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Três vereadores da Câmara Municipal de Santa Terezinha, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, foram afastados de seus cargos por suspeita de participação em uma organização criminosa que atuava na Casa Legislativa. Os nomes dos políticos não foram divulgados pela Polícia Civil em respeito à Lei de Abuso de Autoridade, mas foi apontado que um dos afastados é o presidente da Câmara, José Martins Neto (Avante), conhecido como "Neguim de Danda", de 46 anos. 

Segundo informações da Civil, esta foi a segunda fase da Operação Conluio, iniciada em junho de 2023. À época, dois vereadores foram presos preventivamente. Na nova investida, realizada na manhã desta quarta-feira (17), foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além do afastamento de cargo público. Os documentos foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de São José do Egito. 

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"No primeiro momento, tivemos a prisão preventiva de dois vereadores e da tesoureira da Câmara, e neste segundo momento, houve o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, o afastamento de três vereadores, incluindo atual presidente da Câmara, e ainda o bloqueio de mais de R$ 2 milhões em ativos que serão usados para ressarcir o erário. O inquérito entra agora em fase de conclusão, onde os documentos coletados serão analisados para que o procedimento possa ser enviado, o mais rápido possível, ao Poder Judiciário", informou o delegado titular do caso, Gregório Ribeiro, da 4ª Delegacia de Combate à Corrupção (4ª DECCOR). 

Ainda de acordo com as investigações, o grupo praticava os crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, duplicata simulada e lavagem de dinheiro. Os valores eram desviados dos contratos licitados pela Casa José Leite de Amorim, a Câmara de Santa Terezinha. Foi identificado superfaturamento das licitações para que as empresas devolvessem parte dos valores recebidos, em contratos de 2019 a 2023. Além disso, servidores comissionados repassavam um percentual do salário aos vereadores, em um esquema de rachadinha. 

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, manteve o afastamento do prefeito e da vice-prefeita do município de Dom Expedito Lopes, localizado a 295 quilômetros ao sul de Teresina, no Piauí. Eles haviam sido cassados pela Justiça Eleitoral do Piauí e condenados por compra de votos nas eleições de 2020.

A reclamação contestava decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) que afastou os acusados dos cargos e determinou a realização de novas eleições. No STF, os condenados contestam o uso de gravações realizadas sem autorização judicial e sem o conhecimento dos participantes para embasar a decisão do tribunal piauiense.

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A decisão de Barroso levou em consideração o fato de ainda caber recursos dos acusados contra a decisão do TRE do Piauí.

As novas eleições no município foram marcadas para 3 de março de 2024. Os mandatos de Valmir Barbosa de Araújo e de Evanil Conrado de Moura Lopes, ambos do Republicanos, eleitos em 2020 aos cargos de prefeito e vice-prefeita de Dom Expedito Lopes, seguem cassados.

Os dois foram acusados pela coligação concorrente nas eleições municipais, que apresentou imagens e sons captados por câmeras de segurança instaladas na residência de três eleitores. Eles alegaram ter recebido R$ 2 mil na noite anterior às eleições e a promessa de instalação de três postes na propriedade deles - pagos com verba municipal - em troca de seus votos.

O juiz da 62ª Zona Eleitoral-Picos, Fabrício Paulo Cysne Novaes, julgou improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, mas a coligação recorreu da decisão ao TRE-PI. O tribunal, por unanimidade, decidiu cassar os mandatos do prefeito e da vice-prefeita, bem como condenar o prefeito ao pagamento de uma multa no valor de R$ 10 mil. Apesar da condenação, ambos não estão inelegíveis.

Valmir foi procurado pelo Estadão, mas não se pronunciou. Evanil não foi localizada. O espaço seguirá aberto para manifestações.

O prefeito de Pirassununga, José Carlos Mantovani (PP), dois secretários municipais e outros dois servidores públicos foram afastados dos cargos na manhã desta segunda-feira, 4, no bojo da Operação Calliphora - investigação sobre supostos desvios em contratos fechados com a cidade do interior paulista.

Agentes da Polícia Militar cumpriram 13 ordens de busca e apreensão em Pirassununga, São José do Rio Preto (SP) e em Pouso Alegre (MG). Além de Mantovani, a Operação mira os secretários Luiz Carlos Montagnero Filho (Governo) e Marcos Alecsandro de Oliveira Moraes (Agricultura), além do superintendente do Departamento de Águas e Esgoto de Pirassununga, Jeferson Ricardo do Couto, além de uma pregoeira do setor de licitações.

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Chefiada pela Procuradoria-Geral de Justiça com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo, a ofensiva apura possíveis crimes de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

O inquérito foi abastecido com provas documentais, interceptações das comunicações telefônicas e telemáticas, além de dados e informações de fontes abertas.

De acordo com a Promotoria, uma ‘empresa privada de limpeza pública teria subornado agentes públicos da cidade, incluindo prefeito e secretários municipais, para ser favorecida em contratos de coleta de lixo, varrição e roçagem, recebendo recursos públicos em desconformidade com os serviços prestados’.

Ainda de acordo com os investigadores, os repasses de dinheiro desviado teria ocorrido através de ‘triangulação financeira’, ‘com envolvimento de terceirizados da empresa e contas bancárias de parentes ou pessoas indicadas pelos agentes públicos’.

COM A PALAVRA, OS ALVOS DA OPERAÇÃO

A reportagem busca contato com os investigados e a prefeitura. O espaço está aberto para manifestações.

A juíza substituta Kismara Brustolin, do Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região (TRT-12), de Santa Catarina, que gritou com uma testemunha que não a chamou de "Excelência" durante depoimento na Vara de Trabalho de Xanxerê, pediu afastamento para tratamento de saúde por transtorno bipolar. O pedido foi concedido e é válido por 15 dias, segundo o tribunal.

Antes, o TRT-12 já havia informado que apura os fatos envolvendo a juíza e que ela ficaria afastada até o fim do procedimento interno. "A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico", informou o tribunal.

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Kismara Brustolin será alvo de uma investigação interna e de outra, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para apurar irregularidades na sua conduta.

