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Após críticas da população e da classe política, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), decidiu interromper as férias com a família, em Orlando (EUA), para voltar ao Estado a fim de liderar a reação à crise das chuvas deste fim de semana, que já deixou 11 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros.

Assim como já havia feito nas férias de anos anteriores, Castro partiu para os Estados Unidos com a mulher e os filhos na semana passada. A princípio, ele havia decidido coordenar as ações de governo à distância, com o comando do vice-governador Thiago Pampolha no terreno e atuação de todos os secretários.

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Mais cedo, nas redes sociais, o governador prestou condolências às famílias e amigos das vítimas das chuvas e disse manter contato com os prefeitos dos municípios afetados.

Pressionado pela opinião pública, no entanto, ele mudou de ideia e decidiu voltar ao País.

Há envolvimento do governo federal nas primeiras horas da calamidade, com a promessa, pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, de um decreto com as bases de uma ajuda humanitária para o Estado ainda na noite deste domingo.

Isso foi articulado primeiro junto ao prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD), no início da tarde. Por volta das 15 horas, Paes decretou situação de emergência na capital, o que ainda não aconteceu por parte do governo do Estado.

Fontes do governo disseram ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o vice de Castro, Thiago Pampolha, já analisou declarar estado de emergência, mas chegou a conclusão de que isso deve antes ser feito pelos municípios para depois ser seguido pela Defesa Civil do Estado.

Além da zona norte do Rio, os municípios mais afetados pelas chuvas estão na Baixada Fluminense, entre os quais Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo e São João de Meriti.

O principal provedor da Faixa de Gaza anunciou que a região voltou a ficar sem internet neste domingo, 5, e culpou Israel pela interrupção do serviço. O apagão das telecomunicações foi confirmado pelo órgão de vigilância de rede Netblocks.

A provedora Paltel informou a "interrupção completa" dos serviços de comunicação e internet. "As ligações que haviam sido reconectadas foram cortadas de novo pelo lado israelense", afirma o comunicado. A informação foi confirmada também pela Netblocs.

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Nas redes sociais, a ONG relatou um "novo colapso na conectividade na Faixa de Gaza, com alto impacto para a Paltel, última grande operadora remanescente no território".

Ainda de acordo com a ONG, essa é a terceira vez que a Faixa de Gaza tem interrupção das telecomunicações desde o início da guerra, que está prestes a completar um mês. O bloqueio é seguido por uma intensificação dos bombardeios, informou o Washington Post, citando os relatos de dois jornalistas no enclave.

Gaza está sob bloquei de Tel-Aviv há quase um mês, quando terroristas do Hamas mataram 1.400 pessoas e levaram mais de 200 como reféns em um ataque sem precedentes à Israel. Do lado palestino, a ofensiva israelense deixou pelo menos 9.770 mortos, segundo o ministério da saúde local, que é controlado pelo Hamas. O número não pode ser verificado de forma independente.

Aliados de Israel, os Estados Unidos passaram a pedir por pausas humanitárias para distribuição de ajuda aos civis. Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu rejeita qualquer "trégua" até que os cerca de 240 reféns sequestrados pelo Hamas sejam libertados. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Com 250 metros de altura, quase o dobro da "London Eye", a "Ain Dubai" ("o olho de Dubai", na tradução do árabe) é a maior roda-gigante do mundo. Parou de funcionar, sem qualquer explicação oficial, mantendo vivo o mistério que cerca essa gigantesca instalação.

A roda-gigante e seu jogo de luzes continuam se destacando em meio aos enormes arranha-céus desse rico emirado do Golfo, no coração de uma ilha artificial chamada Bluewaters, que abriga atrações turísticas, elegantes restaurantes e luxuosos apartamentos.

Inaugurada em 2021, Ain Dubai encerrou suas atividades em março de 2022 para realizar "obras de melhoria", segundo seu site oficial, e seu fechamento foi prorrogado até novo aviso. A data de reabertura será anunciada "no momento oportuno", com "novas e interessantes ofertas" para os visitantes, lê-se na página institucional on-line.

Com as portas fechadas, o local fica deserto.

"Perguntei a um segurança, e ele me disse que não está funcionando", disse Marwan Mohamed, um turista egípcio de 33 anos. "Perguntei-lhe o porquê, mas não me respondeu", acrescenta este consultor de gestão empresarial, que foi fotografar um dos símbolos de Dubai.

Com pouco petróleo, o emirado construiu sua riqueza e notoriedade investindo pesadamente no turismo de luxo e não tem medo de excessos.

Com frequência, as autoridades anunciam grandes projetos, mas raramente comunicam os contratempos. Nem o grupo que dirige a Ain Dubai nem seus proprietários ou sócios responderam às perguntas da AFP.

- Rumores e especulações -

Enquanto isso, seu site continua elogiando "uma experiência única" e uma "vista majestosa" de Dubai.

Construída com a ajuda de "dois dos maiores guindastes do mundo", essa roda-gigante é composta de cerca de 11.200 toneladas de aço, 33% a mais que a Torre Eiffel.

Ante a ausência de explicações oficiais, rumores e especulações circulam em Bluewaters. Alguns mencionam a hipótese de uma fissura no interior da roda, enquanto outros afirmam que a ilha artificial corre o risco de afundar sob o peso da roda.

Sob a condição de anonimato, um garçom de um restaurante da ilha conta que, durante o funcionamento, ouvia-se um barulho: "Como se algo estivesse se quebrando por".

"Dizem que a roda é mais pesada que a própria ilha", acrescenta, com ironia.

A roda-gigante, que levava 38 minutos por volta, tem 48 cabines para uma capacidade total de 1.750 pessoas. Os preços dos ingressos variavam de 100 a 4.700 dirhams (cerca de US$ 27 a US$ 1.300, ou de R$ 132 a R$ 6.300, respectivamente, na cotação atual).

- Empresas afetadas -

"Eles nos apenas disseram que houve um problema técnico", relata um comerciante que não quis se identificar. "No ano passado, disseram que abririam a roda no inverno e agora dizem a mesma coisa", acrescenta.

