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O número de casais que oficializaram a separação vem crescendo ao longo dos últimos meses do isolamento social imposto pela pandemia da covid-19. Um levantamento do Colégio Notarial do Brasil (CNB) aponta que os divórcios consensuais cresceram 18,7% entre maio e junho deste ano.

Em números absolutos, as dissoluções matrimoniais formalizadas passaram de 4.471 em maio para 5.306 no mês seguinte. O aumento foi registrado em 24 Estados, com destaque para o Amazonas (133%), Piauí (122%), Pernambuco (80%), Maranhão (79%), Acre (71%) Rio de Janeiro (55%) e Bahia (50%).

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O aumento dos divórcios coincide com a autorização nacional para que os atos notariais de escrituras - divórcios, inventários, partilhas, compra e venda, doação - e procurações possam ser feitos de forma remota pelos cartórios. O provimento, editado pela Corregedoria Nacional de Justiça, entrou em vigor em junho deste ano.

Nos dois primeiro meses da pandemia, o número de atos praticados em cartórios caiu em razão de restrições ou redução de horário de funcionamento online e presencial dos cartórios, além da diminuição das equipes. Em maio, os atendimentos foram retomados e em junho consolidados, segundo informou o CNB.

"Muitos atos notariais, não só os divórcios, mas também as escrituras de compra e venda de imóveis, estavam represados em razão da pandemia e do isolamento social, e a autorização para a prática de atos online destravou esta barreira, fazendo com o que o fluxo dos negócios jurídicos e da formalização da vontade das partes pudesse voltar a ser feito, agora também de forma online, mas com a mesma segurança que o ato praticado presencialmente em Cartório", explica a presidente do Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal (CNB/CF), Giselle Oliveira de Barros.

Para realizar o divórcio em cartório, o casal deve estar em consenso e não ter pendências judiciais com filhos menores ou incapazes. O processo pode ser realizado online, por computador ou celular, em videoconferência conduzida por um tabelião.

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Esta segunda-feira (20), com a autorização do Governo de Pernambuco, foi o dia de voltar para as academias. No entanto, aparentemente as pessoas estão receosas para essa retomada, já que - nesta manhã - muitas academias não contavam com o número esperado de alunos, ou mesmo estavam vazias.

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Valter Leite Azevedo, 54 anos, gestor da academia Vip Fitness, acredita que alguns alunos estão com medo, mas devem ficar mais tranquilos quando observarem de perto a forma que as academias estão seguindo os protocolos exigidos. “A gente está contando que a retomada dos clientes seja gradual”, revelou. 

Para evitar aglomeração e controlar quem entra e sai, a academia criou um sistema de agendamento de horário. “Nós temos que ter uma quantidade de aluno por metro quadrado da academia, que tem mil metros de área para treino, o que permite que tenhamos 100 alunos por horário. Acredito que não vá chegar nesse número, mas mesmo assim estamos fazendo um agendamento para ter um melhor controle”, pontuou Azevedo.

Restaurantes

Os bares e restaurantes também foram liberados para receber os seus clientes de forma presencial. No entanto, a comodidade parece não ter atraído as pessoas que antes lotavam esses espaços, principalmente, na hora do almoço.

Nossa equipe de reportagem fez uma ronda por alguns estabelecimentos localizados na Zona Sul e no Centro do Recife, exatamente nesse horário de pico. Na maioria desses restaurantes havia mais funcionários circulando do que clientes.

Marcelo José do Nascimento, 38 anos, proprietário do restaurante Gregos e Troianos, disse que o movimento está sendo abaixo do esperado. ”Eu acho que o pessoal se acostumou a pedir pelo delivery. Mas nossa expectativa é que, com o passar dos dias, a gente consiga voltar com o movimento normal das pessoas e tentar recuperar um pouco desse prejuízo”.

O empresário reforça ainda que a pandemia trouxe a questão do isolamento, “mas o recifense gosta de sair para os restaurantes, bares, almoçar e ter um divertimento". Ele garante que está seguindo todas as orientações passadas pelas autoridades sanitárias de Pernambuco, disponibilizando álcool em gel na entrada do seu estabelecimento, além do distanciamento obrigatório e a higienização constante das mesas.

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A gerente do Bar e Restaurante União, Rosemira Maria de Carvalho, está mais confiante com essa retomada autorizada pelo Governo de Pernambuco. Para ela, mesmo com a movimentação não estando dentro do esperado, a felicidade é maior por poder voltar a trabalhar e, de certa forma, ter o contato com o público.

"Eu não acho que as pessoas estejam com medo, acho que elas não estão sabendo ainda que os restaurantes estão abertos. Eu acredito que nos próximos dias aumente a movimentação porque as pessoas gostam de comer e beber fora. Hoje mesmo, uma cliente veio comer pizza e ela disse que estava com saudade de comer uma pizza com os filhos dela na mesa de um restaurante”, contou Rosemira.

A gerente, que é acostumada com muita gente ao seu redor, devido o seu trabalho, se disse espantada com o que a pandemia de Covid-19 causou. "Eu tenho quase trinta anos trabalhando em restaurante. Não sei como passei esses dias sem trabalhar. Foi horrível. Eu acordei em um mundo sem ninguém".

Os bares e restaurantes devem seguir o protocolo sanitário específico, que limitou a capacidade de atendimento em 50% e o horário de funcionamento até às 20h.

A ventilação natural deve ser priorizada e cada mesa tem que estar a um metro e meio de distância, com no máximo 10 pessoas. No caso de mesas fixas, é preciso interditar algumas para garantir o distanciamento. Shows e apresentações ainda estão proibidos, mas os locais que tocam música ambiente devem manter o som em até 35 decibéis.

Nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira, 20, mostra que se consolidou a maioria da população que defende a flexibilização do isolamento social, como vem ocorrendo no País. Os que concordam com o relaxamento são 58%, número que era de 52% na pesquisa anterior. São contra essa medida 37% dos entrevistados, menos que os 44% da última pesquisa.

Apesar do apoio majoritário à flexibilização, também a maioria da população acredita que o pior da pandemia do novo coronavírus está por vir, mas este número vem caindo. Os que acham que a crise ainda vai piorar são 53% agora, mas eram 61% um mês atrás. Em maio e em abril, 68% entendiam que a crise ia piorar. Os que acham que o pior momento da pandemia já ficou para trás são hoje 39%, crescimento de 8 pontos porcentuais sobre a taxa do mês passado.

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De acordo com a XP/Ipespe, a atuação do presidente Jair Bolsonaro frente à pandemia é reprovada por 52% dos brasileiros, ante a taxa de 55% que classificavam, na pesquisa anterior, como "ruim" ou "péssima" a condução dele. A pior avaliação (58%) ocorreu na pesquisa divulgada em 27 de maio. Para 25%, a atuação do presidente no enfrentamento ao novo coronavírus é ótima ou boa, o que sugere recuperação, considerando que este número era de 23% em junho e 20% no fim de maio.

Os governadores, no entanto, viram piorar suas avaliações no enfrentamento ao coronavírus - 28% consideram ruins ou péssimas as atuações dos chefes dos executivos estaduais, oscilação de 3 pontos porcentuais ante a pesquisa anterior. A aprovação do trabalho destes governantes passou de 42% para 39%, mas a tendência de queda é ainda maior quando se considera a aprovação de 59% ao trabalho dos governadores na pesquisa de 15 de abril. Naquele mês, só 14% desaprovavam a condução da crise pelos governadores.

A pesquisa foi realizada com mil entrevistados entre os dias 13 e 15 de julho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Cerca de 40 pessoas na cidade de Badia, no Trentino-Alto Ádige na Itália, foram colocadas em isolamento obrigatório após uma família local violar "sistematicamente" a quarentena imposta por autoridades da saúde local. Os pais e o filho foram indiciados por epidemia culposa.

No dia 10 de julho, um rapaz de 24 anos testou positivo para a Covid-19 e, por precaução, os três membros da família foram colocados em isolamento obrigatório.

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No entanto, o rapaz ignorou a medida e foi trabalhar - e para um happy hour - no dia seguinte. Os genitores também foram para seus trabalhos normalmente.

Ao ser denunciado, já no dia 12 de julho, todos foram indiciados pelo crime. Mas, nem isso fez eles se conscientizarem.

O jovem foi visto em uma festa de aniversário e em vários locais públicos, sem usar máscara, nos dias seguintes. Agora, através do rastreamento, quase 40 pessoas precisarão se isolar.

Da Ansa

Barcelona retomou ontem o isolamento social. A cidade, que havia flexibilizado as medidas restritivas de confinamento, teve de dar um passo atrás após registrar um aumento considerável no número de casos de coronavírus. Autoridades catalãs pediram aos moradores que fiquem em casa e só saiam se for imprescindível.

A recomendação foi feita a quase 4 milhões de pessoas da capital da Catalunha e das regiões periféricas. A região registrou ontem 1.111 novos casos de covid-19 em 24 horas e, na quinta-feira, 1.300 - 884 deles em Barcelona, principal polo turístico da Espanha.

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"Estamos obrigados a dar um passo atrás para não ter de voltar ao confinamento total nas próximas semanas", declarou Meritxell Budó, porta-voz do governo catalão. Ele também pediu para as pessoas não viajarem para suas casas na praia, em meio à temporada de verão. "O importante é evitar socializar para não termos de proibir tudo", afirmou a secretária de Saúde, Alba Vergès.

Entre as medidas adotadas estão a proibição de reuniões com mais de dez pessoas, a redução da capacidade de bares e restaurantes em 50% e o fechamento de espaços de lazer, como teatros, cinemas e instalações esportivas. Também é obrigatório o uso de máscara, sob pena de multa. As medidas devem durar, inicialmente, duas semanas.

A Espanha tinha posto fim a regras severas de isolamento social depois de ter reduzido o número de casos da doença. No entanto, menos de um mês depois de flexibilizar o confinamento, o país voltou a observar uma aceleração dos casos. As regiões mais preocupantes atualmente são Catalunha e Aragão.

O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, disse que, ao todo, ainda há 158 focos de covid-19 ativos, a maioria em uma "situação controlada". A Espanha é um dos países europeus mais afetados pela pandemia, com mais de 28,4 mil mortos notificados oficialmente e mais de 250 mil casos de contágio.

Europa

Diante do aumento do número de casos do novo coronavírus e da eventual ameaça de uma segunda onda da pandemia, autoridades de vários países europeus fortaleceram ontem suas medidas contra a covid-19. Governos determinaram a retomada do confinamento e, em algumas regiões, houve decretos para o uso obrigatório de máscaras.

Na região de Lisboa, em Portugal, desde o dia 1º, foi imposto um novo confinamento a 700 mil habitantes em cerca de 20 bairros. Essas medidas serão mantidas até o fim do mês.

O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em todas as lojas do Reino Unido a partir do dia 24, apesar de o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, incentivar a população a retomar a utilização dos transportes públicos e a voltar aos locais de trabalho a partir de 1º de agosto.

O governo britânico previa abrir completamente os tradicionais pubs do país na segunda-feira, mas adiou a última etapa do relaxamento até o dia 10 de agosto, em razão do aumento dos novos casos.

A Alemanha atingiu ontem a marca de 200 mil infectados pelo novo coronavírus e diariamente registra centenas de novos casos. O governo alemão e os Estados acertaram uma estratégia que tenta ser mais precisa e focada em nível local. Ela passa primeiro por identificar onde se originou o novo surto e contê-lo por meio do rastreamento dos contatos e a realização de testes - antes de recorrer à retomada das restrições.

