governo Bolsonaro na Câmara e isso implica diretamente o presidente da república". "O caso deve ser investigado em outro Poder, mas o Legislativo precisa se posicionar no sentido de responder à sociedade que é inadmissível um parlamentar se envolver neste tipo de corrupção. O parlamento não pode continuar abrigando e defendendo quem é cúmplice de uma política genocida".

O conselho precisa votar para aceitar o pedido e abrir um processo sobre quebra de decoro parlamentar ou arquivar. Além do presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, e de Melchionna, o documentos também é assinado pela líder do PSOL na Casa Talíria Petrone (RJ), e seus correligionários, Áurea Carolina (MG), Vivi Reis (PA), Ivan Valente (SP), David Miranda (RJ), Glauber Braga (RJ), Luiza Erundina (SP), Sâmia Bomfim (SP), além dos deputados Túlio Gadelha (PDT-PE) e da Joênia Wapichana (Rede- RR).

Pela terceira vez, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) recebeu recomendação de suspensão do seu mandato na Câmara, pelo Conselho de Ética da Casa. Nesta quarta-feira, 30, a deputada Rosa Neide (PT-MT) apresentou parecer pedindo um afastamento por três meses do parlamentar. Ele é acusado por Rede, PSOL e PSB de ameaçar, em vídeo divulgado em maio do ano passado, manifestantes contrários ao governo de Jair Bolsonaro. Esse relatório de Rosa Neide ainda precisa ser votado pelo colegiado, o que deve ocorrer nas próximas sessões.

O deputado é alvo de outros dois casos no conselho. Ontem, foi aprovado o relatório do deputado Alexandre Leite (DEM-SP) pela suspensão por dois meses na acusação de Silveira ter gravado uma reunião do PSL, em 2019, sem autorização dos colegas. Em outra representação, Silveira responde por divulgar um vídeo com ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do Ato Institucional 5 (AI-5), o mais repressivo da ditadura militar. Neste caso, o relator Fernando Rodolfo (PL-PE) recomendou seis meses de suspensão. Este parecer ainda não foi votado, o que também deve ocorrer nas próximas semanas.

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Ao todo, as sentenças do Conselho de Ética para Daniel Silveira, reunindo as aprovadas e as pendentes de votação, somam onze meses de suspensão. O regimento da Câmara tem previsão de um afastamento máximo de seis meses, por isso, o presidente do colegiado, Paulo Azi (DEM-BA), irá fazer uma consulta à Mesa Diretora da Casa para saber se será possível somar os meses, ou não.

Caso 'antifascista'

A acusação analisada nesta quarta-feira pelo conselho envolve um vídeo intitulado "Recado para os Antifas". Na gravação, Silveira disse haver policiais armados nas manifestações contra o presidente Bolsonaro. "Até que vocês vão pegar um polícia zangado no meio da multidão, vão tomar um no meio da caixa do peito, e vão chamar a gente de truculento", protestou ele no vídeo. "Eu ‘tô’ torcendo para isso. Quem sabe não seja eu o sortudo. Vocês me peguem na rua em um dia muito ruim e eu descarregue minha arma em cima de um filho da puta comunista que tentar me agredir. Vou ter que me defender, não vai ter jeito. E não adianta falar que foi homicídio; foi legítima defesa. Tenham certeza: eu vou me defender".

"Em nossa compreensão, a imunidade parlamentar que ampara o direito de opiniões, palavras e votos, na exata medida em que não pode ser compreendida como um direito absoluto, podendo, portanto, ser afastada, como vem afirmando o Supremo Tribunal Superior, não se perfila com condutas que se mostram incompatíveis com as ações que se espera de um representante popular", afirmou Rosa Neide em seu relatório.

A suspensão temporária é a segunda punição mais grave prevista no Código de Ética da Câmara, atrás apenas da perda do mandato. A sentenças mais leve prevista é a censura, verbal ou escrita. Há ainda a possibilidade de suspensão de prerrogativas regimentais.

O deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) pediu que o colega Daniel Silveira (PSL-RJ) seja suspenso do seu mandato por um período de seis meses. Essa foi sua decisão, como relator, no processo aberto contra Silveira no Conselho de Ética da Câmara que tem como objeto o mesmo motivo pelo qual ele foi preso em fevereiro: um vídeo no qual fez apologia ao Ato Institucional n.° 5, o mais violento da ditadura, e pediu a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão de Rodolfo precisa ser ainda votada pelo Conselho, o que deve ocorrer nas próximas sessões. A pena máxima que o relator poderia ter aplicado é a perda do mandato, como ocorreu, nesta terça-feira (8), com a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido.

