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Cientistas identificaram na França o osso de um bebê Homo sapiens em uma caverna, que em tese teria sido ocupada por neandertais há mais de 40 mil anos. A descoberta abre novas possibilidades sobre as relações entre os primeiros homens modernos na Europa Ocidental e seus antepassados.

A descoberta surpreendeu o paleoantropólogo Bruno Maureille, diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), líder de um estudo publicado recentemente na revista Nature Scientific Reports.

Este especialista dos neandertais - linhagem humana extinta que habitou a Eurásia muito antes da chegada do Homo sapiens - trabalhou no inventário de fósseis humanos escavados entre 1949 e 1963 na caverna de Reno, em Arcy-sur-Cure, na Borgonha, região central da França.

No local, descoberto pelo arqueólogo André Leroi Gourhan, foi encontrada uma abundante coleção de ferramentas e restos humanos atribuídos aos neandertais.

Os pertences foram associados à tradição artesanal Chatelperronense, fase perigordiana da cultura - dentro do Paleolítico Médio, entre cerca de 45.000 e 41.000 anos antes da era atual.

Ao entrar em contato com os 64 fósseis no Museu Nacional da Pré-história dos Eyzies de Taac, também na Borgonha, Maureille observou que um deles era diferente.

A diferença morfológica chamou sua atenção. "Vi imediatamente que não era um bebê neandertal", disse à AFP.

Ele constatou que o osso pertencia à parte superior da pélvis de um recém-nascido, um ílio - que faz parte do quadril, no tamanho de uma moeda de dois euros (2,5 centímetros).

O ílio não tinha o mesmo comprimento nem a mesma orientação dos demais, afirma a coautora do estudo, Juliette Henrion, do laboratório de estudo da pré-história (Pacea) da Universidade de Bordeaux.

Ela lembra que o Homo sapiens e os neandertais apresentam "diferenças morfológicas em quase todos os ossos do esqueleto, tanto de bebês quanto de adultos".

Uma análise morfométrica 3D do pequeno osso, em comparação com dois ossos ilíacos bem preservados de neandertais recém-nascidos, confirmou que se tratava de um bebê anatomicamente moderno, embora ainda diferente de um bebê de hoje.

- Contato entre grupos biologicamente diferentes -

"Esta é a primeira vez que um ser humano moderno foi encontrado em uma área Chatelperronense", disse Maureille, que comanda o laboratório Pacea. Ele acrescenta que o famoso osso ílio moderno e os ossos de Neandertal provêm da mesma camada arqueológica.

A cultura Chatelperronense, nome proveniente da comuna Châtelperron, que significa "Caverna das Fadas", localizada na região Auvernia-Ródano-Alpes, é caracterizada por uma técnica de produção de ferramentas cortadas em lâminas longas e estreitas que servem como facas, assim como vários elementos de enfeite.

Identificada em várias regiões da França e do norte da Espanha, a cultura surgiu em um período que as populações neandertais diminuíram enquanto a quantidade dos primeiros grupos de Homo sapiens aumentava na Eurásia ocidental.

A descoberta na caverna de Arcy-sur-Cure levanta a questão dos "possíveis contatos" entre os dois grupos biologicamente diferentes, segundo um comunicado do CNRS nesta semana.

O estudo apresenta diversas hipóteses, inclusive a de grupos mistos que viveram no mesmo local e compartilharam a mesma cultura.

Eles também poderiam ter ocupado a caverna sucessivamente, com a diferença de "alguns milhares de anos", analisa Henrion.

A descoberta "nos ilumina sobre a chegada do homem moderno na Europa Ocidental", acrescenta a coautora.

"Nossos resultados dizem que a história do povoamento deste período talvez seja mais complexa do que se pensava, pois mostra ocupações plurais do território europeu e não um cenário em que um determinado grupo substituiu outro em tal local", segundo Maureille.

Os pesquisadores não descartam a possibilidade de escavar a caverna novamente para encontrar mais ossos.

Uma equipe internacional com cerca de 200 socorristas tem a difícil missão de resgatar o explorador norte-americano Mark Dickey, de 40 anos, preso em uma caverna na Turquia a mais de 1 km de profundidade. Depois de quase uma semana, a operação dramática deve entrar na reta final a partir desta sexta-feira (8) com um lento e complexo processo de subida.

Dickey, explorador experiente que ajuda a salvar outras pessoas como membro da Comissão Nacional de Resgate em Cavernas dos Estados Unidos, terá que subir com o apoio de uma maca.

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"Isso vai protegê-lo, mas também significa que levará mais tempo para sair da caverna, porque há muitos trechos estreitos e apertados no caminho de saída, é mais difícil passar com a maca", explicou a representante da Comissão Nacional de Resgate em Cavernas Gretchen Baker. "Este não será um resgate rápido em razão da localização dele na caverna e do terreno desafiador à frente", concluiu.

O bombeiro Justin Hanley, de 28 anos, conheceu Dickey quando participou de um curso de resgate em cavernas ministrado pelo explorador há alguns meses. "Mark é o cara que deveria estar naquela missão de resgate, liderando e prestando consultoria, e para ele ser o que precisa ser resgatado é uma espécie de tragédia por si só", disse ele.

