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Um atleta espanhola que passou 500 dias isolada em uma caverna, sem contato direto com o exterior nem luz natural, saiu nesta sexta-feira (14) do local e afirmou que a experiência foi "excelente, insuperável".

"Estou há um ano e meio sem falar com ninguém, só comigo mesma", disse Beatriz Flamini aos jornalistas depois de sair, com a ajuda por espeleólogos, de uma caverna que fica a 10 quilômetros de Motril (Andaluzia, sul), permaneceu por 500 dias 70 metros abaixo do solo.

Flamini estava com livros, luz artificial e câmeras para gravar a experiência, mas não tinha telefone nem instrumentos para controlar o tempo. Ela teve o apoio uma equipe técnica que deixava sua comida em um ponto da caverna sem ter contato com a atleta.

"Eu não sei o que aconteceu no mundo (...) continua sendo 21 de novembro de 2021", disse, ao mencionar o primeiro dia que passou na caverna. "E ao ver todos vocês com máscara, para mim ainda é (pandemia de) covid-19", acrescentou Flamini, 50 anos, em referência aos jornalistas, que usavam máscaras por segurança.

"Desafios deste tipo já aconteceram muitos, mas nenhum com todas as premissas deste: sozinha e em total isolamento, sem contato com o exterior, sem luz (natural), sem referências de tempo", disse David Reyes, da Federação Andaluz de Espeleologia, que coordenou a segurança de Flamini.

A experiência, que será tema de um documentário da produtora espanhola Dokumalia, tinha como um dos objetivos registrar a repercussão mental e física de um isolamento como este.

"Foi uma prova de resistência extrema", disse o ministro do Turismo, Héctor Gómez, que espera que o "teste tenha grande valor científico".

"Houve momentos difíceis e é verdade que aconteceram momentos muito bonitos e ambos foram os que me levaram a cumprir o objetivo", disse em uma entrevista coletiva a atleta, que já havia enfrentado períodos de isolamento em montanhas.

Flamini disse que nunca pensou em abandonar a missão, nem mesmo quando enfrentou uma invasão de moscas na caverna. Ela disse que dedicou seu tempo "a ler, escrever, desenhar, tricotar, ser, aproveitar".

"Não falei comigo mesma em voz alta, as conversas que tive, eu tive de maneira absolutamente interna", afirmou.

"Eu me dou muito bem comigo mesma", acrescentou, sorridente.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República isolou uma área na frente do Palácio da Alvorada para apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Já havia no final da tarde deste domingo, 2, movimentação de um grupo de eleitores com camisas amarelas e bandeiras do Brasil na frente de um dos acessos à residência de Bolsonaro.

Há duas entradas para o Palácio. Por uma, entram os jornalistas. Pela outra, os apoiadores. Em ambos os acessos, há detectores de metal. Candidato à reeleição, Bolsonaro vai acompanhar a apuração dos votos no Palácio da Alvorada. O presidente votou pela manhã, em uma escola na Vila Militar do Rio de Janeiro.

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Bolsonaro retornou à capital federal e chegou pouco depois do meio-dia ao Alvorada, onde quatro apoiadores o esperavam. O presidente, contudo, não parou para conversar com os militantes e nem falou com a imprensa antes de entrar no Palácio.

No Rio, Bolsonaro voltou a dizer que vai ganhar a eleição em primeiro turno com, no mínimo, 60% dos votos, embora as pesquisas eleitorais não indiquem essa possibilidade. "Tenho a certeza que em uma eleição limpa, ganharemos hoje com no mínimo 60% dos votos", afirmou o presidente.

O chefe do Executivo costuma desacreditar os levantamentos de intenção de voto e levantar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas. Numa entrevista recente ao Jornal da Record, o presidente se recusou a dizer se aceitará o resultado da eleição em caso de derrota.

O desfile militar alusivo ao bicentenário da Independência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, evidenciou o isolamento político do presidente Jair Bolsonaro. Os chefes dos outros dois Poderes: o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, e Luiz Fux, do Superior Tribunal Federal (STF), não participaram do ato cívico.

Durante parte do evento, Bolsonaro se colocou ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Um pouco mais distante, mas no mesmo palanque, estiveram mais dois chefes de Estado: José Maria Neves, de Cabo Verde, e Umaro Sissoco Embal, de Guiné-Bissau. Os governos de Angola e Moçambique, que sempre mantiveram uma relação próxima com o Brasil, enviaram apenas representantes oficiais.

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No ano passado, quando o México comemorou o seu bicentenário de independência, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, mais de 50 delegações estrangeiras estiveram ao lado do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Também não prestigiaram o desfile dessa quarta-feira (7), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes - alvo de protestos de apoiadores de Bolsonaro. Os ausentes preferiram usar as redes sociais para divulgar mensagem sobre o 7 de Setembro.

Aliado de Bolsonaro, Lira justificou que estava em um evento de campanha em Alagoas ontem. "Há 200 anos começava a nascer o Brasil de hoje, com um futuro de desafios, decisões difíceis, mas necessárias e grandes conquistas a alcançar", escreveu. "O Brasil independente é sempre o que olha para frente."

Alvo de críticas em faixas e cartazes exibidos por manifestantes nas ruas das principais capitais, ontem, Moraes também preferiu emitir uma declaração protocolar no Twitter. "O bicentenário de nossa independência merece ser comemorado com muito orgulho e honra por todos os brasileiros e brasileiras, pois há 200 anos demos início a construção de um Brasil livre e a histórica marcha pela concretização de nosso Estado democrático de direito", escreveu.

Desconforto

As ausências mais marcantes, no entanto, foram dos chefes dos outros dois Poderes. Fux passou o feriado em Brasília, mas preferiu não ir ao desfile. Pacheco, que na semana passada avaliou a possibilidade de comparecer, desistiu na véspera - e usou as redes sociais para se manifestar. "As comemorações deste 7 de Setembro, que marca os 200 anos da independência do Brasil, precisam ser pacíficas, respeitosas e celebrar o amor à pátria, à democracia e o estado de direito."

