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Um relatório da Polícia Federal (PF) aponta indícios de que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), recebeu R$ 326 mil e US$ 20 mil (R$ 99 mil em valores atuais) em pagamentos indevidos entre 2017 e 2019, período em que foi vereador da capital fluminense e vice-governador do Estado. De acordo com o documento obtido pela GloboNews, o chefe do Executivo estadual teria recebido o pagamento de propina em dinheiro vivo em casa, no estacionamento de um shopping, na casa de um assessor e na sede de uma empresa com contratos com o governo do Estado.

Os indícios contra Castro são citados numa decisão do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre a autorização de mandados de busca na casa de Vinícius Sarciá, irmão de criação de Castro.

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Sarciá foi alvo da Operação Sétimo Mandamento no fim de dezembro. Ele foi alvo de busca e apreensão. O irmão de Castro é presidente do Conselho de Administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio). Na época, o governador não foi alvo da operação, mas foi investigado e teve os sigilos fiscal, bancário e de e-mails quebrados.

Em nota, o governo do Estado do Rio diz que "a defesa do governador Cláudio Castro informou que não teve acesso ao conteúdo da decisão do STJ, e reitera que a delação de Marcos Vinícius, réu confesso, é criminosa e já é objeto de nulidade junto aos tribunais superiores, em razão de sua absoluta inconsistência". A defesa do governador diz ainda que as informações são "infundadas, velhas e requentadas".

Segundo o relator do caso no STJ, "há indícios suficientes da prática de crimes, cuja dinâmica envolve a atuação de Cláudio Castro como o agente político apoiando a atuação ilícita das pessoas jurídicas comandadas por Flávio Chadud e Marcus Vinícius Azevedo da Silva, na execução de contratos públicos", conforme a decisão que a GloboNews teve acesso.

A investigação aponta fraudes a licitações e contratos administrativos de assistência social. A PF afirma que, além de desviar recursos públicos, os investigados teriam direcionado serviços indevidamente a redutos eleitorais do grupo político do governador.

Segundo o conteúdo da decisão do STJ, em uma troca de mensagens, Castro combina com dois empresários acusados de corrupção a entrega dos pagamentos. A decisão cita uma conversa entre Castro e o empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso em julho de 2019, acusado de participar de um esquema de corrupção.

Segundo o relatório, Marcus Vinícius, em uma conversa com um operador financeiro diz que precisa de "R$ 80 mil pro fim do dia de amanhã". O interlocutor responde que tem "80 no cofre" e que, se ele quisesse, poderia entregar no mesmo dia.

O empresário marca um encontro com o governador para o dia seguinte. Na noite do dia seguinte, Castro avisa para Marcus: "Saindo do palácio agora".

Castro e empresário foram gravados

O ministro Raul Araújo cita ainda uma visita do então vice-governador ao empresário Flávio Chadud, em julho de 2019, em um shopping da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Chadud mantinha contratos de prestação de serviço com uma fundação do governo do Estado.

Araújo diz que "as câmeras registraram o momento em que Cláudio Castro chega ao local, às 9h15, sendo recebido por Flávio Chadud, oportunidade na qual o primeiro portava uma maleta aparentemente vazia".

"Ao saírem do local, às 10h33, as imagens registram nítida diferença de volume na maleta, a alicerçar a conclusão pelo provável recebimento de vantagem indevida por parte de Cláudio Castro", escreveu na decisão.

Segundo o relatório da PF, "a hipótese criminal é de que Cláudio Castro teria recebido vantagem indevida, dinheiro em espécie, em troca de sua atuação na ordenação de despesa de pagamento de nota fiscal da empresa Servlog em execução fraudulenta de contratos públicos celebrados com o Estado".

Outros episódios suspeitos

O ministro reproduz outra troca de mensagens, de abril de 2018, quando Castro ainda era vereador do Rio, em que ele conversa com Marcus Vinícius. Segundo o documento, ele determina que o empresário "saque 40k" (R$ 40 mil).

Três dias depois, ainda segundo a decisão do STJ, Castro fala para Marcus Vinícius: "fiquei de te encontrar na sexta, mas nem consegui": "Me avisa o dia essa semana", escreveu Castro. O empresário responde: "já está comigo".

Em outra oportunidade, em novembro de 2017, Castro faz um pedido ao operador financeiro: "26 para hoje, não esquece". O operador responde: "já to indo para a rua. 10h começo sacando".

Após críticas da população e da classe política, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), decidiu interromper as férias com a família, em Orlando (EUA), para voltar ao Estado a fim de liderar a reação à crise das chuvas deste fim de semana, que já deixou 11 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros.

Assim como já havia feito nas férias de anos anteriores, Castro partiu para os Estados Unidos com a mulher e os filhos na semana passada. A princípio, ele havia decidido coordenar as ações de governo à distância, com o comando do vice-governador Thiago Pampolha no terreno e atuação de todos os secretários.

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Mais cedo, nas redes sociais, o governador prestou condolências às famílias e amigos das vítimas das chuvas e disse manter contato com os prefeitos dos municípios afetados.

Pressionado pela opinião pública, no entanto, ele mudou de ideia e decidiu voltar ao País.

Há envolvimento do governo federal nas primeiras horas da calamidade, com a promessa, pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, de um decreto com as bases de uma ajuda humanitária para o Estado ainda na noite deste domingo.

Isso foi articulado primeiro junto ao prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD), no início da tarde. Por volta das 15 horas, Paes decretou situação de emergência na capital, o que ainda não aconteceu por parte do governo do Estado.

Fontes do governo disseram ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o vice de Castro, Thiago Pampolha, já analisou declarar estado de emergência, mas chegou a conclusão de que isso deve antes ser feito pelos municípios para depois ser seguido pela Defesa Civil do Estado.

Além da zona norte do Rio, os municípios mais afetados pelas chuvas estão na Baixada Fluminense, entre os quais Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo e São João de Meriti.

Alvo de uma investigação pela suposta participação em um esquema de corrupção no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) teve os sigilos telemático, fiscal e bancário quebrados por autorização do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no inquérito que apura desvios de recursos e fraude em licitação em contratos sociais entre 2017 e 2020. Com um histórico de governantes presos e acossados pela Justiça, quase todos os chefes do Executivo estadual eleitos diretamente no Rio desde o fim da ditadura militar foram alvos de investigações, sobretudo, por corrupção - a maioria com passagens pela cadeia.