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Silveira é ainda julgado por outro processo também no Conselho de Ética, em representação feita por Rede, PSOL e PSB, sob o argumento de que o deputado ameaçou, em outro vídeo divulgado em maio do ano passado, manifestantes contrários ao governo de Jair Bolsonaro.

Em depoimento ao colegiado no dia 18 de maio, quando respondeu perguntas dos deputados, Silveira disse que se sente arrependido por palavras que usou, mas que não deixaria de criticar o STF para dizer o que pensa.

No dia 4 deste mês, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a volta do deputado à prisão por sucessivas violações ao monitoramento por tornozeleira eletrônica. O parlamentar bolsonarista está detido em regime domiciliar desde março, quando publicou o vídeo defendendo a destituição dos ministros do STF.

Em abril, Daniel Silveira virou réu por grave ameaça, crime tipificado no Código Penal, e por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas, delito previsto na Lei de Segurança Nacional (LSN), após os ministros do STF aceitarem a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República contra ele.

Mais de oito meses após a deputada Flordelis (PSD-RJ) ser acusada de mandar matar o marido, o relator do processo contra ela no Conselho de Ética da Câmara, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), defendeu a cassação do mandato da parlamentar. Em parecer apresentado, nesta terça-feira (1º), Leite afirmou que as provas apresentadas até agora sobre o crime demonstram que ela deve perder o mandato.

Para Flordelis deixar de ser deputada, o relatório de Leite ainda precisa ser aprovado pela maioria do colegiado, formado por 21 parlamentares. A votação está marcada para a próxima terça-feira (8). Depois, o pedido de cassação ainda deve ser votado no plenário da Câmara pelos 513 deputados.

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A deputada federal foi denunciada em agosto do ano passado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em junho de 2019, em Niterói, na região metropolitana do Rio. O casal havia conquistado notoriedade por ter criado 55 filhos, a grande maioria adotada.

A investigação durou mais de um ano, e os responsáveis pelo inquérito concluíram que a deputada "foi a autora intelectual, a grande cabeça desse crime". A defesa de Flordelis nega o envolvimento da parlamentar e diz que a investigação é "contraditória e espetaculosa".

"As provas coletadas tanto por esse colegiado, quanta no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo", afirmou Leite em seu relatório, que tem 28 páginas.

O deputado não fez considerações sobre o viés penal do caso, mas considerou que a colega violou o Código de Ética e Decoro Parlamentar, principalmente ao se contradizer sobre fatos envolvendo o caso criminal. O relator apontou inconsistências na defesa da deputada, como por exemplo, ela negar ter sido autora de mensagens de texto dias após a morte de Anderson. "A simples leitura de trechos das mensagens somada a um exercício simples de lógica permite constatar que o texto das mensagens é de autoria inconteste da representada", escreve Leite.

Além da deputada, outras dez pessoas foram denunciadas pelo crime, incluindo filhos do casal, que chegaram a ser presos. Por ter imunidade parlamentar, Flordelis não chegou a ser presa pelo crime.

No começo do ano, uma das filhas da deputada confessou ter pago R$ 5 mil para o assassinato de Anderson. Simoni dos Santos Rodrigues disse que a quantia foi entregue à sua irmã Marzy Teixeira. A motivação do crime seria assédio sexual cometido pelo pastor.

Em entrevista à TV Globo em março, a deputada acusou Simone pela morte. Segundo disse ao Programa do Bial, a motivação foi porque Anderson assediava a própria filha, que estava doente.

Após o relator apresentar o parecer pela sua cassação, Flordelis afirmou ser inocente. "Nunca tive participação alguma na morte do meu marido. E isso vai ser provado, a minha inocência será provada pelos meus advogados e vocês terão provas suficientes da minha inocência", disse ela, em entrevista na Câmara.

Quem assistiu ao programa Mais Você desta sexta-feira (28), mais especificamente no final dele, se deparou com uma mensagem engraçada de Ana Maria Braga. No momento de encerrar a atração da Globo, a apresentadora divertiu muita gente dando um conselho inusitado sobre falsidade. Sem titubear, Ana disparou: "E se alguém falar mal de você pelas costas, solte um pum e vá embora!".

Após mandar o recado, Ana Maria Braga caiu na gargalhada desejando bom final de semana aos telespetadores. Foi só o Mais Você acabar para os internautas repercutirem a fala da loira. "Essa Ana Maria é uma figura", comentou uma pessoa no Twitter. "Não foi essa educação que lhe passei", brincou outra.

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Veja o vídeo:

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O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu, nessa terça-feira (25), notificar o governador Cláudio Castro (PSC) para que responda por escrito sobre o telefonema que recebeu do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o doutor Jairinho, poucas horas após a morte do menino Henry Borel, enteado do vereador, no dia 8 de março. O Conselho quer saber oficialmente o que Jairinho, que está preso desde 8 de abril e responde a processo por torturar e matar Henry, queria com o governador.