"Quando ela não funciona, a gente não ganha muito dinheiro (...) Tinha mais gente quando ela funcionava", afirma.

Ain Dubai foi concebida como uma atração que deveria gerar renda, graças a seus visitantes, eventos e publicidade. Em 2022, o emirado recebeu 14 milhões de turistas, segundo dados oficiais.

"Seja qual for o problema, as autoridades parecem não ter uma solução", diz Patrick Clawson, especialista em Golfo do "think tank" americano Washington Institute.

"Não reconhecer que existe um problema é pior do que reconhecê-lo”, acrescenta o economista. Mas, segundo ele, "parece que as autoridades de Dubai não pensam assim".

Emperrou a definição sobre quem vai comandar as comissões temáticas da Câmara dos Deputados, colegiados por onde passam os projetos de lei e que tratam de áreas de interesse tanto do governo quanto da oposição. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tentou acertar com os líderes a divisão de cargos entre os partidos, mas não houve acordo.

O principal entrave está na Comissão Mista de Orçamento (CMO), colegiado que define o destino de parte dos gastos do governo federal e na qual o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, partido com a maior bancada na Câmara, quer dar as cartas. Lira pretende se reunir com representantes das legendas nos próximos dias, mas a expectativa é de que uma definição só ocorra depois do carnaval.

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O comando da CMO é dividido entre o Senado e a Câmara. Uma Casa fica com a presidência e a outra, com a relatoria-geral - função que, na vigência do orçamento secreto, tinha poderes na indicação de verbas bilionárias para redutos eleitorais de parlamentares.

O União Brasil, terceira maior força na Câmara, pleiteia a relatoria-geral da CMO. A sigla alega que já havia negociado isso com o presidente da Casa, mas deputados do PL afirmam que o partido não abrirá mão do posto. Se conseguir a relatoria-geral da Comissão Mista de Orçamento, o União Brasil pode ocupar a presidência da Comissão de Finanças e Tributação, colegiado estratégico para discussões sobre a reforma tributária.

Polarização

Outro ponto de discordância na divisão das comissões temáticas envolve o PL e o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que ambas as legendas querem o comando da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

No PL, há uma ala de congressistas que afirma ser preciso construir uma oposição baseada na pauta econômica e dar prioridade ao tema no enfrentamento do PT. Por isso, para alguns desses congressistas, os principais esforços da oposição devem ser em comissões que tenham como atribuição fiscalizar as contas da Presidência da República.

Apesar desse movimento, a legenda de Bolsonaro também não descarta investir em comissões "ideológicas", como a de Meio Ambiente, a de Cultura e a de Direitos Humanos e Minorias. Como mostrou o Estadão, a polarização entre PL e PT que marcou as eleições do ano passado se repete agora no Legislativo, na briga pelos colegiados. Os dois partidos pretendem ter o controle de setores da agenda "ideológica" e de fiscalização do governo.

Negociação

Pelo critério de proporcionalidade, o PL - com bancada de 99 deputados - poderia ter preferência na primeira e na segunda indicações para presidências das 30 comissões permanentes existentes na Câmara. Lira, no entanto, fez um acordo com o governo e deu à federação formada por PT, PV e PCdoB o direito de chefiar o colegiado mais importante e disputado da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde passam todos os projetos da Câmara. O indicado para presidir a CCJ será o deputado petista Rui Falcão (SP).

O PL poderá, então, indicar um integrante de sua bancada para a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O colegiado é responsável por fazer o exame financeiro das contas da Presidência da República, acompanha as atividades contábeis e financeiras da União e tem relação direta com o Tribunal de Contas da União (TCU) - Corte na qual nasceu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A escolhida do PL é a deputada Bia Kicis (DF).

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), disse estar satisfeito pelo fato de o seu partido ter assegurado o comando da CCJ. "Eu não vou opinar pelo Orçamento, porque o PT está muito bem contemplado pela CCJ", afirmou o deputado. "O que a gente torce é para que haja um acordo entre o PL e o União Brasil e o próprio MDB, que tem a pretensão de um dia presidir a CCJ ou o Orçamento", disse o petista.

Federação

A federação PT-PV-PCdoB, composta por 81 deputados, tem direito a seis indicações: quatro para o PT e duas que serão divididas entre PCdoB e PV. O PL também tem direito ao comando de seis comissões.

Zeca Dirceu disse que o PCdoB e o PV avançaram nas articulações. O PV pode ficar com a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle ou com a de Meio Ambiente. No caso do PCdoB, há diálogos para a legenda comandar a Comissão de Ciência e Tecnologia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O economista Marcos Cintra (União Brasil), candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Soraya Thronicke (União Brasil), reclamou, nesta quinta-feira (22), da falta de recursos financeiros da campanha presidencial. De acordo com Cintra, tanto ele, quanto Soraya tiveram que cancelar eventos e viagens porque não havia dinheiro suficiente para bancar as hospedagens e os deslocamentos. O partido dela é resultado da fusão do PSL com o DEM e é a maior legenda em termos de fundo eleitoral, com R$ 776,5 milhões.

"Eu cancelei alguns eventos meus e ela também alguns eventos dela. De fato a campanha está tendo alguns problemas internos, mas eu acho que vão ser resolvidos. O que acontece é que a campanha foi paralisada, dela e minha", declarou ao Estadão.

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Cintra, que já foi secretário da Receita Federal, afirmou que ele e Soraya não desistiram da candidatura. "Ela paralisou a campanha dela, mas não houve renúncia de ninguém", declarou. "Me parece que está tendo alguns problemas, tanto que eu tive que cancelar um evento no Rio de Janeiro por (não ter) condições de ir, hospedagem, de deslocamento. Está havendo problema de financiamento de algumas atividades".

Soraya Thronicke é senadora em primeiro mandato pelo Mato Grosso do Sul. Ela foi escolhida pelo União Brasil como candidata a presidente de última hora após o deputado Luciano Bivar, presidente da legenda, desistir de disputar o cargo.