De acordo com o jornal O Globo, não é a primeira vez que a magistrada é afastada dos serviços no tribunal por questões médicas. A publicação diz que a juíza vem de uma série de afastamentos para tratamento de saúde. De 2014 a 2021, segundo o jornal, Brustolin apresentou atestados frequentes, de 30 dias cada um, em média, por doença de transtorno bipolar. Foram, em média, três atestados de 30 dias por ano, durante oito anos. Desde janeiro de 2022, porém, havia o diagnóstico de estabilização da doença.

A investigação sobre Kismara Brustolin foi aberta após viralizar nas redes sociais a gravação na qual a magistrada grita com um homem, que prestava depoimento como testemunha. Irritada, a juíza desconsidera o depoimento.

Kismara Brustolin, juíza que gritou com testemunha em SC, ganha R$ 33 mil por mês

Juíza que gritou com testemunha recebeu R$ 297 mil em salários e penduricalhos neste ano

Vídeo da audiência mostra a juíza exaltada. Ela exige da testemunha tratamento reverencial. "Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: 'O que a senhora deseja, Excelência?' Responda, por favor."

O homem demonstra não ter entendido o que aconteceu. Em seguida, a magistrada adverte: "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado", avisa. Ela o chama de 'bocudo'.

Em seguida, Kismara Brustolin determina que a testemunha seja removida da audiência virtual. Ela afirma ao advogado: "Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito. Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação."

O Estadão também pediu um posicionamento da magistrada via assessoria de imprensa do TRT, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli (PP), e outros doze investigados por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Segundo a PGR, os crimes tiveram início em 2019 e teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos.

Alvo principal da Operação Ptolomeu, da Polícia Federal, Gladson Cameli nega enfaticamente ligação com esquema de corrupção e fraudes.

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Além da condenação de forma proporcional à 'participação individual no esquema criminoso', o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos pediu ao Superior Tribunal de Justiça o afastamento do governador até o fim da instrução criminal. Somadas, as penas pelos crimes podem ultrapassar 40 anos de reclusão.

A Procuradoria pede ao STJ que o governador seja processado por dispensa indevida de licitação, peculato praticado 31 vezes, corrupção passiva, lavagem de dinheiro em 46 vezes e organização criminosa.

A Procuradoria requereu ainda a perda da função pública de todos os que se enquadram na situação, incluindo o governador, além do pagamento de indenização mínima e R$ 11.785.020,31, conforme previsão do Código de Processo Penal.

A PGR pediu afastamento cautelar de Cameli e de outros agentes públicos, diante da gravidade dos fatos e da necessidade de resguardar a instrução processual e as demais frentes investigativas',

A Procuradoria pede também que Cameli fique proibido de 'se aproximar da sede do governo estadual' e que seja decretado bloqueio cautelar de bens de todos denunciados de forma solidária até o valor de R$ 12 milhões, 'para assegurar a reparação ao erário em caso de futuras condenações'. Os pedidos serão analisados pela relatora do caso no STJ, ministra Nancy Andrighi.

A denúncia foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça, que é o foro para processamento de autoridades como governadores, e está restrita a um dos fatos apurados na Operação Ptolomeu - irregularidades envolvendo a contratação fraudulenta da empresa Murano Construções LTDA, que teria recebido R$ 18 milhões dos cofres públicos para obras de engenharia viária e de edificação.

Além do governador, a Procuradoria acusa a mulher de Cameli, dois irmãos dele, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como 'laranjas' no suposto esquema.

De acordo com as investigações, a empresa Murano Construções e empresas subcontratadas - uma das quais tem como sócio Gledson Cameli, irmão do governador - teriam pagado propina ao governador em valores que superam os R$ 6,1 milhões, por meio do repasse de parcelas de um apartamento em bairro nobre de São Paulo e de um carro de luxo.

Segundo a PGR, embora a denúncia mire apenas crimes que teriam sido praticados no âmbito do contrato firmado pelo governo estadual do Acre com a Murano, 'há provas de que o esquema se manteve mesmo após o encerramento da contratação'.

"Foram identificados oito contratos com ilegalidades, e a estimativa é que os prejuízos aos cofres públicos alcancem quase R$ 150 milhões", afirma a PGR.

A denúncia que imputa crimes ao governador do Acre preenche quase duzentas páginas. A Procuradoria revela 'amplo material probatório dos crimes praticados e que tiveram como ponto de partida a fraude licitatória'.

A fraude, segundo a PGR, consistiu na adesão da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do Estado do Acre a uma ata de registro de preços vencida pela Murano. Sediada em Brasília, a empresa nunca havia prestado serviços no Acre.

O objeto da licitação feita pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (campus Ceres /GO) era a prestação de 'serviços comuns de engenharia referentes à manutenção predial'. Já no Acre, a empresa foi responsável pela execução de grandes obras rodoviárias, tarefas executadas, conforme a denúncia, por companhias subcontratadas, uma delas a Rio Negro Construções, que tem como sócio Gledson Cameli.

A denúncia destaca que a adesão à ata de registro de preços foi feita em maio de 2019 pelo secretário de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, Thiago Rodrigues Gonçalves Caetano, um dos acusados.

Uma semana depois, o governo estadual, por meio da secretaria, assinou contrato com a vencedora do certame licitatório efetivado por meio de pregão eletrônico. Os investigadores descobriram que, no dia seguinte à contratação, a Murano firmou com a Rio Negro uma Sociedade em Conta de Participação.

Para o subprocurador Carlos Federico Santos, 'o modelo de sociedade foi escolhido por permitir que o sócio, no caso, o irmão do governador, que por lei não pode contratar com o poder público, permanecesse oculto'.

As informações reunidas ao longo da investigação comprovaram que 64,4% do total pago pelo estado à Murano decorreu da suposta execução de obras viárias, sobretudo manutenção e construção de rodovias e estradas vicinais, serviços diversos do previsto no contrato.