No início de abril, o governador confirmou ter recebido essa ligação. "No telefonema, ao saber do fato, Castro limitou-se a explicar ao vereador que o assunto seria tratado pela delegacia responsável pelo inquérito e encerrou a ligação", informou à época, por meio de nota.

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O Conselho decidiu também convocar o conselheiro do Instituto D'Or Pablo dos Santos Menezes. De acordo com o inquérito policial, Jairinho pediu a Menezes que o corpo do menino fosse liberado do hospital Barra D'Or sem que seguisse à autópsia no Instituto Médico-Legal (IML). O conselheiro da rede D'Or será ouvido na Câmara no próximo dia 2, às 10h.

O Conselho abriu processo de cassação contra o vereador por falta de decoro parlamentar, devido à acusação de tortura e homicídio da criança. "Já recebemos a defesa do vereador Jairinho e, após esta fase de instrução, teremos cinco dias úteis para apresentar o relatório, pela procedência ou improcedência da representação. Vamos seguir rigorosamente o rito, analisar toda a documentação e provas e, obviamente, estamos respeitando o contraditório e dando todo o direito à ampla defesa", disse o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), relator do processo.

Sob protestos da oposição, o Conselho de Ética da Câmara arquivou o processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por incitação à instituição de um novo AI-5. O ato, de 1968, foi o mais duro instituído pela ditadura militar, com revogação de direitos fundamentais e delegação ao presidente da República do poder de cassar mandatos de parlamentares, intervir em municípios e Estados.

Foram 12 votos a favor e 5 contra o arquivamento. Votaram contra os deputados Delegado Waldir (PSL-GO), Célio Moura (PT-TO), Paulo Guedes (PT-MG), Júlio Delgado (PSB-MG) e Fernanda Melchiona (PSOL-RS).

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O relator, deputado Igor Timo (Podemos-MG), já havia apresentado seu parecer pelo encerramento do caso na semana passada, mas os partidos de esquerda pediram vistas, o que adiou a votação para esta quinta-feira, 8. Timo não viu motivos para dar continuidade às representações de Rede, PSOL, PT e PCdoB, que acusavam Eduardo Bolsonaro de quebra de decoro parlamentar e de atentado contra a democracia por sugerir.

"O que seria mais danoso ao Congresso Nacional, a possibilidade ou a prática de uma ação em seu desfavor? Essa ação seria a censura. Essa mesma aventada pelo representado, mas que agora pode ser praticada pelos seus pares em seu desfavor. Se estamos aqui para discutir e combater a censura, é importante que nós não pratiquemos contra um colega. Quando digo a um colega, me refiro a todos", disse Timo.

Marx e Marighella

A polêmica declaração do deputado foi publicada em outubro de 2019. Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube, Eduardo Bolsonaro fez uma ameaça caso manifestações contra o governo, como as que ocorriam naquela época no Chile, chegassem ao País. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", disse, na ocasião.

Na sessão de hoje, Eduardo Bolsonaro criticou a esquerda. "Esses mesmos que me acusam de ter conduta ditatorial, como o próprio presidente Jair Bolsonaro, que nunca matou uma pessoa em sua vida, esses mesmos que o acusam de ser genocida fazem apologia à revolução bolchevique, celebram mais de 200 anos do nascimento de Karl Marx e tantos outras figuras, como Marighella", disse.

Deputados que vivenciaram o AI-5 lamentaram a decisão. "Eu sei o que foi o AI-5. Fechou o Congresso e definitivamente instaurou a tortura como política de Estado", afirmou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

A oposição apresentou um voto em separado contra o arquivamento e pela continuidade do caso no colegiado, mas não teve efeito prático. Os partidos pediram ainda a suspeição do relator. Para as siglas, há imparcialidade na relação entre Timo e Eduardo. Em junho do ano passado, o relator gravou um vídeo com Jair Bolsonaro agradecendo pela liberação de verbas para o seu Estado e publicou nas redes sociais.

Timo se defendeu durante a sessão de hoje sobre essa questão. Ele disse ter votado no senador Álvaro Dias (Podemos-SP) para a presidência da República no primeiro turno das eleições de 2018 e que decidiu gravar o vídeo com Bolsonaro para informar a população de sua região sobre o envio de recursos.

Esse é o segundo caso relacionado a Eduardo Bolsonaro arquivado na atual legislatura. Em fevereiro deste ano, o conselho já havia arquivado outra representação protocolada pelo PSL a pedido da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que o acusou de ter quebrado o decoro ao promover um "linchamento virtual" contra ela, por postagens consideradas "difamatórias e injuriosas" nas redes sociais.