Com 20 anos de experiência, o norte-americano estava na Turquia com uma equipe de especialistas para ajudar a mapear a caverna Morca, que chega a 1,2 km, uma das mais profundas do país. Durante a expedição, já a mais de 1 km, ele sofreu um sangramento gastrointestinal e foi levado para uma espécie de acampamento dentro do caverna.

Diante da difícil missão para socorrê-lo, a Turquia pediu ajuda da Associação Europeia de Resgate em Cavernas no último sábado, 2. Equipados com suprimentos médicos e bolsas de sangue, os socorristas da Hungria foram os primeiros a chegar ao local em que estava Mark Dickey e fizeram um transfusão de sangue para que ele sobrevivesse.

Depois de ter o quadro de saúde estabilizado, o explorador chegou a gravar um vídeo em que agradece pelo esforço de resgate e envio de ajuda médica. "Salvou a minha vida", destacou o explorador. "Eu estava muito perto do limite".

Na mensagem gravada na quinta-feira, ele afirmou ainda que, embora esteja alerta e falando, não está curado por dentro e vai precisar de muita ajuda para subir.

A comunicação com Dickey leva até sete horas e é feita por outras pessoas que vão do acampamento onde ele está até outra base em um ponto mais alto da caverna, onde é possível usar um telefone.

Além dos socorristas de Hungria e Turquia, a complexa operação também conta com equipes de Croácia, Bulgária, Itália e Polônia. Cada país ficou responsável por estabelecer uma base de apoio ao longo da caverna para garantir os cuidados médicos constantes que serão necessários durante a subida.

"As missões de resgate nessa profundidade são muito raras, extremamente difíceis e exigem a presença de muitos socorristas experientes em cavernas", ressaltou a Associação Europeia de Resgate em comunicado à imprensa.

O especialista Yusuf Ogrenecek, da Federação Turca de Espeleologia (ciência que estuda as cavernas), explicou que uma das principais dificuldades é aumentar as passagens, que são muito estreitas, para subir a maca. Além disso, o desgaste físico e psicológico de permanecer por dias dentro da caverna com um frio de 4ºC aumentam ainda mais o desafio.

Nesta sexta, o dia em que a missão avança para entrar em sua parte final - e talvez mais difícil - os socorristas internacionais continuavam chegando à Turquia para ajudar. O resgate ainda deve levar no mínimo mais três ou quatro dias, estimou um dos responsáveis pela agência turca de emergências, Cenk Yildiz, em entrevista à agência de notícias local IHA.

"Os médicos foram muito bem-sucedidos em tratá-lo, e agora estamos em posição de retirá-lo da caverna", disse ele lembrando que é uma operação muito difícil e que uma pessoa saudável levaria 16 horas para sair. "Nossa prioridade é a saúde. O objetivo é concluir essa operação sem colocar ninguém em risco", concluiu. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um atleta espanhola que passou 500 dias isolada em uma caverna, sem contato direto com o exterior nem luz natural, saiu nesta sexta-feira (14) do local e afirmou que a experiência foi "excelente, insuperável".

"Estou há um ano e meio sem falar com ninguém, só comigo mesma", disse Beatriz Flamini aos jornalistas depois de sair, com a ajuda por espeleólogos, de uma caverna que fica a 10 quilômetros de Motril (Andaluzia, sul), permaneceu por 500 dias 70 metros abaixo do solo.

Flamini estava com livros, luz artificial e câmeras para gravar a experiência, mas não tinha telefone nem instrumentos para controlar o tempo. Ela teve o apoio uma equipe técnica que deixava sua comida em um ponto da caverna sem ter contato com a atleta.

"Eu não sei o que aconteceu no mundo (...) continua sendo 21 de novembro de 2021", disse, ao mencionar o primeiro dia que passou na caverna. "E ao ver todos vocês com máscara, para mim ainda é (pandemia de) covid-19", acrescentou Flamini, 50 anos, em referência aos jornalistas, que usavam máscaras por segurança.

"Desafios deste tipo já aconteceram muitos, mas nenhum com todas as premissas deste: sozinha e em total isolamento, sem contato com o exterior, sem luz (natural), sem referências de tempo", disse David Reyes, da Federação Andaluz de Espeleologia, que coordenou a segurança de Flamini.

A experiência, que será tema de um documentário da produtora espanhola Dokumalia, tinha como um dos objetivos registrar a repercussão mental e física de um isolamento como este.

"Foi uma prova de resistência extrema", disse o ministro do Turismo, Héctor Gómez, que espera que o "teste tenha grande valor científico".

"Houve momentos difíceis e é verdade que aconteceram momentos muito bonitos e ambos foram os que me levaram a cumprir o objetivo", disse em uma entrevista coletiva a atleta, que já havia enfrentado períodos de isolamento em montanhas.

Flamini disse que nunca pensou em abandonar a missão, nem mesmo quando enfrentou uma invasão de moscas na caverna. Ela disse que dedicou seu tempo "a ler, escrever, desenhar, tricotar, ser, aproveitar".

