Tópicos | Soraya Thronicke

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) gravou um vídeo ao lado do deputado federal Rogério Correia (PT-MG) nesta quinta-feira (19) explicando a sua versão da confusão que aconteceu nos corredores do Senado depois da aprovação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro, na quarta (18). O celular de um assessor do deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) atingiu a cabeça da senadora após o funcionário receber um tapa na mão dado pelo petista.

Após a aprovação do relatório final da senadora Eiiziane Gama (PSD-MA), parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram sair em marcha pelo Congresso Nacional. O assessor parlamentar Rodrigo Duarte Bastos, lotado no gabinete de Jordy e com salário de R$ 1.300, surgiu entre os congressistas e, aos gritos, passou a cobrar de deputados e senadores uma reação aos ataques terroristas do Hamas em Israel, com um celular em mãos. "O povo do Hamas é terrorista. Terroristas, terroristas!", dizia ele.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Rogério então deu um tapa na mão de Bastos e o celular do assessor atingiu a cabeça da senadora. Soraya então ordenou: "Pega esse cara, pega esse cara, atingiu a minha cabeça". O funcionário saiu em disparada pelos salões e corredores do Congresso, chegando até os anexos da Câmara. Nas redes sociais, bolsonaristas repercutiram que o culpado de toda a situação seria o deputado petista.

Em resposta, a assessoria de Correia gravou um vídeo ao lado de Soraya, pedindo para que ela explicasse a sua versão sobre o tumulto. A senadora disse que as parlamentares estavam sofrendo agressões e o deputados estavam fazendo uma camada de proteção atrás das deputadas, e que o tapa na mão de Bastos teria sido em "legítima defesa de terceiras".

"Quem não gostou do relatório pode falar, pode gritar, porém, não poderia avançar o sinal e vir para cima da gente. Quando o colega aqui (Rogério Correia) agiu em legítima defesa de terceiras, e na tentativa de afastar o celular daquela pessoa, o celular poderia ter caído na cabeça de outras pessoas e foi cair justo na minha", disse Soraya. A senadora do Podemos declarou que o culpado da confusão teria sido o assessor de Jordy que teria "assumido o risco " após ir em direção às parlamentares,

Jordy anunciou demissão, mas desistiu depois

À Coluna do Estadão, Carlos Jordy disse que havia ordenado a exoneração do assessor do seu gabinete ainda na quarta-feira. "É inadmissível a postura de um assessor discutindo com quem quer que seja no Congresso ou agindo como militante", afirmou.

O Estadão descobriu que Duarte Bastos já foi acusado de espancar o seu pastor por conta de uma dívida e de atropelar o cachorro da vizinha. O Estadão teve acesso à íntegra do primeiro processo. As agressões ocorreram no dia 13 de fevereiro de 2017, no centro de Niterói, Rio de Janeiro. A vítima chegou a ficar desacordada por causa dos socos e pontapés.

Nesta quinta-feira, 19, o deputado do PL voltou atrás e desistiu de exonerar o assessor. Ele disse que, após analisar as imagens do tumulto, "ficou demonstrado que Rodrigo Duarte Bastos não agrediu quem quer que seja".

"Analisando as imagens recebidas, demonstrando que o assessor parlamentar Rodrigo Duarte Bastos não agrediu quem quer que seja, não há razão para sua exoneração. Embora não concorde com a postura de discussões políticas no interior da Câmara, pois ele é um servidor da Casa, isso não é razão para exonerá-lo. Já o repreendi para que não incorra no mesmo erro novamente. Tenho certeza que servirá de lição para que não reincida neste tipo de conduta", diz o deputado.

A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, desde a última sexta-feira, 21, por causa de uma crise de alergia. Segundo comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira, 26, o quadro de saúde da parlamentar é estável, mas não há previsão de alta.

"O quadro de saúde da parlamentar é estável, mas inspira cuidados. Por se tratar de uma alergia, de causa ainda não identificada, com crises muito fortes, os médicos optaram por mantê-la na unidade de terapia intensiva (UTI) com acompanhamento de um especialista em imunologia. Ainda não há previsão de alta", afirma a nota.

##RECOMENDA##

A senadora concorreu à Presidência nas eleições de 2022 e obteve 600.955 votos (0,51%), terminando a corrida em quinto lugar. Ele chegou ao Senado em 2018 para seu primeiro cargo eletivo na esteira da onda bolsonarista, mas acabou se afastando do então presidente ao participar da CPI da Covid.

Em pronunciamento nesta quinta-feira (13), a senadora Soraya Thronicke (União-MS) pediu apoio a uma proposta sua, que dá nova redação ao crime de feminicídio e o torna um crime autônomo, independente do crime de homicídio. Trata-se do PL 1.548/2023 que, segundo ela, contribui para a precisão estatística e, por extensão, para políticas públicas de prevenção e repressão à violência de gênero.   

— Peço apoio para a rápida tramitação da proposta: a medida constitui resposta urgente, contundente e necessária a este aumento absurdo e inaceitável de assassinatos de mulheres — defendeu.   

##RECOMENDA##

Soraya destacou que, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, vários senadores usaram a tribuna para denunciar a taxa de feminicídios no Brasil em 2022. No ano, quatro brasileiras foram mortas diariamente, apenas por serem mulheres.   

— Quatro brasileiras por dia. É inaceitável. Esses números revelam uma coisa: não podemos nos dar por satisfeitos apenas com as alterações promovidas pela Lei 13.104, de 2015, que incluiu o feminicídio entre as qualificadoras do homicídio. Não há dúvida de que a criação dessa agravante representa um marco histórico na luta contra a violência de gênero. Mas a história recente tem demonstrado que, para romper com uma cultura persistente de agressão às mulheres, precisamos de mais, muito mais.   