Recentemente, a União Europeia reabriu suas fronteiras internas, mas proibiu a entrada em seu território de pessoas procedentes dos EUA, de países africanos, da América do Sul, entre eles o Brasil, da maioria dos países asiáticos e de alguns europeus, entre eles a Rússia, usando como argumento o descontrole da pandemia. A lista dos países barrados será revista a cada 15 dias. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades catalãs pediram nesta sexta-feira (17) que os habitantes de Barcelona fiquem em casa e só saiam se for essencial, devido ao aumento de infecções por coronavírus que, se não for contido, pode levar ao confinamento domiciliar.

"Precisam ficar em casa sempre que não for essencial sair", disse a porta-voz do governo para esta região espanhola, Meritxell Budó, em entrevista coletiva.

Embora seja uma recomendação, dado que as autoridades regionais não podem restringir drasticamente a mobilidade, a porta-voz advertiu que é "a última chance" de evitar medidas mais rígidas.

"Somos forçados a dar um passo atrás, para que não tenhamos que retornar nas próximas semanas ao confinamento total da população", disse Budó, que também pediu aos cidadãos que não se locomovam a outras regiões neste fim de semana.

As medidas anunciadas nesta sexta-feira também incluem a proibição de reuniões de mais de dez pessoas, a redução de 50% na capacidade de bares e restaurantes e o fechamento de locais de entretenimento, como teatros, cinemas e instalações esportivas.

Esse pacote de restrições só pode ser aplicado após ratificação por um juiz.

No total, as restrições afetam cerca de 4 milhões de pessoas, incluindo a área metropolitana de Barcelona, a segunda conurbação espanhola e um dos mais importantes destinos turísticos europeus.

Na última semana, de acordo com dados do governo catalão, a cidade registrou 733 casos positivos por teste de diagnóstico PCR, contra 279 na semana anterior. A duração dessas restrições será de duas semanas.

Um mês depois de encerrar completamente o confinamento da população, tendo reduzido bastante os casos de coronavírus, a Espanha passa por uma aceleração de infecções.

Em todo o país, mais de 150 surtos permanecem ativos, mas as duas regiões de maior preocupação são Catalunha e Aragão.

O diretor do centro de emergências sanitárias, Fernando Simón, admitiu na quinta-feira que nessas duas regiões "há uma certa transmissão comunitária".

As autoridades catalãs já haviam decretado esta semana o confinamento de 160.000 pessoas na área da cidade de Lérida, enquanto o governo de Aragão também impôs restrições em várias áreas, incluindo Zaragoza, a quinta cidade mais populosa da Espanha.

A Catalunha e posteriormente todas as regiões espanholas reforçaram a obrigação de usar máscara, sob pena de multa, mesmo quando a distância de segurança pode ser mantida.

Os surtos em Barcelona parecem ter nascido em L'Hospitalet de Llobregat, com 256.000 habitantes, uma das zonas mais densamente povoadas da Europa.

Segundo o pesquisador do grupo BIOCOM da Universidade Politécnica da Catalunha, Daniel López Codina, a multiplicação de surtos nessa área "dificulta o rastreamento de contatos".

Além disso, a densidade populacional e sua interconexão com a Espanha e a Europa aumentam "a velocidade com que o vírus pode se espalhar" e "medidas vigorosas devem ser tomadas", disse ele à AFP.

O governo regional, muito criticado por não ter preparado bem o dispositivo de controle de epidemias, anunciou na quinta-feira a contratação de 500 pessoas para rastrear os contatos dos casos e facilitar o isolamento.

A Espanha é um dos países europeus mais afetados pela pandemia, com mais de 28.400 mortes oficialmente registradas.

Tiago Iorc foi o convidado do Conversa com Bial da madrugada desta terça-feira (14). Em bate-papo com Pedro Bial, o cantor fez revelações sobre seus sumiço das redes sociais e da vida pública entre 2018 e 2019, quando também fez uma pausa na carreira.

"Em um primeiro momento eu relutei bastante da decisão e logo que tomei me arrependi muito. Naquele instante, eu senti uma inércia de querer voltar, de continuar fazendo o que eu estava fazendo e de que era preciso estar presente para não me anular", explicou ele sobre o arrependimento inicial por ter sumido.

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No entanto, Tiago percebeu que a decisão foi a mais acertada possível: "Depois senti um alívio quando aprendi o lado extremo oposto: de que aquela superexposição não era interessante, não tão importante e comecei a encontrar prazeres que eu tinha esquecido há muito tempo. Eu vinha de uma sequência de muitos anos fazendo shows, entrevistas, me expondo, e tudo aquilo estava me tirando a sensibilidade para admirar o que eu sempre amei desde pequeno. Eu já não enxergava mais o propósito de continuar fazendo aquilo".

O ator ainda comparou o esgotamento por causa da carreira agitada ao prazer sexual: "Existe justamente aquela curva que te permite entender, compreender e assimilar o que é de fato o prazer. Se gozamos o tempo inteiro, não vem o relaxamento".

Ele ainda falou sobre se sentir escravizado pelas redes sociais, afirmando que reaprendeu que existe vida fora delas.

Sobre a polêmica com a dupla Anavitória, Tiago esclareceu que o problema já está sendo resolvido, sem dar muitos detalhes: "As músicas já foram liberadas e o processo que estava truncado está se encaminhando para uma resolução".