"Não falei comigo mesma em voz alta, as conversas que tive, eu tive de maneira absolutamente interna", afirmou.

"Eu me dou muito bem comigo mesma", acrescentou, sorridente.

Um desabamento em uma caverna onde ocorria o treinamento de bombeiros civis deixou 26 pessoas soterradas no município de Altinópolis (SP), região de Ribeirão Preto, neste domingo (31).

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo, 14 pessoas não se feriram. Por volta das 12h, nove permaneciam desaparecidas. Três vítimas foram retiradas do local com fraturas e hipotermia.

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O treinamento dos bombeiros civis era realizado pela empresa Real Life Treinamentos na caverna Itambé quando o teto da gruta desabou. O resgate ocorre por meio de uma equipe de 20 bombeiros e seis viaturas, com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da polícia. 

Com informações da Agência Brasil

Atrás de uma parede de pedra perfurada onde uma porta foi colocada, figuram alguns quartos estofados com almofadas: o palestino Ahmed Amarneh vive com sua família em uma caverna na Cisjordânia há mais de um ano, mas estão ameaçados de expulsão.

Engenheiro civil de 30 anos, ele vive com sua esposa grávida de cinco meses e sua filha em Farasin, uma aldeia no noroeste da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, onde a construção de uma casa às vezes deve ser aprovada pelas autoridades israelenses.

Em alguns setores da Cisjordânia, essas autoridades emitem avisos de demolição de estruturas julgadas ilegais. Farasin não é uma exceção, o que incluiria a caverna. "Tentei construir duas vezes, mas as autoridades de ocupação me disseram que é proibido construir nesta área", disse à AFP.

Diante das rejeições, Amarneh decidiu instalar sua morada em uma caverna formada ao pé de uma colina, que do alto domina a aldeia. Ao refletir sobre o assunto, ele chegou à conclusão de que viver em uma caverna não requer nenhuma autorização oficial, por se tratar de uma formação natural muito antiga, além de estar localizada em um terreno registrado com seu nome pelas autoridades palestinas. A família mora lá há um ano e meio, comenta.

Permissão para uma caverna? -

No entanto, em julho ele recebeu um aviso de demolição por parte das autoridades israelenses, assim como cerca de vinte famílias desta aldeia que é alvo de uma disputa de Israel com seus pares palestinos. O órgão israelense responsável pelas operações civis nos Territórios Palestinos (Cogat) disse à AFP que esses avisos de demolição foram emitidos porque essas casas foram construídas "ilegalmente", "sem os autorizações necessárias".

"Fiquei surpreso!", porque "eu não criei a gruta. Ela existe desde a Antiguidade", suspira Amarneh. Segundo Mahmud Ahmad Naser, chefe do Conselho da aldeia, Farasin foi criada em 1920, mas foi abandonada durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Mas seus antigos habitantes retornaram partir de 1980 e atualmente cerca de 200 pessoas povoam o local.

Farasin, na verdade, não parece uma aldeia. Em vez disso, assemelha-se a uma constelação de pequenas casas separadas umas das outras, sem estradas pavimentadas e sem rede elétrica.

A Autoridade Palestina lhe concedeu um status oficial em março mas, segundo o Conselho, a pandemia de COVID-19 impediu a implementação de medidas concretas de desenvolvimento, como por exemplo o acesso à eletricidade.

De acordo com a ONG israelense anticolonização B'Tselem, apesar da pandemia, Israel demoliu 63 casas de palestinos devido ao plano Trump para a região, que inclui a anexação de partes da Cisjordânia.

Morreu na sexta-feira (27) um oficial da força de operações especiais da marinha tailandesa em decorrência de uma infecção contraída no ano passado, quando trabalhava no resgate dos 12 meninos e seu treinador de futebol que ficaram presos em uma caverna inundada na Tailândia.

A Marinha Real da Tailândia informou que o oficial Beiret Bureerak, de 29 anos e membro da unidade SEAL da marinha, morreu depois de sua condição ter piorado apesar de ainda estar recebendo tratamento.

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Ele fez parte das operações em junho do ano passado para resgatar os meninos e seu treinador, que ficaram presos em uma caverna na província de Chiang Rai, no norte do país, depois que chuvas de monções causaram inundações na área.

Membros de outras forças da Tailândia, como também mergulhadores do país e estrangeiros, se juntaram às equipes de resgate. Todas as 13 pessoas presas na caverna foram resgatadas ao final de 18 dias.

Um porta-voz da marinha disse que o oficial contraiu uma infecção sanguínea, mas não deu mais detalhes. Os seus familiares afirmam que também não foram informados sobre nenhum detalhe.

Um ex-membro da unidade SEAL da marinha tailandesa que fez parte dos esforços de resgate como voluntário também morreu durante as operações em decorrência de dificuldades para respirar.

Apenas um ano após seu incrível resgate de uma caverna inundada na Tailândia, os adolescentes do time de futebol "Os Javalis Selvagens" participam neste domingo (23) de uma corrida de caridade para comemorar este primeiro aniversário.