Ao defender a necessidade do reconhecimento de que o feminicídio seja, no contexto atual, mais do que mera qualificadora do homicídio, Soraya ressaltou que a conduta é uma forma autônoma de crime contra a vida, que merece ser destacada do artigo 121 do Código Penal.   

—É o que faz, por exemplo, a legislação do Chile, da Costa Rica, da Guatemala, de El Salvador, para citar apenas alguns de nossos colegas latino-americanos. Em todos eles, os crimes contra as mulheres constituem tipos penais independentes. 

*Da Agência Senado

Ao chegar para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde no Congresso Nacional, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) criticou tanto o governo do PT quanto o de Jair Bolsonaro (PL). A ex-presidenciável, que não chegou ao segundo turno e também não declarou apoio a nenhum dos dois, disse que é preciso manter o foco no combate à corrupção e que se surpreendeu positivamente com a equipe ministerial indicada por Lula.

"Gostaria que o Brasil tivesse superado a polarização, mas, ao mesmo tempo, estou comemorando que a democracia venceu. Aceitamos o resultado das urnas e o povo brasileiro decidiu. Para mim, hoje é a festa da democracia", disse ao chegar ao Salão Branco do Congresso Nacional para a posse de Lula.

##RECOMENDA##

A senadora enfatizou que tanto o governo do PT quanto o de Bolsonaro já são conhecidos e que, no futuro, o Brasil espera algo melhor. "O histórico de corrupção existiu no governo do PT. Tivemos avanços, mas não podemos nos descuidar do combate à corrupção, que foi exterminado no governo Bolsonaro. Isso é gravíssimo", declarou. Soraya prometeu trabalhar com independência e fazer uma oposição racional ao governo do petista. "Vou votar junto com o Brasil, estou do lado dos brasileiros", prometeu.

Sobre a equipe ministerial indicada por Lula, ela disse que se surpreendeu com os currículos. "Eu gostei, me surpreendi. Me surpreendi com o número de mulheres, com alguns currículos. Espero que possamos entrar em nova era em nosso país. Quero estar otimista, estou me esforçando para isso".

A senadora Soraya Thronicke (União) usou o Twitter, nesta segunda-feira (28), para afirmar que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) precisam acordar. De acordo com a parlamentar, os eleitores do chefe do Executivo estão “se metendo” cada vez mais em encrenca e, no fim, serão abandonados.

“Isto é algo sério demais! Os apoiadores do atual presidente estão se metendo cada vez mais em encrenca, e vão pagar sozinhos por isso. Estão sendo usados e serão simplesmente abandonados. Na verdade, já foram abandonados. Acordem!!”, escreveu a senadora e ex-candidata à Presidência.

##RECOMENDA##

Soraya compartilhou um vídeo onde um bolsonarista aparece convocando os CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) para participarem de um ato antidemocrático contra o resultado das eleições. E aproveitou para lembrar o artigo 5º da Constituição: “ é plena a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA A DE CARÁTER PARAMILITAR”.

[@#video#@]

Em conversa com apoiadores no “cercadinho” do Palácio da Alvorada, após o fim do primeiro turno das eleições nesse domingo (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a participação das senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) na corrida presidencial. Ao relembrar os nomes que disputaram no pleito, o mandatário riu e as mencionou com desdém, trocando seus sobrenomes Thronicke e Tebet por “trambique” e “estepe”, respectivamente. 

"É aquela história de ‘vamos mudar’. Mas quem entra no meu lugar? A política é um self-service. Você tem eu, Lula, Ciro, a estepe, a trambique, que é decoradora sabe daquilo... E acabou, é o que está ali, pô", afirmou Bolsonaro. 

##RECOMENDA##

[@#video#@] 

Thronicke foi vaiada e chamada de "traidora de Bolsonaro" e "a maior traidora do Mato Grosso do Sul" enquanto era entrevistada, logo após votar em Campo Grande, capital do estado. A empresária se popularizou na centro-direita do Brasil como cabo eleitoral do atual presidente da República. 

Em uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, no final de agosto, Bolsonaro usou essa mesma expressão. "Entendo que a eleição do dia 2 terá essa marca. Acho que o que tem na mesa é um self-service. A gente viu esses dias que tem pouca coisa para escolher", disse o presidente na ocasião. 

Candidata à Presidência que ficou conhecida pelo tom agressivo nos debates e pela insistência na proposta do imposto único, Soraya Thronicke votou neste domingo, 2, em Campo Grande (MS). Soraya disse, em entrevista, que é "uma sul-mato-grossense raiz". "Não fujo nunca da raia e continuo sendo fiel às bandeiras que me elegeram lá em 2018, como combate à corrupção, economia de mercado liberal e bandeira do respeito às instituições", afirmou.

A candidata veio a Campo Grande com parte de sua equipe, que vota em Brasília, e vai retornar à capital federal para acompanhar de lá o resultado das eleições. "Sobre o futuro, vou poder dizer apenas após o resultado das eleições, mas independentemente disso, vou aceitar a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acolher o resultado, qualquer que seja ele".

##RECOMENDA##

A candidata à Presidência Soraya Thronicke (União Brasil) perguntou ao presidente Jair Bolsonaro (PL) se ele tomou a vacina da Covid-19 e, ainda, se pretende dar um golpe de estado. Em resposta, o atual presidente atacou a candidata. 