Uma das poucas autoridades estrangeiras a prestigiar Bolsonaro, o presidente português passou por um desconforto no desfile, quando o empresário Luciano Hang, com seu indefectível traje verde e amarelo, saiu do fundo da tribuna e se colocou na primeira fila, reservada aos chefes de Estado. Rebelo de Sousa, que estava com a expressão simpática, fechou a cara, contrariado.

Aung San Suu Kyi, a líder destituída de Mianmar que estava em prisão domiciliar desde 2021, foi transferida para um complexo penitenciário da capital do país, Naipyidaw, onde foi colocada em isolamento, anunciou a junta militar que governa o país

"De acordo com as leis criminais (...) ela é mantida em confinamento solitário na prisão desde quarta-feira", afirmou Zaw Min Tun, porta-voz da junta, em um comunicado.

Desde que foi derrubada em um golpe de Estado no ano passado, Suu Kyi estava em prisão em uma residência vigiada em um local não revelado de Naypyidaw, acompanhada por várias pessoas que trabalham em sua casa e seu cachorro, de acordo com várias fontes.

A vencedora do prêmio Nobel da Paz, de 77 anos, deixou o local apenas para comparecer às audiências de seu julgamento, em um processo que pode condená-la a mais de 150 anos de prisão.

Na quarta-feira, Suu Kyi foi "transferida para a prisão", disse à AFP uma fonte próxima ao caso.

Os funcionários de sua residência e o cachorro não a acompanharam, explicou a fonte, que também destacou o reforço da segurança ao redor da prisão para a qual a líder birmanesa foi enviada.

"Pelo que sabemos, Aung San Suu Kyi goza de boa saúde, acrescentou a fonte. Os advogados de defesa não podem falar com a imprensa e os jornalistas não estão autorizados a acompanhar o julgamento.

Outra fonte próxima afirmou que Suu Kyi está com "bom ânimo".

"Ela está acostumada a enfrentar qualquer tipo de situação com calma", disse.

"Pelo que podemos analisar, a junta de Mianmar segue para uma fase muito mais punitiva a respeito de Aung San Suu Kyi", disse Phil Robertson, vice-diretor para a Ásia da ONG Human Rights Watch.

"Obviamente estão tentando intimidá-la, assim como seus partidários", acrescentou.

Sob o regime da junta militar anterior, antes do breve período democrático que terminou em 2021, a líder birmanesa passou vários anos em prisão domiciliar na residência de sua família em Yangon, a cidade mais importante do país.

Desde que foi derrubada em fevereiro de 2021, suas relações com o mundo exterior se limitam a breves encontros com os advogados antes das audiências.

As audiências aconteceram em um edifício municipal da capital Naipyidaw, mas esta semana uma fonte próxima ao caso informou que a partir de agora serão realizadas em um novo tribunal construído dentro de uma prisão.

Nos últimos meses, Suu Kyi foi condenada a 11 anos de prisão depois de ser declarada culpada de corrupção, incitação à violência e violação das regras sanitárias decretadas devido à pandemia de coronavírus, além de ser considerada culpada de não respeitar a lei de telecomunicações.

Vários analistas internacionais criticaram o processo, que consideram ter motivações políticas para afastar do poder Aung San Suu Kyi, filha de um herói da independência e que venceu as eleições de 2015 e 2020.

No fim de maio, parentes da ex-dirigente apresentaram uma queixa contra a junta militar a um grupo de trabalho da ONU para denunciar um "sequestro judicial".

O golpe de Estado mergulhou o país no caos e quase 2.000 civis foram assassinados pelas forças de segurança e mais de 1.400 foram detidos, segundo o balanço de uma ONG local.

As gravações de Pantanal estavam na reta final e alguns atores da trama acabaram testando positivo para a Covid-19, e tudo acabou tendo que ser adiantado por conta dos protocolos de segurança.

Paula Barbosa que é conhecida pela personagem Zefa, foi uma das atrizes que testou positivo para o vírus após quase todo mundo se recuperar e por conta disso, ela seguiu em isolamento social no Mato Grosso do Sul adiando o retorno para sua casa.

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No Instagram, a artista desabafou dizendo: "As gravações se encerraram. A maioria já retornou para as suas casas. E alguns sorteados, assim como eu, testaram positivo no final da jornada. Por isso, seguindo protocolo, temos que ficar aqui, isolados. No primeiro momento, pensei: Não é possível. Não ganho uma rifa, não sou sorteada para nada e agora que estou morrendo de saudade de casa, da família, do meu filhote, sou uma das sorteadas. Esse pensamento foi o meu primeiro, e hoje aqui só penso que estou tendo o privilégio de estar aqui, em contato com esse lugar".

"Foi aqui que aprendi a me conectar comigo como eu nunca havia conseguido antes. Estar só com você mesma, no silêncio, na solidão. Acho que no fundo as pessoas, assim como eu, têm medo desse contato, das descobertas que virão. E esta está sendo a minha lição e uma bênção. Com certeza eu sairei uma Paula completamente transformada daqui, por cada experiência que vivi. Estou superbem, graças a Deus. Querendo ir para casa, mas também com um aperto no coração de deixar esse lugar", emendou.

Lembrando que Paula Barbosa está dividindo tudo nas redes sociais, inclusive umas fotos de biquíni feita dentro do quarto.

Os momentos de badalação e glória foram substituídos por uma espécie de isolamento social. Aos 38 anos, o jogador Robinho, segundo pessoas de sua confiança, estaria vivendo de forma discreta na Baixada Santista, agora o oposto daquele atleta sorridente, divertido e confiante.

Robinho estaria se mantendo graças ao dinheiro que obteve durante a carreira, acumulando passagens por países nos quais recebeu bons salários, como Inglaterra, Espanha, China e Turquia, onde jogou pela última vez, antes de ser julgado e condenado por participar de estupro coletivo em Milão, em 2013, quando era uma das estrelas do Milan. O Santos e a seleção brasileira foram outras camisas que o atacante vestiu com orgulho.