Os meninos que viveram essa aventura - que vai virar filme no Netflix - juntaram-se a cerca de 5.000 corredores e ciclistas para a corrida organizada perto da caverna localizada no norte da Tailândia.

"Tem sido uma ótima experiência. Eu aprendi muito sobre os tailandeses, especialmente sobre a nossa unidade", disse um dos rapazes resgatados, Pornchai Kamluang, falando à AFP durante a corrida.

Junto com seu time de futebol de meninos pobres, Pornchai entrou em 23 de junho de 2018 em uma caverna para uma visita com seu treinador.

Eles ficaram presos lá por 18 dias, no meio da temporada de monções, enquanto era mobilizada uma operação internacional de resgate que fascinou a mídia em todo o mundo.

"Agradeço a todos os responsáveis que dedicaram seu tempo no ano passado para salvar a mim, meus meninos e eu", disse Ekkapol Chantawong, o treinador dos garotos e o único adulto.

"Ek" hoje administra a empresa 13 Thamluang, criada pelo governo para proteger os interesses dos adolescentes, como a negociação do contrato com a Netflix.

A vida da equipe tomou uma trajetória extraordinária desde que os meninos foram resgatados e removidos da caverna fortemente sedados por equipes de mergulhadores experientes.

"É importante jamais esquecer o que aconteceu no ano passado", disse o britânico Vern Unsworth, membro do trio que, milagrosamente, descobriu os jovens jogadores de futebol, amontoados em uma rocha da caverna, cercados por água.

O dinheiro obtido na corrida servirá para a reabertura da caverna de Tham Luang, ainda fechada ao público, embora o local tenha se tornado muito turístico, com venda de camisetas, chaveiros ou 'pins' com a imagem dos Javalis.

Um dos mergulhadores que ajudou a resgatar os 12 meninos e o treinador de futebol presos em uma caverna na Tailândia, em junho do ano passado, teve que ser salvo em uma gruta nos Estados Unidos. Nessa terça-feira (16), o britânico explorava uma caverna inundada no Tennessee, mas não conseguiu retornar à entrada.

Josh Brachley devia ter voltado à tarde, porém ficou preso 28 horas até ser resgatado por mergulhadores. De acordo com as informações da BBC, ele foi encontrado calmo, esperando o socorro em um bolsão de ar. "Ele estava acordado, alerta e orientado. Seu único pedido quando retornou foi que ele queria comer pizza", revelou Derek Woolbright, um dos socorristas.

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Na noite da quarta-feira (17), equipes de resgate entraram no sistema de cavernas de 120 metros de profundidade e a operação durou cerca de 1h. "Chegamos ao bolsão de ar e, chocantemente, lá estava ele, calmo. Ele apenas disse: 'obrigado, obrigado. Quem é você?", contou Sorenson, mais um responsável pelo resgate.

Já a salvo, Bratchley realizou exames e os médicos atestaram que seu quadro era "estável". O mergulhador recusou tratamento adicional.

Os 13 jovens tailandeses que ficaram presos por 18 dias em uma caverna receberam alta hospitalar nesta quarta-feira (18) e fizeram a primeira aparição pública. Os meninos do time "Javalis Selvagens", mais o treinador de futebol da equipe, passam bem - apesar de alguns casos de infecções leves - e já podem ficar em casa.

Eles deram uma coletiva de imprensa, a qual foi cuidadosamente planejada, com as perguntas previamente enviadas aos jovens para evitar qualquer estresse pós-traumático. Vestido com o uniforme do time, o grupo contou como sobreviveu pelos primeiros nove dias dentro da caverna de Tham Luang, bebendo água das grutas e sem comida, até que fossem localizados por equipes de resgate.

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Sorridentes, os meninos se apresentaram à imprensa, um a um, falando seus nomes e a posição que jogam no time de futebol. Com boa aparência, fizeram piadas e riram várias vezes durante a coletiva. "Quando vimos o primeiro mergulhador que nos encontrou, ficamos surpresos que não fosse um tailandês. Foi um milagre", disse um dos meninos. "Eu estava surpreso porque eles eram britânicos, então eu disse 'hello'", contou Adul Sam-on, de 14 anos, o único do grupo que fala inglês. "A primeira coisa que perguntamos foi quanto tempo precisaríamos ficar lá ainda", confessou outro jovem.

Falando a maior parte do tempo, o treinador Ekkapol Chantawong, de 25 anos, que ensinou técnicas de meditação aos jovens dentro da caverna, contou que o grupo ficou preso porque o nível da água subiu rapidamente e eles foram entrando cada vez mais na gruta, tentando encontrar um local seguro.

O time estava fazendo um passeio pelo parque nacional Tham Luang quando chuvas torrenciais atingiram o local. Eles, então, buscaram refúgio em uma caverna, que alagou. O resgate dos 13 foi realizado entre os dias 8 e 10 de julho, com apoio de mergulhadores internacionais e através de uma complexa operação que chamou a atenção de toda a imprensa mundial. "Tentava não pensar em comida, me dava mais fome", afirmou um dos garotos. Outro membro do time contou que "enchia o estômago de água". 