Ao ser questionado sobre a possibilidade de dar um golpe de estado a partir da afirmação durante sabatina da Globo com relação a respeitar as eleições “se forem limpas”, Bolsonaro desacatou a candidata. “A senhora teria sido muito dócil se eu tivesse a atendido em todos os cargos que a senhora me pediu por ofício. A senhora gosta de cargos, de deitar e rolar. Como não conseguiu, virou uma inimiga nossa, mas tudo bem, é a política. A senhora fez uma campanha dizendo ser minha candidata. Eu nunca fiz contato com a senhora, que usurpou do meu nome para se candidatar e enxergar o Senado”, disse.

##RECOMENDA##

Soraya detalhou ter recebido alguns cargos solicitados, como o do Ibama e o da Sudeco. “O senhor deu, sim, cargos. Os cargos são divididos entre os apoiadores. O senhor fez vídeo para mim pedindo voto, e já coloquei nas redes sociais. Mas quero fazer a pergunta: o senhor se vacinou, qual foi a vacina e quantas doses da vacina anticovid tomou?”, perguntou. 

O presidente se esquivou novamente da resposta e disse ter comprado mais de 500 milhões de doses da vacina. “Vacinou-se quem quis. A senhora sabe o que é liberdade. Quem não quiser tomar vacina, não tomei. Eu não fechei nenhuma casa de comércio, não obriguei ninguém a ficar em casa para morrer de fome. Eu atendi aos mais humildes”, afirmou. 

A candidata do União Brasil solicitou o direito de resposta que foi atendido. Ela foi acusada por Bolsonaro de ser uma candidata laranja. “Eu não sou candidata laranja. O senhor me respeite. O senhor não respondeu a questão da vacina, mas nós podemos acabar com essa portaria que o senhor escondeu. O seu governo não é transparente, e quem abandonou todas as bandeiras foi vossa excelência. Nós saímos desse governo porque o senhor não cumpriu as bandeiras que o elegeram: abandonou o combate à corrupção, do mercado liberal, o partido que lhe abraçou e abandona os candidatos”, apontou. 

Os candidatos à Presidência e fizeram campanha neste domingo e entre as cidades que estavam na agenda estão Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entre as atividades estiveram caminhadas, atos e gravações para a última semana do programa eleitoral gratuito antes do primeiro turno. 

Ciro Gomes

##RECOMENDA##

O candidato à presidência pelo PDT Ciro Gomes participou da caminhada da Rosa Vermelha em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Eu conto com todos e com cada um dos brasileiros, quero o apoio dos humilhados, o apoio dos que estão constrangidos na dívida, o apoio daqueles que estão no pico da informalidade, mirando um futuro de velhice sem nenhuma proteção. Eu quero o apoio do Brasil para reconciliar a nossa nação ao redor de um projeto emancipador”, disse. 

O candidato também apresentou, em discurso, dados que mostram, ao longo dos últimos anos, o aumento do desemprego e a perda do poder de compra. “A tarefa é de construir um Brasil novo”. Em seguida, o candidato participou de caminhada na Rocinha, também na Zona Sul. Ciro subiu o morro a pé e seguiu até a sede de uma associação de moradores, no alto da comunidade, onde conversou com a população.

Lula 

O candidato a presidente pelo PT Luiz Inácio Lula da Silva participou hoje (25) de um ato na quadra da Portela, em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em discurso, Lula incentivou que as pessoas compareçam às urnas no próximo domingo (2): “É importante que as pessoas compareçam para votar, até para depois terem o direito de cobrar, exigir. Nesses últimos dias, vamos fazer uma campanha para convencer o maior número de pessoas a irem votar”.

O candidato também reforçou algumas das bandeiras sociais da campanha. “Eu só quero ser presidente porque eu quero cuidar do povo. E o povo não quer muito, quer ter sua casinha, um emprego, ganhar um salário justo. E para isso precisa de uma profissão. O maior sonho de uma mãe é ver seu filho ou filha com uma profissão. Se o filho tiver um diploma universitário, ela já vai para o céu de alegria”, disse.

Sofia Manzano 

A candidata à Presidência pelo PCB, Sofia Manzano fez campanha em Belo Horizonte. Ela fez panfletagem e uma caminhada com apoiadores no centro da cidade. Manzano ainda participou de uma plenária, seguida de um almoço, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Informações do Estado de Minas Gerais (Sintappi).

Nas redes sociais, a candidata demostrou otimismo para a última semana de campanha eleitoral antes do primeiro turno. “Entramos na reta final da campanha e o interesse e engajamento na nossa campanha só aumenta”, disse.

Soraya Thronicke

A candidata a presidente pelo União Brasil Soraya Thronicke reuniu-se com a equipe de sua assessoria de comunicação no período da manhã. À tarde, realizou gravação de material para a propaganda eleitoral. No início da noite, a agenda da candidata previa uma live.

Em suas redes sociais, a candidata destacou o tema da fome. “Cada ida ao supermercado é motivo de tristeza para o povo brasileiro. Apesar do governo dizer que não existe fome em nosso país, ela tem batido na porta de milhões de pessoas. Vamos nos unir para mudar essa situação”, escreveu.

O economista Marcos Cintra (União Brasil), candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Soraya Thronicke (União Brasil), reclamou, nesta quinta-feira (22), da falta de recursos financeiros da campanha presidencial. De acordo com Cintra, tanto ele, quanto Soraya tiveram que cancelar eventos e viagens porque não havia dinheiro suficiente para bancar as hospedagens e os deslocamentos. O partido dela é resultado da fusão do PSL com o DEM e é a maior legenda em termos de fundo eleitoral, com R$ 776,5 milhões.

"Eu cancelei alguns eventos meus e ela também alguns eventos dela. De fato a campanha está tendo alguns problemas internos, mas eu acho que vão ser resolvidos. O que acontece é que a campanha foi paralisada, dela e minha", declarou ao Estadão.