Em 2017, na legislatura passada, Eduardo Bolsonaro teve outros dois processos arquivados. No primeiro ele era acusado de ter cuspido nas costas do então deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), na sessão em que foi julgada a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em abril de 2016. No segundo, ele era acusado de ter feito uma edição fraudulenta do vídeo do ocorrido no Plenário.

O Conselho de Ética realizada ainda nesta quinta eleição para o novo comando do colegiado. Cada chapa é eleita para o mandato de dois anos. O deputado Paulo Azi (DEM-BA) é até o momento o único candidato para ocupar o posto de presidente no lugar de Juscelino Filho (DEM-MA).

O Conselho de Ética da Câmara decidiu nesta sexta-feira, 12, seguir com o processo disciplinar contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que pode levar à cassação do seu mandato.

Foram 13 votos a dois para dar continuidade à ação movida depois que Silveira publicou um vídeo nas redes sociais no qual faz apologia do Ato Institucional n.º 5 (AI-5), o mais duro da ditadura militar, e pede a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Silveira completa nesta sexta-feira, 12, 25 dias de prisão, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em 16 de fevereiro e confirmada em seguida pelos plenários da Corte e também da própria Câmara. O processo que tramita no Conselho de Ética é baseado em sete representações diferentes de vários partidos. Uma delas foi apresentada pelo PSOL.

Os dois votos contrários ao prosseguimento da ação foram dados nesta sexta-feira pelos deputados Fabio Schiochet (PSL-SC) e Major Fabiana (PSL-RJ), que acabaram vencidos.

 Nesta quarta-feira (3), parlamentares do PT, PSOL e da Rede protocolaram um ofício solicitando a abertura de um processo contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Conselho de Ética do Senado. O político, que é filho do presidente Jair Bolsonaro, comprou uma mansão com de 1.100 m² de área construída, na área nobre de Brasília, pelo valor de R$ 5,97 milhões. Ao todo, o terreno tem 2.500 m².

“Novas e gravíssimas denúncias de movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos declarados pelo senador Flávio Bolsonaro, ora representado, inundaram o noticiário nacional. Não é a primeira vez que transações imobiliárias são colocadas em cheque por investigadores do Ministério Público do Rio de Janeiro, razão pela qual merecem ser amplamente esclarecidas e investigadas”, coloca o texto do pedido.

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Flávio Bolsonaro responde por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso das "rachadinhas" em seu gabinete. O senador alega que comprou a mansão com recursos oriundos da venda de outro imóvel, no Rio de Janeiro. Nas investigações do caso das rachadinhas, o Ministério Público do Rio de Janeiro associa transações imobiliárias do senador a lavagem de dinheiro.

O Conselho de Ética da Câmara nomeou um deputado do Centrão para relatar o processo de quebra de decoro parlamentar contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi mantida pela Câmara dos Deputados.

Fernando Rodolfo (PL-PE) será o responsável por apresentar um parecer ao colegiado e recomendar se o caso deve prosseguir ou ser arquivado. Silveira está detido desde a noite do dia 16 por defender a destituição dos ministros do Supremo. Ele passou dois dias na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro e, agora, está no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar em Niterói.

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Na sexta-feira (19), o plenário da Câmara decidiu manter o parlamentar preso, por 364 votos a 130 - Fernando Rodolfo foi um dos deputados que votaram a favor da manutenção da prisão do parlamentar.

Flordelis

O Conselho de Ética designou também o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) como relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo. Nesta segunda (22), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu afastá-la do cargo. Essa decisão também terá que ser avaliada pela Câmara.

O Conselho de Ética é o órgão responsável por apurar responsabilidades e impor punições aos deputados. Silveira é alvo de outro processo por gravar uma reunião interna do PSL.

Integrantes do Conselho de Ética da Câmara discutem aplicar uma punição branda ou até mesmo livrar o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) de qualquer censura após os ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e apologia à ditadura militar, embora o colegiado tenha instaurado ontem um processo que pode levar à sua cassação. Dos 21 titulares do Conselho consultados pelo Estadão, apenas três defenderam abertamente a punição a Silveira. A maioria não quis antecipar como vai votar.

Silveira completa nesta quarta-feira, 24, nove dias de prisão, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e confirmada pelos plenários da Corte e da Câmara. Além de abrir processo contra Silveira, o Conselho de Ética também instaurou procedimento para analisar as denúncias que pesam sobre a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ela foi afastada do mandato ontem por decisão da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

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Nos bastidores, a avaliação é de que o início simultâneo das análises das representações beneficia o parlamentar bolsonarista. Sob reserva, deputados argumentam que as penas devem ser distintas porque a agressividade verbal de Silveira não pode ser comparada a um caso de acusação de assassinato. Por esse raciocínio, seria Flordelis, e não ele, quem deveria perder o mandato.