"Aproximadamente dois terços do valor pago correspondem a objeto totalmente estranho ao contratado, em claro desvirtuamento do princípio da isonomia", relata a denúncia.

Para os investigadores, 'a burla à licitação está amplamente configurada, uma vez que o objeto real das obras, a construção de rodovias, deveria ter sido tratado em processo licitatório específico'.

Ainda de acordo com a PGR, também chamou a atenção o fato de a empresa Murano não ter nenhuma estrutura empresarial no Acre.

A Controladoria-Geral da União indicou ter havido 'subcontratação integral do objeto do contrato, o que configura fuga ao procedimento licitatório e fere o princípio da igualdade, bem como afronta o artigo 37, XXI, da Constituição Federal'.

A descoberta de que essa subcontratação se deu em favor de uma empresa do irmão do governador revela, na avaliação dos investigadores, 'a utilização de expediente ilegal para encobrir o real destinatário dos recursos, o chefe do Executivo, apontado como o líder da organização criminosa'.

Sobrepreço

A denúncia reproduz análises técnicas segundo as quais teria havido um sobrepreço de R$ 8,8 milhões, além de um superfaturamento de R$ 2,9 milhões nos serviços contratados pelo Estado do Acre com a Murano.

Nos dois casos, a CGU confirmou irregularidades como o pagamento por insumos e serviços que não foram efetivamente fornecidos. Isso foi possível, segundo a denúncia, a partir de fraudes nas medições e termos de ateste assinados por servidores que integravam o esquema.

A denúncia detalha como essas irregularidades foram efetivadas e aponta os responsáveis pelos atos. Um exemplo é o registro do aluguel de 900 andaimes e de 6.840 montagens e desmontagens das estruturas a custo de R$ 116 mil para pintura do estádio Arena Acre.

"Contrastando com os registros documentais atestados e que serviram de base para os pagamentos, os registros fotográficos identificaram não mais do que 20 andaimes pelo local, além de constatar que o serviço foi feito por meio da técnica do uso de cordas para manter os trabalhadores suspensos", diz a denúncia.

As provas reunidas na investigação levaram à conclusão de que, do total de recursos retirados dos cofres públicos, apenas 35% foram destinados ao pagamento por serviços prestados pelas empresas subcontratadas.

Segundo a denúncia, a maior parte (65%) seria relativa ao superfaturamento e sobrepreço, tendo como destino o repasse ao governador, ao irmão e a outros envolvidos.

Para Carlos Frederico, o peculato 'está devidamente comprovado, bem como o dolo e a má fé dos acusados'.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE GLADSON CAMELI

Esse pedido de afastamento é arbitrário e absurdo. Não há nenhum fato novo que justifique esse pedido de afastamento. Ele decorre de um outro pedido que já tinha sido indeferido pelo Superior Tribunal de Justiça. É além de tudo, ele foi feito na vagância do cargo de procurador-geral da República.

Essa investigação é toda ilegal. Ela decorre de uma devassa realizada pela Polícia Federal de Cruzeiro do Sul, sem que tivesse competência para investigar o governador Gladson Cameli. Para se ter uma ideia, quebraram o sigilo de uma criança de apenas sete anos de idade, o filho do governador.

É não há nenhuma ilegalidade atribuível ao governador Gladson Cameli. As obras foram todas executadas e entregues ao povo do Acre, que reelegeu Gladson Cameli no primeiro turno. Esse pedido de afastamento é uma afronta ao mandato conferido pelo povo do Acre.

O governador Gladson Cameli confia no Poder Judiciário, Superior Tribunal de Justiça e fará sua defesa e tem a convicção que esse pedido ao final será indeferido.

Pedro Ivo, advogado do governador Gladson Cameli

Gabriela Morais, mais conhecida como Gabriela Pugliesi, concedeu uma entrevista para o De Frente com a Blogueirinha na última segunda-feira (23). Durante a conversa, a influenciadora falou sobre a amizade com Mari Gonzalez, de quem era bem próxima durante seu casamento com Erasmo Viana.

"As amizades às vezes mudam de acordo com sua fase de vida. É natural, não é porque aconteceu alguma coisa ou teve briga. São ciclos que se encerram, e as pessoas têm que normalizar isso. Éramos grudadas, mas a gente não brigou. Foi da vida mesmo. Adoro ela, e tenho certeza de que ela tem um carinho por mim", começa Gabriela.

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Segundo a influenciadora, as duas estão afastadas desde 2021.

"A gente não se fala faz tempo. Falei com ela quando estava grávida do Lion, tem 11 meses. Não tem muito o que falar mais. A gente teve uma fase em que era super amiga, grudada, e agora não é mais. Não foi porque eu virei mãe, foi antes, logo que eu terminei. Os amigos eram dele. Enquanto estava com ele, foram meus, e depois não mais", emendou.

Apesar do afastamento, Gabriela reforçou que está tranquila com a situação: "Está tudo bem. Quem estiver que ficar na vida, fica. Quem tem que ir embora, vai. Eu não sofro com essas coisas, não. Faz parte do jogo".

A Ford e a General Motors afastaram temporariamente cerca de mais 500 trabalhadores de suas funções em consequência da greve em curso nos três maiores fabricantes de automóveis do país, informaram as duas empresas.

As duas companhias enviaram para casa empregados que ficaram sem ter como trabalhar em virtude da paralisação decidida pelo sindicato United Auto Workers (UAW) há mais de 15 dias em várias fábricas de montagem por demandas salariais, informaram Ford e GM na segunda à noite.

O UAW iniciou uma greve em 15 de setembro em fábricas da GM, Ford e Stellantis, os "três grandes" de Detroit, com algumas fábricas paralisadas, embora a maioria dos membros sindicalizados da organização continue suas atividades.

Na sexta-feira, a UAW estendeu o movimento pela segunda vez, ordenando paralisações adicionais de trabalho em fábricas da GM e Ford, mas deixando de lado a Stellantis devido a avanços nas negociações.

A GM afirmou que a greve do UAW em Wentzville, Missouri e Lansing, no Michigan, "continua tendo efeitos dominó negativos".