##RECOMENDA##

Cintra, que já foi secretário da Receita Federal, afirmou que ele e Soraya não desistiram da candidatura. "Ela paralisou a campanha dela, mas não houve renúncia de ninguém", declarou. "Me parece que está tendo alguns problemas, tanto que eu tive que cancelar um evento no Rio de Janeiro por (não ter) condições de ir, hospedagem, de deslocamento. Está havendo problema de financiamento de algumas atividades".

Soraya Thronicke é senadora em primeiro mandato pelo Mato Grosso do Sul. Ela foi escolhida pelo União Brasil como candidata a presidente de última hora após o deputado Luciano Bivar, presidente da legenda, desistir de disputar o cargo.

De acordo com a prestação de contas dela ao Tribunal Superior Eleitoral, a candidata recebeu R$ 22 milhões de recursos do União Brasil. Ela tem menos menos dinheiro do fundo do que candidatos de partidos menores. Simone Tebet recebeu R$ 30 milhões do MDB, que tem R$ 360,3 milhões de fundo eleitoral, e Ciro Gomes recebeu R$ 33,3 milhões do PDT, que recebeu R$ 253,4 milhões.

Além de receber menos que concorrentes em partidos menores, a campanha de Soraya repassou R$ 3,2 milhões do dinheiro que recebeu do fundo ao diretório pernambucano da legenda, Estado do presidente do União Brasil

Embora tenha uma candidatura própria a presidente, a maioria dos candidatos a governador do partido ignora a campanha de Soraya. ACM Neto, candidato a governador da Bahia, e Ronaldo Caiado, que tenta a reeleição em Goiás, evitam se posicionar sobre a disputa presidencial. Em Estados como Rio, Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso, o partido apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL). Também há uma ala minoritária, como o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que está com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A candidata à Presidência da República Soraya Thronicke disse, nesta sexta-feira (16), que, entre os tributos federais, só vai manter os que incidem sobre importação, exportação e o imposto de renda. Esse último, no entanto, não será cobrado de professores e de trabalhadores com ganhos de até cinco salários mínimos. A promessa foi feita durante o evento organizado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo. 

A candidata pelo União Brasil defendeu o uso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) - no caso a TV Brasil - como ferramenta de educação. Ela disse que o uso do veículo público poderia ter ajudado a amenizar os problemas causados pela pandemia aos estudantes brasileiros, em especial os que não têm acesso à internet, para assistirem aulas à distância. 

##RECOMENDA##

“A exemplo do que foi feito [com os veículos de mídia pública] em outros países, como Portugal, a EBC poderia ter sido utilizada para dar aulas aos brasileiros”, defendeu Soraya.  Sobre os planos para a área econômica, Soraya reiterou que, dos tributos federais, só manterá aqueles que incidem sobre importação, exportação e sobre o imposto de renda, que, segundo ela, “deixará de ser cobrado de professores e de pessoas que recebam até cinco salários mínimos”.

  Dirigindo-se aos engenheiros presentes no evento, disse ser favorável a uma lei de licitações similar à aplicada em outros países, que incluem, no edital, um seguro que garanta a entrega da obra no tempo contratado.

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou na segunda-feira, 12, pedido da candidata Soraya Thronicke (União Brasil) à Presidência para ser entrevistada pelo Jornal Nacional, assim como os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais.

Soraya, que está em quinto lugar nas intenções de voto, argumentou que não recebeu tratamento isonômico da TV Globo ao ser excluída das sabatinas realizadas pelo Jornal Nacional em horário nobre. A candidata foi entrevistada uma semana depois dos candidatos, em entrevista gravada, durante apenas 2 minutos. Os demais candidatos apareceram ao vivo por 40 minutos.

##RECOMENDA##

Na decisão, Bucchianeri disse não ver tratamento privilegiado entre as candidaturas em disputa e que não há critérios específicos na lei para sabatinas, apenas para debates. "No caso, a emissora de televisão, navegando dentro da liberdade de conformação que lhe é conferida pelo silêncio eloquente do legislador, optou por abrir espaço para que as 4 candidaturas mais bem posicionadas em pesquisa possam apresentar suas propostas e ideias, segundo resultado de pesquisas eleitorais", escreveu a ministra.

O Tribunal Superior Eleitoral recebeu nesta quinta-feira, 8, mais uma ação de investigação eleitoral sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro durante a comemoração do bicentenário da Independência, no 7 de Setembro. A senadora Soraya Thronicke, candidata à Presidência pelo União Brasil, sustenta que houve 'descarado e incontestável uso da máquina pública' para a campanha do chefe do Executivo à reeleição, com 'desvio de finalidade explícito'.

Ela vê 'inequívoca violação' à Lei das Eleições, 'com gravidade para macular o pleito', configurando suposto abuso do poder político e do poder econômico.

##RECOMENDA##

Segundo a senadora, houve 'uso dos bens (materiais e imateriais) direcionados para o principal evento público oficial do Governo Federal, em todas as esferas da federação, na campanha do Presidente que concorre à reeleição'. Thronicke sustenta que ocorreu 'desvio do evento oficial, cívico militar do Dia da Independência que acabou transformado em comício eleitoral'.

"Do quanto narrado fica claro que o Presidente da República utilizou não apenas de seu poder político como dos recursos públicos à sua disposição para impulsionar seus atos de campanha, em desvio de finalidade capaz de configurar abuso pode poder político e abuso do poder econômico", registra trecho da ação protocolada na Corte eleitoral perto da meia noite desta quinta-feira, 8.

A candidata à Presidência pede que o TSE defira liminar (decisão provisória, dada em casos urgentes), determinando que Bolsonaro e seu candidato a vice, Braga Netto, se abstenham de 'veicular propaganda em que usam as estruturas do públicas às expensas do erário, transformando a comemoração do Bicentenário da Independência em verdadeiro comício'.