A oposição, por sua vez, busca convencer colegas de que as duas condutas foram graves e passíveis de punições firmes. "Seja um crimezinho ou um crimezão, eles atentaram contra a ética e o decoro parlamentar. Não compete ao Conselho decidir se punições têm que ser diferentes porque crimes foram diferentes. Isso compete à Justiça", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

Há, ainda, quem defenda salvar Silveira de qualquer punição, com a justificativa de que a prisão já foi um revés duro. "Você não pode punir duas vezes a pessoa pelo mesmo erro. Se ele for punido novamente, com a cassação do mandato, na minha visão ele está sendo penalizado duas vezes", disse o líder do Podemos, Igor Timo (MG). O caso de Flordelis, porém, é considerado na Câmara como "favas contadas" a favor da cassação.

Deputados contra a cassação de Silveira também esperam que a prisão seja reconsiderada pelo Judiciário. O que seria mais um argumento contra a perda do mandato. Como mostrou o Estadão, a previsão é a de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, volte a analisar o caso ainda nesta semana.

Pesa contra a liberação do deputado, no entanto, a apreensão de dois aparelhos celulares em sua cela, na Polícia Federal, e a falta de cooperação do parlamentar ao se recusar a oferecer senhas dos telefones aos investigadores.

Apesar de preso em flagrante, Silveira continua recebendo salários. Além da remuneração de R$33.763, permanece à disposição do gabinete dele uma cota mensal de R$ 35.759,97 para custear atividades do mandato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), avaliou como "bastante delicada" a situação do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na última semana por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), por veicular vídeo em que faz ofensas a ministros da Corte e apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5) da ditadura militar.

"Nós, que recebemos a responsabilidade de representar a sociedade e que recebemos o voto popular, não podemos confundir a imunidade parlamentar, o exercício do mandato e as prerrogativas com alguns abusos e excessos que caracterizam quebra de decoro", disse Juscelino à rádio CBN. Na entrevista, Juscelino também defendeu a revisão da Lei de Segurança Nacional (LSN), dispositivo pelo qual foi decretada a prisão de Silveira.

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Nesta terça-feira (23), o colegiado se reúne para a leitura, sorteio do relator e instauração de processo contra Silveira, cuja prisão foi confirmada pelo plenário da Câmara na sexta-feira (19). Além dele, a deputada Flordelis (PSD-RJ) também é alvo de processo no Conselho de Ética da Casa, por ser acusada de ter assassinado o marido, o pastor Anderson do Carmo.

O Conselho também tem prevista para a reunião desta terça-feira analisar as representações aberta pelo PSL contra os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ), Ale Silva (PSL-MG), Filipe Barros (PSL-PR), Bibo Nunes (PSL-RS), bem como a representação do PT contra o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP).

A administração Biden deve anunciar nesta semana que se engajará novamente no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o ex-presidente Donald Trump se retirou quase três anos atrás. A decisão reverte outro movimento da era Trump de distanciamento de organizações e acordos multilaterais.

Autoridades norte-americanas disseram que o secretário de Estado Antony Blinken e um diplomata sênior dos EUA em Genebra vão anunciar na segunda-feira que Washington vai voltar ao órgão com sede em Genebra como observador, com o objetivo de buscar a eleição como um membro. A decisão deve gerar críticas de legisladores conservadores e muitos na comunidade pró-Israel.

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Trump saiu da principal agência de direitos humanos do organismo mundial em 2018 devido a seu foco desproporcional em Israel, que recebeu de longe o maior número de resoluções críticas do conselho contra qualquer país, bem como o número de países autoritários entre seus membros. Além disso, não conseguiu obter uma extensa lista de reformas exigidas pela então embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley.

Além do foco persistente do conselho em Israel, o governo Trump tinha problemas com a adesão ao órgão, que atualmente inclui China, Cuba, Eritreia, Rússia e Venezuela, todos acusados de abusos dos direitos humanos.

Um oficial sênior dos EUA disse que a administração Biden acredita que o conselho precisa de reformas, mas que a melhor maneira de promover a mudança é "envolver-se com ele de uma forma baseada em princípios". O funcionário disse que pode ser "um fórum importante para aqueles que lutam contra a tirania e a injustiça em todo o mundo" e que a presença dos EUA pretende "garantir que ele possa atingir esse potencial".

Fonte: Associated Press.