De acordo com a prestação de contas dela ao Tribunal Superior Eleitoral, a candidata recebeu R$ 22 milhões de recursos do União Brasil. Ela tem menos menos dinheiro do fundo do que candidatos de partidos menores. Simone Tebet recebeu R$ 30 milhões do MDB, que tem R$ 360,3 milhões de fundo eleitoral, e Ciro Gomes recebeu R$ 33,3 milhões do PDT, que recebeu R$ 253,4 milhões.

Além de receber menos que concorrentes em partidos menores, a campanha de Soraya repassou R$ 3,2 milhões do dinheiro que recebeu do fundo ao diretório pernambucano da legenda, Estado do presidente do União Brasil

Embora tenha uma candidatura própria a presidente, a maioria dos candidatos a governador do partido ignora a campanha de Soraya. ACM Neto, candidato a governador da Bahia, e Ronaldo Caiado, que tenta a reeleição em Goiás, evitam se posicionar sobre a disputa presidencial. Em Estados como Rio, Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso, o partido apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL). Também há uma ala minoritária, como o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que está com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na esteira de lockdowns na China que ampliaram as dificuldades de abastecimento na indústria, fábricas das três maiores montadoras do País - Fiat, Volkswagen e General Motors (GM) - estão parando novamente por falta de componentes eletrônicos. O problema também atinge, de forma ainda mais disseminada, a indústria de aparelhos eletrônicos, onde o total de fábricas com atrasos ou até mesmo paralisação de parte da produção é o maior desde o início da crise dos semicondutores.

Da guerra entre Rússia e Ucrânia, de onde saem insumos essenciais ao processo de produção dos chips, à morosidade na liberação de cargas em alfândegas por conta da operação-padrão de fiscais da Receita Federal, as duas indústrias vêm enfrentando uma sucessão de obstáculos para manter as linhas funcionando sem interrupções.

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Com o empenho da China em zerar os casos de covid, a situação tornou-se mais desafiadora, já que o congestionamento de navios provocado pelo fechamento de portos no país asiático reduziu a disponibilidade de contêineres e embarcações para o transporte de mercadorias.

A Fiat, marca do grupo Stellantis, não vai fabricar carros nos próximos dez dias em Betim (MG) porque a fábrica mineira não tem peças em volume suficiente para manter a produção. Na primeira parada deste ano, o pessoal das linhas de automóveis entra em férias coletivas amanhã. Nas linhas de motores e transmissões, as férias da Fiat já começaram na segunda, 20.

Assim como fez no mês passado, a Volkswagen voltará a parar a produção em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a partir de segunda-feira - desta vez por dez dias, e não 20 como em maio. Os trabalhadores retornam em 7 de julho com jornada reduzida em 24% (um dia a menos por semana) e corte de 12% nos salários, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Também está prevista uma parada de três semanas em julho - entre os dias 4 e 23 - na fábrica da Volks no Paraná, onde é produzido o utilitário esportivo T-Cross.

Conforme informações de sindicatos, a GM, que já não produziu na terça, 21, o Onix em Gravataí (RS), também vai interromper entre esta quarta, 22, e sexta-feira as atividades na linha da fábrica de São José dos Campos (SP) onde são montados o utilitário esportivo TrailBlazer e a picape S10.

Perdas na produção

Desde o início da pandemia, a indústria brasileira deixou de produzir cerca de 1,6 milhão de veículos. Só no primeiro ano da crise sanitária, foram 1,14 milhão de unidades, segundo cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Naquele ano, todas as montadoras do País paralisaram as atividades por várias semanas, mas o motivo era evitar o contágio da covid. Em 2021, quando as empresas já operavam normalmente, o que paralisou as fábricas foi a falta de componentes e cerca de 370 mil veículos não foram produzidos. Só uma montadora, a General Motors ficou com a fábrica de Gravataí (SP) fechada por quase cinco meses.

Neste ano, até maio, ocorreram 16 paradas de fábricas, o equivalente a 331 dias inativos (média de 20 dias por fábrica), de acordo com a Anfavea. Nesse período, 150 mil veículos deixaram de ser produzidos. Em março de 2020, quando a pandemia se alastrou, o setor empregava 107 mil funcionários. Hoje são 101,8 mil, 5,2 mil a menos.

O consultor Cássio Pagliarini, da Bright Consulting, avalia que, se o mercado brasileiro tivesse mantido o ritmo de crescimento registrado entre 2016 e 2019, na casa de 9% a 10% ao ano, hoje as vendas internas estariam próximas de 3,3 milhões de unidades. A previsão da Anfavea, contudo, é de atingir, no máximo, 2,3 milhões de unidades, número que ainda pode ser revisto.

"É difícil separar a participação de cada situação na perda de produção e vendas, pois tem a crise da pandemia, a falta de suprimentos, problemas de logística, guerra na Ucrânia, alta dos preços das commodities, alta dos preços dos automóveis e instabilidade política", pondera Pagliarini.

Reação ameaçada?

As novas paralisações acontecem após a recuperação mostrada pela indústria automotiva nos últimos dois meses, especialmente em maio, quando as montadoras apresentaram a melhor produção do ano. Com o desempenho, e o relaxamento das restrições em Xangai, onde funciona o maior porto do mundo, a direção da Anfavea, entidade que representa a indústria de veículos, avaliou no início do mês que a oferta de componentes eletrônicos, responsável pelo principal gargalo do setor, tem aos poucos se tornado menos crítica.

De lá para cá, no entanto, a falta de peças continuou forçando paradas de linhas, o que também reforça a percepção na indústria de que o problema segue longe de terminar.

No setor de eletroeletrônicos, tirando uma minoria ainda confiante, quase todos os empresários já jogaram a toalha em relação a uma normalização do abastecimento até o fim do ano. Sondagem feita pela Abinee, entidade que representa essa indústria, mostra que 57% das fábricas de produtos como celular, notebook e tevês tiveram a produção de alguma forma prejudicada no mês passado pela falta de componentes eletrônicos.

Entre empresas que relataram atrasos ou paralisações parciais da produção, o porcentual foi o maior desde que a pesquisa começou a acompanhar, em fevereiro do ano passado, os estragos da escassez global de chips na indústria de aparelhos eletroeletrônicos.