O pedido se dá em razão da 'possibilidade de reiteração da conduta ilícita, desta vez, com a exibição dos eventos realizados às expensas do erário em quaisquer de seus programas eleitorais', diz a senadora.

"Não se questiona a possibilidade de utilização das imagens públicas [como fotografias oficiais] em propaganda eleitoral, como já decidiu esta c. Corte. Mas não é disso que se trata. Trata-se de realização de grandioso evento com recursos públicos, na data comemorativa mais importante do país, transformado em comício com recursos públicos", sustenta.

Alternativamente, a senadora chega a pedir que o candidato à reeleição 'perca tempo proporcional de propaganda eleitoral correspondente ao trecho em que veicular a propaganda com o conteúdo fruto da conduta vedada'.

Além disso, a ação requer que a chapa de Bolsonaro e Braga Netto apresentem provas sobre a 'origem dos recursos que financiaram a realização do evento para afastar a conclusão de que até mesmo as estruturas utilizadas nos discursos, em si, foram financiadas com recursos públicos'.

No mérito, o pedido é para que seja declarada a inelegibilidade do atual presidente e seu candidato a vice - assim como a ação impetrada pelo PDT na Corte eleitoral.

Thronicke entende que é 'é incontestável o uso de bem público na campanha do presidente' com os atos do 7 de Setembro, considerando que 'todo o aparato destinado à comemoração do Bicentenário da Independência acabou, de forma desviada, inserido em seu ato de campanha'.

"É incontestável o desvirtuamento do evento de 7 de setembro que se transformou em comício; a utilização da máquina pública eis que tudo foi organizado para que fosse uma comemoração cívico militar com grande aparato do governo federal e do Rio de Janeiro, além da presença de - segundo os próprios requeridos - milhões de pessoas", registra o trecho.

De acordo com Thronicke, os bens e agentes públicos envolvidos no 7 de Setembro 'não foram utilizados em benefício de seus fins, ou seja, o interesse da coletividade, mas sim teve parte de seu uso e benefício direcionado para a campanha com o fim claro de beneficiar os representados em sua propaganda eleitoral'.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu à senadora e candidata ao Planalto Soraya Thronicke (União Brasil), sua adversária nas urnas em outubro, como "uma outra lá" durante sua live semanal nesta quinta-feira (8). O presidente ironizou fingindo não saber o nome da candidata à Presidência, mas ela o apoiou em 2018 e se elegeu para o Senado na onda bolsonarista daquela eleição. Além disso, ambos estiveram no debate da Band TV no dia 28 de agosto.

Bolsonaro acusou a senadora de ter usado seu nome para se eleger em 2018, mesma crítica que faz a outros adversários políticos, como João Doria (PSDB). Via Twitter, a candidata à Presidência afirmou que o presidente tem "memória seletiva" e disse que trabalhava enquanto o chefe do Executivo "patrocinava o caos".

##RECOMENDA##

"Memória seletiva a 'desse daí'. Se esqueceu das bandeiras que o elegeu (sic), se esqueceu que refutava o fisiologismo do Centrão e se esqueceu, também, que um dia pediu voto para mim. Joga meu nome no Google, Bolsonaro. Vai ver que, em várias situações, enquanto eu trabalhava, você patrocinava o caos", publicou. Advogada, Soraya ganhou projeção política ao participar dos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

Em 2018, Soraya pediu votos para o então candidato Jair Bolsonaro e prometeu ajudá-lo a "retomar o desenvolvimento" do Mato Grosso do Sul, seu Estado. À época, ambos eram do mesmo partido, o PSL. Naquela ocasião, Soraya fez a outros candidatos a mesma crítica que Bolsonaro fez a ela nesta quinta-feira. Em vídeo publicado no Facebook em 2 de setembro de 2018, ela acusou postulantes ao Senado de tentarem "enganar" o eleitor usando o nome do então deputado federal. "Meu nome é Soraya Thronicke, a única candidata do PSL ao Senado", disse.

A candidata à Presidência Soraya Thronicke (União Brasil) e a candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet (MDB), Mara Gabrilli (PSDB), indicaram quase R$ 115 mi do chamado orçamento secreto. As duas são senadoras. A informação é do jornal Estadão.

De acordo com a reportagem, a presidenciável recebeu R$ 95 milhões e Mara R$ 19 milhões em emendas parlamentares destinadas sem os devidos critérios técnicos.

##RECOMENDA##

A matéria aponta que Soraya teve direito a 53 repasses, a maior parte destinada ao setor de saúde e à administração de municípios, já os de Mara não aparecem nos documentos enviados pelo Congresso Nacional ao Supremo Tribunal Federal (STF), e que tornaram públicos os gastos.

A companheira de chapa de Tebet, já definiu a divisão de verbas como “o maior esquema de corrupção do mundo”.

Soraya chegou a publicar, em abril, no Twitter: “Como eu não tenho absolutamente nada secreto, já prestei as minhas informações pormenorizadamente. Espero que os colegas façam o mesmo, pois caso contrário a população sofrerá com o bloqueio dos recursos”.

[@#video#@]

Posicionamentos

Ao jornal, Soraya afirmou: "o que fiz foi dar transparência. Nenhuma das indicações que faço são secretas, dou publicidade a todos os recursos que destino para as políticas públicas do meu estado. Defendo que haja transparência em todos os atos públicos, principalmente no que tange dinheiro público".

Já Mara Gabrilli pontuou defender "a transparência de todos os recursos para que não sejam ‘secretos’ e que os recursos foram destinados para saúde, educação e inclusão social em 2020, no auge da pandemia de Covid-19”.