Da Ansa

Os 12 garotos de um time de futebol, de 11 a 16 anos, que ficaram presos em uma caverna, por mais de duas semanas, em Tham Luang, na Tailândia, terão alta médica amanhã (18). Eles passaram os últimos dias internados em Chiang Rai isolados dos demais pacientes, usaram máscaras por algum tempo e foram submetidos a uma série de exames.

Em vídeo, divulgado pelas autoridades tailandesas, as crianças e os adolescentes demonstram recuperação física e psicológica, também fazem brincadeiras e dizem o que estão com vontade de comer. Todos ainda estão com as roupas hospitalares e no quarto exclusivo para eles.

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Os depoimentos são rápidos, mas repletos de sorrisos. Perguntados pelo entrevistador o que estavam ansiosos para comer, os jovens mencionaram os mais distintos pratos.

Pipat Photi, de 15 anos, disse que gostaria de comer porco crocante e arroz de porco assado; Duangpetch Promtep, de 13, seguiu o colega. Outros disseram que eestavam querendo sushi e bifes.

Em média, os garotos perderam 2 quilos, mas recuperaram parte do peso e apetite, segundo o ministro da Saúde, Piyasakol Sakol.

A imprensa tailandesa informa que festas e cerimônias religiosas foram realizadas em celebração ao resgaste dos jovens e do treinador após 17 dias na caverna. Segundo a imprensa tailandesa, a alta médica foi confirmada.

*Com informações da Deutsche Welle, agência pública de notícias da Alemanha.

Os doze adolescentes resgatados depois de ficarem presos por 18 dias em uma caverna lamentaram a morte de um mergulhador tailandês durante as operações de socorro, informou neste domingo o ministério da Saúde.

A equipe de futebol dos "Javalis Selvagens" foram informados que, em 6 de julho, Saman Kunan, um mergulhador aposentado da marinha tailandesa e que trabalhava como voluntário no resgate, morreu quando tentava estabelecer uma linha fornecimento de oxigênio na caverna em que estavam presos.

Os adolescentes, de 11 e 16 anos, só ficaram sabendo dessa informação no sábado.

"Todos choraram e expressaram seus pêsames escrevendo mensagens em um desenho do capitão de corveta Saman e observaram um minuto de silêncio por ele", afirmou o secretário permanente do ministério da Saúde, Jedsada Chokdamrongsuk, em um comunicado.

Saman Kunan, triatleta e mergulhador, deixou a marinha em 2006 e trabalhava no aeroporto de Suvarnabhumi, em Bangcoc.

Quando soube dos meninos presos, se apresentou como voluntário para participar no resgate.

A boa notícia deste fim de semana é que os "Javalis Selvagens" e seu técnico deverão deixar o hospital na próxima quinta-feira, conforme informaram os médicos.

A equipe médica informou igualmente que oferecerá apoio psicológico para que o grupo consiga lidar com a imprensa e o grande interesse que sua história despertou em todo mundo.

"Os 13 'javalis selvagens' estão em boa condição física e com bom ânimo", afirmou no sábado o ministro da Saúde Pública, Piyasakol Sakolsattayatorn.

"Eles receberão alta a princípio na quinta-feira", acrescentou.

Os meninos e seus pais receberam aconselhamento para que passem a maior parte do tempo com a família e os amigos e não deem entrevistas, pois isso poderá causar sintomas de estresse traumático, disse ainda.

Na semana passada, a produtora Pure Flix anunciou que a missão de resgate dos 12 meninos e do técnico de futebol será contada por Hollywood em um filme.

O sócio-diretor Michael Scott, que mora na Tailândia e que estava no local de resgate em Chiang Rai, enquanto os meninos estavam sendo levados para um lugar seguro, fez o anúncio na terça-feira no Twitter.

O cofundador da Pure Flix, David A.R. White, disse ao The Wall Street Journal que a empresa já está conversando com atores, escritores e potenciais investidores.

"A Pure Flix se junta ao restante do mundo para agradecer a Deus por responder às orações pelo resgate bem-sucedido dos que ficaram presos na caverna na Tailândia", afirmou a empresa em um comunicado

Nesta terça-feira, 10, foi concluído o resgate dos 12 meninos e do treinador que estavam presos por vários dias em uma caverna na Tailândia. A história atraiu o interesse de produtores de cinema que querem transformar o ocorrido em filme - mas já tem emissora se adiantando com um documentário.

A Discovery Channel vai lançar o primeiro documentário sobre o caso já neste sábado, 14 de julho, no Discovery Science dos Estados Unidos, sob o título Operation Thai Cave Rescue. De acordo com uma sinopse divulgada pelo Entertainment Weekly, o documentário "revela o drama científico e humano por trás de um dos mais resgates mais difíceis e que mais mexeu com o coração na história humana".

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"Com acesso exclusivo aos homens e mulheres - incluindo a família dos adolescentes - que viveram esses eventos, Operation Thai Cave Rescue foca na vitória do espírito humano e nas inovações científicas e tecnológicas extraordinárioas usadas para completar esse resgate milagroso", continua a sinopse.