A decisão sobre a quebra dos sigilos de Castro foi determinada no âmbito da Operação Sétimo Mandamento deflagrada nesta quarta-feira, 20. Um irmão do governador sofreu buscas da Polícia Federal (PF). Vinícius Sarciá Rocha é presidente do conselho de administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio). O governador não foi alvo de buscas.

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A PF investiga desvios na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos 2017 e 2020 - antes, portanto, de Cláudio Castro assumir o governo após a cassação do ex-governador Wilson Witzel.

A investigação aponta fraudes a licitações e contratos administrativos de assistência social. A PF afirma que, além de desviar recursos públicos, os investigados teriam direcionado serviços indevidamente a redutos eleitorais do grupo político do governador.

O governador diz que a operação deflagrada nesta quarta-feira "não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019".

"Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente. Por fim, o governador reitera a confiança plena na justiça brasileira", diz a nota.

As apurações sobre as suspeitas contra Castro ganharam corpo no início deste ano, quando Araújo atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a PF a abrir um inquérito para investigar o governador do Rio pela suposta participação em um esquema de corrupção que teria vigorado na época em que ele era vereador e vice-governador. Castro foi reeleito no primeiro turno em 2022.

Ex-governadores investigados por corrupção

Castro se junta à lista de ex-governadores do Rio de Janeiro investigados por suspeitas de corrupção. Um dos casos mais emblemáticos sobre a falência do governo estadual fluminense. Entre os governadores eleitos, só Leonel Brizola (PDT, 1983-1987 e 1991-1994) e Marcello Alencar (PSDB, 1995-1998), já mortos, não integram a lista de investigados por corrupção. Outros três, Nilo Batista (PDT, 1994), Benedita da Silva (PT, 2002) e Francisco Dornelles (PP, 2018) - vices que assumiram temporariamente o cargo -, também estão fora da relação dos ex-chefes do Executivo que foram presos.

O antecessor de Castro no governo do Rio, Wilson Witzel, foi acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia. Por dez votos a zero, o governador afastado do Rio perdeu o cargo ao ter o impeachment confirmado em abril de 2021. Castro atuava então como governador interino e, com o impeachment de Witzel, foi oficializado no cargo.

Mas a história de corrupção se desdobra ainda mais em anos anteriores. Quando participou da Farra dos Guardanapos em Paris, em 2009, o então governador do Rio Sérgio Cabral Filho estava em pleno voo. Com a noitada na capital francesa comemorava, oficialmente, a Medalha Légion d'Honneur que recebera do governo local. Secretamente, também celebrava, por antecipação, a escolha do Rio para sediar a Olimpíada de 2016, comprada com propina de US$ 2 milhões a integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), segundo o Ministério Público Federal diria anos depois.

A festança foi revelada em 2012, quando vieram a público as imagens dos secretários e empresários com as cabeças cobertas por panos brancos, no evento em homenagem ao mandatário. Virou símbolo da Era Cabral, simbolicamente encerrada com sua prisão preventiva em novembro de 2016, que abriu o período do ex-todo poderoso fluminense na cadeia.

Cabral (2007-2014) foi preso em 2016, na Operação Calicute, que abriu a crise política no Rio de Janeiro. As investigações, desdobradas em outras ações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, chegaram a 23 condenações que somam 430 anos. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2022, o ex-governador deixou a cadeia e passou a cumprir prisão domiciliar.

O sucessor de Cabral, Luiz Fernando Pezão (2015-2018), também foi processado e preso - quando ainda era governador, no fim do mandato, no Palácio Laranjeiras. Foi posteriormente solto, após meses em um quartel da Polícia Militar. Os dois foram acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Rosinha Garotinho (PSB e PMDB, 2003-2006) e Anthony Garotinho (PDT e PSB, 1999-2002) também conheceram a cadeia. O ex-governador foi preso em novembro de 2016 na Operação Chequinho, sobre corrupção eleitoral em Campos dos Goytacazes. Garotinho foi solto, mas a mesma operação o reconduziu ao cárcere, em setembro de 2017. Nessa ocasião, Garotinho foi preso quando fazia seu programa na Rádio Tupi. Logo, conseguiu prisão domiciliar. Dois meses depois, teve nova prisão decretada, juntamente com Rosinha, desta vez na Operação Caixa D'Água, sobre suposta arrecadação ilegal de fundos de campanha. Ambos foram soltos, mas, em novembro de 2019, voltaram por breve período à prisão.A acusação era de superfaturamento na prefeitura campista.

Wellington Moreira Franco (PMDB, 1987-1991), ex-integrante dos governos de Dilma Rousseff e de Michel Temer, ficou menos de uma semana na cadeia, em março de 2019, depois que o Ministério Público Federal o denunciou por corrupção. Foi libertado por liminar do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).

A inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que criminosos planejavam um atentado contra o governador Cláudio Castro (PL), sua esposa, Analine Castro, e seus dois filhos. O plano foi descoberto após a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como "Faustão", que ocasionou uma onda de violência na capital carioca.

Após a descoberta do plano de atentado, o Gabinete de Segurança Institucional do Rio de Janeiro reforçou a segurança de Castro e sua família. Segundo o governo estadual, serão feitas investigações rigorosas para identificar os mentores da elaboração do ataque contra o chefe do Executivo.

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Rezende tinha 24 anos e morreu em um confronto com policiais civis em uma comunidade de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, nesta segunda-feira, 23. No mesmo dia, cerca de 35 ônibus foram queimados na região. Castro anunciou que 12 suspeitos foram detidos e iriam ser mandados para presídios federais de outros estados por "praticarem atos terroristas".

O governador do Rio classificou a morte de Faustão como um "duro golpe em uma das maiores milícias da zona oeste do Rio".

Leia a nota do governo do Rio de Janeiro:

"O Governo do Estado do Rio de Janeiro informa que o Gabinete de Segurança Institucional reforçou a segurança do governador Cláudio Castro e de sua família após o setor de inteligência da Polícia Civil identificar um plano de atentado contra ele, a primeira-dama e seus dois filhos.