As Eleições 2022 registraram um recorde para a corrida presidencial: foram quatro candidaturas femininas formalizadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As presidenciáveis são novatas e veteranas, do centrão, esquerda e direita. A única vez que o pleito feminino obteve esse destaque foi em 2014, quando as candidatas eram Dilma Rousseff (PT), Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (Rede).  

As candidatas deste ano são as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), além da cientista social e sindicalista Vera Lúcia (PSTU); e da professora e economista Sofia Manzano (PCB). Conheça o perfil de cada uma. 

##RECOMENDA##

Simone Tebet (MDB) 

Com o desempenho mais bem avaliado no primeiro debate presidencial, ocorrido em 28 de agosto, na Band, a senadora Simone Tebet, do MDB-MS, é a candidata à Presidência da República que melhor tem pontuado nas pesquisas de simulação. Na pesquisa do Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual e divulgada nessa segunda-feira (29), ela surge em quarto lugar com 4% das intenções de voto, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 43%; Jair Bolsonaro (PL), com 36%; e de Ciro Gomes (PDT), com 9%. 

Tebet, que foi destaque em 2021 pelo seu trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, ao lado da senadora Eliziane Gama (Cidadania-AM), também foi a primeira líder da bancada feminina do Senado Federal. Da ala progressista, está mais alinhada ao Centrão do que à esquerda, mas teve o último mandato marcado por um intenso trabalho de oposição ao presidente Jair Bolsonaro. 

Com pontuação próxima a de Ciro Gomes, a candidata deve seguir com os discursos firmes, na tentativa de conquistar mais do eleitorado do Centrão, que também é parte do eleitorado do candidato do PDT; assim como deve tentar conquistar mais do eleitorado de esquerda, uma vez que tem investido na argumentação de “alternativas à polarização”.  

No histórico de Tebet, há o voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que a parlamentar considerou ser “o resultado normal de uma democracia forte e consolidada”. Fazendeira e ruralista, também já votou a favor da PEC 71/2011, que prevê a indenização de ruralistas em terras indígenas, apesar de recentemente ter se posicionado a favor da demarcação. Ambos os posicionamentos podem atrapalhar a proximidade com o eleitorado que hoje é de Lula e de candidatos menores da esquerda. 

Simone Tebet tem 52 anos, é mãe, advogada, professora e senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul.  Em 2002, elegeu-se deputada estadual pelo seu estado e em 2004 foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Em 2008, finalizou a votação reeleita prefeita, com 76% dos votos válidos. Agora candidata à Presidência, já divulgou algumas das propostas no seu plano de governo. Sua vice é a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). 

LeiaJá também 

- - > ‘Tebet promete construir 1 milhão de casas em 4 anos’ 

- - ‘Simone Tebet promete desmatamento zero’ 

Vera Lúcia Salgado (PSTU) 

A pernambucana Vera Lúcia, candidata do PSTU, é a segunda mulher candidata à Presidência a pontuar nas pesquisas de intenção de voto. Na pesquisa FSB/BTG Pactual, ela surgiu com 1%. Em 2018, também foi candidata à presidência da República, obtendo 55.762 votos, ou 0,05% dos votos válidos. À época, sua chapa era completamente composta por pessoas negras. Este ano, sua vice será a indígena Kunã Yporã, de 39 anos. Yporã é da etnia Tremembé e vem do estado do Maranhão.   

Vera participou, como candidata, de 10 eleições gerais ou municipais desde 1998, quando foi candidata a vice-governadora de Sergipe. Ela já pleiteou os cargos de prefeita de Aracaju, governadora de Sergipe, deputada federal e, mais recentemente, presidente da República, em 2018. Apesar das tentativas, nunca conseguiu se eleger para um cargo público. 

Nascida no povoado de Cercadinho, em Inajá, Pernambuco, Vera foi datilógrafa, faxineira e garçonete. A pré-candidata também trabalhou em uma fábrica de calçados, onde se tornou sindicalista. A partir do sindicalismo, a militante filiou-se aon Partido dos Trabalhadores. Em 1992, porém, ela e seu grupo romperam com o partido. Depois, fundaram o PSTU. A candidata tem 54 anos e é cientista social. 

A candidata do PSTU promete apresentar “um programa socialista para o Brasil, sem conchavos com a burguesia”. Seu material de pré-campanha afirma que ela é uma “alternativa socialista e revolucionária” para o país. Apesar de socialista, defende o armamento da população, para “assegurar a autodefesa armada nos bairros, dos movimentos sociais, sindicatos, ativistas que lutam em defesa da natureza, indígenas e da juventude”. 

Soraya Thronicke (União Brasil) 

Com carreira política nascida em um dos ascendentes braços da direita brasileira, Soraya Thronicke tenta um assento no Palácio do Planalto pela primeira vez, como candidata do União Brasil (fusão do PSL com o DEM). A candidata tem sido chamada nas redes sociais de “Juma Marruá”, em alusão à personagem mística da novela Pantanal. 

O apelido pegou após suas declarações no debate presidencial na Band, quando disse que tem mulher “que vira onça” em seu estado, Mato Grosso do Sul. Suas falas também chamaram atenção pelo confronto direto com Jair Bolsonaro. 

Em 2018, porém, Soraya se elegeu senadora com apoio de Bolsonaro. Na verdade, seu slogan de campanha era “A senadora de Bolsonaro”, o que virou tema de discussão entre ela e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que entregou à ex-aliada a alcunha de “traidora”. Apesar da oposição, Thronicke defendeu, em sua última campanha, o porte de armas e a criminalização do aborto, e até o momento não fez declarações que confirmem a permanência do posicionamento para o novo pleito. 