Três em cada quatro fábricas que fabricam produtos que dependem dos semicondutores seguem enfrentando dificuldade em encontrar o insumo no mercado. Muitas delas têm buscado fornecedores alternativos, mesmo pagando preços mais altos, e renegociado prazos de entrega com os clientes, entre outras medidas para contornar a situação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz da 36ª Vara Cível de Belo Horizonte, Minas Gerais, Marcelo Paulo Salgado, autorizou a interrupção da gravidez de uma mulher com feto diagnosticado com megabexiga. A anomalia foi constatada em janeiro deste ano, quando a criança tinha apenas 12 semanas de gestação. 

A megabexiga causa diversas consequências para o feto, como dificuldades renais e a não formação do pulmão, tornando inviável a respiração fora do útero.

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) detalha que em abril, com 22 semanas de gravidez, a mãe realizou um novo ultrassom e foi constatada a piora do quadro do feto em diversos aspectos - inclusive, a caixa torácica e os pulmões tinham tamanho reduzido.

Dias após o diagnóstico, a mulher e o marido decidiram interromper a gravidez e deram entrada com o pedido de tutela de urgência na Justiça.

O Ministério Público manifestou-se contrário ao pedido argumentando que, apesar da alta probabilidade de que "o feto venha a morrer intraútero ou até mesmo nos primeiros dias de vida, existe uma possibilidade, mesmo que pequena, de que ele possa ser assistido e manejado com terapia renal substitutiva".

O juiz Marcelo Paulo Salgado avaliou o relatório médico anexado ao processo e considerou que o desencadeamento de outras malformações, a diminuição de líquido amniótico e o desenvolvimento incompleto dos pulmões inviabilizavam até mesmo a vida intrauterina do feto. 

Ao autorizar a interrupção da gravidez, o magistrado disse que é "irrefutável o sofrimento psicológico a que estaria submetida a mãe e a inutilidade da exposição ao risco de vida ou de sequelas à sua saúde, ante a perspectiva nula de sobrevida do nascituro ou, em caso de sobrevida, a mínima expectativa de vida e sofrimento causado ao ser humano", explicou. O pedido foi deferido para afastar qualquer impedimento jurídico ao procedimento médico de interrupção da gestação.

Durante entrevista para a TV Globo, o novo presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, não respondeu a uma pergunta sobre o aumento no volume de trabalho e diminuição no quadro servidores após ser interrompido pela assessora.

A mulher que encerrou a entrevista alegou que a agenda do presidente do INSS estava cheia, não deixando que ele respondesse à pergunta da repórter Mônica Carvalho.

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Guilherme assumiu a presidência do INSS em 7 de abril deste ano, substituindo José Carlos Oliveira, nomeado Ministro do Trabalho e Previdência no lugar de Onyx Lorenzoni (PL), que vai disputar o governo do Rio Grande do Sul.

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabrica no Brasil as doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, vai interromper por ao menos dez dias a entrega de vacinas ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

As entregas eram semanais.

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O atraso vai ocorrer porque, no mês de agosto, a Fiocruz não recebeu a quantidade esperada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira, 18, aponta um cenário de interrupção na queda do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e possível retomada do crescimento. Atualmente, quase todos os registros de Srag são causados pela covid-19. As capitais de São Paulo e Rio, entre outras, apresentam tendência de aumento a longo prazo.

O trabalho se refere à semana epidemiológica número 32, de 8 a 14 de agosto, e tem como base de dados o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). Segundo o levantamento, oito capitais apresentam tendência de aumento do número de casos a curto prazo. Elas são Belém, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Macapá, Maceió e Palmas. Outras quatro, além de Rio e São Paulo, têm tendência de crescimento a longo prazo. São Curitiba, Florianópolis, Fortaleza e Porto Alegre.

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Outro indicador do novo InfoGripe é o de transmissão comunitária. Além de apresentar sinais claros de interrupção de queda e começo de crescimento em diversos locais, os valores semanais em todo o País seguem elevados.

Todos os Estados apresentam pelo menos uma macrorregião com níveis de transmissão extremamente elevado, alto ou superior. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro estão na primeira classificação.

"Tal situação manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e populações locais", alertou o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Segundo o especialista, diante dessa tendência de aumento em várias capitais, é preciso reavaliar a flexibilização das medidas de prevenção. Ele alertou ainda que as iniciativas contra a doença só devem ser adotadas quando a tendência de queda for generalizada. Ela também deverá se manter por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos. Só assim as ações preventivas deverão ser afrouxadas.

Uma força-tarefa da Vigilância Sanitária flagrou desrespeito às regras de distanciamento social em um culto realizado pelo deputado federal Pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP), na noite da sexta-feira, 30, em uma igreja evangélica de Morro Agudo (SP). Segundo a prefeitura, a igreja da Assembleia de Deus Leão de Israel tinha lotação superior aos 25% permitidos pelo Plano São Paulo de combate à covid-19. Os fiscais determinaram aos responsáveis que o culto fosse encerrado.

A pregação de Feliciano havia sido anunciada nas redes sociais. O próprio deputado gravou vídeo divulgado uma semana antes na página da igreja no Facebook convidando os fiéis para o "poderoso" culto. "Venha você e sua família, faça uma caravana", pediu.

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A força-tarefa, integrada também por Guarda Civil, Polícia Militar e representantes do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), constatou aglomeração na entrada da igreja e público superior ao permitido no interior do salão de cultos.

Conforme a fase de transição do Plano São Paulo, estendida até o dia 9, celebrações coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos estão liberadas, desde que seguidos todos os protocolos de higiene e distanciamento social, com ocupação máxima de 25%.

A advogada da congregação religiosa responsável pelo evento recebeu um auto de infração lavrado pela fiscalização e, segundo informações da Guarda Civil, o culto foi encerrado logo após a chegada da força-tarefa.