O plano foi descoberto após ataques da milícia na Zona Oeste da Capital a partir da morte de Matheus da Silva Rezende, o "Faustão", apontado como o segundo homem na hierarquia de um grupo de milicianos que atua naquela área. Matheus, que é sobrinho do chefe da facção, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi detido durante operação da Polícia Civil na manhã de segunda-feira (23/10).

As informações seguem sob rigorosa investigação para que os autores sejam identificados e punidos".

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovou o Projeto de Lei 5.845/22, do deputado estadual Carlos Macedo (Republicanos-RJ), que obriga a instalação de sinalizadores sonoros e visuais em carros alegóricos de escolas de samba do Carnaval carioca. A obrigatoriedade vale para os veículos que tenham mais de 50 m² de área ou que sejam motorizados. 

Com a decisão, será obrigatório o uso de sinalizadores nas alegorias durante as manobras no trânsito, exceto durante os desfiles. Além disso, o texto obriga a presença do operador de sinalização para auxiliar nas manobras dos carros. Esses profissionais deverão estar com equipamentos de segurança pessoal.

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No momento da concentração das agremiações e durante a dispersão dos desfiles, as alegorias deverão também ser escoltadas por profissionais de segurança, para que impeçam a aproximação de foliões que não estejam envolvidos na locomoção dos veículos.

O texto já seguiu para o governador Cláudio Castro (PL-RJ), que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo. A proposta, caso sancionada, precisa da regulamentação do Executivo.

O PL foi proposto após o acidente com carro alegórico que matou Raquel Antunes da Silva, uma menina de 11 anos, na área de dispersão do sambódromo Marquês de Sapucaí, no Carnaval de 2022. A garota morreu imprensada pelo carro abre-alas da escola de samba Em Cima da Hora. 

“No momento da manobra, não havia sinalização de alerta ou segurança adequada para que fosse evitado o acidente”, comentou o deputado, que afirma que as alegorias que não cumprirem as ordens, serão proibidas de entrarem no sambódromo.

Por suspeita de fraude, a primeira fase do concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro será anulada. Após diversas denúncias, o governador Cláudio Castro mandou cancelar essa etapa do certame, que foi aplicada no último domingo (27). Apesar da decisão, o processo seletivo não foi cancelado. Logo, os inscritos devem fazer uma nova avaliação, que ainda não tem data definida.

Nas redes sociais, o governador alegou que solicitou abertura de processo para "apurar falhas e punir os responsáveis". "O que vimos no último fim de semana é inadmissível. Diante do que foi amplamente mostrado nas redes sociais, e em respeito aos candidatos que agiram corretamente, não me resta outra alternativa que não seja cancelar a prova objetiva", escreveu Castro. 

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O governo do estado abriu sindicância para apurar falhas durante a aplicação da prova e notificou o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), empresa responsável pelo concurso. Ao todo, o certame oferta 2 mil vagas e conta com mais de 100 mil inscritos. 

Operação

Deflagrada no último domingo, a 'Operação Aqui Não' é responsável pelas investigações de fraude no concurso da PMERJ. Ao todo, 19 mandatos de prisão foram cumpridos. Entre os detidos está um ex-cabo da PM, que foi expulso da corporação. Ele foi preso em flagrante por falsidade ideológica e tentativa de fraude a concurso.

O presidente Lula (PT), durante o lançamento da terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta sexta-feira (11), defendeu personagens políticos que foram vaiados na cerimônia, realizada no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro. Ao ouvir serem mencionados pelos convidados os nomes do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o público respondeu rapidamente com uma onda de vaias e alguns xingamentos. 

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No momento do seu discurso, antes de falar sobre o PAC 3, o chefe do executivo nacional começou falando sobre civilidade. “Quando nós fazemos um ato como esse, esse ato não é para nós do PT, nem para o governo Lula. Esse ato é para a sociedade brasileira, e nós temos que compor com as pessoas que fazem parte da sociedade brasileira. O governador do Rio de Janeiro não está aqui porque ele quer, mas sim porque nós o convidamos para vir aqui”, afirmou Lula. 

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Por ser um evento organizado pelo governo federal, as demais figuras políticas presentes fizeram parte como convidados diretos de Lula. “Eu me sentiria muito deprimido se um dia eu fosse um ato em Goiás, convidado pelo [Ronaldo] Caiado, e o pessoal me vaiasse, eu ficaria constrangido”, ele comparou, mencionando o governador de Goiás, que é do União Brasil. 

Lula também defendeu a imagem de Lira, enfatizando que ele representa o cargo que ocupa. “Não é deputado, governador prefeito que estão aqui, mas sim as instituições que eles representam”, declarou. 

“O Arthur Lira é nosso adversário político desde quando o PT foi fundado. Ele é nosso adversário e vai continuar sendo adversário. Em momentos de campanha, nós vamos nos xingar, nós vamos falar mal um do outro, mas quando termina a eleição, que cada um assume seu posto, ele não tá aqui como Arthur Lira, ele tá aqui com o presidente de uma instituição que o poder executivo precisa mais dela do que ela precisa do poder executivo”, afirmou. 

Defesas constantes em Pernambuco 

Esse não é o primeiro episódio em que o presidente Lula se coloca na posição de defender seus convidados da oposição que são vaiados em eventos oficiais do governo. Em suas visitas ao Recife no primeiro semestre de 2023, a governadora Raquel Lyra (PSDB) foi alvo de vaias e teve o apoio do chefe do executivo para conseguir concluir seu discurso. Na ocasião, que marcou a inauguração do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) em Paulista, a multidão pedia esclarecimentos pela falta de merenda em escolas da rede estadual de ensino.

Mesmo com a preocupante atual situação econômica que o estado do Rio de Janeiro enfrenta, uma festa luxuosa foi realizada no último domingo (7), para a primeira-dama, Analine castro, no Palácio das Laranjeiras, sede oficial do governo. Com direito a caviar no cardápio, DJs e decoração luxuosa, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) ainda não informou como a comemoração foi paga.

Castro e sua esposa não realizaram publicações de registros da festa em suas páginas nas redes sociais. O gestor postou apenas a comemoração em família, feita na sala de seu apartamento, no dia do aniversário da primeira-dama, na última quinta-feira (4). Porém, as imagens da festa luxuosa foram divulgadas pelo buffet do evento e por artistas convidados.