Uma recente pesquisa realizada pela DeltaFolha, que coletou dados de 34 países do top 200 do Spotify, mostra que o Brasil é o país que mais consome músicas tristes no mundo durante a pandemia. Sendo este hábito um reflexo do momento que o mundo enfrenta, o psicólogo Reinaldo Braga explica que a música, de qualquer gênero, serve para externalizar sensações que, às vezes, são difíceis de colocar em palavras. "A música, desde tempos muito antigos, é usada pela humanidade para expressar nossos sentimentos, contar histórias e entreter. Muito fácil nos identificarmos com alguma música, principalmente as que remetem a vivências pessoais", explica. "Algumas pesquisas apontam que a música pode ser um mecanismo facilitador para as pessoas se expressarem. Entretanto, tal movimento está vinculado às vivências de cada um, bem como a maneira subjetiva que cada ser lida com situações que geram questões emocionais", complementa.

A estudante de Pedagogia Thainá Santos, 24 anos, conta que a música a ajuda a entender emoções que podem ser confusas. "Sinto que a melodia, assim como a sonoridade, me ajuda a expressar sentimentos. A melodia dita triste, como as do folk e música clássica são as que mais me atraem", conta.

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O mesmo acontece com a estudante de Psicologia Giovanna Alves, 22 anos, que afirma ter na música um refúgio. "Gosto de músicas mais lentas, não necessariamente preciso estar mal para ouví-las, mas, com certeza, são meu refúgio, quase uma trilha sonora da minha vida, que reflete meu estado mental. Minha playlist, composta por grunge e rock alternativo é, praticamente, o mapa da minha personalidade", diz.

O estudante de Biologia Vinícius Nunes, 27 anos, afirma que as músicas servem para expressar aquilo que não pode ser dito. "Músicas tristes existem em todos os gêneros: rock, rap, reggae e até eletrônicas. Consigo identificar sons que me atingem de formas diferentes. A música serve para isso", comenta.  

O psicólogo Braga afirma que apenas a música não serve de remédio. "É fundamental que possamos conversar com amigos, familiares, profissionais, entre outros. A troca entre o ser humano é muito importante, ainda mais nesse período de quarentena que todos enfrentamos e que, para a população brasileira, dotada de uma intensa aproximação com o próximo, pode ser ainda mais difícil de lidar", finaliza.

 

Por causa do isolamento social, diversos fotógrafos encontraram no Facetime uma maneira interessante de produzir seus ensaios. A fotógrafa Isadora Tricerri tem desenvolvido seus trabalhos usando a ferramenta e está surpresa com a quantidade de pedidos de ensaios remotos que tem recebido durante o isolamento. "As pessoas curtiram muito a ideia. A fotografia é uma forma de se amar se cuidar em tempos tão sombrios. A arte não para", comenta.

Diante dos desafios de dirigir um modelo a distância, Isadora conta que o mais difícil é explicar o ponto de vista e a narrativa do ensaio. "A dinâmica é estranha. Basicamente estou falando com um celular, pois uso a câmera traseira", comenta ela, que tem realizado cliques para clientes de outras cidades. "É uma experiência emocionante. De certa forma posso 'entrar' na casa dessas pessoas e atingir suas expectativas", complementa.

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Essa nova dinâmica na fotografia é um reflexo dos serviços realizados a distância impulsionados pela pandemia e que são tendência de mercado. Essa forma de trabalho pode se firmar pós-pandemia e trazer um novo olhar para este tipo de negócio. "É uma alternativa muito criativa e econômica. os resultados saem tão bons quanto um ensaio presencial. Para impressões e mídias que exigem uma qualidade maior, não acho viável. Porém, para quem tem interesse em fotografar e experimentar este novo formato, indico", finaliza a fotógrafa, que compartilha alguns de seus ensaios efetuados de forma remota, via Facetime. Veja:

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Pessoas que tiveram contato com o presidente Jair Bolsonaro a partir de sexta-feira (3), dois dias antes de ele manifestar sintomas da Covid-19, devem se isolar por, pelo menos, uma semana, recomenda o infectologista Julio Croda, ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde e pesquisador da Fiocruz.

Para Croda, não é correto descumprir as medidas restritivas, como fez Bolsonaro nesta terça-feira (7), ao anunciar em entrevista à imprensa que contraiu a doença, exceto em emergências. "Se pode evitar esse tipo de proximidade, é o ideal. Não tem nenhum tipo de necessidade (expor-se)."

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O Palácio do Planalto, no entanto, não recomenda quarentena de pessoas que tiveram "simples contato" com o presidente. Em nota, o governo distorce orientações de autoridades de saúde e afirma que não há protocolo sobre isolar pessoa que estiveram com doentes. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à Covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", afirma o Planalto.

Na mesma nota, o governo informou que 108 dos 3.400 servidores do Palácio do Planalto testaram positivo para Covid-19 até 3 de julho. "Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves."

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, afirma que é recomendável "ficar em casa" caso more com alguém infectado ou esteve a menos de um metro de um paciente com a doença. Imagens da agenda oficial de Bolsonaro mostram o presidente sem máscara em almoço na casa do embaixador dos Estados Unidos, no domingo (5), e durante encontro com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na sexta-feira (3).

A recomendação do Ministério da Saúde é menos rígida. Em documento de abril, a pasta recomenda isolamento de 14 dias de casos suspeitos ou confirmados. Os casos suspeitos, para o governo brasileiro, no entanto, são aqueles que tiveram contato próximo de um confirmado e, além disso, apresentam febre ou pelo menos um sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade para respirar. No começo da pandemia, o ministério chegou a recomendar o isolamento para todas as pessoas que voltavam do exterior. A orientação foi derrubada, segundo fontes da pasta, por pressão do Palácio do Planalto para reduzir impactos sobre a economia e no funcionamento da máquina pública.

Bolsonaro sentiu os primeiros sintomas da Covid-19 no domingo, 5. "Não se sabe quem vai desenvolver sintoma. É melhor que se fique isolado", afirma o infectologista Croda. Se necessário, o teste do tipo RT-PCR, que detecta a presença do vírus, deve ser feito por volta de cinco dias após o contato com Bolsonaro. "Tem gente que já está fazendo exame. Mas, se der negativo, pode ser um resultado falso. Tem de refazer lá na frente", afirmou o infectologista.