Nesta sexta-feira (5), o Conselho Superior de Transporte Metropolitano aprovou o aumento das passagens dos ônibus da Região Metropolitana do Recife. A partir do próximo domingo (7), o Anel A passa dos atuais R$ 3,45 para R$ 3,75 - já o anel B sai dos R$ 4,70 para R$ 5,10. 

Também foi ratificada a criação de uma tarifa mais barata no que será chamado "horário social", fora do pico. Das 9h às 11h da manhã e das 13h30 às 15h30 da tarde, a passagem deve ficar 10 centavos mais barata, passando dos atuais R$ 3,45 para R$ 3,35 no anel A, e de R$ 4,70 para 4,60 no Anel B.

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Esse desconto se aplicará exclusivamente nos dias úteis e através do uso do VEM Comum. O Grande Recife, idealizador do "horário social", aponta que "o objetivo é estimular o melhor escalonamento do uso do sistema, reduzindo a pressão no horário de pico, mantendo maior modicidade tarifária para seu usuário". 

O consórcio afirma que, desde o início da pandemia da Covid-19, o Sistema Público de Transporte Público (STPP) vem sofrendo com a redução da demanda, que atualmente reprenta 62% da que existia em março de 2020 - segundo aponta o órgão.  

Mesmo com o aumento da passagem e a continuidade dos flagras de coletivos lotados no Grande Recife, o consórcio não tem previsão de quando todos os coletivos devem voltar a circular. 

O Grande Recife diz que, até o dia 4 de fevereiro, a frota atual em circulação era de 76%, enquanto a demanda de passageiros está em 60%. A partir do dia 25 de janeiro, a frota de veículos das linhas mais movimentadas começou a receber reforço.

"Até o momento, 100 veículos voltaram a circular. Na próxima semana, serão mais 50 à disposição dos usuários do transporte público, que vão ajudar a evitar lotação, principalmente nos horários de pico. Algumas linhas, inclusive, já circulam com 100% da frota e, em alguns casos, até mais", assegura o consórcio.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB) protocolou um pedido de abertura de procedimento disciplinar contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Protocolada em 30 de dezembro, a petição aguarda análise jurídica de admissibilidade pela Advocacia do Senado. 

O filho 01 do presidente da República é acusado de intervir em investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro por suposta prática de "rachadinha" em seu gabinete quando era deputado estadual. A prática consiste no confisco de parte dos salários dos funcionários, o que caracteriza desvio de dinheiro público. Segundo a Agência Senado, Alexandre Frota diz que, caso a denúncia seja confirmada, o senador teria cometido os crimes de improbidade administrativa, peculato, associação criminosa e tráfico de influência. Ele pede que Flávio perca o mandato de senador.

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar tem como atribuição zelar pela prática parlamentar, de acordo com as normas da Constituição federal, do Regimento Interno e do Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal. A última reunião do colegiado ocorreu em 25 de setembro de 2019. Em 2020, não houve deliberações, devido à pandemia do novo coronavírus. Em outubro, o presidente do Conselho, senador Jayme Campos (DEM-MT), disse que somente poderá convocar os senadores após a revogação do Ato da Mesa do Senado que impede as reuniões presenciais durante a pandemia.

De acordo com o Regimento Interno, depois de receber o parecer da Advocacia da Senado, Jayme Campos poderá dar andamento ou arquivar os pedidos de investigação que o conselho recebe, se entender que eles não cumprem os requisitos de tramitação. No Twitter, Alexandre Frota divulgou ter feito pedido e escreveu “E vamos sempre em busca da verdade” além das hashtags #ForaBolsonaro e #bolsonarocanalha. 

Dois membros do "conselho de coordenação", criado pela oposição bielorrussa para impulsionar uma transição política após as controversas eleições presidenciais de 9 de agosto, foram presos nesta segunda-feira (24) em Minsk, informaram seus aliados.

Serguei Dilevski, presidente do comitê de greve da fábrica, e Olga Kovalkova foram presos pela polícia antidistúrbios na entrada da fábrica de tratores de Minsk, disse à AFP Denis Sadvoski, aliado político de Kovalkova.

O serviço de imprensa da oposição confirmou as prisões, afirmando que ocorreram "devido a um procedimento administrativo", o que pode estar vinculado à manifestação em massa não autorizada que aconteceu domingo na capital.

Olga Kovalkova, acompanhada de outro membro deste conselho, o advogado Maxim Znak, apresentou na sexta-feira uma denúncia no Tribunal Supremo, solicitando a anulação da eleição presidencial, oficialmente vencida pelo presidente Alexander Lukashenko com 80% dos votos.

O anúncio dos resultados, considerados fraudulentos, desencadeou um movimento de protesto sem precedentes, com a presença de quase 100.000 manifestantes nas ruas de Minsk, em 16 e 23 de agosto.