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Canapés de salmão com caviar - Reprodução/Redes Sociais

No cardápio, havia canapés de salmão com caviar, risoto de camarão, camarões empanados, ceviches e spaghetti. A equipe do buffet serviu durante a noite para os convidados, diversos tipos de drinques.

Essa não é a primeira vez que o Palácio é usado pelo gestor do Partido Liberal para a realização de eventos pessoais. Em março, o governador realizou seu aniversário com um churrasco no local, com direito a show do cantor Wesley Safadão.

 

Um suposto esquema de rachadinha envolvendo verbas enviadas pelo governo Cláudio Castro (PL) à Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) virou alvo de investigação. Pessoas ligadas a candidatos apareceram em uma lista secreta com as maiores bolsas da instituição, em torno de R$ 34 mil. 

Conforme reportagem do Uol, quase metade dos 92 contratados fizeram saques em dinheiro que somam R$ 2,2 milhões nos dois meses que antecederam a campanha eleitoral. A maior parte dos bolsistas ganhou cerca de R$ 8 milhões em serviços que sequer foram prestados. 

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Dois deles relataram que ficavam com R$ 2 mil por mês e precisavam devolver o resto das suas respectivas bolsas, equivalente a aproximadamente R$ 23 mil. O valor era transferido através de Pix ou usado para pagar boletos de empresas, uma delas de terraplanagem.  

Conforme a publicação, 54 bolsistas não explicaram se trabalharam nos projetos da Uerj e 12 não sabem como seus dados foram parar na folha de pagamentos secreta - eles alegaram que nunca prestaram serviço à instituição e não sabem do destino do dinheiro. A responsável pelas contratações, a coordenadora-geral Eloíza da Silva Gomes de Oliveira, diretora do IFHT (Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologias) da universidade, foi quem mais recebeu com os programas. Ao menos R$ 641 mil de quatro projetos entre janeiro de 2021 e agosto de 2022. 

Outros casos também chamam a atenção, como o de um advogado que ganhou mais de R$ 100 mil brutos e admitiu não ter trabalhado. Além dele, o atual presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ), um dentista, o presidente da Companhia de Trânsito de Petrópolis e sua esposa, um pastor religioso e a esposa, e sócios de clube de tiro que, coincidentemente, abriram o estabelecimento após os repasses. 

A Uerj disse que o projeto foi encerrado em dezembro do ano passado e que vai apurar as denúncias através de uma comissão permanente de apuração. "Após as investigações, serão adotadas as providências legais cabíveis, seja no âmbito interno, seja por meio dos órgãos de controle, que têm recebido permanentemente os resultados dos procedimentos internos da universidade", garantiu em nota. 

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou publicamente a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, por declarações reprovando uma ação policial realizada na quarta-feira (5) dentro de uma escola estadual na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte da cidade. Castro disse que a posição de Anielle Franco é "impressionante" e "beira o absurdo".

"Sonho com um dia em que o Estado entre para arrumar a segurança pública e não venha uma ministra de Estado criticar a polícia porque entrou no Ciep (escola estadual) para tirar o bandido que tinha invadido o Ciep", disse Castro.

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Ele falava a uma plateia de empresários na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). A ação policial resultou na prisão de 21 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas que haviam fugido para dentro da escola durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no local.

"É a subversão completa do que eu acredito. Aprendemos desde criança que há o super-herói e o vilão. E agora, quando o super-herói prende o vilão, ele é criticado", continuou o governador. A princípio, o governador não mencionou o nome de Anielle, mas, depois, confirmou a jornalistas que rebatia precisamente suas colocações. Neste momento ele disse que a posição é impressionante e beira o absurdo".

Nesta quarta, 5, em publicação em suas redes sociais e durante evento no Palácio do Planalto, a ministra lamentou o ocorrido na comunidade carioca. "É doloroso ver as cenas de uma escola invadida por um Caveirão na Favela da Maré, no Rio de Janeiro. É inaceitável que tantas crianças tenham o ano letivo prejudicado pela violência e que tenham, ainda, suas vidas colocadas em risco em operações policiais", disse Anielle Franco.

Polícia Federal

O governador do Rio aproveitou a ocasião, também para reclamar da falta de diálogo entre a Polícia Federal e o Estado. Segundo Castro, toda vez que há mudanças na superintendência local da Polícia, autoridades do órgão buscam o Estado para abrir diálogo, o que não vem acontecendo sob o governo Lula (PT) e o ministério da Justiça de Flávio Dino (PSB).

Castro disse que deve se encontrar com o ministro Dino no próximo dia 12 e que pretende abordar o tema. O governador também reclamou da falta de foco da Polícia Federal em combater a criminalidade e disse que vai tocar neste assunto no encontro com o ministro.

"É preciso que a PF volte ao foco de combate à criminalidade. Nunca se viu tanto fuzil e droga em comunidades do Rio de Janeiro, e isso entra pelas fronteiras. O governo federal precisa entender isso e assumir a responsabilidade dele", disse Castro.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou novamente o julgamento de recurso do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que pede que processo contra ele seja mantido no STJ. A análise foi interrompida por pedido de vista da ministra Nancy Andrig.

Até agora, seis ministros votaram pela manutenção do julgamento no STJ, e apenas um (Benedito Gonçalves) votou para que o governador seja julgado no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com sede no Rio de Janeiro.

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Castro foi denunciado por participação em esquema de desvio de verbas na área da saúde quando era vice-governador de Wilson Witzel. Após a perda de foro de Witzel, que sofreu impeachment em 2021, o relator enviou os autos para a primeira instância.

A defesa de Castro recorreu da decisão sob o argumento de que agora é governador e tem foro privilegiado no STJ.

Reeleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) busca uma marca própria à frente do Palácio Guanabara e, aos poucos, se afasta da base bolsonarista radical no Estado, berço político do clã Bolsonaro. A movimentação para o centro dividiu o seu próprio partido, o PL, na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, na semana passada. E ameaça se aprofundar, deixando sequelas na relação do mandatário com o bolsonarismo.

Sem falar com o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde o fim do ano passado, Castro tenta equilibrar o afastamento com a manutenção da base bolsonarista. A estratégia expôs o racha no PL e a perda de força de Bolsonaro no Rio. A bancada aliada a ele é a maior da Alerj, mas começa a sentir a força do governador.