Teste inadequado

Como mostrou o Estadão, 13 ministros fizeram exames após Bolsonaro confirmar a infecção pela Covid-19. Destes, realizaram teste rápido (sorológico) Paulo Guedes (Economia), Luiz Eduardo Ramos (Secretária de Governo), Braga Netto (Casa Civil), Levi Mello (AGU), Marcelo Alvaro Antonio (Turismo), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Roberto Campos Neto (Banco Central).

Os resultados foram todos negativos para a Covid-19. Mas especialistas afirmam que nada adianta realizar este tipo de exame, pois ele serve para detectar anticorpos da doença e só deve ser aplicado após o sétimo dia de sintomas do novo coronavírus. Antes disso, a chance de acerto é mínima.

A OMS também é cautelosa sobre este tipo de exame. "Teste rápido para fazer diagnóstico é absolutamente contraindicado. É sim (recomendado) para, depois, procurar na população quem já tem anticorpo contra o vírus. Para fazer estudo, sim, é válido", disse ao Estadão o médico e vice-diretor da Organização Pan Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, em abril.

A quarentena causada pelo coronavírus fez com que parte da população limitasse as relações presenciais e ampliou o tempo dentro de casa. Assim, aqueles que se sentiram solitários puderam encontrar nos animais de estimação uma boa companhia durante o isolamento. "Ter um pet ajuda na produção de ocitocina, conhecida como o hormônio do amor, além da produção de endorfina e serotonina. Cães e gatos, por serem mamíferos, despertam nos seus tutores uma espécie de amor incondicional", explica psicóloga Barbara Brambila.

Essa também foi a conclusão da autônoma Patrícia Ferreira, 34 anos, que decidiu adotar uma cachorrinha, batizada de Aurora, para fazer companhia à Isabella, sua filha de cinco anos. "Ela sempre me pedia um cachorro. Agora, com o momento que estamos enfrentando, decidimos que seria a melhor hora de presenteá-la", comenta.

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O que aconteceu com a estudante de pedagogia Thainá Santos, 24 anos, foi parecido. Ela enfrenta a pandemia sozinha e a adoção de Romeu, um pug de três anos, ajudou a amenizar os momentos mais solitários. "Meus pais em casa decidiram passar a quarentena na casa da praia e me senti muito sozinha. Então, achei que a adoção de um cachorro seria o mais viável. Não me arrependo", comenta. "O tutor de um animal se sente útil em poder cuidar e zelar por alguém. Sendo uma troca positiva de amor", complementa a psicóloga Barbara.

De acordo com a ONG Ampara, instituição sem fins lucrativos, em entrevista ao Cães e Gatos, o aumento na procura por adoção deu um salto considerável após o início da quarentena. Porém, os responsáveis pela instituição afirmam que nem sempre os requisitos são preenchidos, pois muitos buscam filhotes de pequeno porte, que são os o que menos se encontram em abrigos e ONGs de resgate.

 

Com o aumento no registro de óbitos e infecções nos Estados da região, o comitê científico do Consórcio Nordeste alerta para a interiorização da pandemia. Em coletiva online realizada nesta sexta-feira (3), profissionais responsáveis pelo monitoramento da Covid-19 na região recomendaram o fim da flexibilização das atividades comerciais e a volta temporária do isolamento rígido.

Desde o dia 29 de março, cerca de 100 profissionais acompanham o agravamento da doença no Nordeste e apontam que Pernambuco está com o sistema de saúde tensionado. Tal condição é fruto da estratégia precipitada de enfrentamento e da falta de apoio da população, que não atingiu o índice de isolamento esperado.

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No início da pandemia, o Nordeste conquistou as melhores taxas de isolamento social e, em Pernambuco, as duas semanas de lockdown foram fundamentais para reduzir a demanda por enfermarias. Em contrapartida, houve um crescimento nas solicitações por UTI nas capitais, que disponibilizam de infraestrutura adequada para atender casos graves.

A rota da pandemia

Para o comitê, o cenário contrastante é decorrente da interiorização da pandemia, que saiu das metrópoles por meios das malhas rodoviárias e acometeu de vez a população do interior, como em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que precisou frear a reabertura das atividades comerciais. Sem rede de saúde adequada, os pacientes acabam transferidos para as capitais e levam de volta a Covid-19, o que caracteriza o 'efeito boomerang'.

Com mais de 5 mil óbitos e 62.362 contaminados em Pernambuco, o professor Miguel Nicolelis acredita que a retomada de atividades não essenciais deve ser revista. A pressa na reabertura não seguiu as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que determinou o agravamento das notificações, junto com o isolamento falho, que não atingiu a meta de 70%. "O afrouxamento do isolamento e medidas de reabertura devem ser contidas, elas não devem ocorrer no meio desse cenário. Qualquer abertura pode trazer uma retomada de casos", esclarece.

Ao destacar que um relatório produzido pela Blavatnik School da Universidade Oxford concluiu que todos os processos de reabertura no Brasil não foram ideais, Nicolelis usou o estado norte-americano do Texas como exemplo a não ser seguido. Após liberar bares, restaurantes e eventos muito cedo, a região sofreu um aumento drástico nos registros da Covid-19 e precisou fechar tudo novamente.

O Brasil unido contra o vírus

Para conter o coronavírus, o comitê sugere a volta imediata do lockdown em todo o Brasil, a criação de barreiras sanitárias na malha rodoviária, o controle de veículos por meio de rodízios, a promoção de brigadas de emergência e a extensão de profissionais de saúde para realizar exames nas casas da população. Porém, tais medidas só serão eficazes se houver a sincronização com os demais estados.