Os adolescentes, que têm entre 11 e 16 anos, e seu treinador, desapareceram no dia 23 de junho, quando estavam explorando a caverna e ficaram presos por uma enchente que inundou parcialmente o local. O resgate teve início no domingo, 8, e envolveu mais de 90 profissionais.

O hospital tailandês onde os 12 meninos e seu treinador estão se recuperando depois do resgate de uma caverna inundada no norte do país divulgou um vídeo do grupo nesta quarta-feira (11). As imagens mostram as crianças em camas de hospital, utilizando máscaras, conversando com enfermeiras e fazendo sinais com as mãos. No momento, o grupo está em isolamento, medida adotada para prevenir possíveis infecções.

Alguns dos pais são vistos chorando e acenando para as crianças por trás do vidro. Segundo o diretor do hospital, Chaiwetch Thanapaisal, o grupo é "forte na mente e no coração". Conforme a situação dos pacientes melhorar, o contato mais próximo será possível, mas ainda com o uso de roupas esterilizadas, disse a equipe médica.

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De acordo com o inspetor de saúde pública Thongchai Lertwilairratanapong, os 12 meninos e seu treinador "cuidaram bem de si mesmos". Ele concedeu entrevista no hospital da cidade de Chiang Rai, onde o grupo está se recuperando.

Thongchai disse que os jogadores perderam, em média, dois quilos durante o período de 18 dias e, antes de serem encontrados por mergulhadores britânicos, sobreviveram bebendo a água que pingava dentro da câmara.

"O que é necessário é água, que a caverna tem, e nessa época há muita água na caverna e eles escolheram água limpa para beber", disse.

Os garotos que foram resgatados ainda no domingo (8) já podem comer normalmente e andar, enquanto os que saíram entre segunda e Terça-feira (dias 9 e 10) ainda estão comendo alimentos leves. Segundo o inspetor, o grupo que saiu da caverna na terça-feira apresentou leve infecção nos pulmões, enquanto dois do primeiro grupo resgatado tiveram infecção pulmonar e vão precisar de medicamento por sete dias.

O inspetor informou ainda que o grupo também terá sua saúde mental avaliada. Segundo especialistas, a união do time e sua juventude são fatores que devem contribuir positivamente na recuperação. Fonte: Associated Press.

Os 13 meninos resgatados de uma caverna na Tailândia têm uma difícil luta pela frente para voltar à normalidade.

Eles ficaram separados de suas famílias durante duas semanas, sem luz e sem comida, cercados por uma água turva que os envolveu nos túneis até sua saída, sem sequer saber, ao longo de nove dias, se conseguiriam sair da gruta.

Apesar de tudo, os garotos se encontram em bom estado físico e mental, como relataram as autoridades, baseando-se nos boletins do hospital Chiang Rai, onde estão em recuperação.

Nos próximos meses, porém, é que devem vir à tona pesadelos, sensação de claustrofobia, tristeza, ou ataques de pânico, comuns após uma experiência tão traumática - afirmam especialistas ouvidos pela AFP.

"Depois de semelhante angústia, o traumatismo pode emergir quando se está no escuro, em um quarto fechado, quando se deve passar por um scanner, ou mesmo nadando", explica Jennifer Wild, do Centro de Estudos sobre Ansiedade e Traumatismos, em Oxford, sobre o drama vivido pelos meninos.

- Abalo emocional -

"Se, depois de um mês, alguns continuarem abalados, deverão ser observados de perto pelos médicos", analisa Yongyud Wongpriromsarn, especialista em saúde mental do Ministério da Saúde, referindo-se ao fato de que pode aparecer um estresse traumático um mês depois da experiência sofrida.

"É importante que os garotos se concentrem no fato de que foram salvos, em vez de imaginar o que lhes poderia ter acontecido", afirma Jennifer Wild.

A presença de seu jovem treinador de 25 anos, que passou temporadas em monastérios budistas, foi um fator tranquilizante, destacam as autoridades.

"Estavam todos juntos, como uma equipe, ajudando-se. Seu treinador ajudou muito a enfrentar a situação", destacou nesta quarta Thongchai Lertwilairatanapong, do Ministério da Saúde, em entrevista coletiva no hospital de Chiang Rai, onde estão internados.

Os garotos estão isolados no hospital, ainda sem poderem ver seus pais. Por enquanto, podem se comunicar apenas pelo vidro.

Na escola de Mae Sai, onde a maioria deles estuda, seus colegas esperam ansiosos por seu regresso.

"Ajudar os demais no grupo, pensar no futuro, voltar para a escola e para sua comunidade são progressos fundamentais", explica o chefe do Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Boonruang Triruangworawat, afirmando que os meninos terão acompanhamento psicológico durante vários meses.

Enquanto os socorristas criticaram a imprensa, a Polícia anunciou ontem a abertura de uma investigação, depois que dois drones usados por veículos de comunicação para obter imagens dos rapazes na segunda-feira atrapalharam o trabalho dos helicópteros que retiravam os garotos.

Nesse sentido, os especialistas advertem sobre os riscos de uma excessiva exposição midiática, e recomendam evitar qualquer sessão de fotos, ou de entrevista dos meninos, que devem ser protegidos da imprensa.