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Dos 17 deputados estaduais do PL, Bolsonaro ainda tem apoio de ao menos oito: Doutor Serginho, Douglas Ruas, Anderson Moraes, Samuel Malafaia, Jair Bittencourt, Márcio Gualberto, Thiago Gagliasso e Fillipe Poubell.

Um dos símbolos do bolsonarismo raiz, o deputado Rodrigo Amorim se aproximou do governador, interessado em presidir a Comissão de Constituição e Justiça, desejo que deve oficializar nos próximos dias.

Inconformado, um grupo do PL lançou a candidatura de Jair Bittencourt à presidência da Casa contra o candidato de Castro, Rodrigo Bacellar (PL), ex-secretário de Governo. A escolha do governador foi resultado de uma articulação iniciada ainda no ano passado. Já Bittencourt teria a simpatia do ex-presidente. Às vésperas da votação para a Mesa Diretora, porém, o deputado recuou e decidiu apoiar a chapa única de Bacellar, que acabou eleito com ampla maioria dos votos.

Atritos

Fiel a Bolsonaro, Poubell minimiza os atritos na bancada e diz que não ficou ruído após o racha interno: "Unidade total". Parlamentares aliados do ex-presidente ainda aguardam um sinal de Bolsonaro ou da direção do PL no Rio para "calibrar" o nível de resistência que devem aplicar às pautas de Castro na Alerj.

Paz

De sua parte, o governador tem procurado demonstrar distância de pautas caras ao bolsonarismo. Durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais, em Lisboa, neste sábado, 4, ele afirmou que o "verdadeiro povo brasileiro" apoia o Judiciário. "Contem com os governos e com governadores. O que queremos é paz para esse País", afirmou, citando os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que estavam na plateia do evento. (COLABOROU DAVI MEDEIROS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Eleitoral no Rio pediu nesta quarta-feira (14) a cassação do governador reeleito Cláudio Castro (PL), do vice-governador eleito Thiago Pampolha (União Brasil) e de outros políticos, entre eles deputados estaduais e federais eleitos - ao todo, doze pessoas foram acusadas na Justiça Eleitoral.

Todos foram denunciados por supostos abuso de poder político e econômico e conduta vedada, na campanha eleitoral de 2022, pelo suposto uso de uma "folha de pagamento secreta", com 27 mil cargos temporários, na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj) e mais 18 mil nomes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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Se a ação for considerada procedente pelo Tribunal Regional Eleitoral fluminense (TRE-RJ), os acusados, além de perderem os seus mandatos, podem ser punidos com inelegibilidade por oito anos e multa.

Na ação de investigação judicial eleitoral, cujo relator será o corregedor eleitoral do TRE, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio (PRE-RJ) apontou a existência das supostas "folhas de pagamento secretas" nas duas instituições, com milhares de contratados sem concurso público. O pretexto para as contratações irregulares era a suposta atuação em projetos, segundo a Procuradoria à revelia da Constituição e de leis como a de Responsabilidade Fiscal. O custeio foi parcialmente bancado com recursos obtidos no leilão da Cedae, estatal de saneamento que teve privatizados a distribuição de água e o tratamento de esgoto.

A PRE-RJ destaca na ação duas frentes do suposto esquema ilegal. Uma foi a utilização abusiva da Ceperj, com desvios em projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos. Outra é o uso abusivo da Uerj, que incluiu projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente. A PRE e órgãos de controle afirmam que projetos como esses, em vários municípios, foram desvirtuados por candidatos beneficiados pelo dispêndio de recursos públicos neste ano eleitoral. Segundo a PRE-RJ, os desvios afetaram a isonomia dos candidatos.

Para os procuradores eleitorais no Estado, há provas obtidas com o TCE, a Uerj, testemunhas e outras fontes para embasara a ação.

"Não restam dúvidas sobre a atuação como cabos eleitorais ou o apoio político obrigatório das pessoas que constavam das listas e recebiam os valores públicos como ‘contraprestação laboral’ dos projetos executados pela Ceperj, funções essas criadas e colocadas à disposição dos interesses políticos", afirmam os procuradores regionais eleitorais Neide Cardoso de Oliveira e Flávio Paixão.

"A sanção de inelegibilidade deve ser aplicada não apenas em virtude da extrema gravidade da conduta dos investigados capaz de comprometer a própria normalidade e legitimidade do processo eleitoral. Não somente tinham prévio conhecimento dos atos ilícitos praticados como participaram efetivamente do cometimento do abuso de poder político e econômico", concluem.

Além de Castro e Pampolha, que responderão à ação no cargo, a PRE-RJ aponta a violação da legislação eleitoral por mais dez políticos. O início da ação não impede que eventuais ilícitos da alçada das Justiças Estadual e Federal sejam julgados pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Defesa

Em nota, a Coligação Rio Unido e Mais Forte, que representa Castro e Pampolha, informou que "vai apresentar os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral, em tempo oportuno, para comprovar a conduta idônea da chapa eleita no pleito ao Governo do Estado". Segundo a mensagem, Castro e Pampolha "estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos a fim de confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral".

O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça a rejeição das contas de campanha do governador reeleito do Rio, Cláudio Castro (PL), por causa do que chamou de "vícios graves e insanáveis". De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Estado, auditores encontraram irregularidades na movimentação financeira da campanha e apontaram que ao menos R$ 3,2 milhões recebidos de fundo público não tiveram a destinação devidamente esclarecida. O MP pede que Castro e seu vice, Thiago Pampolha, sejam condenados a devolver os valores ao Tesouro Nacional.

De acordo com o MP Eleitoral, R$ 720 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) de Castro, que fez campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro, foram gastos sem comprovação dos serviços contratados. Outra suposta irregularidade envolveu o aluguel de veículos por empresas sem capacidade operacional para a realização dos serviços. Neste caso, a devolução pelo uso supostamente irregular do fundo corresponde a mais de dois milhões de reais (R$ 2.240.100,00).

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A PRE cita ainda a contratação de serviços de comunicação, por R$ 4,5 milhões. Na prestação de contas, foi apresentado um reajuste de 52%, levando o gasto para R$ 6,85 milhões, "sem a especificação de motivo para o reajuste", de acordo com a Procuradoria.