A montadora está enviando para casa 130 trabalhadores em Parma, Ohio, e 34 em Marion, Indiana, que "não têm trabalho para fazer", disse um porta-voz da companhia em um e-mail.

A Ford, por sua vez, pediu a 330 empregados em Chicago, Illinois e Lima, em Ohio, que não fossem trabalhar.

"Nosso sistema de produção está altamente interconectado" e isso explica que algumas fábricas se vejam indiretamente afetadas pela greve, explicou a Ford em uma declaração na segunda-feira.

As três empresas já haviam enviado para casa cerca de 3.000 trabalhadores que não conseguem realizar suas funções por causa da greve. Agora, o número total vai a 3.500 pessoas.

O movimento de greve supera os 25.000 trabalhadores convocados pelo UAW.

O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional do Judiciário, decidiu transferir o processo administrativo sobre o juiz Eduardo Appio, que tramitava no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele manteve o afastamento do magistrado.

O processo disciplinar no TRF4 estava suspenso por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou oficiar a Corregedoria do CNJ para a adoção de 'medidas cabíveis'.

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Salomão decidiu puxar a investigação administrativa para o próprio gabinete. Ele argumentou que, além da decisão de Toffoli, a correição extraordinária feita recentemente pelo CNJ do TRF4 também justifica a transferência.

A auditoria apontou indícios de irregularidades na homologação e no controle dos acordos de colaboração e de leniência fechados na Lava Jato. O documento cita uma 'gestão caótica' das multas, levanta suspeitas sobre a destinação dos valores negociados com delatores e empresas e aumenta a pressão sobre desembargadores e magistrados da Justiça Federal no Paraná. A Polícia Federal entrou no caso e vai investigar o fluxo financeiro da operação.

O corregedor defendeu que o processo administrativo contra Eduardo Appio tem relação com outros procedimentos disciplinares em curso no CNJ, que atingem magistrados ligados à Operação Lava Jato, como os desembargadores Carlos Thompson Flores, Marcelo Malucelli e Loraci Flores e a juíza Gabriela Hardt. Todos foram ouvidos na correição feita pelo Conselho Nacional de Justiça.

"Tais constatações iniciais (da auditoria no TRF4) - somadas às diversas alegações de parcialidade (por variados motivos) que recaem sobre vários juízes e desembargadores envolvidos nos julgamentos de casos da denominada Operação Lava Jato - permitem concluir que há conexão", escreveu.

A decisão representa uma vitória parcial do juiz. Embora continue afastado, Eduardo Appio, crítico declarado dos métodos da Lava Jato, questionava a imparcialidade do TRF4 para investigá-lo.

O magistrado do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Marlos Melek, foi afastado de suas funções eleitorais por ter supostamente participado de um evento político em 2022, na cidade de Nanuque (MG). A decisão unânime do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi proferida nesta terça-feira (19).

De acordo com o relator e corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, o ato político realizado nas dependências de uma empresa sediada em Serra dos Aimorés, também em Minas Gerais, havia sido objeto de denúncia por suspeita de assédio eleitoral. 

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Para Salomão, há indícios de que a atuação do magistrado foi desviada das finalidades próprias da magistratura, o que justifica a abertura de um processo administrativo disciplinar para investigar o caso.

O ministro destaca ainda que a participação do juiz eleitoral em situação que, numa análise preliminar, evidencia suposto apoio público a candidato ou partido pode fomentar desconfiança social na Justiça e questionamentos quanto à transparência do processo eleitoral. “Cuidar de uma zona eleitoral do interior do país inspira mais cautela do juiz”, afirmou. 

O corregedor nacional ponderou que, em cidades de pequeno porte, amplia-se a responsabilidade das autoridades judiciais, uma vez que suas atuações são bastantes notórias.

“Some-se a isso o fato de que o evento ocorreu entre o primeiro e segundo turnos das eleições presidenciais de 2022, como o próprio afirmou na ocasião. O fato de o magistrado ser de vara única torna tudo ainda mais complicado”, concluiu.

O Pedido de Providências 0000020-53.2022.2.00.0613, julgado durante a 14ª Sessão Ordinária de 2023 do CNJ, foi autuado a partir de denúncia do Ministério Público do Trabalho de Teófilo Otoni (MG). 

*Da Agência CNJ de Notícias

O empate entre Corinthians e Grêmio por 4 a 4 nesta segunda-feira, em partida atrasada da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com um lance polêmico de arbitragem. Já nos acréscimos da segunda etapa, Ferreira cruzou a bola na grande área, que bateu no braço de Yuri Alberto, atacante corintiano. Ele tentava bloquear o lance e conseguiu. A CBF entende que houve um erro da arbitragem no lance em questão. E, segundo apurou o Estadão, os árbitros serão afastados, em procedimento já comum na entidade, entre eles Wilton Pereira Sampaio (GO-Fifa), que apitou jogos da Copa do Mundo do Catar.

O árbitro do jogo não marcou nada na jogada. A partida chegou a ser paralisada para a análise do árbitro de vídeo (VAR), comandado por Emerson Ferreira de Almeida Ferreira, que acompanhou a decisão e não chamou o companheiro para a revisão na cabine do VAR. Ambos ficarão um tempo, ainda não determinado, sem apitar jogos do primeiro escalão do futebol brasileiro.

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Emerson Ferreira já havia sido afastado em 2022, após clássico entre Palmeiras e São Paulo, na Copa do Brasil. Na ocasião, à frente da cabine do VAR, ele não checou um impedimento na origem do lance do gol do time tricolor, na derrota por 2 a 1, mas que levou a decisão para os pênaltis. Jonathan Calleri, em posição irregular, foi derrubado por Gustavo Gómez. Emerson chamou o árbitro de campo para a revisão, sem checar a posição do atacante argentino na jogada.

"O árbitro assistente de vídeo deveria ter observado os melhores ângulos disponíveis. Em lances ajustados, a linha virtual deve ser utilizada para a confirmação da decisão de campo", disse a CBF à época admitindo o erro de Emerson de Almeida Ferreira. Na ocasião, o São Paulo avançou às quartas de final.