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Após a sentença, proferida em janeiro desde ano, foram encaminhados à Justiça brasileira, pelo Ministério Público de Milão, o pedido de extradição e mandado de prisão internacional do jogador. Robinho foi considerado culpado, junto com o amigo Ricardo Falco, de ter cometido violência sexual em grupo contra uma jovem de 23 anos. A condenação é definitiva na Itália, em terceira instância. A pena é de 9 anos de prisão. Robinho alega inocência e não esteve presente no julgamento.

Questionada pelo Estadão a respeito de pedidos da Justiça italiana para a captura ou intimação do jogador, a Polícia Federal evitou dar maiores detalhes do caso, mas, nas entrelinhas, admitiu que Robinho é procurado.

Essa foi a mesma opinião da criminalista Jacqueline do Prado Valles, ouvida pela reportagem. "As informações sobre a localização ou pedido de localização de pessoas procuradas são sigilosas, uma vez que a sua divulgação pode atrapalhar ou inviabilizar possíveis diligências", informou a assessoria de imprensa da PF brasileira após pedido do Estadão.

Para Prado Valles, sócia da Valles e Valles Sociedade de Advogados, na capital paulista, a declaração da PF indica que o jogador é considerado procurado e a PF aguarda os trâmites entre os países para realizar algum tipo de ação em relação ao jogador. "Sim, cabe dizer que Robinho é procurado, em razão da cooperação entre os países. Acredito que esta cooperação já está ocorrendo", afirma.

A criminalista explica que, após ter conhecimento formal dos fatos, o Ministério Público brasileiro tem 30 dias para apresentar a denúncia. "Isso quando o acusado está solto pelas nossas leis. Supostamente, ele está solto no Brasil porque não foi homologada essa decisão de prisão ainda. O que está acontecendo na Polícia Federal é que eles podem estar investigando onde está o Robinho para iniciar um depoimento, um processo, de retomada da investigação ou para que ele tome ciência de que a ação penal vai começar", defende.

Caso o Ministério Público não entre com a denúncia nesses 30 dias, conforme informa Prado Valles, qualquer cidadão poderia acionar com uma "queixa-crime supletiva", como é conhecida nos meios jurídicos. "Uma pessoa que se revolta com a perda do prazo pode contratar um advogado e oferecer uma queixa-crime, que é uma ação penal privada no lugar do Ministério Público. Essa queixa-crime é recebida e o Ministério Público pode aí dar continuidade à ação penal ou ficar como fiscal da lei. E quem tocaria a ação seria o advogado particular", explica.

ELO ENTRE AUTORIDADES

A Polícia Federal ressaltou que tem como uma das principais atribuições atuar como um elo entre as autoridades, no caso do Brasil com a Itália. "A PF funciona como o ponto de ligação entre as autoridades policiais brasileiras e as congêneres de outros países, sendo o canal de comunicação para todas as ações de cooperação policial internacional. Além disso, também representa a Interpol (organismo internacional de cooperação policial), sendo responsável por receber e transmitir todos os pedidos e respostas dos países associados", informou a nota da entidade.

Para a PF, porém, a extradição de Robinho para a Itália está descartada. Ele não será enviado para o país europeu, onde ocorreu o estupro quando atuava em Milão. "De acordo com o art. 5º , inciso LI, da nossa Constituição Federal, não é possível a extradição de brasileiros natos, motivo pelo qual inexiste qualquer processo relacionado à extradição de Robson de Souza em nosso país", declarou a entidade.

Já o advogado Luciano Santoro, que também considera que a extradição não é permitida, acrescenta que há a possibilidade de a pena ser cumprida no Brasil, caso seja realizado um novo julgamento no País. Santoro fez parte da equipe que defendeu Robinho, no Brasil, antes da condenação do jogador.

Santoro conta que foi contratado pelo Santos, no fim de 2020, para ajudar na defesa do jogador. Robinho foi revelado e teve quatro passagens pelo clube santista. Na última nem jogou em função de pressão de patrocinadores por causa do julgamento em andamento. O contrato, assinado, ficou na gaveta do presidente. Santoro, por sua vez, ressaltou que já não atua mais no caso.

Na visão de Santoro, ainda de acordo com a lei penal brasileira, há a chamada "extraterritorialidade" (aplicação da lei para crimes cometidos fora do Brasil), para delitos praticados por brasileiro fora do território nacional, pelo artigo 7°, inciso II.

"Em tese, é possível ao Estado Brasileiro vir a julgar os mesmos fatos, observando-se as garantias e direitos fundamentais e o ordenamento jurídico penal e processual penal pátrio. Em consequência, como o artigo 15 do Decreto no 862/1993 (Tratado sobre Cooperação Judiciária em Matéria Penal, entre a República Federativa do Brasil e a República italiana) prevê que a Itália informará o Brasil da sentença condenatória imposta, é possível que nosso governo solicite cópia do processo italiano para instruir eventual ação penal perante a Justiça brasileira", observa.

Há correntes que negam a possibilidade de transferência da execução da pena, pelo fato de, baseadas no artigo 5º, inciso LI, da Constituição, não sendo possível a extradição de brasileiro nato, não haveria como ser utilizado o artigo 100 da Lei de Migração, no qual a transferência do julgamento está diretamente ligada à possibilidade da extradição.

COORDENAÇÃO COM O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Segundo a PF, a "possível localização e intimação" de Robinho necessitaria vir por meio de uma coordenação com uma Autoridade Central do governo brasileiro, no caso o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). Até o fechamento desta matéria, o órgão não respondeu às perguntas da reportagem, assim como a Embaixada da Itália no Brasil.

A criminalista Prado Valles acrescenta que a PF tem um acordo, uma ligação para que seja feita uma busca de pessoas procuradas, situação em que, segundo ela, Robinho se encaixa. "Não quer dizer que a PF pegará o Robinho e o entregará para a Justiça italiana, pode capturar e iniciar uma ação aqui no Brasil com uma denúncia feita pelo Ministério Público brasileiro, em cima de todas as provas já utilizadas pela Justiça Italiana", diz.