'Excesso'

Procurado, o deputado Marco Feliciano não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

O presidente da igreja, pastor Felippe Santos, admitiu que havia excesso de público, mas afirmou que o culto não foi encerrado antes da hora. "O pastor Feliciano é também deputado federal e é muito conhecido, por isso veio muita gente. Os cultos normais não lotam assim. O povo da cidade tem muita admiração por ele e queria vê-lo. As pessoas entraram na igreja e não teve como contê-las, mas todos usavam máscaras e havia álcool gel. Muitas famílias estavam na frente da igreja quando a fiscalização chegou", disse Santos.

Ainda de acordo com o pastor, os advogados da igreja conversaram com os fiscais e quem estava do lado de fora do templo foi para casa. "Houve só orientação e o culto seguiu até o fim", relatou.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar, nesta terça-feira (13), contra as medidas de fechamento adotadas para frear a pandemia da Covid-19. Para uma claque agitada, o chefe do Executivo se queixou de críticas direcionadas ao seu governo e chegou a abandonar a conversa com os simpatizantes após ter sido interrompido mais de uma vez.

"O pessoal fica reclamando que acabou o emprego, quem fechou o comércio não fui eu. Quem te obrigou a ficar em casa não fui eu. Eu faço a minha parte. É impressionante, com todo respeito aqui, o pessoal em vez de dar força para mim, criticam. Eu não sou ditador do Brasil", declarou para apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

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Na conversa, Bolsonaro respondeu a um apoiador que pediu maior atenção para o Estado do Rio de Janeiro. "Lá o povo elegeu 70 deputados estaduais e elegeu 51 vereadores. Eu sou presidente da República. Estados e municípios têm outras pessoas para tomar conta", disse. O presidente tem defendido que a CPI da Covid-19 também investigue governadores e prefeitos e suas ações durante a crise sanitária.

Em mais uma queixa, o presidente também citou ser cobrado por suas indicações de autoridades. Nessa segunda-feira, Bolsonaro riu quando soube que seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kassio Nunes Marques, foi sorteado relator de um mandado de segurança para obrigar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a abrir um processo de impeachment contra o também ministro do STF Alexandre de Moraes.

A ação contra Moraes foi protocolada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) nesta segunda-feira, após o parlamentar divulgar uma conversa sua com Bolsonaro, em que o presidente defendeu o andamento de processos de afastamento contra integrantes do STF. "Olha só, quando indicavam ministro para o Supremo ninguém falava nada, quando indicavam uma autoridade para tudo quanto é lugar ninguém falava nada. Agora, cobram tudo de mim", disse Bolsonaro hoje.

O presidente também fez referência a uma declaração feita por Kajuru, mas não concluiu o raciocínio. Incomodado com interrupções, se despediu e deixou o local. "O senador Kajuru falou que dei um chá de cadeira de dez horas no presidente da Pfizer, é isso mesmo? E falou que um ex-ministro ia... um ex-ministro... Pessoal, obrigado aí", disse e foi embora em direção ao Palácio do Planalto, onde despacha diariamente.

Kajuru afirmou nesta segunda-feira em entrevista à CNN Brasil que, no ano passado, Bolsonaro teria se recusado a receber o presidente da farmacêutica Pfizer, produtora de vacinas contra a Covid-19. Na ocasião, o executivo teria esperado cerca de dez horas por um retorno de Bolsonaro, que não o recebeu. O senador afirmou que um "ex-ministro da Saúde" poderia confirmar o ocorrido.

Em suas redes sociais, Bolsonaro compartilhou trecho da entrevista de Kajuru e disse que as declarações eram mentirosas. "Mais uma mentira do Kajuru. Quem seria o ex-ministro da Saúde citado pelo senador? Com a palavra aquele que me gravou, obviamente, sem autorização", escreveu. Desde o início da pandemia, já ocuparam a vaga de ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.

A vacinação em João Pessoa, capital da Paraíba, foi suspensa por falta de doses na manhã desta terça-feira (16). A Secretaria Municipal de Saúde indicou que as vacinas recebidas esgotaram e um novo calendário será anunciado ainda nesta semana.

A interrupção também afeta o grupo prioritário que iria receber a segunda dose. Um novo lote com 91.800 doses da CoronaVac é esperado pela pasta para esta quarta (17) e a campanha já deve ser retomada na quinta (18).

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Outras capitais também paralisaram a vacinação neste mês por falta de imunizantes, como o Rio de Janeiro, Rio Branco e Aracaju. Em fevereiro, Salvador, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza e o próprio Rio chegaram a interromper a primeira aplicação.

Desde o início das notificações, o estado da Paraíba contabiliza 239.594 casos confirmados e se aproxima das cinco mil mortes em razão da infecção, de acordo com o Ministério da Saúde.

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do chamado "Quadrilhão do MDB" no Senado, que pode tornar réus velhos caciques do partido, foi interrompido sem data para ser retomado. O caso começou a ser analisado na última sexta-feira (12), no plenário virtual da Corte, que permite aos ministros incluírem os votos no sistema eletrônico sem necessidade de reunião física ou por videoconferência. No entanto, um pedido de destaque do ministro Dias Toffoli vai levar a análise para sessão por videoconferência.

Antes da interrupção, apenas o ministro Edson Fachin, relator do caso, havia votado pelo recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, os ex-senadores Edison Lobão, Romero Jucá e Valdir Raupp e o ex-presidente da Transpetro e delator, Sérgio Machado - deixando de fora apenas o ex-senador e ex-presidente José Sarney.

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O grupo é acusado de receber R$ 864 milhões em propinas de contratos com a Petrobras entre os anos de 2004 e 2012.

Para Fachin, o material reunido pelos investigadores, que inclui relatos em colaborações premiadas, mensagens interceptadas, planilhas apreendidas e registros de acesso à Petrobras, justifica a abertura da ação.

"Em sincronia com as revelações dos colaboradores, advém suficiente conjunto probatório e indiciário dos autos que dão lastro à acusação de que os aqui denunciados integrariam o núcleo político de grupo criminoso influente, devidamente estruturado para o alcance de objetivos espúrios, vale dizer: arrecadação de benefícios financeiros indevidos, por intermédio da utilização de órgãos e entidades da Administração Pública", diz um trecho do voto.