"Os meninos não deveriam dar entrevistas, ou terem suas fotos tiradas, durante um bom período de tempo", recomenda Andrea Danese, psiquiatra e pesquisador especializado em Estresse da King's College de Londres, citado pelo Science Media Centre.

Após ficarem presos por 18 dias em uma caverna na Tailândia, todos os 12 meninos integrantes de um time de futebol e seu treinador foram resgatados com vida. A operação contou com mais de 1,3 mil voluntários e militares, tailandeses e estrangeiros, e foi concluída nessa terça-feira (10).

Os jovens perderam cerca de dois quilos durante o período em que passaram dentro da caverna, sem acesso à luz e a alimentos. Todos estão internados, mas – segundo os médicos – não correm grandes riscos de saúde. Dois apresentaram sinais de pneumonia.

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Por enquanto, o contato dos parentes com os meninos ocorre apenas através de uma janela. As visitas só devem ser autorizadas nos próximos dias, quando houver confirmação de que não há infecções.

Confira no vídeo abaixo alguns momentos dentro da caverna:

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A Tailândia celebrava nesta quarta-feira (11) o sucesso da perigosa missão de resgate de 12 meninos e seu técnico de futebol que passaram duas semanas em uma caverna inundada e agora se recuperam em um hospital.

Os integrantes da equipe de resgate, mergulhadores estrangeiros e oficiais da Marinha tailandesa, são considerados heróis por terem conseguido retirar os meninos da caverna de Tham Luang, norte da Tailândia, onde o grupo ficou preso em 23 de junho pelo aumento do nível da água na caverna.

Os meninos, de 11 a 16 anos, e seu treinador, de 25, foram retirados da caverna em uma operação que durou três dias. Os últimos cinco saíram do local na terça-feira à noite.

O termo "Hooyah", herdado da Marinha americana e que tem como objetivo levantar os ânimos, era repetida nas redes sociais tailandesas. "Missão cumprida!", destacou o jornal The Nation.

Durante 18 dias, a Tailândia e o resto do planeta acompanharam com grande expectativa a odisseia do time "Javalis Selvagens". As chuvas na região próxima da fronteira com Mianmar e Laos tornaram a intervenção ainda mais urgente.

Os jovens jogadores passaram nove dias na caverna, até que dois mergulhadores britânicos localizaram o grupo na segunda-feira da semana passada. Exaustos, os meninos e os técnicos estavam em uma rocha, a mais de quatro quilômetros da entrada da ampla rede subterrânea.

As equipes de emergência passaram então a examinar desesperadamente todas as soluções possíveis, como perfurar túneis na montanha ou fazer o grupo esperar durante semanas na caverna, até o fim da temporada das chuvas de monções.

Mas a ameaça de novas tempestades e a redução do nível de oxigênio na área de refúgio levaram as autoridades a optar pelo resgate mais perigoso. O trajeto estava repleto de obstáculos e era necessário mergulhar em túneis inundados e superar passagens estreitas.

Treze mergulhadores estrangeiros e oficiais tailandeses retiraram os meninos em três grupos. Cada saída era celebrada com a exclamação "Hooyah" na página no Facebook da Marinha tailandesa.

O termo virou rapidamente uma hashtag e dominou as redes sociais, nas quais políticos, atletas e empresários demonstraram sua felicidade e elogiaram os meninos e os socorristas.

Os jovens estão em quarentena no hospital de Chiang Rai. Apesar de todas as dificuldades, eles estão em bom estado físico e mental, informaram as autoridades sobre os primeiros resgatados.

Centenares de estudantes se reuniram nesta quarta-feira diante do hospital, onde os resgatados devem permanecer por algumas semanas.

Liderados por um professor, os alunos cantaram para agradecer a todos que contribuíram para o sucesso da missão.

As autoridades não revelaram os detalhes precisos da missão, na qual um ex-integrante da Marinha tailandesa faleceu na semana passada. Uma prova da dificuldade da operação, o mergulhador morreu asfixiado quando tentava sair da caverna.

A mobilização de mais de 1,3 mil voluntários e militares, tailandeses e estrangeiros, para salvar 12 meninos e o treinador do Javalis Selvagens, hoje o time de futebol mais famoso da Tailândia, terminou nesta terça-feira (10). Encontrados somente no nono dia de buscas, todos saíram sem lesões graves da caverna Tham Luang, onde entraram em 23 de junho para um passeio, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Ficarão hospitalizados uma semana por haver risco de infecções, estresse pós-traumático e uma série de outras doenças.

Os quatro meninos que restavam e o treinador foram resgatados nesta terça, no 17º dia na caverna parcialmente inundada no norte da Tailândia, na fronteira com Mianmar e Laos.

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Os médicos conduziam uma bateria de testes nos garotos. Exames de raio X apontaram sinais de pneumonia em dois deles. Todos têm sido tratados com antibióticos e receberam vacinas, incluindo doses contra tétano e raiva, disse o secretário de saúde pública, Jesada Chokedamrongsuk.