Para a criminalista, os trâmites para o julgamento seriam os mesmos de qualquer processo criminal no Brasil. "O único item que seria mais rápido seria a investigação, porque o Poder Judiciário vai utilizar toda a parte investigatória feita pela Justiça Italiana, e isso ajuda muito na rapidez do julgamento. A demora seria na parte judicial. Acredito que, caso o julgamento ocorresse novamente no Brasil, o prazo estimado poderia ser de seis meses", observa.

Prado Valles destaca, no entanto, que um novo julgamento de Robinho poderia até levá-lo à absolvição no Brasil. "Se o Robinho for absolvido em território brasileiro, estará absolvido, mas a decisão da Itália impede que ele entre na Europa. No Brasil, porém, ele seria um homem absolvido, livre, isso poderia acontecer", completa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota nesta terça-feira (24) esclarecendo as recomendações feitas pela agência para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Segundo a Anvisa, foi apenas reforçada a adoção das medidas que já estão em vigência em aeroportos e em aeronaves e que são destinadas a proteger “o indivíduo e a coletividade não apenas contra a covid-19, mas também contra outras doenças.”

Na nota, a Anvisa esclarece que não recomendou o “isolamento” como uma medida para o enfrentamento à varíola dos macacos.

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“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos através do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vírus. O vírus pode ser transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama”, diz a nota.

A Anvisa informou que atua consoante com as ações das agências internacionais e de organismos mundias de saúde e que permanece monitorando a evolução dos casos da varíola dos macacos, mantendo um contato constante com o Ministério da Saúde. “Tão logo se justifique, serão propostas as medidas sanitárias, quando cabíveis, em aditamento às regras existentes e vigentes no Brasil.”

A doença

Diante do quadro, o Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.

"Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país", informou o Ministério da Saúde, em nota. A pasta afirma que encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.

O que será que vem por vir? Dias após anunciar que ficaria afastado por um tempo das redes sociais, Arthur Aguiar voltou a postar nos Stories do Instagram, nesta sexta-feira, dia 13, e fez um grande mistério em torno do aparecimento.

O campeão do BBB22 e a família estão passando uma temporada em Serrambi, em Pernambuco e, de lá, falou que iria gravar em uma rádio local, dando a entender que daria start na carreira musical.

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Já já explico o porquê decidir voltar antes do tempo, escreveu.

Logo em seguida, Arthur falou sobre as novas composições que tem trabalhado e deixou uma data no ar: 24 de maio.

- Tem música boa, mas ainda não vou liberar [...] Chamei um grupo de peso, disparou.

 

Xangai reduziu nesta segunda-feira (11) as restrições em alguns bairros da metrópole chinesa após os protestos contra as normas rígidas contra a Covid-19, que provocaram o confinamento de 25 milhões de pessoas.

As autoridades anunciaram que começarão a permitir gradualmente que os moradores das áreas com menos casos deixem suas residências, mas não informaram quantas pessoas poderão sair de suas casas nem quando.

A China segue uma política rígida de "covid zero", com o objetivo de eliminar os contágios por meio de confinamentos estritos, testes em larga escala e restrições de deslocamentos.

Xangai enfrenta algumas das medidas mais severas desde que o vírus surgiu na cidade chinesa de Wuhan em 2019, com confinamento estrito que dificulta a comprar de alimentos e levou milhares de pessoas a centros de quarentena.

As autoridades informaram que classificarão as residências ad cidade em três níveis, com base no número de infecções.

As "medidas de prevenção e controle diferenciadas" refletirão as "circunstâncias reais" no terreno, afirmou Gu Honghui, funcionário da prefeitura de Xangai.

As pessoas que estão em "zonas de controle fechadas" ou "zonas de gestão controlada" permanecerão confinadas em suas casas ou limitadas a suas residências.

As pessoas nos complexos residenciais que não registraram nenhum caso nos últimos 14 dias poderão sair de suas casas.

Quando desembarcar em Moscou, na Rússia, o presidente Jair Bolsonaro vai atrair os holofotes internacionais para si. Na quarta-feira (16), quando chegar ao Kremlin, Bolsonaro estará pisando na sede da segunda maior potência militar e nuclear do planeta, com forças posicionadas e capazes de invadir a vizinha Ucrânia, sob protestos do Ocidente. O presidente ganhará, de alguma forma, uma janela para sair do isolamento internacional a que levou o Brasil, hoje visto negativamente em diversos aspectos por Washington e Bruxelas.

Rejeitado por líderes da União Europeia e pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que nunca lhe deu a atenção de um simples telefonema, Bolsonaro receberá na Rússia a deferência que recentemente encontrou apenas em países autoritários do Oriente Médio. Ao atender ao chamado de Vladimir Putin, estará na prática colaborando com a tentativa russa de demonstrar normalidade em dias de tensão. Moscou afirma que seus exercícios militares na fronteira com a Ucrânia são legítimos e classifica como "histeria" os alertas que os norte-americanos disparam ao mundo, alertando para o risco do iminente conflito militar que poderia comprometer a paz em Kiev.

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Bolsonaro vai tentar se esquivar da crise militar, apesar das pressões dos EUA para dar um duro recado a Putin. Indagado, ele afirmou que seu foco são as parcerias comerciais. Mas é natural que as movimentações de tropas surjam na conversa entre os presidentes, já que Brasil e Rússia ocupam assento, no momento, no Conselho de Segurança da Organização da ONU. Os ministros da Defesa e chanceleres também farão consultas mútuas. Na instância adequada - as Nações Unidas -, o Itamaraty pregou o diálogo em vez do uso da força.

Aliados do presidente acham que Putin não autorizaria nenhuma incursão militar enquanto recebe um chefe de Estado em seu território. Apesar de as tensões estarem a quilômetros de distância de Moscou, do lado brasileiro houve certa apreensão. Ela veio principalmente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A ala militar do governo recomendou até o adiamento da viagem, mas o presidente não quis. Hoje, Bolsonaro só desistiria se, de fato, o conflito fosse deflagrado.

Resposta a Biden

A fotografia de Bolsonaro com Putin certamente se somará ao acervo que já reúne imagens com Xi Jinping e Narendra Modi, como forma de o Planalto rebater críticas à condução ideológica da política externa. O encontro no Kremlin também serviu para Bolsonaro incomodar a Casa Branca e pleitear um encontro com Biden - de quem o presidente brasileiro vive se queixando, dizendo que o democrata "não tem tempo" para ele e que a alegada indisposição seria eco de um alinhamento pessoal com o ex-presidente Donald Trump.