Após minimizar os efeitos da doença e vetar alguns itens da lei que obriga o uso de máscaras em território nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conduz o Brasil em meio à pandemia sem ministro da Saúde efetivo. Para o professor Sérgio Rezende, as decisões do presidente influenciam a população e dificultam o cumprimento das recomendações sanitárias.

"O Governo Federal tem influenciado negativamente em tudo que se refere à pandemia. O presidente fica inventando receitas médicas, cuja eficácia dos medicamentos não é comprovada cientificamente. Para nossa tristeza, o Brasil ultrapassou 61 mil mortes, [mas] se tivesse, a partir do dia 1º de abril, adotado o confinamento de 70%, teria apenas 17 mil mortes. Então, essas 44 mil vidas perdidas são parte da atitude completamente irresponsável do Presidente da República, seguida de muitos governantes", avalia Rezende.

Mais um paciente foi confirmado com a Covid-19 em Fernando de Noronha, nessa quinta-feira (2). Trata-se de um dos passageiros do voo com 40 moradores, que desembarcou no arquipélago no último sábado (27) com outros três infectados. Eles apresentam quadro assintomático e estão isolados enquanto aguardam o resultado de novos testes.

Com a atualização, Noronha segue sem óbitos, 73 infectados e com um paciente em recuperação. No próximo sábado (4), mais um voo com moradores e servidores está programado para pousar no arquipélago. A Assistência Social, responsável pelo cadastramento, calcula que já foram feitas 416 solicitações para retornar à ilha.

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Todos os passageiros selecionados devem apresentar teste negativo para o coronavírus ainda no Recife e, ao chegar em Noronha, passam por novos exames e aguardam o resultado isolados. Os residentes que querem voltar à ilha devem ligar para a Assistência Social por meio dos contatos: (81) 9 9488 3167 / 98494 0311 / 98494 0307 / 99488 3165 / 99488 4367 / 99488 4367.

Já no arquipélago, a recomendação é que os moradores só saiam de casa em casos de necessidade essencial, mediante o uso de máscaras de proteção nas vias públicas.

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Com mais de três meses de isolamento social, em grande parte do Brasil, o lar virou um dos poucos lugares onde as pessoas sentem-se seguranças. No entanto, para a população LGBT o que acontece da porta para dentro tem virado motivo de insegurança.

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Passando mais tempo confinados com familiares LGBTfóbicos, o índice de violência física e maus-tratos psicológicos tem aumentado. Sem poder sair de casa, a maioria não tem contato físico com amigos ou com a rede apoio e acaba sofrendo sozinha.

Pensando em uma forma de ajudar, o grupo Inquietações - Arte, Saúde e Educação, da UFPA (Universidade Federal do Pará), formado por mestres e doutores em Psicologia realiza nesta quinta-feira (2), às 17 horas, na plataforma Google Meets, uma roda de conversa com o tema: “LGBTIfobia: a casa como um espaço de violência em tempo de isolamento social”. Para realizar a inscrição basta acessar o link.

A professora de psicologia da UFPA e coordenadora do grupo Inquietações, Maria Lúcia Lima, diz que a pandemia de novo coronavírus trouxe novos desafios para o grupo de estudo, pesquisa e intervenção social da universidade. Um dos elementos que chamaram a atenção dos pesquisadores, por ter várias pessoas LGBTIs presentes no grupo, é a violência familiar. “A LGBTIfobia é muito vista e noticiada nas escolas, nas ruas, em lugares de trabalho, seja com agressões físicas ou verbais. Mas, a pandemia tem mostrado outro tipo de violência não visível, que é no convívio familiar e realizada por entes queridos”,  explica.

No momento atual da pandemia, o grupo percebeu a importância de abordar violência sofrida no ambiente doméstico praticado contra pessoas LGBT e dar espaços para as pessoas serem escutadas e compartilharem as suas experiências. As psicólogas Brenda Motta, Victória Reis e Stefanie Ramos vão mediar a roda de conversa on-line.

A mestra em Psicologia Social Brenda Motta, membro do grupo Inquietações e uma das mediadoras da roda de conversa, afirma que a LGBTIfobia é historicamente produzida e reproduzida na sociedade heteronormativa, que marginaliza tudo o que for contrário. Em cima disso se desenvolvem as práticas de violência física e psicológica, afirma, que causam danos irreparáveis, como depressão e ansiedade.

Brenda Motta explica que cada caso deve ser analisado isoladamente, mas que de forma geral as pessoas entram em sofrimento psíquico a partir do momento em que se percebem LGBT, pois o primeiro pensamento que eles têm é de inadequação. “O movimento de se colocar ‘dentro do armário’, de se situar entre ser e o não ser, mostrar-se ou não, de estabelecer romances de fachadas com o sexo aposto, são formas de atender a expectativa da família e sociedade”, aponta a psicóloga sobre características de tentar se encaixar nos padrões normativos.

Uma pesquisa internacional realizada com 3,5 mil homens gays, bissexuais e transexuais pelo aplicativo de relacionamentos Hornet confirma que 30% dos entrevistados responderam que não se sentem seguros em casa durante o isolamento.

A maioria dos LGBTIs não possui apoio e respeito dentro da própria casa, que se apresenta como um ambiente instável. Então, diz a psicóloga, é muito comum que busquem a rede de apoio informal, que são amigos próximos, o parceiro e a militância que viabiliza a identificação de lutar por uma causa.

Segundo Brenda Motta, em um momento pandêmico, as pessoas são obrigadas se manterem em isolamento social e acabam se afastando da rede apoio e obrigados a ficar no lar, no qual não possuem acolhimento. Para ela, é nesse momento que a violência LGBTfóbica se faz presente com agressões físicas, morais e psicológicas.

Mesmo que a LGBTIfobia já tenha sido declarada crime pelo Supremo Tribunal Federal (STF), muitas vítimas relatam dificuldades em denunciar familiares próximos, como pais e mães, e se veem sem ter onde buscar abrigo após uma denúncia.