A oposição considera que a opositora Svetlana Tikhanovskaya, atualmente refugiada na Lituânia, é a vencedora. Ela criou o "conselho de coordenação" para organizar uma transição do poder.

De visita na Ucrânia, o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, reiterou o pedido da União Europeia (UE) ao líder bielorrusso para que aceite o diálogo e possa resolver uma "situação crítica".

"Acredito que Lukashenko tenha visto que nessas últimas semanas as ruas estão cheias de manifestantes. Por isso, pedimos para não recorrer à violência e respeitar os direitos dos protestantes", acrescentou.

A Conmebol anunciou nesta quinta-feira uma ampliação do número de jogadores inscritos para a disputa da Copa Libertadores e da Sul-Americana. Ao invés de 30 nomes, os clubes participantes poderão incluir 40 nomes na relação de atletas para a competição.

A decisão da Conmebol foi tomada em reunião do Conselho. E tem o intuito de permitir maior aproveitamento dos elencos, em função da maratona de jogos a que os times estão se submetendo. Além disso, tenta minimizar o afastamento de algum atleta por estar com coronavírus. A entidade também definiu que será aplicado W.O. caso algum clube não tenha mais do que sete jogadores à disposição.

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"O Conselho da Conmebol, reunido através de videoconferência, determinou aumentar para 10 vagas as listas de boa-fé apresentadas pelos clubes que participam da Libertadores e da Sul-Americana, passando de 30 a 40 jogadores. Considerando que os regulamentos dispõem que uma equipe pode apresentar para jogar com um mínimo de sete jogadores, o Conselho resolveu esta ampliação da nômina de atletas para que as equipes mantenham seus níveis de competitividade, ante imprevistos derivados da pandemia Covid 19. Caso um clube não possa apresentar-se para disputar o encontro por não contar com a quantidade suficiente de atletas em condições, perderá os pontos por walkover", anunciou.

A Libertadores foi paralisada após a disputa da segunda rodada da fase de grupos. O torneio será retomado em 15 de setembro, tendo a participação dos brasileiros Athletico-PR, Flamengo, Grêmio, Inter, Palmeiras, Santos e São Paulo - o Corinthians caiu na fase preliminar.

Na Copa Sul-Americana, só foi disputada a primeira fase, com Bahia e Vasco avançando e Atlético-MG, Fluminense, Fortaleza e Goiás sendo eliminados. A volta do torneio se dará em 27 de outubro.

A deputada estadual por São Paulo Janaina Paschoal (PSL) aconselhou, nesta sexta-feira (19), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) a delatar as irregularidades cometidas pelo seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Flávio é investigado por um suposto esquema de 'rachadinha' quando era deputado estadual fluminense.

Como parte da investigação capitaneada pelo Ministério Público do Rio, o ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso nessa quinta-feira (18). Queiroz teve movimentações bancárias atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o que motivou a apuração do esquema. Outros parlamentares também são investigados. 

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"O Senador Flávio Bolsonaro faria um grande favor ao país, se confessasse de uma vez por todas os desvios havidos em seu Gabinete na Alerj e entregasse os esquemas dos outros Deputados constantes da lista do Coaf, começando pelo atual presidente da Alerj, que é do PT!", afirmou Janaina em publicação no Twitter. 

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Para a ex-aliada de Jair Bolsonaro, uma confissão de Flávio ajudaria o presidente a concluir seu mandato com tranquilidade. "Fazendo isso, ele ajudaria a derrubar quem precisa cair. Ele ajudaria a fazer a depuração com que seu pai se comprometeu no período eleitoral e daria alguma chance de o governo de Bolsonaro ir até 2022", observou.

Na avaliação de Janaina, "a ausência dessa confissão permite que as pessoas imaginem haver algo ainda pior nessa história toda". "O Presidente não pode responder pelos atos de todos os seus amigos, conhecidos e parentes, mas é flagrante que, para defender o filho, está colocando o país em segundo plano", analisou a deputada.

Também advogada, Janaina disse, por fim, que não é apenas Fabrício Queiroz que tem o que falar para a polícia. "Não é só Queiroz que pode fazer uma colaboração premiada. Flávio pode! Afinal, na lista de desvios, os valores que o Coaf atribui a ele são infinitamente menores que os atribuídos aos demais!", escreveu, acrescentando logo em seguida a hashtag '#delataFlávio'.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame, repudiou com "veemência e indignação" o que chamou de "levianas afirmações" do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard. Beltrame afirma que há uma tentativa "autoritária, insensível, desumana e anti-ética" de dar invisibilidade aos mortos pelo coronavírus. "Não prosperará. Nós e a sociedade brasileira não os esqueceremos e tampouco a tragédia que se abate sobre a nação", completou.