"Tais irregularidades são, inequivocamente, suficientes para a rejeição das contas, por representarem vícios graves e insanáveis, referentes à movimentação financeira da campanha e à correspondente prestação de contas de campanha, o que compromete a correta análise das finanças utilizadas na campanha e enseja a desaprovação dessas", afirma a procuradora regional eleitoral Neide Cardoso de Oliveira.

Coligação diz que cumpriu a lei

Segundo a coligação Rio Unido e mais Forte, o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral não se trata do julgamento final sobre a prestação de contas da campanha do governador Cláudio Castro.

"A coligação protocolou, nesta segunda-feira, uma petição para subsidiar a decisão do relator, corrigindo divergências interpretativas relacionadas aos documentos apresentados pela campanha e que compõem o processo. Importante ressaltar que todos os gastos foram feitos com transparência e seguindo as normas vigentes da Legislação Eleitoral."

 Fechado com Jair Bolsonaro desde o ingresso na política, o governador reeleito no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), comentou que não é seguido pelo presidente e por seus filhos nas redes sociais. O líder do Executivo carioca foi eleito em 2018 como vice na chapa com Wilson Witzel e assumiu o cargo após o impeachment do titular. 

Castro disse que foi subestimado em sua trajetória e que ouviu "coisas inacreditáveis" de outros políticos. "Um grande player da política estadual disse que eu não tinha bunda para sentar nessa cadeira", recordou. 

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Quando foi eleito ao Executivo, o governador saiu vitorioso pela resposta do movimento bolsonarista a sua candidatura. Ainda assim, nem o presidente nem seus filhos, e até mesmo os chefes da Câmara, Arthur Lira (PP) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), não o seguem nas redes sociais. "São sinais. Quase nenhum ministro me segue. Acho que vão passar a seguir agora. Algo me diz que vão", exaltou. 

Sobre o "alinhamento total" à campanha de Bolsonaro, Castro enalteceu o suporte do presidente à sua gestão. "Quando eu precisei, Bolsonaro socorreu", apontou. "Quando assumi, corremos o risco de atrasar salário, e ele me ajudou. Depois, quando a população estava passando fome, Bolsonaro deu o Auxílio Emergencial. No regime de recuperação fiscal e na concessão da Cedae, ele também estava lá", disse. 

Líder de um governo suspeito de corrupção, ele apontou que outros casos podem ser descobertos futuramente, mas que vai trabalhar penalizar os infratores: “qualquer um que garanta isso está mentindo. Eu garanto que vou trabalhar muito para punir severamente quem fizer um malfeito". 

O governador ainda atacou a esquerda e citou o líder do Pink Floyd. “A esquerda vive em uma bolha. Quantos votos o Roger Waters tem no Rio? Pois, então, ele gravou um vídeo em inglês me batendo [...] existem problemas, é claro. Mas a vida como ela é não é a que a esquerda enxerga", criticou. 

O candidato do Partido Liberal (PL) ao governo do Rio de Janeiro, e atual governador do Estado, Cláudio Castro, venceu a disputa fluminense no primeiro turno na eleição para governador, obtendo 58,22% dos votos. Em segundo lugar ficou Marcelo Freixo (PSB), com 26,7% da preferência dos eleitores.

Castro era vice do governador Wilson Witzel, que sofreu impeachment em abril do ano passado. Na eleição para o governo do Rio de Janeiro, o atual governador teve apoio do presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, enquanto Freixo foi apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Antes de assumir a vaga de Witzel, o político havia sido vereador pelo Rio de Janeiro em 2016. Durante sua campanha, Castro, advogado e cantor gospel, defendeu o presidente Bolsonaro, mas também fez acenos para o então líder nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula, ao declarar que não via ameaça ao País em uma eventual volta do petista ao poder.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniu nesta quarta-feira, 1º, com o relator da ADPF das favelas no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin. Na saída do encontro, o político fluminense disse a jornalistas que o Estado entregará, em até 60 dias, um novo "plano de redução da letalidade policial", com os ajustes solicitados pela Corte. Mas, quando questionado, Castro não apresentou as medidas que a sua gestão adotará para evitar novas chacinas nos próximos dois meses. Para ele, que é candidato à reeleição, "quem faz chacina é quem mata policial".

"Deixando claro que não há nenhum aspecto de chacina aqui, infelizmente, tem hora que o efeito colateral da operação é esse. A gente não celebra esse tipo de morte, mas polícia está fazendo o trabalho dela", disse o governador. "O que houve foi uma operação em que a polícia entrou às quatro e poucas da manhã e tem um bonde fortemente armado. Eles tentaram fazer chacina com a polícia. Foi o inverso", destacou em outro momento.

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A menos de dois anos no governo fluminense, Cláudio Castro já é o governador responsável pelas duas chacinas com maior número de vítimas na história do Rio de Janeiro. Levantamento feito pelo Estadão, mostra que onze das 23 pessoas mortas na favela da Vila Cruzeiro não respondiam a processos criminais. Segundo o ocupante do Palácio das Laranjeiras, "a polícia cumpriu com o papel dela" e havia três forças diferentes envolvidas na ação. "Achar que eles ficaram no cafezinho antes combinando chacina é no mínimo desrespeitar as forças policiais", afirmou.

Após o encontro, a equipe de comunicação do Supremo informou que Fachin indicou ao governador do Rio sua responsabilidade primordial de definir as metas e as prioridades do plano de redução da letalidade policial. O ministro teria enfatizado ser necessário cumprir as exigências mínimas estabelecidas pelo tribunal durante o julgamento em que ficou definida a vigência da ADPF das favelas; O relator ainda afirmou que a Corte não medirá esforços para atingir soluções concretas.

Na semana passada, Fachin recebeu parlamentares em seu gabinete e foi informado de que ativistas e militantes estariam recebendo ameaças. Hoje, durante a reunião com Castro, o ministro cobrou providências do governo do Rio "para assegurar o direito de promover e lutar pela proteção e realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais". Ele ainda manifestou preocupação com o modo como a gestão estadual tem implementado a instalação de câmeras nos uniformes de policiais, assim como em relação ao sigilo sobre os arquivos das imagens e à disponibilização das gravações a órgãos de controle.