Advogada e empresária, a senadora de 49 anos é dona de uma rede de motéis em seu estado e tem falas alinhadas ao interesse dos empresários, especialmente os do agronegócio. Seu patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) este ano foi de R$ 783 mil. O vice de Soraya é o economista e ex-secretário da Receita Marcos Cintra. A candidata não tem pontuado nas pesquisas. 

LeiaJá também 

- - >'Criticada por Flávio, Soraya retruca: Traidores da Pátria' 

- - 'Moro escreve plano anticorrupção de Soraya Thronicke' 

Sofia Manzano (PCB) 

A paulista Sofia Manzano é a candidata de retorno do Partido Comunista Brasileiro à Presidência em 2022, após o partido não ter tido candidatura presidencial no pleito de 2018. Nas eleições de 2014, Manzano também foi candidata a vice na chapa pura com Mauro Iasi (PCB). Atualmente titular da própria chapa, tem como vice o pecebista Antônio Alves. O PCB define o programa da pré-candidata como “anticapitalista” e “anti-imperialista”. 

Apesar de também não ter pontuado nas pesquisas recentes e ter ficado de fora do primeiro debate presidencial televisivo, ela deve somar, junto às demais candidatas, à oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Em seu site, o PCB define o governo federal como “a expressão concentrada dos interesses dos banqueiros, dos grandes monopólios industriais, financeiros, comerciais e de serviços, do agronegócio e do imperialismo”. 

A carreira política da candidata começou durante o período de redemocratização do Brasil. Ela se filiou ao Partido Comunista em 1989, ainda aos 17 anos. Nos anos 1990, presidiu a União da Juventude Comunista (UJC), além de atuar no movimento estudantil na PUC-SP. 

Sofia tem 51 anos, é formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, mestra em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). 

 

A candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, classificou como "horror" os ataques que recebeu nas redes sociais durante o debate presidencial da TV Bandeirantes. No programa, Soraya confrontou o presidente, sobretudo pela maneira desrespeitosa que ele tratou as mulheres. "Quando homens são tchutchuca com outros homens, mas vêm para cima da gente sendo tigrão, eu fico extremamente incomodada", disse. No debate, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, e a candidata do MDB, Simone Tebet.

"Nos intervalos do confronto, minha equipe me passava os ataques que eu estava sofrendo na internet, por força da minha participação. Isso é um horror, é o subsolo do abismo", disse ela ao Estadão. Soraya foi alvo nas redes por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem já foi aliada.

##RECOMENDA##

A parlamentar afirmou que se sente insegura em meio a clima agressivo da campanha e avalia pedir reforço da segurança à Polícia Federal. "Este clima já raivoso das eleições faz com que o alerta seja acionado. Caso eu sinta necessidade, vou pedir reforço, sim, da minha segurança, e acho que todos os demais candidatos devam fazer o mesmo, caso achem necessário". De acordo com ela, quando concorreu ao Senado em 2018 foi necessário o uso de um colete à prova de balas por "ameaças no decorrer do processo eleitoral".

Soraya citou o "clima de rivalidade que tomou conta de parte da população e que já ocasionou em morte meses atrás", em referência ao episódio em que Marcelo Arruda, militante do PT, foi morto em Foz do Iguaçu (PR) em julho por um bolsonarista, e disse que teme "por sua vida, por sua família e por sua equipe".

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filhos do presidente, criticaram a senadora após a atuação dela em relação a Jair Bolsonaro no debate. Nas redes sociais, Flávio e Eduardo lembraram que a candidata a presidente se associou ao pai deles na eleição de 2018. Em resposta a uma postagem de Flávio, a senadora do União Brasil disse que o atual presidente e o filho são "traidores da pátria".

O candidato Ciro Gomes (PDT), que concorre à Presidência da República, defendeu a mudança do padrão pedagógico no País e o modelo de financiamento do setor. Para abrir sua resposta sobre educação, Ciro retomou a propaganda de seu governo no Estado do Ceará que, segundo ele, hoje tem a melhor educação pública do Brasil.

"O descuido com a educação brasileira parece ser um projeto de governo", defendeu, em debate na Band. A mudança do padrão pedagógico, segundo o candidato, seria a partir da troca do "decoreba" por um ensino emancipador. De acordo com ele, também, se não houver uma mudança no financiamento, "será falsa toda e qualquer promessa ou desconhecimento da realidade em que estamos atolados no Brasil".

##RECOMENDA##

Diferente de alguns candidatos, Ciro não se apresentou no início do debate - nem atacou seus adversários.

[@#video#@]

Felipe D'Ávila

O candidato à Presidência da República pelo Novo, Felipe D'Ávila, disse que é preciso cortar desperdício da máquina pública para promover crescimento na economia brasileira.

"A economia brasileira está estagnada há 20 anos. Temos que conciliar (crescimento) com gasto público. Para fazer isso, é preciso cortar desperdício da máquina pública", afirmou o presidenciável no debate organizado por Band, TV Cultura, Folha e UOL, que ocorre na noite deste domingo.

D'Ávila ainda aproveitou para se apresentar ao eleitor como uma pessoa que "vive de trabalho e de empreender". "Estamos fartos desse estado caro, ineficiente. Está na hora de ter gestão pública. Para isso, é preciso deixar de votar no menos pior. É preciso votar em gente que entende de gestão", defendeu.

Soraya Thronicke

A candidata do União Brasil ao Palácio do Planalto, Soraya Thronicke, defendeu na noite deste domingo, no primeiro debate presidencial das eleições na TV, o uso da iniciativa privada para reduzir filas para exames e consultas no SUS.