Desde que Wilson Seneme, chefe da comissão de arbitragem da CBF, assumiu o cargo, a entidade passou a preservar a figura de seus profissionais. Por isso, a análise da atuação do árbitro de vídeo nesta terça-feira, focou em reconhecer e assumir o erro no lance de Yuri Alberto.

Segundo a entidade, que acompanha os critérios definidos pela International Football Board Association (Ifab), que define e regulamenta as regras do jogo, Yuri Alberto tem um movimento antinatural ao executar a jogada de bloqueio no cruzamento de Ferreira - fato que caracteriza, por si só, o pênalti.

Além disso, na revisão do lance pela cabine do VAR, foi buscado a possibilidade de a bola resvalar no pé de Fagner, lateral-direito corintiano, antes de chegar ao braço de Yuri Alberto. Nos ângulos utilizado, é possível determinar que não houve este contato sugerido. Caso fosse detectado, o pênalti não deveria ser marcado e caracterizaria um acerto da arbitragem.

"O jogador (Yuri Alberto) mesmo 'tando' com a mão nessa posição, está natural para essa disputa da bola e não 'tá' com a intenção de bloquear", afirma Emerson, comandante do árbitro de vídeo na partida, no áudio divulgado pela CBF nesta terça-feira. "Você não acha que ele está com o braço muito aberto", argumenta o assistente do VAR. "Está, mas para mim não tem intenção de bloquear, mas, sim, de disputar a bola. Ele está recolhendo o braço", responde Emerson.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, terá que se afastar da presidência do PSDB, que exercia desde fevereiro, por decisão da Justiça. A juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, determinou ainda a anulação de todas as decisões tomadas por ele desde o dia seis de julho de 2022, quando ele prorrogou o próprio mandato de forma considerada irregular. Procurada, a sigla afirmou que vai aguardar a notificação para recorrer da decisão.

Com isso, a atual Comissão Executiva, que havia sido formada em fevereiro deste ano, será dissolvida. Os outros dois governadores tucanos, Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, exerciam cargos de vice-presidentes no colegiado e também terão de deixar seus postos. Leite terá 30 dias para convocar uma convenção para eleger uma nova Executiva.

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Autor da ação, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, alegou que Eduardo Leite deveria ter deixado o posto no dia 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu.

Ao defender-se na ação, o comando do PSDB argumentou que a decisaõ que prorrogou do atual órgão executivo se deu por unanimidade e que o próprio Orlando Morando anuiu com a votação e foi beneficiado com a prorrogação de mandato. A Justiça, porém, rechaçou o argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite ficaria como presidente do PSDB até novembro, não fosse a decisão desta segunda-feira, 11.

O Exército informou neste domingo, 9, que, atendendo à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, vai afastar o tenente-coronel Mauro Cid de suas funções. A instituição diz que o ex-ajudante de ordens da Presidência vai ficar agregado ao Departamento-Geral do Pessoal sem ocupar cargo.

Mauro Cid deixou o Batalhão do Exército em Brasília na tarde deste sábado, 9, após quatro meses após ser preso na Operação Verine - investigação sobre suposto peculato eletrônico com a inserção de dados falsos nos sistemas do SUS para a emissão de carteiras de vacinação fraudadas em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras pessoas.

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A soltura foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, que, também neste sábado, 9, homologou a delação premiada de Mauro Cid, que pode levar os investigadores a sanarem lacunas e avançarem nas apurações mais sensíveis que miram o ex-presidente Bolsonaro.

Como mostrou o Estadão, o ex-ajudante de ordens é peça-central nos inquéritos que se debruçam sobre os ataques às urnas eletrônicas, os atos golpistas, as fraudes no cartão de vacinação do ex-chefe do Executivo e o suposto esquema de venda de joias e presentes entregues a Bolsonaro.

Cid deixou o cárcere, mas tem que cumprir uma série de medidas ordenadas por Moraes. No rol de restrições impostas ao tenente-coronel está seu afastamento do Exército. O militar está usando tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o País e teve seu passaporte cancelado. Também não pode se comunicar com outros investigados, usar as redes sociais.

Terá de se apresentar todas as segundas-feiras ao juízo de execuções de Brasília, a começar do próximo dia 11. Está proibido de deixar a capital federal, devendo ficar em recolhimento domiciliar durante as noites e os fins de semana. Também teve suspensos eventuais porte de armas e registro de CAC.

A liberação atende a um pedido da defesa de Cid. A avaliação do ministro Alexandre de Moraes foi a de que a manutenção da prisão já não seria mais 'adequada e proporcional', considerando, especialmente, que o tenente-coronel já depôs diversas vezes à Polícia Federal. O magistrado destacou especialmente três oitivas do ex-ajudante de ordens - dos dias 25 e 28 de agosto e do dia 1º de setembro. Segundo Moraes, os depoimentos esclareceram as provas obtidas anteriormente pela Polícia Federal.

O Manchester United divulgou uma nota oficial, neste domingo (10), informando que o atacante Antony irá ficar afastado dos treinamentos da equipe enquanto responde às acusações de agressão. A decisão foi tomada em comum acordo com o atleta de 23 anos, acusado de violência doméstica e ameaça pela ex-namorada, a DJ e influenciadora digital Gabriela Cavallin, de 22 anos. O atleta alega inocência.

"Os jogadores que não participaram de partidas com suas seleções voltam aos treinos na segunda-feira. No entanto, foi acordado com Antony que ele adiará o seu regresso até novo aviso, a fim de responder às acusações. Como clube, condenamos atos de violência e abuso. Reconhecemos a importância de salvaguardar todos os envolvidos nesta situação e reconhecemos o impacto que estas alegações têm sobre os sobreviventes de abusos", divulgou o Manchester United.

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Antony havia sido convocado por Fernando Diniz para as partidas da seleção brasileira contra Bolívia e Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, mas foi desconvocado após o caso ganhar repercussão. O jogador também divulgou uma nota oficial sobre o seu afastamento do time inglês em sua conta oficial no Instagram.