Ao deixar a reunião, Castro disse que, no Rio, a crença é de que "decisão judicial se cumpre e o lugar de discordar dela é dentro do processo". Segundo apurou o Estadão com um assessor imediato de Fachin, o governador ligou para ele na última sexta-feira, 29, para pedir desculpas por declarações recentes de autoridades do estado com críticas à decisão do Supremo que manteve a ADPF. O político repetiu hoje o que disse no telefone sobre o cumprimento das ordens da Justiça.

"A gente tem tido uma relação de muito respeito, tanto com o ministro quanto com a Corte. Essas discussões são muito sensíveis e acalmá-las mais ainda com uma pretensão ou possível briga institucional não ajuda em nada a questão da violência e as soluções que precisam ser tomadas", afirmou. "A questão da segurança pública não é exclusividade estadual. Temos uma questão de fronteira e do judiciário importantíssimos, então ela é uma obrigação e dever de todos. Segurança pública se faz em conjunto e não como ilhas", disse.

O governador minimizou as declarações recentes de integrantes do Supremo, com o presidente da Corte, Luiz Fux, que disse em sessão na semana passada que a Polícia Militar fluminense deve satisfações ao Poder Judiciário. Na ocasião, o decano Gilmar Mendes chamou as mortes durante a operação na Vila Cruzeiro de "violência policial lamentável" e afirmou que a estabilidade financeira do Rio de Janeiro se deve a decisões do tribunal.

Para Castro, as declarações dos ministros são "questão superada" e argumentou que "ninguém deseja uma briga institucional". "O ministro Gilmar é um amigo do rio de Janeiro.Ele estava atentando para a importância que a corte tem tido e para que a gente mantenha o diálogo de forma positiva", afirmou. "Ele quis relembrar o quanto a corte é amiga do rio e nunca tomaria uma decisão para prejudicar o Rio", completou.

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (União Brasil) tenta se lançar pré-candidato ao Executivo fluminense com aval do presidente nacional do partido, Luciano Bivar, que pretende concorrer ao Planalto. A volta de Garotinho ao cenário afastaria seu partido da aliança em torno do governador Cláudio Castro e do palanque local do presidente Jair Bolsonaro, ambos do PL. Apesar das consequências nacionais, o movimento de Garotinho envolve uma questão paroquial: sua insatisfação com Castro por causa de uma disputa por espaço em sua base eleitoral no interior.

A principal condição do clã Garotinho para apoiar a reeleição de Castro era que o governador se afastasse politicamente do secretário de Governo, Rodrigo Bacellar. Trata-se de um político local, deputado estadual em primeiro mandato, com base eleitoral em Campos dos Goytacazes (RJ). Lá, é rival dos Garotinhos.

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A discórdia ganhou contornos de rixa pessoal e se tornou pública nas redes sociais. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (União Brasil), filho do ex-governador, criticou o secretário por ter se reunido com o ex-prefeito Rafael Diniz, derrotado na última eleição para a prefeitura da cidade. Em resposta, Bacellar chamou Wladimir de "filho dos ex-presidiários" - Garotinho e a mulher, Rosinha, foram presos - e atacou a mulher do prefeito, Tassiana Oliveira. Os insultos destruíram as pontes que vinham sendo construídas entre a família e Castro.

Sem nenhum indicativo de que o governador se afastaria do secretário, a família Garotinho focou na busca de apoio direto de Bolsonaro. Diante das dificuldades que encontrou com outras pré-candidaturas, o ex-governador agora tenta se lançar, para pressionar Castro pela ameaça de implosão do seu palanque local. A iniciativa conta com o aval da executiva estadual do União Brasil e será avaliada pela direção nacional. A ideia é que Garotinho dê palanque no Estado para Bivar.

PURO-SANGUE

"Seria palanque puro-sangue, Anthony e Bivar. Para Bivar, é de grande valia, porque ele passa a ter no Rio um palanque que não tinha antes", disse ao Estadão/Broadcast o presidente do União Brasil no Rio, Wagner Carneiro, o Waguinho.

Até então, o União Brasil do Rio apoiaria a reeleição de Bolsonaro. A família Garotinho já se movia em busca de um palanque alternativo, encabeçado pelo ex-governador, quando o partido não havia definido a candidatura de Bivar ao Planalto. A deputada Clarissa Garotinho (União Brasil-RJ) dizia ser defensora da proposta por se queixar da falta de apoio de Castro a Bolsonaro.

O ex-governador precisa, no entanto, resolver problemas com a Justiça para ser candidato, já que foi condenado duas vezes em segunda instância por improbidade administrativa e cooptação de votos. Isso o tornaria inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Garotinho aposta em um recurso pendente no Tribunal Superior Eleitoral para concorrer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador Cláudio Castro (PL), do Rio, esteve nesta quarta-feira, 16, em diversas áreas de Petrópolis que foram atingidas por fortes chuvas. Ele prometeu investimento para tentar tirar moradores de áreas de risco e levá-los para lugares mais seguros, garantindo que as verbas serão do caixa estadual, mesmo que não venha ajuda federal.

"O Governo do Estado vai entrar com o que for necessário. Não será por falta de recursos que deixaremos de fazer as obras necessárias. A prioridade total é para pessoas que estejam em áreas de risco. É duro, mas vamos retirar as pessoas desses locais. Teremos uma postura corajosa para fazer o que for necessário, doa a quem doer", disse.

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Castro disse que até o final da tarde desta quarta-feira a Defesa Civil havia contabilizado 78 mortes. "Foi a pior chuva na região desde 1932. Temos 372 pessoas desabrigadas nas 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos. Mais de 180 moradores estão sendo acolhidos nas escolas e com acesso a psicólogo. Foram 21 pessoas resgatadas com vida, o que nos deixa feliz por termos chegado a tempo", explicou.

O governador aproveitou para elogiar o trabalho dos agentes estaduais e bombeiros. "Não podemos deixar de agradecer a esse espírito solidário que presenciamos aqui. Algumas prefeituras mandaram seus agentes e outras pessoas vieram voluntariamente", disse.

Ele afirmou que houve um grande investimento na região Serrana do Rio, na área de contenção de encostas, nos últimos anos, mas que ainda não é o suficiente. "O que a gente tem de entender é que existe uma dívida histórica e também o caráter excepcional dessa chuva, a maior desde 1932. Existe o déficit e que sirva de lição para a gente agir de forma diferente."