Bolsonaro afirma que Putin é um conservador e existem semelhanças entre eles - a exemplo da relação conturbada com imprensa e opositores, aproximação com religiosos e a valorização da "masculinidade". Mas do ponto de vista geopolítico, não há. Na América Latina, os russos sustentam relações próximas e ajudam na sustentação econômica e militar de regimes de esquerda em Cuba e na Venezuela, hostis aos EUA. O bolsonarismo tem em sua raiz uma aversão a esses dois governos latino-americanos. Uma contradição que Bolsonaro omite de seus simpatizantes.

Esse será o terceiro encontro pessoal entre Putin e Bolsonaro. Ele já poderia ter ocorrido em 2020, mas foi adiado pela pandemia da Covid-19. Putin veio a Brasília, em 2019, por ocasião da Cúpula do Brics, sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e convidou Bolsonaro a visitar Moscou pelo mesmo motivo. Será também oportunidade de retribuir a reunião bilateral que mantiveram no Palácio do Planalto, em Brasília, à margem do Brics. Eles também se encontraram em Osaka, no Japão, por ocasião do G-20.

O atual encontro foi agendado em dezembro passado, após visita precursora do chanceler Carlos França ao experiente ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov. Em artigo no Estadão, França disse que o "relacionamento bilateral encontra-se aquém do potencial". Na balança comercial, de US$ 7,3 bilhões, há desequilíbrio desfavorável ao Brasil. Os governos têm duas comissões de trabalho. E o Brasil quer um acordo de cooperação e facilitação de investimentos. Um acordo comercial amplo, de livre comércio, como é visto com ceticismo por diplomatas.

A parceria no Brics vem sendo usada como justificativa diplomática da visita de Estado. Mas a verdade é que Bolsonaro não tem o Brics no topo de prioridades de agenda exterior, em que pese já ter visitado China e Índia. Putin, inclusive, aproveitou as últimas cúpulas do bloco para cobrar, cara a cara com seus pares, mais aproximação política, o que não é a pauta brasileira.

Acordos para exportações

A principal justificativa de Bolsonaro é a busca por adubos e fertilizantes, de longe o principal produto da balança comercial entre os países, com cerca de US$ 1,8 bilhão anuais importados pelo Brasil. O País também busca diversificar e sofisticar suas exportações à Rússia, considerados muito concentrados em alguns produtos. Nos últimos anos, a Rússia atingiu a autossuficiência na produção de suínos, retirando mais um item da pauta. A expectativa de produtores nacionais é que voltem a acessar o mercado russo neste ano.

Mas Bolsonaro viaja com uma baixa importante. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi cortada da delegação por causa da Covid-19. No ano passado, quando potências ocidentais impuseram sanções a Belarus, um dos principais fornecedores de potássio ao campo brasileiro, a ministra correu a Moscou para tentar garantir e até ampliar o fornecimento de fertilizantes ao Brasil. A preocupação é que a escassez impacte novamente o preço dos alimentos no Brasil, gerando mais inflação, algo negativo para quem busca a reeleição, embora a ministra preveja que a próxima safra de verão esteja garantida.

Há ainda interesse dos russos em fornecer ao Brasil equipamentos militares de ponta. Os russos têm algumas das melhores máquinas bélicas de aviação, como os consolidados caças Sukhoi, e também sistemas de defesa antiaérea, que já foram oferecidos antes, mas não entusiasmaram os militares brasileiros.

Um oficial da Força Aérea russa, no entanto, relata a existência de uma espécie de bloqueio informal nas negociações, por causa das relações muito mais próximas entre militares das Forças Armadas brasileiras com os americanos. No ano passado, o almirante Craig Faller, então chefe do Comando Sul dos EUA, disse que a oferta estava na mesa e que só dependia do Brasil tornar-se parceiro global da Otan. A expansão dessa aliança militar no Leste Europeu desagrada a Putin e é uma das razões do potencial confronto.

 Nesta segunda (31), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) promoveu alterações no protocolo de isolamento para casos de covid-19. Agora, pessoas acometidas pela doença devem permanecer afastadas do convívio social por pelo menos sete dias, podendo retornar às suas atividades no oitavo dia, desde que esteja sem sintomas nas últimas 24h.

Antes, o estado orientava que os sintomáticos ficassem em isolamento por 10 dias e mais 24h sem sintomas. O período recomendado para assintomáticos era de 7 dias. As mudanças ocorreram depois de uma reunião de representantes do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação.

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A secretária executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael, afirma que a decisão do Comitê Técnico foi tomada em consonância com a abordagem de outros países do mundo e com aval dos especialistas que monitoram o cenário da pandemia em Pernambuco. “Com a mudança no protocolo estadual, Pernambuco passa a igualar os casos sintomáticos e assintomáticos. A partir de agora, os casos positivos para doença, independente da presença de sintomatologia, passam a cumprir o isolamento de 7 dias. É importante deixar todos atentos a necessidade do cumprimento desse protocolo para proteção dos contatos próximos. Para o retorno às atividades cotidianas e de trabalho, este paciente precisa contabilizar pelo menos 24 horas sem sintomas, não sendo necessário realizar novo teste”, comenta Patrícia.

Durante a reunião, o médico infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Demetrius Montenegro, chamou atenção para o comportamento das novas variantes da doença. “Temos observado que o comportamento virológico da ômicron é mais curto, porém bastante importante, por isso precisamos estar atentos aos sinais e sintomas e a manutenção do isolamento, além do uso de máscara de forma correta”, comentou o médico.