"Concordei com o United em tirar um período de ausência enquanto abordo as acusações feitas contra mim. Esta foi uma decisão mútua para evitar distrações aos meus companheiros de equipe e controvérsia desnecessária para o clube. Quero reiterar a minha inocência das coisas de que fui acusado, cooperarei plenamente com a polícia. Vou trabalhar para voltar a jogar o mais rápido possível", publicou.

Gabriela Cavallin registrou um boletim de ocorrência contra Antony em junho deste ano na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, no Tatuapé, em São Paulo. Na época, a DJ pediu uma medida protetiva contra o ex-namorado. Segundo o B.O, Antony teria jogado água, chutado, puxado o cabelo e dado uma cabeçada na ex-namorada, além de segurá-la pelos braços e jogá-la na cama.

Há cerca de duas semanas, Gabriela procurou a polícia de Manchester, na Inglaterra, e apresentou uma nova denúncia contra Antony. No inquérito, a DJ expõe imagens do que seria a última agressão cometida pelo jogador, que teria deixado a influenciadora com uma lesão na mão direita, com os ossos dos dedos expostos. Ao site Uol, ela contou que foi ameaçada pelo jogador enquanto estava grávida do próprio atleta.

Antony concedeu entrevista sobre o tema pela primeira vez nesta sexta-feira ao programa Fofocalizando, do SBT. Ele comentou sobre as acusações da ex-namorada e os novos casos. "Tenho 100% de certeza de que nunca encostei em nenhuma mulher. Nunca agredi e nunca vou agredir. Tenho mãe e tenho irmã e violência contra mulher é uma coisa que não é certa. Tem de pagar com justiça", disse o jogador.

Em nota, a defesa do jogador admite um "relacionamento conturbado" entre Antony e Gabriela. O comunicado menciona "desentendimentos, discussões, ofensas verbais mútuas, sempre movidas pela emoção", mas nega agressões físicas. O texto é assinado pelos advogados Elaine Angel, Maurício de Carvalho Araújo e Theo Dias.

NOVOS CASOS

Outras duas mulheres também acusam Antony de agressão. O primeiro caso teria acontecido em maio de 2022, em São Paulo, enquanto o outro teria sido na Inglaterra, em outubro. A bancária Ingrid Lana relatou que foi para o país europeu a convite do próprio jogador para conversar sobre negócios particulares. "Ele tentou ter relação comigo e eu não quis. Ele me empurrou contra a parede, e eu bati a cabeça", disse ela à Record TV. Nenhum Boletim de Ocorrência referente ao caso foi registrado.

O outro caso é o da estudante de direito Rayssa de Freitas. Ela registrou B.O. após um desentendimento com o jogador depois de uma festa também em São Paulo. No documento, Rayssa informa que foi a uma casa noturna paulista e saiu de lá no carro de Antony. O automóvel era dirigido por ele. Ao lado, no carona, estava Mallu Ohana, ex-mulher de Dudu, atacante do Palmeiras. Antony saía com Mallu. Ainda no veículo havia o cabeleireiro de Antony, conhecido como Rafa Cortês. Rayssa relata ter sido agredida por Mallu, inicialmente, e depois por Antony. A vítima contou ter fugido do veículo, que partiu em alta velocidade. Na delegacia foram constatados os ferimentos em Rayssa. Também foi pedido um exame de corpo de delito ao IML.

Sobre o caso de Ingrid, a defesa do jogador prepara uma resposta oficial, mas nega o envolvimento e argumenta que a acusação "não preocupa". Já sobre o caso de Rayssa, o Boletim de Ocorrência não teve prosseguimento judicial porque a vítima retirou a representação.

Após Jair Renan Bolsonaro se tornar investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, afirmou a aliados que quer se distanciar "o máximo possível" das investigações contra o filho "04" de Jair Bolsonaro (PL). A informação é da colunista Andréia Sadi. 

Aos 25 anos, Renan tem salário mensal de R$ 9,5 mil pela atividade de assessor parlamentar em Santa Catarina. Ele integra o gabinete do senador Jorge Seif, que é do PL e também foi secretário de Pesca no Governo Bolsonaro. No entanto, a direção do partido não vê vantagem em comprar a briga pela defesa da imagem de Jair Renan. O 04 não possui mandato e nem teria potencial eleitoral que justifique o envolvimento da legenda. 

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Entre os filhos de Jair Bolsonaro, ele é o de menor protagonismo político e o mais afastado do interesse no Legislativo, diferente de Flávio, Eduardo e Carlos. É a segunda vez que Renan é investigado; antes suspeito de tráfico de influência, ele não foi defendido nem pelo pai. Tal investigação foi arquivada.

"O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém [aqui] conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui. Tem a vida dele, não sei se está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja", declarou Jair, o pai, à época. 

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Um adolescente de 17 anos e uma menina de 5 morreram baleados na manhã de ontem, após ações da Polícia Militar na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. Moradores afirmam que os dois casos tiveram ação direta dos agentes, mas, segundo a corporação, não houve operação onde a criança morreu - ela foi atingida dentro de casa, na Comunidade do Dendê. O comandante do batalhão responsável pela região foi afastado.

Os casos ocorrem menos de uma semana após um garoto de 13 anos ser morto, também numa ação policial, na Cidade de Deus, zona oeste da capital fluminense. Levantamento da ONG Rio da Paz aponta que subiram para 101 os casos de crianças e adolescentes, de até 14 anos, mortos por arma de fogo desde 2007.

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A Secretaria de Estado de Polícia Militar afirma que, nos casos deste sábado, uma equipe do 17° Batalhão de Polícia Militar (Ilha do Governador) tentou abordar dois homens numa motocicleta, na Rua Paranapuã. Segundo os PMs que atuaram na ação, o jovem de 17 anos, que estava na garupa, disparou contra a equipe, que revidou. O suspeito foi ferido e levado por bombeiros ao Hospital Municipal Evandro Freire, mas não resistiu. O piloto da moto foi levado à 37ª DP para ser ouvido.