“Esse tipo de violência pode e deve ser combatido todos os dias com simples que deve partir de sociedade quanto amigo, mãe, pai e filho. A partir do momento que você não apoia uma piada LGBTfóbica, o simples fato de evitar e não sorrir, ou tratar com o pronome correto na qual a pessoa se sente confortável e não se importar com o gênero de nascimento”, conclui a psicóloga Brenda Motta. (Clique no ícone abaixo e ouça entrevista com as psicólogas).

Por Amanda Martins.

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Mais dois moradores de Fernando de Noronha foram confirmados com a Covid-19, nessa quarta-feira (1º). Eles testaram positivo ao desembarcar na ilha com um grupo de 40 pessoas, no último sábado (27). Os pacientes estão em quarentena com outros dois passageiros, que aguardam o resultado de exames.

Os demais integrantes do voo não contraíram a doença e foram liberados da quarentena. Com a atualização, o arquipélago segue sem óbitos e na expectativa para a recuperação de um paciente. Ao todo, já foram registros 72 casos da Covid-19, segundo a administração.

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Mais um voo com moradores e servidores é esperado neste sábado (4). Segundo dados da administração, até o momento, 416 moradores já se cadastraram junto à Assistência Social para garantir a volta para casa. Os embarques semanais são organizados de acordo com a necessidade e as prioridades de cada solicitante, por meio dos contatos (81) 99488 3167 / 98494 0311 / 98494 0307 / 99488 3165 / 99488 4367 / 99488 4367.

Flexibilização- Com os devidos protocolos sanitários, praticamente todas as atividades comerciais já foram retomadas. Na última sexta-feira (26), bares, restaurantes e lanchonetes reabriram com 50% da capacidade de atendimento. O acesso às praias está liberado há mais de um mês para atividades físicas e náuticas que não ultrapasse grupos de quatro pessoas. Templos religiosos, clínicas e consultórios em geral, salões de beleza e comércio varejista já atendem.

Aos moradores que suspeitam ter contraído a doença ou apresentam sintomas gripais, a vigilância sanitária disponibilizou uma equipe de saúde para atendimentos por meio dos contatos 3619-0956 / 99488-4366.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, esteve, na manhã deste sábado (27), no município de Bezerros, no Agreste pernambucano, para fazer o acompanhamento das ações da quarentena mais rígida na localidade, iniciadas na última sexta (26).

Até o dia 5 de julho, só estão autorizados a funcionar os serviços essenciais em Bezerros. A população também só poderá sair de casa para ir a supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina e serviços de saúde. O objetivo é diminuir o número de casos do novo coronavírus na localidade.

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O secretário André Longo informou que no primeiro dia do isolamento mais rígido já foi notada uma melhora do distanciamento social em 13%, além de 14% em Caruaru, cidade que também está passando pelas mesmas normas. 

“Precisamos qualificar nossa comunicação com o público para que seja feito o isolamento social e para que, quando for necessário sair de casa, haja o uso correto da máscara, assim como as outras ações de higiene, como a lavagem das mãos ou a utilização do álcool em gel. Esperamos que esses dez dias de isolamento mais rigoroso evitem novas contaminações e ajudem a diminuir a curva de casos”, disse André Longo, que ainda pediu a compreensão de todas as prefeituras do Agreste para que haja uma ampliação do isolamento social em toda a região.

Foram distribuídas 2 mil máscaras e feita aferição da temperatura no centro da cidade. Totens para lavagem de mão também estavam disponíveis para o público. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) ainda realizou ação educativa para orientar sobre o funcionamento apenas das atividades essenciais, de acordo com o decreto estadual.

Ainda foi feita uma visita ao Hospital de Campanha de Bezerros, em funcionamento desde maio e, atualmente com 31 leitos. “É muito importante que, nestes dez dias, todos nós, toda a população do Agreste, suas lideranças, empresariado e comerciantes possam ajudar para que haja o isolamento social maior para trazermos a transmissão da doença para patamares de controle, deixando de gerar doentes graves e provendo saúde para a população, salvando vidas”, frisou Longo.

A Guarda Municipal de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, retirou 37 pessoas que usavam a praia de forma irregular na manhã desta sexta-feira (26). Alguns moradores, inclusive crianças, estavam se banhando no mar e formando aglomerações. Nenhum dos abordados apresentou resistência para deixar o local.

O calçadão e a faixa de areia podem ser utilizados para atividades físicas individuais. O uso de objetos que caracterizem permanência - guarda-sol, recipientes térmicos - está vetado. A fiscalização estende-se pelos 9 km da orla olindense, nas praias dos Milagres, Carmo, Bairro Novo, Casa Caiada e Rio Doce.

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O trabalho é coordenado pela Secretaria de Segurança Urbana e conta com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco (1º BPM) para cumprimento do Decreto Municipal 106/2020, que disciplina a reabertura gradual das praias e templos religiosos no Município.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, encerrou o período de isolamento social que estava cumprindo após testar positivo para Covid-19, no último dia 13, e deve retomar as atividades do cargo, normalmente, a partir de hoje (25). O anúncio foi feito através de uma postagem do Instagram, veiculada na noite desta quarta-feira (24).

Mesmo após ser diagnosticado com a infecção, Covas não pediu licença do cargo, tendo realizado, inclusive, uma live de entrega de conjuntos habitacionais. Durante o período de isolamento, ele não apresentou nenhum sintoma da doença, conforme cita documento publicado na rede social, emitido pelo médico que o acompanha, o epidemiologista David Uip. Assim como o prefeito, Uip também contraiu o novo coronavírus, tendo se afastado temporariamente, por esse motivo, no início de maio, da coordenação do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

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Atualmente, Bruno Covas está sendo submetido a tratamento contra câncer. O diagnóstico de adenocarcinoma, câncer que atinge a região de transição do esôfago para o estômago, foi confirmado em outubro de 2019. Na época, foi detectada, ainda, metástase no fígado e uma lesão nos linfonodos. Após o diagnóstico, iniciou um tratamento de quatro meses de quimioterapia.