Menos de um mês após o início da vacinação, as capitais começam a suspender campanhas por falta de estoque. Rio, Salvador e Cuiabá já anunciaram que não vão mais aplicar a primeira dose do imunizante até novas remessas. Em Curitiba, a prefeitura admite só ter volume suficiente para esta semana. A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) cobrou do governo federal um cronograma de entrega de doses.

Na segunda-feira (15), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM) informou que, sem vacina suficiente, o Rio iria interromper o programa por pelo menos uma semana. Segundo o governo municipal, as doses que ainda estão disponíveis foram reservadas para a segunda aplicação. A Secretaria Municipal de Saúde diz ter recebido cerca de 375 mil doses e vacinado 249,8 mil pessoas - número já superior à quantidade disponível, considerando a segunda dose.

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"A expectativa é de que as doses provenientes do Instituto Butantan sejam entregues no dia 23", disse o governo federal, em nota. "O retorno esperado (da campanha) é na próxima semana, mas a data exata ainda será confirmada."

Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (DEM) usou o Twitter para anunciar a paralisação nesta terça, 16. A capital manterá a aplicação das segundas doses para trabalhadores de saúde, até nova remessa. "Estão asseguradas desde a primeira distribuição."

Situação semelhante vive Cuiabá. Ontem, a capital de Mato Grosso tinha apenas 400 doses disponíveis para a primeira aplicação. A gestão Emanuel Pinheiro (MDB) manteve só o cronograma da segunda dose. O governo de Cuiabá alega ter recebido 30,8 mil doses e imunizado 23,2 mil pessoas.

Em Curitiba, a gestão Rafael Greca (DEM) afirma só ter 12,4 mil doses disponíveis para a primeira dose. O estoque seria suficiente para atender o cronograma de vacinação até sexta-feira.

Com 73% do público-alvo ainda sem ter recebido dose, Florianópolis afirma dispor de apenas 1.390 vacinas. Para se ter ideia, essa quantidade representa metade das doses aplicadas só no dia 11. Por sua vez, o governo de Santa Catarina diz que o Estado não recebe novos lotes desde o dia 7. "Nesse momento o estoque disponível destina-se à segunda dose", afirma.

Em outras capitais, o estoque também caminha para o fim. Maceió, por exemplo, diz já ter aplicado 20,7 mil das 22,7 doses recebidas - ou 91%. Por sua vez, Porto Alegre diz ter 11 mil imunizantes em estoque, mas ainda falta 27% do público-alvo, ou mais de 33 mil na 1.ª dose.

Já São Paulo não informa o estoque disponível, apenas o número de vacinados: 394,4 mil receberam a primeira dose do imunizante até anteontem.

Outras cidades pelo País registram, conforme fontes locais, estoques esgotados ou próximos do fim. É o caso do Rio Grande do Sul (Cachoerinha, Guaíba), e de Mato Grosso (Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças).

Em São José dos Campos (SP), foi suspensa a vacinação antecipada para quem tem mais de 80 anos. A prefeitura cobrou celeridade do Estado que, por sua vez, criticou o município por não oferecer dados para dimensionar as remessas.

Pressão e compras federais

A FNP divulgou texto em que afirma que "os sucessivos equívocos do governo federal" estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o País. O presidente da entidade, o prefeito Jonas Donizette, afirma que os prefeitos fizeram a sua parte. "Houve eficiência na aplicação da vacina, ou seja, aquilo que os prefeitos e as cidades se propuseram a fazer foi feito e bem feito e num ritmo bem acelerado. Agora, o problema da escassez quem tem de resolver é o Ministério da Saúde."

A FNP cobra do Ministério da Saúde um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais. Cronograma publicado no site do Ministério da Saúde ontem indica que foram entregues à pasta 10,7 milhões de vacinas contra a covid até o momento. Dessas, são 8,7 milhões da Coronavac, do Instituto Butantan/Sinovac, e 2 milhões da Universidade de Oxford/AstraZeneca. Por sua vez, o consórcio de veículos de imprensa informa que 5,2 milhões, ou 2,5% da população, já receberam a primeira dose. Esse contingente, em tese, seria suficiente para praticamente esgotar a quantidade de vacinas disponível, uma vez que é necessária a dose complementar.

Para a Coronavac, o intervalo para administração do reforço deve ser entre duas e quatro semanas. Já a segunda dose de Oxford pode ser aplicada até três meses depois da primeira.

Cobrado sobre o assunto, o ministério prevê receber mais 9,3 milhões de Coronavac e 4 milhões da vacina de Oxford ainda este mês. A data exata, no entanto, não é informada. Já em março, a pasta diz que vai receber mais 18,1 milhões de doses do Butantan e 23,3 milhões de Oxford - sendo 2,65 milhões via Consórcio Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Pressionada, a pasta também formalizou ontem a compra de mais 54 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministério, nesta semana há, ainda, previsão de fechar contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, da Rússia, e 10 milhões da Covaxin, da Índia.

Perguntas & Respostas - País precisa de mais acordos

1.O Brasil possui neste momento vacina para aplicar em toda a população?

Não. Os acordos firmados até agora pelo Ministério da Saúde preveem a entrega de 354,5 milhões de doses (212 milhões da Fiocruz/Oxford, 100 milhões do Instituto Butantan e 42,5 milhões da Covax Facility), o que atenderia 177 milhões de pessoas, levando em consideração duas doses para a imunização. No entanto, essa entrega deve ser escalonada ao longo do ano (veja tabela abaixo). A previsão do ministério é que A metade da população seja vacinada até junho e a totalidade da população seja imunizada até o fim do ano, o que implicaria novos acordos para aquisição de mais vacinas.

2.A vacinação está lenta?

Mais de 5,2 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 até ontem. Especialistas têm apontado que o ritmo atual não supre a necessidade de imunização para deter a pandemia, já que com uma média de 200 mil doses aplicadas por dia (dado do início de fevereiro) seriam necessários quatro anos para vacinar toda a população. Campanhas anteriores, como a da gripe, já mostraram que a capacidade de vacinação simultânea do País é maior que a atual. Um fator a ser levado em consideração é a escassez no fornecimento das vacinas, o que pode obrigar cidades a interromper a aplicação das doses.