Logo após o ocorrido, um grupo de manifestantes ateou fogo em um ônibus na Rua Paranapuã. Segundo eles, o jovem morto pelos policiais não teria resistido à abordagem. Diante do protesto, o Batalhão de Rondas e Controle de Multidão (Recom) foi acionado em apoio, além do Corpo de Bombeiros para conter as chamas.

Foi neste momento que a menina teria sido atingida por uma bala perdida dentro da casa onde morava, na Comunidade do Dendê. A Secretaria de Polícia Militar afirma que o comando do 17° BPM foi informado sobre o caso, mas disse que não havia operação policial no interior da comunidade.

‘ESTAVA BRINCANDO’

"Ontem, foi aniversário da irmã dela. Ela estava feliz, brincando, disse Roseli Passos, prima da vítima, à ONG Voz das Comunidades. "Infelizmente, hoje de manhã ela acorda para brincar e, brincando, em cima da cama, leva um tiro de fuzil.

"O comando da unidade instaurou um procedimento apuratório para averiguar a conjuntura das ações e a corregedoria da corporação acompanha os trâmites. As imagens das câmeras corporais dos policiais serão disponibilizadas para auxiliar nas investigações, disse a secretaria. A pasta afirmou ainda que o comandante do 17° Batalhão de PM foi afastado da administração da unidade para "dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos.

Em nota, a Polícia Civil disse que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga as mortes da criança e do adolescente. "Os agentes estão em diligências em busca de testemunhas e outras informações, afirmou.

Os desembargadores da Corte Especial Administrativa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, decidiram, por unanimidade, abrir um processo administrativo disciplinar sobre a conduta do juiz Eduardo Appio, afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, base da Operação Lava Jato. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 24. O colegiado ainda manteve, por 15 votos a dois, Eduardo Appio afastado da Justiça Federal paranaense.

O afastamento cautelar do magistrado que havia assumido os restos da Lava Jato - dizimada desde a extinção da força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba - foi decretado no dia 22 de maio, no bojo de uma investigação sobre a conduta do juiz que é desafeto do senador Sérgio Moro e do deputado cassado Deltan Dallagnol - artífices da Operação.

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Appio é alvo de apuração por suposto envolvimento com 'ameaças' narradas pelo advogado João Malucelli - filho do desembargador Marcelo Malucelli, ex-relator da Lava Jato no TRF-4, e genro do senador, que comandou a operação enquanto juiz federal da 13.ª Vara Criminal.

Desde que assumiu o juízo base da Operação, Appio tomou uma série de medidas que inquietam a antiga força-tarefa, como o resgate do capítulo Tacla Duran, ex-operador financeiro da Odebrecht que acusa Moro e Deltan. Algumas decisões de Appio provocaram confrontos diretos com os antigos operadores da Lava Jato.

A 'ameaça' atribuída a Appio teria sido feita por ligação telefônica. Ele teria se identificado como 'Fernando Pinheiro Gonçalves, servidor da área de saúde da Justiça Federal do Paraná'. Na chamada, ele questionou o filho do desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região: "O senhor tem certeza que não tem aprontado nada?".

Appio recorreu ao Conselho Nacional de Justiça na busca por sua reintegração, mas acabou frustrado. O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional da Justiça, manteve o afastamento ressaltando que a conduta do magistrado 'aparenta configurar possível ameaça a desembargador' do TRF-4.

A defesa alegava justamente que o alijamento e Appio das funções de magistrado foi decretado sem a instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar, o que agora ocorreu com a decisão da Corte Administrativa do Tribunal da Lava Jato.

Os entreveros na base da Operação levaram o Conselho Nacional de Justiça a fazer uma correição extraordinária, tanto na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba como nos gabinetes dos desembargadores da 8ª Turma Criminal do TRF-4.

Ao determinar a verificação, Salomão citou a existência de diversas reclamações disciplinares em face dos juízes e desembargadores que atuam nesses setores.

Outro órgão do sistema de Justiça - o Conselho Nacional do Ministério Público - também quis investigar a ação da extinta força-tarefa da Lava Jato.

A Arquidiocese de Campinas, no interior de São Paulo, afastou o padre Silvio Sade Tesche da função sacerdotal após denúncias de ofensas racistas. Ele era vigário paroquial da Basílica Nossa Senhora do Carmo, uma das igrejas mais importantes da arquidiocese. O padre é acusado de ter chamado uma bancária de "neguinha" e "mula", e um manobrista de "macaco". A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público. A defesa do sacerdote nega o teor da acusação.

Os casos aconteceram no ano passado em um prédio comercial da região central de Campinas e foram registrados na Polícia Civil. No primeiro evento, no dia 30 de setembro, o padre teria se negado a deixar a chave do seu carro com o manobrista, um homem de 57 anos.

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O homem explicou que era norma do edifício e o padre teria reagido com agressão verbal, chamando-o de "macaco", além de ter batido com a mão em seu peito. Ao cobrar explicações, o padre teria dito que "era por isso que não gostava de negro" e o chamado de "petista filho da p...."

O outro episódio, ocorrido um mês depois, envolveu funcionárias de uma agência bancária que funciona no mesmo edifício. Inicialmente, o padre se indispôs aos gritos com uma recepcionista de 23 anos, a quem chamou de "burra" e "neguinha", após ela ter informado que a gerente não poderia atendê-lo de imediato. A gerente acorreu em defesa da funcionária e também foi ofendida, sendo chamada de "burra, incompetente e boçal", segundo a denúncia.

Os dois casos foram denunciados à Polícia Civil e resultaram na abertura de inquéritos. Em junho, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Estadual e tornou o padre réu.

"O MPSP ofereceu denúncia que foi recebida pelo juízo, tendo sido apresentada resposta à acusação. Confirmado o recebimento da denúncia, se seguirão audiência de instrução, debates e julgamento", informou o MP. Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial - ofensa em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional - foi equiparado ao racismo, mas os eventos que envolvem o padre são anteriores à nova lei.