Castro também prometeu mais obras, para minimizar o impacto, e disse que o sistema de vigilância ajudou a alertar os moradores da região, caso contrário a tragédia teria sido ainda pior na opinião dele. "A questão das sirenes funcionou muito bem. A Defesa Civil conseguiu salvar muitas vidas com a manutenção dessas sirenes", comentou.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou nesta quarta-feira (16) que o custo do primeiro auxílio aos moradores de Petrópolis, na Região Serrana, prejudicados pelo temporal dessa terça (15), será bancado pelo governo do estado. Ele disse, no entanto, que está em entendimentos com o governo federal para um aporte de recursos para a reconstrução da cidade. Castro informou que conversou ontem com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e com o presidente Jair Bolsonaro, sobre a situação da cidade e pediu apoio.

“Ontem mesmo falei com o ministro Rogério Marinho e com o presidente Bolsonaro da necessidade de apoio e ajuda. Há uma boa possibilidade deles virem na sexta-feira (18) aqui, e na semana que vem já com o número de projetos [que serão realizados] e a real situação na parte da reconstrução. Essa parte do primeiro auxílio o governo do estado vai fazer, não vou esperar o governo federal, mas na parte da reconstrução é muito importante o apoio e o aporte deles”, disse em coletiva no 15º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) Petrópolis.

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O governador chegou ontem à noite à cidade para acompanhar o trabalho das equipes e verificar a destruição em vários locais do município fortemente atingido pela chuva. “Acompanhei os primeiros trabalhos e a organização do grupo executivo para dividir as tarefas. A essa hora não adianta ter vaidade, não adianta também ter sobreposições de ações. Tem que estar bem organizado, então, ficamos até tarde organizando o trabalho para que as pessoas saibam a quem procurar e saibam o que fazer”, disse.

Solidariedade

Para iniciar a desobstrução das vias que impediam a chegada e o deslocamento  das equipes dos bombeiros do Rio de Janeiro para Petrópolis, o governo do estado contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo o governador, os bombeiros levaram até uma hora impedidos de trafegar na serra para chegar à cidade.

“Hoje já são mais de 400 bombeiros trabalhando aqui. O governo do estado está presente em peso e o maquinário já chegou. As secretarias de Desenvolvimento Social, tanto do estado como do município, já estão cadastrando as pessoas para que a gente possa dar o primeiro atendimento, limpar e fazer a vida da cidade voltar o mais rápido possível. Toda a questão de IML [Instituto Médico Legal, para o reconhecimento das vítimas], ontem a Polícia Civil já subiu para cá. Falei com o presidente do Tribunal de Justiça para que a gente possa agilizar essa questão, infelizmente, das pessoas vitimadas”, disse.

O governador agradeceu a solidariedade de municípios do estado que estão enviando equipes para ajudar no trabalho de recuperação de Petrópolis. “O governo do estado está olhando todas as áreas e outras cidades estão mandando profissionais para cá para que a gente possa entrar em locais onde nem caminhão e nem retroescavadeira entram e precisam de trabalho braçal, trabalho humano. As prefeituras estão mandando gente para cá, realmente, em um grande trabalho de solidariedade de todos os municípios e do governo do estado juntos”, disse.

“É importante que a prefeitura coordene os trabalhos e todos os outros atuem com suporte deles somente em uma questão colaborativa”, disse Cláudio Castro.

Base de apoio

A prefeitura de Petrópolis montou uma base no ginásio da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), no bairro do Bingen, para reunir os equipamentos e caminhões que estão sendo utilizados nas operações na cidade. O prefeito Rubens Bomtempo disse que a intenção é buscar mais agilidade para devolver a normalidade à cidade.

“A cidade perdeu a sua capacidade de mobilidade urbana. Então, a gente precisa muito, nesse momento, das pessoas saírem de casa somente se for necessário, para a gente poder atuar o mais rapidamente possível. Serão dias difíceis que a gente vai ter que enfrentar, e a gente vai ter que fazer esse enfrentamento junto”, apelou o prefeito em um vídeo publicado no seu perfil no Facebook.

Está prevista para hoje, às 13h, uma primeira reunião executiva, para levantar todos os dados concretos dos efeitos do temporal. Depois do encontro deverá haver uma coletiva de imprensa no meio da tarde para divulgação das informações atualizadas de todas as áreas envolvidas nas ações.

“A gente está evitando muito dar dado sem que ele seja concreto e científico, e a ideia é no meio da tarde dar uma coletiva dizendo as reais proporções, mas é muito estrago. São cenas tristes e duras e tem muita coisa para fazer aqui”,disse o prefeito.

O governador estimou em dois dias o prazo de conclusão da limpeza da cidade. “Não chovendo entre hoje e amanhã, no máximo no fim de semana a vida já vai estar voltando ao normal nas áreas mais comuns da cidade, não nas áreas de mais tragédia. Ali vai demorar um pouco e o estado vai ter que entrar muito forte”, disse.

Prevenção

Para evitar novas tragédias, Cláudio Castro disse que o governo do estado está realizando projetos em cidades da Região Serrana, impactadas por grandes ocorrências causadas pela chuva forte. Em Petrópolis, a última grande ocorrência de chuvas foi em 2013. Após assumir o governo do Rio de Janeiro em agosto de 2020, o governador lançou, em outubro, o Comitê das Chuvas, que realizou no ano passado a limpeza de rios em 35 municípios com o investimento de mais de R$ 50 milhões, além da aplicação de mais de R$ 80 milhões em trabalhos de contenção de encostas. “Tanto que no ano de 2021 até essa tragédia agora não se viu impactos. Essa foi realmente uma grande tromba d'água que infelizmente causou isso”, disse.

Conforme o governador, o atendimento às famílias que moram em áreas de risco está sendo feito por meio do Programa Casa da Gente, que prevê a entrega de dez mil unidades por ano para que elas possam deixar os locais. “Neste ano entregaremos 10 mil e a minha orientação é que as primeiras pessoas [a serem atendidas] sejam aquelas de áreas de risco”, disse, acrescentando, no entanto, que isso não será suficiente para atender à demanda. “Não se resolve um problema de décadas em um ano, mas essa já era uma preocupação minha desde o primeiro dia em que me tornei governador”.

 

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