3.Com a chegada de mais vacinas, uma pessoa poderá receber doses de fabricantes diferentes?

Não. O recomendado é que as duas doses sejam do mesmo tipo de vacina, o que garante segurança e eficácia da imunização.

4.Quando o cronograma será ampliado?

Ainda é incerto. Em São Paulo, o cronograma atual prevê início da aplicação para idosos acima de 80 anos, o que ocorrerá em 1.º de março. A data pode variar conforme o planejamento de cada Estado e cidade.

 

OS IMUNIZANTES COM OS QUAIS O PAÍS CONTA

Consórcio Covax Facility

Entrega de 42,5 milhões de doses:

Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca

até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca

***A expectativa é DE que o Brasil receba ainda aproximadamente mais 32 milhões de vacinas contra Covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o fim deste ano.

Butantan - Coronavac/Sinovac

Entrega das 100 milhões de doses:

Janeiro: 8,7 milhões - entregues

Fevereiro: 9,3 milhões

Março: 18,1 milhões

Abril: 15,93 milhões

Maio: 6,03 milhões

Junho: 6,03 milhões

Julho: 13,55 milhões

Agosto:13,55 milhões

Setembro: 8,8 milhões

Fiocruz - Oxford/AstraZeneca

Entrega de 222,4 milhões de doses:

Janeiro: 2 milhões - já entregues

Fevereiro: 4 milhões

Março: 20,7 milhões

Abril: 27,3 milhões

Maio: 28,6 milhões

Junho: 28,6 milhões

Julho: 1,2 milhões

****Segundo a Saúde, com a incorporação da tecnologia da produção do insumo, a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.

União Química - Sputnik V/Instituto Gamaleya

Entrega de 10 milhões de doses (importadas da Rússia) - Previsão de assinatura de contrato esta semana.

Março: 800 mil entregues 15 dias após a assinatura do contrato

Abril: 2 milhões entregues 45 dias após a assinatura do contrato

Maio: 7,6 milhões entregues 60 dias após a assinatura do contrato.

*****A expectativa é que, a partir da incorporação da tecnologia da produção dos insumos necessários para o imunizante, a União Química passe a produzir mais 8 milhões de doses por mês.

Precisa Medicamentos - Covaxin/BHARAT BIOTECH

Entrega de 20 milhões de doses da Índia - Previsão de assinar contrato esta semana.

Março: 8 milhões - 4 milhões + 4 milhões de doses entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato

Abril: 8 milhões - 4 milhões + 4 milhões de doses entre 45 e 60 dias após o contrato

Maio: 4 milhões entregues 70 dias após o contrato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a lei estadual do Rio de Janeiro que obriga as concessionárias de serviços públicos essenciais a informarem sobre a interrupção de serviços dos clientes. O julgamento foi realizado no plenário virtual da Corte e, por nove votos a dois, a maioria dos ministros considerou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix).

A Abrafix impetrou a ação no STF em março de 2019 para questionar a legislação estadual. A entidade alegava ausência de autonomia do Estado do Rio para obrigar as empresas de telefonia a informarem, em tempo real, sobre a suspensão do serviço. Na ocasião, a entidade alegou que a medida era de responsabilidade da União.

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"Essa competência exclusiva da União decorre de uma razão muito simples: há um sistema nacional de telecomunicações que deve obedecer a um ordenamento jurídico uniforme em todo o território nacional, estabelecido a partir de disposições constitucionais e de leis federais", defendia a associação.

A Procuradoria-Geral da República, porém, discordou da Abrafix e em manifestação ao Supremo se posicionou contra o pedido da entidade.

Durante a sessão virtual que analisou a ação de inconstitucionalidade, a maioria dos juízes do STF decidiram acompanhar o voto do relator do caso, o ministro Ricardo Lewandowski.

Lewandowski apontou que a legislação questionada não infringe a competência do governo federal. "Assim, a lei estadual, segundo penso, ao estabelecer o dever de informação sobre a interrupção dos serviços públicos essenciais, não adentrou na competência privativa da União (…), para legislar sobre telecomunicações", afirmou o ministro.

As divergências foram abertas pelos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, que consideraram que a lei estadual invadia a competência da União. Ambos, porém, foram vencidos no julgamento.

COM A PALAVRA, A ABRAFIX

A reportagem entrou em contato com a Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix) e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações.

O Senado da Argentina aprovou nesta quarta-feira (30) a legalização do aborto, uma decisão celebrada por milhares de ativistas feministas que aguardaram a votação durante mais de 12 horas nas proximidades do Congresso.

A legalização do aborto, um projeto do presidente de centro-esquerda Alberto Fernández, já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados em 11 de dezembro e nesta quarta-feira recebeu os votos favoráveis de 38 senadores, 29 votos contrários e uma abstenção.

"Se converte em lei e segue para o Poder Executivo", anunciou a presidente do Senado e vice-presidente do país, Cristina Kirchner. O projeto permite a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação.

A votação durante a madrugada foi acompanhada por milhares de militantes feministas, que celebraram e choraram de emoção com o resultado. Além das mulheres que estavam na praça diante do Congresso, muitas saíram às janelas e varandas para comemorar a notícia.

"Depois de tantas tentativas e anos de luta que nos custaram sangue e vidas, hoje finalmente fizemos história. Hoje deixamos um lugar melhor para nossos filhos e nossas filhas", disse à AFP Sandra Luján, uma psicóloga de 41 anos que participou na vigília ao lado de milhares de jovens com lenços verdes, o símbolo da campanha a favor da legalização do aborto.

Um projeto para legalizar o aborto havia sido aprovado em 2018 pela Câmara dos Deputados, mas foi rejeitado pelo Senado.

Com a aprovação desta quarta-feira, a Argentina, país natal do papa Francisco, se torna a maior nação da América Latina a legalizar a interrupção da gravidez, o que também está permitido no Uruguai, Cuba e Guiana, assim como na Cidade do México.