No último dia 18, a Arquidiocese de Campinas publicou decreto assinado pelo arcebispo dom João Inácio Müller proibindo o padre Silvio do exercício do ministério sacerdotal "dentro e fora dos limites territoriais da Diocese, até que seja determinado o contrário".

Conforme o documento, a medida foi tomada "no intuito de prevenir escândalos, proteger a liberdade das pessoas envolvidas e tutelar o curso da justiça". O padre continua com direito à remuneração de dois salários mínimos - R$ 2,6 mil - para seu sustento, mas deve arcar com as custas de sua defesa. A arquidiocese abriu também uma investigação prévia sobre a conduta do sacerdote, levando em conta as denúncias apresentadas contra ele.

A reportagem procurou o padre Silvio Tesche, mas o secretariado da paróquia informou que ele se encontra em recolhimento e não se manifestará. A defesa do padre Silvio Tesche disse que os fatos não se passaram da forma como foram denunciados pelas vítimas. "Tendo em vista os princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, a defesa técnica e o acusado somente se manifestarão nos autos do processo", disse, em nota.

O ministro Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça, indefiriu pedido do juiz federal Eduardo Appio e manteve seu afastamento da 13ª Vara Federal de Curitiba. 'A conduta do magistrado investigado aparenta configurar possível ameaça a desembargador daquela Corte', afirmou Salomão em seu despacho e avaliou que o juiz deve continuar afastado enquanto durar investigação sobre sua conduta.

Appio foi afastado ainda em maio da 13ª Vara, na qual tramitam ações remanescentes da Operação Lava Jato, devido a uma suposta ligação que ele teria feito com uma 'ameaça' ao filho do desembargador Marcelo Malucelli, João Malucelli, que é sócio do senador Sergio Moro em escritório de Curitiba e namorado da filha do artífice da Lava Jato.

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O principal ponto da defesa de Appio é que seu afastamento se deu sem que houvesse processo administrativo disciplinar aberto contra ele, o que, para a defesa, contraria decisão do Supremo Tribunal Federal e implica em 'restrição às garantias da inamovibilidade e da vitaliciedade'. O CNJ, no entanto, pontuou que o acesso do magistrado aos sistemas da Justiça Federal poderia atrapalhar as investigações de sua conduta na suposta ameaça a Malucelli.

Para Salomão, há 'elementos que apontam que o investigado se utilizou de dados e informações constantes do sistema eletrônico da Justiça Federal' e que esse uso 'para constranger ou intimidar desembargador do Tribunal representa, por si só, em tese, conduta gravíssima e apta a justificar o afastamento provisório e cautelar do magistrado'.

Appio é desafeto do senador Sergio Moro e do ex-deputado Deltan Dallagnol e havia assumido a Vara responsável pela Lava Jato em fevereiro de 2023.

COM A PALAVRA, EDUARDO APPIO

Ao Estadão, a defesa do juiz federal Eduardo Appio afirmou que respeita a decisão do corregedor. "Mas vamos recorrer, porque divergimos intensamente dos seus fundamentos", declarou.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), exonerou o assessor Luciano Ferreira Cavalcante do gabinete de liderança do PP. Cavalcante é investigado pela Polícia Federal (PF) pela compra de kits de robótica com recursos do orçamento secreto e foi alvo de uma operação da PF na semana passada.

A exoneração foi assinada por Lira na sexta-feira, 2, e publicada nesta segunda-feira, 5, pela Câmara. Cavalcante era assessor do PP na Casa e já trabalhou diretamente com Lira. A PF aponta superfaturamento na compra de equipamentos de robótica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) bancados pelo orçamento secreto.

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Reportagem do Estadão revelou que o assessor investigado tinha salário de R$ 14,7 mil. Luciano Cavalcante foi indicado para ser assistente técnico na liderança do PP em 2017, quando o próprio Lira era líder do partido.

Além do cargo de servidor, Luciano Cavalcante exerce o cargo de presidente do União Brasil no Estado de Alagoas. Procurado pela reportagem, o diretório estadual do partido informou que Cavalcante continua na função.

A juíza Gabriela Hardt manteve o pedido para ser transferida da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde cuida dos processos remanescentes da Operação Lava Jato. Ela assumiu como substituta do juiz Eduardo Appio, que foi afastado do cargo em meio a um processo administrativo.

Gabriela pediu transferência para Florianópolis. O requerimento ainda será analisado pelo Conselho de Administração do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).

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Se o pedido for aceito, um novo juiz será designado para assumir as ações da Lava Jato que ainda tramitam na Justiça Federal do Paraná. São cerca de 240 procedimentos penais em curso.

O TRF-4 abriu um chamado interno para os magistrados que têm interesse na remoção. As transferências só podem acontecer entre as Varas da Justiça Federal da 4.ª Região - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

O pedido de Gabriela foi feito antes dela reassumir a Lava Jato. A juíza ainda poderia desistir da remoção, mas o Estadão apurou que ela manteve o pedido. O prazo para desistência terminou ontem.

Depois que voltou aos holofotes da Lava Jato, Gabriela foi chamada para dar explicações na Câmara dos Deputados, em um procedimento que arrastou seu pai, o engenheiro Jorge Hardt Filho, diagnosticado com Alzheimer. A 13.ª Vara Federal de Curitiba também foi alvo de uma fiscalização relâmpago.

Gabriela Hardt voltou a conduzir, temporariamente, os processos remanescentes da Lava Jato depois do afastamento do juiz Eduardo Appio. O TRF-4 abriu uma investigação interna para apurar se ele se passou por outra pessoa em uma ligação para o filho do desembargador Marcelo Malucelli, o advogado João Malucelli, que também é sócio do senador Sérgio Moro. A juíza já havia substituído Moro quando ele deixou a magistratura, em 2018.

Existe a possibilidade, embora remota, de o juiz Eduardo Appio reassumir a Vara de Curitiba. Ele entrou com um recurso no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para tentar voltar ao cargo. Especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam, no entanto, que a reversão do afastamento é improvável. O CNJ tem validado ações preventivas em casos semelhantes.

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