Cerca de quatro meses depois, em meados de fevereiro, exames apontaram que, embora houvesse regressão da lesão esôfago-gástrica e da lesão hepática, o câncer nos linfonodos ainda persistia. Por isso, a equipe médica responsável por atendê-lo decidiu iniciar uma nova fase de tratamento, baseado em imunoterapia, que estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reagir em combate à doença.

O Estado de Pernambuco reabriu parte do seu comércio nesta segunda-feira (22) e durante a coletiva do governo, o secretário de Saúde, André Longo, aproveitou para afastar qualquer ideia de "normalidade".

Antes de responder perguntas da imprensa, ele tratou de lembrar que os cuidados com higienização e o isolamento social ainda são importante no combate à doença: "o novo coronavírus ainda está entre nós e todos os cuidados precisam ser tomados, a pandemia não acaba de repente, nós não vamos virar simplesmente uma chave e vamos voltar a normalidade". 

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André Longo ainda ressaltou que sair de casa só deve ser feito se for essencial: "Nos ambientes laborais, no comércio e nos demais espaços de convivência protocolos que evitem aglomerações e que promovam a higienização e a proteção precisam ser reforçada", argumentou.

"Também é importante dizer que ainda é importante ficar em casa, sair ainda deve ser uma opção para quem tem o que fazer fora de casa, algo que se considere imprescindível para sua sobrevivência", completou. 

No início do período de isolamento por causa do coronavírus, a professora Juliana Duarte, de 40 anos, chegou a pensar que as aulas remotas da filha Laura, de 8 anos, eram parte de uma situação temporária. Quase três meses depois e sem previsão de retorno das atividades escolares, ela já fez uma série de adaptações na rotina e em casa para que o processo seja produtivo sem desgastar a criança. Para enfrentar o desafio de manter os pequenos envolvidos com as atividades, pais e escolas estão se reinventando e fortalecendo o diálogo e brincadeiras, como gincanas para encontrar objetos em casa e revirar os álbuns de fotos da família.

O desafio é maior para os alunos mais novos, dos ensinos infantil e fundamental 1, que nem sempre se adaptam às tarefas realizadas nas plataformas online. As escolas não abandonaram as aulas com conteúdos, mas estão apostando em atividades lúdicas e oferecendo atendimento individualizado não só para tirar dúvidas, mas para debater as dificuldades enfrentadas pelas famílias.

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Uma das dificuldades iniciais enfrentadas por Juliana era manter a filha concentrada. "Agora acho que está mais tranquilo do que no começo. A adaptação foi mais difícil. Eu e meu marido estamos trabalhando e, no início, ela ficava na sala perto da gente. Mas não era bom, ela acabava se dispersando."

A solução encontrada pela família foi separar um espaço só para os estudos. "Também trocamos o celular por um notebook. Assim, ela pode ver melhor os professores e os colegas." Laura aprovou as mudanças. "Prefiro ficar no escritório, porque é mais confortável. E o celular era chato, porque tinha de ficar segurando."

Juliana conta que a escola também se adaptou para evitar que as atividades de casa fossem muito complicadas e sobrecarregassem os pais, que têm se dividido entre o home office e os cuidados com os filhos.

"As propostas mais complexas estão sendo feitas com as professoras. Eles têm o tempo de aula e 20 minutos de plantão de dúvidas. Para casa, a escola ensina brincadeiras, jogos, apresenta vídeos para vermos juntos. Sou da área, mas uma coisa é o papel de mãe e outra é o de professora", conta a mãe.

Motivação

Orientadora educacional do ensino fundamental 1 da Stance Dual School, Patrícia Sampaio conta que a escola teve de ser reconstruída para manter a motivação das crianças.

"Tivemos de fazer a seleção e reorganização de conteúdos. O tempo de aula não é mais o mesmo. Eram oito horas, mas as crianças não conseguem ficar esse tempo todo em frente à tela, e também não queremos isso. Adotamos ferramentas para promover uma interação mais ativa, de modo que os alunos pudessem gravar vídeos e voz. E tivemos de considerar um tempo para falar sobre afeto e convivência, porque o contexto é diferente e desafiador", afirma.

Atividades com movimento não foram deixadas de fora. "Eles precisam ter tempo para brincar. Na educação física, estamos fazendo gincanas para as crianças procurarem objetos em casa, como uma colher de pau, por exemplo, fazer polichinelos. Tudo que elas possam fazer dentro de casa", conta Patrícia.

As gincanas também são uma proposta do Colégio Equipe. "As crianças foram divididas em equipes e têm de achar a foto mais antiga, tirar foto com a cor da equipe, ajudar na casa. A linha da cobrança não é o melhor caminho. Este é um momento de diálogo e, se faltar conteúdo, a gente repõe depois", explica a diretora escolar Luciana Fevorini.

As atividades têm sido realizadas em grupos pequenos e a escola fortaleceu a relação entre pais e professores. "É mais produtivo trabalhar com grupos menores e encontros mais curtos. E estreitou muito os canais com os pais. Agora, eles trocam e-mails com a professora, há conversas por videoconferência."

Após o recesso das aulas em maio, o Colégio Santa Maria enviou kits de atividades para a casa dos alunos para incentivá-los com literatura, arte e desafios corporais.

Karine Ramos, orientadora pedagógica da educação infantil da escola, diz que, na abordagem sobre a covid-19, a escola utiliza a transparência para falar sobre o tema. "Estamos atuando de forma verdadeira e esperançosa com enfoque nos cuidados que precisamos ter e a necessidade de cuidarmos uns dos outros ficando em casa para que possamos voltar o mais breve possível." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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