O Comitê também reforçou que manterá afastados os profissionais dos serviços de saúde que apresentam quadro de agravamento para a covid-19. “Resolvemos manter as recomendações já vigentes. Os profissionais com obesidade, ou seja, com IMC acima de 40, idosos acima com 70 anos e mais, gestantes e pessoas vivendo com HIV/Aids devem permanecer afastados. Entendemos que estes trabalhadores devem ser protegidos devido às suas condições, ainda mais neste momento de aceleração da circulação da variante ômicron da Covid-19”, colocou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Um homem, que não teve o nome revelado, foi condenado a pagar R$ 3 mil de indenização por danos morais coletivos por não cumprir o período de isolamento após ser diagnosticado com a Covid-19. O fato aconteceu no estado de São Paulo e ainda cabe recurso.

Segundo o Tribunal de Justiça Paulista, em março de 2021, mesmo testado positivo para o novo coronavírus, o homem foi flagrado em locais públicos, sem máscara de proteção e acompanhado de terceiros. O juiz Carlos Gustavo Urquiza, da 2ª Vara da Comarca de Adamantina, afirmou que a atitude do réu aumentou o risco de contágio para a população. 

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“O incremento deste risco configura lesão jurídica indenizável ao direito difuso ao ambiente com padrões sanitários que decorrem da opção normativa de nossa sociedade”, frisou.

O magistrado destacou que a conduta do réu constitui “grave ataque à saúde coletiva da população, já que tal conduta poderia ter contribuído para a contaminação de mais pessoas” e que, independentemente de ter havido contaminação ou não, está caracterizado o dano social, “em que houve a concreta exposição de pessoas a risco ilícito, pelo comportamento deliberado do Requerido."

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou que testou negativo para Covid-19 e, por isso, encerrou neste sábado (15) o período de isolamento devido à contaminação pelo vírus. O político já tomou duas doses da vacina e havia testado positivo para a doença na última terça-feira (11).

A quarentena de Leite durou cinco dias. Na última segunda (10), o Ministério da Saúde reduziu o período de isolamento para pessoas assintomáticas ou com sintomas leves. Após testagem RT-PCR ou antígeno com resultado negativo no 5º dia, os pacientes estão liberados para sair do isolamento, como o caso do governador.

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Essa foi a segunda vez que Leite se infectou pelo coronavírus. A primeira havia sido em julho de 2020. Ele utilizou as redes sociais para anunciar que está curado.

"Com teste negativo e cumprido o período sem febre ou sintomas graves, encerro hoje o meu isolamento em função da COVID-19. Obrigado a todos pelas mensagens!", escreveu em sua conta do Twitter.

Em 2022, seis governadores já foram infectados pelo vírus. Além de Eduardo Leite, Flávio Dino (PSB), do Maranhão, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Ratinho Junior (PSD), do Paraná, Helder Barbalho (MDB), do Pará, e Carlos Moisés (sem partido), de Santa Catarina, testaram positivo para a doença nos primeiros dias do ano.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (10) novas regras para cumprimento de quarentena de Covid-19. O período de isolamento foi reduzido de 10 para cinco dias para pessoas que estão sem sintomas respiratórios, sem febre por um dia sem o uso de antitérmico e que tenham resultado negativo em teste PCR ou de antígeno.

O anúncio das mudanças foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga. Conforme a nova recomendação, pessoas que estejam com Covid leve ou moderada deverão ter um isolamento de no mínimo sete dias sem teste. Se ao quinto dia completo ele não tiver sintomas respiratórios e febre por 24 horas, sem uso de antitérmico, poderá fazer o teste e, caso o resultado seja negativo, sair do isolamento. Caso o paciente continue com sintomas respiratórios ou febre ao 7º dia, poderá fazer o teste. O resultado sendo negativo, ele pode sair do isolamento. Em caso de positivo, deve ficar resguardado até 10 dias e só sair ao não apresentar mais sintomas.

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Após 10 dias, caso a pessoa não apresente sintomas respiratórios, não precisará fazer teste. A contagem dos dias deve ser feita a partir do início dos sintomas. O ministério salientou que o paciente que testou negativo e deixou o isolamento deve evitar aglomerações e contato com pessoas com comorbidades, além de usar máscara e outras medidas não farmacológicas.

A regra prevista anteriormente pelo Ministério da Saúde era de 14 dias de isolamento ininterruptos. De acordo com a pasta, foram utilizados como referências os protocolos de referência do Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CDC), dos Estados Unidos, e do Sistema Nacional de Saúde (NHS), da Inglaterra. A pasta tomou a decisão no mesmo sentido do que foi adotado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que oficializou as mudanças duas horas antes do governo federal.

"Sem dúvidas, a variante Ômicron causa um número muito maior de casos, temos observado esse aumento, mas, felizmente, ainda não temos a correspondência em número de óbito", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após o anúncio. "Estamos nos preparando para ampliar algumas políticas, como a de testagem". Queiroga informou que até o final de janeiro serão distribuídos 28 milhões de testes rápidos para autotestagem. Nos próximos 15 dias, devem ser distribuídos 13 milhões de testes.

Com agências.

Diante do aumento de casos de coronavírus, causado pela variante Ômicron, o governo francês decidiu intensificar medidas de combate à pandemia, ampliar o uso de máscaras e colocar em votação um projeto de lei que pode restringir a circulação de não vacinados no país.

Legisladores franceses debatem hoje a implementação de um passe de vacina obrigatório para acesso a restaurantes, bares e outros locais públicos. O documento também seria exigido em trens inter-regionais e em ônibus e voos domésticos, sendo dispensável apenas para trabalhar e acessar serviços de saúde ou sociais. Se aprovada, a lei entrará em vigor no dia 15.

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A mudança deve desencadear protestos, já que, desde julho, milhares de franceses vão às ruas contra o passe de saúde, em manifestações que chegaram a mobilizar 237 mil pessoas em um único dia. A França é um dos países com maior taxa de vacinação do mundo: 77% de sua população já foi imunizada. Mais de 4 milhões de adultos, no entanto, ainda não tomaram a vacina.

Os não vacinados que contraírem o vírus serão "vigiados e punidos", disse o ministro da Saúde francês, Olivier Veran. Eles terão que se isolar por 10 dias se entrarem em contato com uma pessoa infectada, enquanto residentes inoculados não precisarão mais fazer quarentena a partir de hoje.