A atenção de um dos mais graduados médicos do governo indica a natureza excepcional da missão para salvar os garotos e seu treinador. Os meninos estão em diferentes estágios de recuperação. O primeiro grupo, retirado no domingo (8), já se adaptou à luz normal. Os últimos, retirados na terça, ainda usam óculos escuros, disse Jesada. Todos estão no mesmo ambiente no hospital Chiangrai Prachanukroh, o principal da província.

Também estarão com eles em quarentena quatro mergulhadores tailandeses que tiveram contato com o grupo por mais de uma semana. Os mergulhadores correm menos risco que os meninos porque não estavam malnutridos e ficaram menos tempo nas galerias subterrâneas.

Os parentes dos quatro primeiros meninos resgatados foram autorizados a vê-los através de uma janela. Os médicos só devem autorizar visitas nos próximos dias. "Quando houver confirmação de que não há infecções, permitiremos que os pais os visitem", disse Jesada. "Sem abraços ou toques até que exames de sangue mostrem que eles estão bem", complementou.

Pequenos arranhões ou infecções bacterianas adquiridas pela ingestão de água contaminada podem se tornar um problema para os meninos, porque seus sistemas imunológicos foram comprometidos em tantos dias de ambiente inóspito e alimentação inadequada.

Embora a probabilidade de infecção grave seja pequena, especialistas disseram que estão tomando precauções caso os meninos tenham adquirido uma doença rara. Um perigo é uma infecção contraída a partir das fezes de morcegos ou roedores que eles possam ter encontrado no subsolo. Os sintomas variam de dores de cabeça e febre a, em casos graves, insuficiência respiratória aguda ou mesmo morte.

"Não temos experiência nesse tipo de caverna profunda, mas eles disseram que não viram nenhum morcego ou animal", disse Jesada. "Morcegos podem levar a várias doenças", afirmou. A gruta em que eles se refugiaram estava a cerca de um quilômetro da superfície.

O hospital enviou amostras de sangue dos meninos para um laboratório de Bangcoc especializado em doenças infecciosas. Martyn Farr, um explorador de cavernas que mora no País de Gales, disse duvidar que os morcegos estivessem lá nesta época do ano porque eles são "criaturas inteligentes" capazes de voar longas distâncias e que "não querem ser cercados por enchentes".

Chocolate

Os médicos também estão atentos à dieta dos meninos. Eles ficaram nove dias sem comer e quando foram encontrados receberam alimentos ricos em proteínas. Ainda assim, segundo autoridades, ainda se queixam de fome.

Eles têm sido alimentados com mingau de arroz, apesar dos inúmeros pedidos de vários deles por krapao, uma comida típica tailandesa que consiste de carne de porco frita com manjericão. Nesta terça, no hospital, um médico aprovou o pedido dos meninos para comer pão com cobertura de chocolate.

Todos os 12 meninos e seu técnico de futebol foram resgatados na Tailândia, depois de passarem 18 dias em uma caverna profunda, informou o comando de elite dos Seals da Marinha nacional no Facebook, acrescentando que todos estão a salvo.

"Todos os 12 dos 'Javalis Selvagens' e o técnico foram extraídos da caverna", afirma o post, que acrescenta a expressão comemorativa do comando "Hooyah".

Os meninos que integram um time de futebol e que estão sendo resgatados de uma caverna inundada na Tailândia não poderão viajar para assistir à final da Copa do Mundo na Rússia, em 15 de julho, a convite da Fifa, informaram os médicos.

"Não podem viajar, devem permanecer no hospital durante um tempo", declarou Thongchai Lertwilairatanapong, funcionário do ministério da Saúde da Tailândia, em uma primeira entrevista coletiva sobre o estado de saúde dos menores de idade.

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"É provável que assistam pela televisão", completou durante a entrevista no hospital de Chiang Rai.

Oito jovens dos 13 presos na caverna foram resgatados e estão em quarentena no hospital, onde passam por uma série de exames e são monitorados para saber se contraíram infecções. Dois têm sintomas de pneumonia. Todos usam óculos escuros para evitar a luz do dia.

Os meninos entraram na caverna há duas semanas, sem mantimentos, e estão fracos, embora no conjunto seu estado de saúde seja considerado bom. Os últimos cinco integrantes devem sair nas próximas horas.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, convidou os meninos para assistir a final da Copa em uma carta divulgada no dia 6 de julho.

"Se, como todos desejamos, se reencontrarem com suas famílias nos próximos dias e sua saúde permitir que façam a viagem, a Fifa ficaria feliz de convidá-los para assistir a final do Mundial-2018", escreveu Infantino em uma carta enviada ao presidente da Federação Tailandesa de Futebol.

Uma 11ª pessoa foi resgatada nesta terça-feira (10) da caverna inundada na Tailândia, informaram diversas fontes à AFP, no terceiro dia da dramática operação de resgate para salvar os 12 meninos e seu técnico presos há mais de duas semanas na gruta.

"O 11º está fora", disse à AFP uma fonte da Marinha que pediu anonimato, mas não confirmou se era um dos meninos ou o treinador de 25 anos.

Um funcionário do governo da província de Chiang Rai afirmou que "o 11º foi levado para o hospital de campanha".

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