A aprovação da lei não seguiu linhas partidárias. Embora a governante Frente de Todos apoiasse o projeto, nem todos os congressistas do grupo aprovaram a medida.

E alguns senadores votaram a favor da legalização, apesar de sua fé religiosa.

"Por quê queremos impor por lei o que não podemos impedir com nossa religião?", questionou a senadora Gladys González, do grupo opositor Juntos Pela Mudança e católica praticante, ao anunciar apoio ao projeto.

O governo calcula que sejam realizados entre 370.000 e 520.000 abortos clandestinos por ano no país, de 45 milhões de habitantes. Desde a restauração da democracia, em 1983, mais de 3 mil mulheres morreram devido a abortos feitos sem segurança.

- Vigília -

A oposição à interrupção voluntária da gravidez, que adotou a cor azul, teve como representantes a Igreja Católica e a Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas, que promoveram grandes manifestações nas ruas.

Do lado de fora do Congresso, muitas pessoas contrárias à aprovação da lei aguardaram de joelhos o resultado da votação, recebido com grande decepção.

Também havia crucifixos e instalações que simulavam túmulo, ao redor de uma imagem gigante de um bebê manchado de sangue.

Até agora, o aborto era permitido na Argentina apenas em caso de estupro ou de risco de vida para a mulher, legislação em vigor desde 1921.

A iniciativa prevê a objeção de consciência individual ou de um estabelecimento de saúde, mas os objetores terão a obrigação de enviar a paciente para outro centro médico.

O Congresso também aprovou a Lei dos 1.000 dias, para dar apoio material e de saúde às mulheres de setores vulneráveis que desejam levar adiante a gravidez, de modo que as dificuldades econômicas não representem um motivo para abortar.

A enfermeira Paula Viana do Grupo Curumim, uma ONG feminista do Recife que esteve acompanhando o caso da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo, relatou nesta quarta-feira, 19, que a criança se sentiu aliviada após descobrir pelo celular que o agressor foi preso.

"Ela recebeu a notícia e mostrou para a avó, que me disse que a neta estava aliviada porque pensava que, solto, ele poderia matar o avô dela", contou. A polícia prendeu na madrugada desta terça-feira, 18, o acusado de estuprar e engravidar a menina.

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A informação foi divulgada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no Twitter. R. H. de J., de 33 anos, é ex-presidiário e já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma.

A enfermeira acrescentou que a criança demonstrou felicidade ao receber presentes durante sua internação. "Ela é uma menina muito calada, com um olhar muito triste, de alguém que já sofreu muito, mas a vi sorrir quando me mostrou os presentes que recebeu. Foi muito importante para ela ter recebido aqueles presentes, porque é apenas uma criança e estava sendo tratada como uma criança".

Transferida para realizar o procedimento em Recife, no Estado de Pernambuco, a menina recebeu alta e já voltou para casa. De acordo com o médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, gestor executivo e diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), unidade onde ocorreu o aborto, a menina já chegou ao Espírito Santo e está bem.

"Na volta, ela ainda pode realizar o que ela disse que era o maior sonho dela, comer um sanduíche de uma rede de fast-food, já que nunca tinha experimentado", contou o médico responsável pelo Cisam.

No dia do procedimento, o hospital foi alvo de atos de grupos religiosos, contrários ao aborto. Também houve manifestações de grupos de mulheres que defendiam o procedimento. Em entrevista ao Estadão, Morais Filho, médico responsável pela unidade que realizou o aborto, afirmou que as pessoas "misturam ciência com religião", "saúde com religião" e que é uma "tortura" o Estado obrigar a manutenção da gravidez de uma mulher violentada.

A menina de dez anos que engravidou após ser estuprada pelo tio no Estado do Espírito Santo e que teve a gestação interrompida no Recife, em Pernambucano, retornou para casa após receber alta. A equipe médica não informou quando exatamente a menina recebeu alta para protegê-la. De acordo com o médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, gestor executivo e diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), unidade onde a gestação foi interrompida, a menina já chegou ao Espírito Santo e está bem.

"Ela está bem e já voltou para o Estado dela. Foi em um avião fretado e cheia de presentes, que as pessoas que vieram ao Cisam deram a ela. O quarto em que ela estava ficou cheio de presentes. Na volta, ela ainda pode realizar o que ela disse que era o maior sonho dela, comer um sanduíche de uma rede de fast-food, já que nunca tinha experimentado", contou o médico responsável pelo Cisam.

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No dia do procedimento, o hospital foi alvo de atos de grupos religiosos, contrários ao aborto. Também houve manifestações de grupos de mulheres que defendiam o procedimento. Em entrevista ao Estadão, Morais Filho, médico responsável pela unidade que realizou o aborto, afirmou que as pessoas "misturam ciência com religião", "saúde com religião" e que é uma "tortura" o Estado obrigar a manutenção da gravidez de uma mulher violentada.

A menina foi transferida de São Mateus, no norte do Espírito Santo, para o Recife, capital de Pernambuco, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora. A Justiça capixaba deu o aval para a interrupção da gestação, mas o hospital que havia sido autorizado a fazer o aborto, no entanto, teria se negado a realizar o procedimento. A superintendente da unidade de saúde alegou que o procedimento não foi feito por questões técnicas e negou motivação religiosa.

Prisão

A polícia prendeu na madrugada desta terça-feira (18) o acusado de estuprar e engravidar a menina. A informação foi divulgada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no Twitter. O homem, de 33 anos, é ex-presidiário e já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma. A identidade do criminoso não foi revelada por proteção à vítima.

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Após uma manhã inoperante, o serviço do metrô foi normalizado por volta das 13h, informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Na manhã desta quarta-feira (15), um problema elétrico interrompeu as atividades da Linha Centro.

As linhas de ônibus precisaram ser reforçadas emergencialmente para atender aos usuários que lotaram os pontos. Segundo a CBTU, a causa da paralisação foi um problema na rede elétrica entre as Estações Joana Bezerra e Recife.

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