O governo francês vem anunciando uma série de medidas de combate à quinta onda de coronavírus no país. No sábado, reduziu a idade para uso obrigatório de máscaras de 11 para 6 anos, em uma tentativa de evitar o fechamento das escolas em janeiro. As aulas recomeçam hoje e as crianças terão que usar máscaras no transporte público, nos complexos desportivos e em locais de culto.

A obrigatoriedade da máscara se estende a espaços ao ar livre em cidades como Paris e Lyon. A capital anunciou que a proteção facial se tornaria obrigatória mesmo em espaços abertos na quarta-feira. Algumas exceções, como práticas esportivas, são permitidas.

Uma série de novas restrições prevê a obrigatoriedade do trabalho em home office por pelo menos três dias da semana a partir do início de janeiro. As empresas que violarem essa regra podem ser multadas em até € 50.000 (R$ 316 mil).

A França registrou mais de 200 mil novas infecções por quatro dias consecutivos. No sábado, tornou-se o sexto país do mundo a ultrapassar o total de 10 milhões de casos. O ministério da Saúde francês destacou, ainda, que os primeiros dados virológicos apontam para um período de incubação da variante Ômicron mais rápida do que as variantes anteriores, o que favorece uma redução da duração do isolamento.

PROTESTOS

Uma tropa de choque dispersou milhares de pessoas que se reuniram na capital holandesa ontem para protestar contra as medidas de restrição a e vacinação da Covid-19. Os manifestantes violaram uma proibição de realizar reuniões públicas em razão da mais recente onda de infecções por coronavírus.

A Holanda entrou em lockdown em 19 de dezembro, com o governo ordenando o fechamento de todas as lojas, exceto as essenciais, assim como restaurantes, cabeleireiros, academias, museus e outros lugares públicos até pelo menos 14 de janeiro. As reuniões públicas de mais de duas pessoas são proibidas.

Como outros países europeus, a Holanda impôs as medidas num esforço para evitar uma nova onda da variante Ômicron do coronavírus, que poderia sobrecarregar um sistema de saúde já pressionado. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da variante ômicron do coronavírus, que acelerou os contágios, cada vez mais governos em todo o mundo estão flexibilizando as regras de isolamento para pacientes e seus contatos para evitar a paralisia econômica.

O alto grau de contágio da ômicron e as consequentes suspensões e quarentenas, pesam sobre as sociedades, ainda que a aceleração das infecções não seja acompanhada, por enquanto, pelo aumento da mortalidade.

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A Europa, atual epicentro da pandemia, enfrenta níveis sem precedentes de infecções: mais de 4,9 milhões de casos registrados nos últimos sete dias, 59% a mais que na semana anterior, de acordo com uma contagem da AFP no sábado.

No total, mais de 100 milhões de casos ocorreram na Europa desde que o vírus foi descoberto em dezembro de 2019.

Na América Latina, o Equador anunciou no sábado que encerrou o último mês de 2021 com 24.287 infecções, mais que o dobro das registradas em novembro (9.513) e o triplo das registradas em outubro (7.556).

Enquanto isso, a França, com mais de um milhão de casos detectados nos últimos sete dias, anunciou neste domingo um relaxamento das regras de isolamento para pessoas infectadas e seus contatos, como forma de preservar a vida socioeconômica do país.

Pelas regras que entram em vigor na segunda-feira, as pessoas positivas com vacinação completa terão que se isolar por sete dias em vez de dez, e podem reduzir a cinco se apresentarem resultado negativo em um teste subsequente.

Aqueles que estiveram em contato com essas pessoas não vão precisar entrar em quarentena se tiverem o esquema de vacinação completo.

A mudança da regra deve garantir "o controle das infecções enquanto preserva a vida socioeconômica", explicou o ministério da Saúde francês em um comunicado.

"Conviver com o vírus"

No Reino Unido, com infecções recordes, o secretário de Saúde Sajid Javid disse que não haverá novas restrições, exceto como "um último recurso absoluto".

Pouco antes do Natal, o governo britânico havia reduzido de dez para sete os dias de isolamento para pessoas vacinadas que contraíram o coronavírus.

"Limitar nossa liberdade deve ser o último recurso absoluto e os britânicos esperam que façamos tudo o que pudermos para evitá-lo", escreveu Javid em um artigo no Daily Mail.

Ele acrescentou que "estou determinado a dar a nós mesmos a melhor oportunidade de conviver com o vírus".

O ministério da Saúde britânico é responsável pela política de saúde na Inglaterra, não no restante do Reino Unido, que adotou novas medidas restritivas contra a variante ômicron.

Por sua vez, a autoridade sanitária suíça decidiu na sexta-feira que os cantões podem reduzir a quarentena para pessoas que tiveram contato com alguém infectado de dez para sete dias.

O medo da desestabilização econômica levou a Espanha a decidir na última quarta-feira reduzir o isolamento das pessoas infectadas com a Covid-19 para sete dias, em vez de dez, para equilibrar a saúde pública e o crescimento econômico, segundo o presidente do governo, Pedro Sanchez.

No mesmo dia, a Argentina tomou uma decisão semelhante para tentar minimizar o impacto econômico de um surto recorde de infecções. Portugal fez isso na sexta-feira.

A África do Sul estima que já superou o pico da onda ômicron e suspendeu o toque de recolher noturno em vigor há 21 meses em 31 de dezembro.

"Procuramos um equilíbrio entre a vida das pessoas, o seu sustento e o objetivo de salvar vidas", explicou o ministro da Presidência, Mondli Gungubele.

Refletindo o impacto da ômicron, o tráfego aéreo global sofreu inúmeras interrupções. Pilotos e tripulantes foram colocados em quarentena por infecção ou contato com pessoas infectadas, levando as companhias aéreas a cancelar os voos.

No sábado, nos Estados Unidos, onde o mau tempo se somou à onda de infecções, cerca de 2.660 voos foram cancelados, mais da metade dos cancelamentos em todo o mundo, segundo o site FlightAware.

Para limitar ausências e evitar bloqueios e escassez, o governo do presidente Joe Biden decidiu na segunda-feira reduzir a duração das quarentenas recomendadas de dez para cinco dias para pessoas que contraíram Covid-19, desde que não apresentem sintomas.