Em entrevista ao jornal O Globo, Wizard disse que o Ministério da Saúde vai recontar o número de mortos no Brasil vítimas do coronavírus porque os dados atuais seriam "fantasiosos ou manipulados" e que os gestores públicos de Estados e municípios estão "inflando os números" para conseguir mais recursos públicos.

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Beltrame rebateu as acusações de Wizard e disse que os secretários não são "mercadores da morte". "Ao afirmar que secretários de Saúde falseiam dados sobre óbitos decorrentes da Covid-19 em busca de mais ‘orçamento’, o secretário além de revelar sua profunda ignorância sobre o tema, insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias", afirmou.

"Wizard menospreza a inteligência de todos os brasileiros, que num momento de tanto sofrimento e dor, veem seus entes queridos mortos tratados como "mercadoria". Sua declaração grosseira, falaciosa, desprovida de qualquer senso ético, de humanidade e de respeito, merece nosso profundo desprezo, repúdio e asco", afirmou Beltrame, em nota.

Um conselho composto por cerca de dez profissionais renomados de Saúde entregou ao governador do Rio, Wilson Witzel, uma carta em que pedem a radicalização do isolamento social no Estado - ou seja, o chamado lockdown. As medidas, discutidas em reunião na última quinta-feira, 30, incluem o bloqueio de estradas e uma proibição efetiva da circulação de pessoas e veículos, que tem aumentado nas últimas semanas.

O governador, por sua vez, disse em entrevista ao programa Roda Viva que deveria partir do Judiciário a imposição de um lockdown. Para isso, conta com uma ação do Ministério Público, órgão com o qual se reúne nesta terça-feira, 5. No conselho de notáveis, porém, o entendimento é de que a adoção de novas medidas deve partir do Executivo.

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"A judicialização desse processo cria uma série de dificuldades operacionais. Seria muito mais adequado que o governo assumisse a responsabilidade e explicasse as medidas com clareza à população", afirma o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, que integra o conselho e comandou a pasta durante a pandemia de H1N1, em 2009. "É uma decisão para ontem. O que acontece hoje vai se expressar em mortes daqui a duas semanas."

Há uma avaliação de que os números superlativos observados nos últimos dias no País, tanto os de infectados quanto os de mortos, estão relacionados a dois aspectos - ambos provocados pelo governo federal. O primeiro é que, segundo Temporão, a política econômica não está a serviço da Saúde, o que faz com que a população precise sair às ruas para se sustentar financeiramente. A segunda seria a própria postura do presidente Jair Bolsonaro, que trocou o ministro da Saúde e "dá mau exemplo" por meio de suas atitudes.

"Esses dois fatores fizeram com que, nas últimas semanas, tenha se percebido, em metrópoles, que o porcentual de pessoas que mantêm o isolamento caiu a até 50%. Isso faz com que a velocidade de transmissão aumente", diz. "Cenas de pessoas morrendo em casa, nos hospitais, aguardando leitos, respiradores... Esse é o dia a dia da subnotificação, tanto de casos quanto de óbitos."

Com base no entendimento de que a ocupação das ruas de hoje será a tragédia numérica de daqui a duas semanas, o conselho estabeleceu diretrizes que foram encaminhadas ao governador. Elas incluem: bloqueio de estradas do Estado; proibição efetiva da circulação de pessoas e veículos que não sejam de áreas essenciais; criação de um plano para a futura saída do isolamento, que passa por testar mais a população; mobilização de lideranças comunitárias para passar a mensagem pró-isolamento; e a disseminação da importância das medidas com empatia, "sem autoritarismo".

As medidas também seriam adotadas com base numa análise de cada região, de acordo com quão afetada ela foi. Os conselheiros, que se reúnem periodicamente entre si e com o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, destacam a importância de se passar as informações com clareza, sem dar ares de "polícia sanitária".

Quanto à futura saída do isolamento, Temporão aponta que um lado positivo do caso brasileiro é que outros países, como os europeus e os Estados Unidos, vivem etapas avançadas da crise, o que nos permite observar o que está sendo feito por lá.

"Podemos aprender com isso também, mas para isso temos que ter alguns critérios: entre outros, que o uso universal de máscara veio para ficar. Quando sairmos, todos devem usar máscaras", diz. "E vamos ter que ter dados substantivos de que o número de óbitos está caindo. Temos que ter uma capacidade de atendimento de leitos de UTI e de respiradores, entre 30 e 50% de oferta ociosa, de retaguarda. E tem que testar mais. Não necessariamente todo mundo, mas saber: usar critérios científicos para estabelecer padrões de disseminação do vírus."

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