A França vai aliviar a partir da segunda-feira (3) as regras de isolamento para as pessoas com Covid-19 e seus contatos quando tiverem o esquema vacinal completo a fim de preservar a vida socioeconômica do país, anunciou o governo.

Segundo as novas regras, as pessoas que testarem positivo e estiverem com o esquema vacinal completo deverão se isolar por sete dias e não dez, como ocorre atualmente.

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Não haverá necessidade de quarentena para as pessoas de contato com o esquema de vacinação completo, embora tenham que respeitar as regras de uso de máscaras e distanciamento social e "fazer testes regulares", explicou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em entrevista ao Journal du Dimanche.

A mudança das regras responde à necessidade de "se levar em conta a evolução extremamente rápida da transmissão da variante ômicron na França" e permitir "ter um equilíbrio de custo-benefício visando a assegurar o controle dos contágios, enquanto se preserva a vida socioeconômica", explicou o ministério de Saúde em um comunicado.

A pasta destacou, ainda, que os primeiros dados virológicos apontam a "um período de incubação da variante ômicron mais rápida do que as variantes anteriores, o que favorece uma redução da duração do isolamento".

As pessoas que testarem positivo e não tiverem completado o esquema vacinal deverão se isolar por dez dias.

Será mantida, ainda, uma quarentena de sete dias para os contatos de uma pessoa contagiada que não tiverem completado o esquema vacinal e estes deverão obter um exame negativo após este período para poderem sair do isolamento.

A Argentina reduzirá de dez para sete dias o prazo do isolamento obrigatório para pessoas infectadas com a covid-19 com o esquema vacinal completo, informou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, nesta quarta-feira (29).

A medida foi adotada em meio a um forte aumento dos casos positivos de covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante ômicron ao país sul-americano e sem que o governo contemple até agora aplicar medidas sanitárias restritivas.

"A Argentina está entrando neste momento na terceira onda. Os casos estão aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes", destacou Vizzotti.

"A dinâmica de transmissão mudou com a variante ômicron. Há um aumento exponencial de casos, mas isso não provoca um aumento das internações ou da mortalidade", indicou.

Na terça-feira, o país registrou 33.902 novos casos de covid-19, contra os pouco mais de 5.000 reportados no final de novembro.

De acordo com as novas disposições, as pessoas que apresentarem resultados positivos de covid e que possuírem o esquema vacinal completo deverão permanecer sete dias isoladas. Já para as vacinadas que forem contatos próximos de um infectado, mas não apresentarem sintomas, o período será de cinco dias.

A ministra explicou que no contexto atual "a preocupação não é tanto o sistema de saúde, como foi antes, mas que haja um impacto econômico pelos isolamentos".

O prazo da quarentena obrigatória será mantido em dez dias para infectados e contatos próximos que não possuírem as duas doses da vacina. Essas pessoas também deverão realizar um teste de PCR no final.

"As vacinas estão salvando vidas, estão mostrando o papel que têm, independentemente de termos um número significativo de casos", destacou a ministra.

Há um ano, a Argentina começou sua campanha de vacinação contra a covid-19. Até agora, 73% de seus 44 milhões de habitantes completaram o esquema. Desses, 10% receberam uma terceira dose de reforço.

Nesta quarta-feira, o cruzeiro Viking Jupiter foi autorizado a atracar no porto de Ushuaia (sul), no qual viajam alguns passageiros infectados com covid que ficaram dentro da nave. No início de dezembro, o cruzeiro Hamburg foi isolado temporariamente em alto mar, devido ao receio de que houvesse algum caso da variante ômicron a bordo.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registra 5,5 milhões de infectados e mais de 117.000 mortes.

O governo britânico reduziu, nesta quarta-feira (22), de dez para sete dias o período de isolamento de pessoas já vacinados que contraíram o coronavírus, em meio à rápida propagação da variante Ômicron.

A partir de hoje, quem tiver dois testes negativos de antígeno realizados no sexto e no sétimo dias de quarentena poderão sair do isolamento.

Segundo o governo, isso permitirá que mais pessoas passem o Natal em família, sem se exporem à transmissão do vírus.

A secretária de Estado de Saúde, Gillian Keegan, disse à Sky News que "o risco é igual" se sair do isolamento depois de sete dias "e tiver dois testes negativos" e se "esperar três dias a mais dentro do quarto".

"Se você deu positivo ou apresentou os primeiros sintomas no sábado 18 (de dezembro), poderá aproveitar sua ceia de Natal" em família, declarou a secretária à Times Radio.

Mas ela esclareceu que para isso deverá apresentar testes de antígeno negativos realizados no sexto e sétimo dias de quarentena.

Esta nova regra foi adotada no momento em que o Reino Unido, um dos países mais atingidos pelo coronavírus na Europa com mais de 147 mil mortes, enfrenta um surto de casos atribuídos à contagiosa variante ômicron.

Na terça-feira, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson se recusou a endurecer as medidas restritivas como é exigido por algumas pessoas e descartou fazer isso antes do Natal.

O País de Gales, que assim como cada província britânica decide sua política sanitária, anunciou que a partir de 26 de dezembro os grupos serão limitados a seis pessoas no máximo nos pubs, restaurantes e cinemas.

Por outro lado, o ministro britânico da Saúde, Sajid Javid, informou hoje a assinatura de dois contratos com as farmacêuticas MSD e Pfizer para a compra de comprimidos antivirais contra a covid-19.

Esses medicamentos reduzem a capacidade de um vírus se replicar, freando a doença.

Vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos testou positivo para covid-19 no sábado (11) e agora está em isolamento, informou neste domingo (12) a autoridade monetária em comunicado em seu site. Sua infecção não afetará a reunião de política monetária deste semana, que termina na quinta-feira (16), segundo o BC comum.

De acordo com o BCE, Guindos não esteve em contato próximo na última semana com a presidente da instituição, Christine Lagarde, e seus sintomas são leves até o momento. O vice-presidente já recebeu ambas as doses da vacina contra a doença e trabalhará de casa até segundo aviso.

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