"Temos projeto liberal de verdade para economia, para executar, não é no gogó", declarou. A senadora disse que o atendimento no sistema público de saúde do País é melhor na teoria do que na prática e afirmou que quem deve avaliar os serviços é a população.

Soraya Thronicke também propôs isentar de Imposto de Renda todos os professores, tanto da iniciativa privada, quanto do serviço público, caso seja eleita.

A senadora disse que, se eleita, poderia usar recursos gerados de uma simplificação tributária para bancar a medida. Uma das propostas da candidata é criar um imposto único ao acabar com 11 tributos federais. A reforma tributária é discutida há décadas no Brasil, era uma proposta do governo Bolsonaro, mas acabou não avançando no Congresso Nacional.

Candidata à presidência da República pelo União Brasil, a senadora Soraya Thronicke entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um programa de governo com a digital do ex-ministro Sergio Moro, filiado ao mesmo partido. O ex-juiz da Operação Lava Jato foi responsável por propostas que estão no capítulo "Combate à Corrupção". O texto sugere que no governo de Soraya o diretor-geral da Polícia Federal terá dois anos de mandato e será proposta a criação um tribunal especial apenas para cuidar de casos rumorosos de corrupção.

A autonomia para atuação da PF está no epicentro da crise que levou Sergio Moro a deixar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-juiz pediu demissão acusando o presidente da República de tentar interferir na atuação da Polícia Federal que investigava filhos de Bolsonaro.

##RECOMENDA##

No plano de governo de Soraya Thronicke, o diretor da PF só poderá ser de exonerado por má conduta ou "insuficiência manifesta de desempenho". Esse baixo desempenho devera ser avaliado por uma comissão formada por um integrante da PF, um do Judiciário, um do Ministério Público e um do governo. A candidata também defende o fim do foro privilegiado para todos os cargos e funções. O Supremo Tribunal Federal já tem decisões considerando que uma autoridade só tem direito a julgamento de processo criminal em tribunal apropriado se o crime tiver relação direta com a função que exerce.

Há ainda proposta de criação de uma "Corte Nacional Anticorrupção" que teria 30 juízes e 11 desembargadores. Esse novo tribunal cuidaria de processos de primeira e segunda instância em casos de "crimes de grande corrupção praticados contra a administração pública direta ou indireta, federal, estadual, distrital ou municipal".

Moro usou sua rede social para elogiar o programa de governo de Soraya e confirmar que ele contribuiu com o texto. Entre as propostas do ex-ministro está a implantação de um sistema de coleta de DNA e material genético encontrados em cenas do crime. Esse material abasteceria um banco de dados.

Escolhida para concorrer à Presidência pelo União Brasil em 2022, a senadora Soraya Thronicke (MS) vai disputar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) o voto do eleitor de direita. Parlamentar de primeiro mandato e ex-aliada de Bolsonaro, tornou-se candidata ao Palácio do Planalto de última hora, depois que o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), desistiu de concorrer e, com apoio do PT, tentará a reeleição para a Câmara.

A parlamentar tem 49 anos, é advogada, empresária e começou a se envolver em política em 2013, quando participou dos protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Concorreu pela primeira vez em uma eleição em 2018, quando teve 373 mil votos e conquistou a segunda vaga do Senado daquele Estado. O primeiro lugar na disputa foi o senador Nelsinho Trad (PSD), com 424 mil votos.

##RECOMENDA##

De acordo com Soraya, confirmada como candidata nesta sexta-feira, 5, Bolsonaro não cumpriu totalmente as bandeiras que o elegeram em 2018. "Nós continuamos pensando da mesma forma que em 2018. Quem não pensa mais, quem não carrega as bandeiras, saiu. Nós permanecemos. Quem saiu e quem abandonou não fomos nós", afirmou ao Estadão. "Aquelas bandeiras que nos elegeram: liberal na economia, anticorrupção, tudo isso nos mantemos absolutamente fiéis", disse. "Direito dele (Bolsonaro), se ele não coaduna mais com os mesmos princípios que o elegeram, se ele mudou de opinião, beleza, tranquilo", completou.

O União Brasil foi formado com a fusão entre o PSL, partido que elegeu Bolsonaro em 2018, e o DEM. Individualmente, a legenda é a dona do maior tempo de propaganda e do maior fundo desta eleição. Mesmo sozinho, o partido fará com que Soraya perca apenas para Lula e Bolsonaro em questão de estrutura formal de campanha.

Bolsonaro se desfiliou do antigo PSL no final de 2019, após uma disputa de poder com Bivar. Durante a queda de braço entre Bolsonaro e o dirigente partidário, a senadora adotou uma postura mais próxima do presidente da legenda, mas, ao mesmo tempo, evitou críticas a Bolsonaro e preferiu se afastar das discussões públicas do conflito.

Segundo a senadora, Bolsonaro se desfiliou por "por livre e espontânea vontade". Contrariando o discurso liberal e anticorrupção, o presidente tem acumulado episódios de intervenção política na economia e se cercou de aliados protagonistas de casos de corrupção.

Apesar disso, a parlamentar afirmou que vai dosar as críticas tanto a Bolsonaro, quanto a Lula durante a campanha eleitoral. "A campanha vai criticar tudo que tiver que ser criticado, mas acima de tudo vai ser uma campanha propositiva, não vamos perder todo o nosso tempo. Nosso tempo de TV é sagrado, nosso recurso é sagrado e vamos falar com todos, não falamos com bolhas".

Além de disputar o mesmo eleitor de Bolsonaro, a candidata do União Brasil guarda uma série de similaridades com Simone Tebet, candidata do MDB. As duas têm com proximidade com a centro-direita e de Mato Grosso do Sul. Soraya inclusive conhece Simone antes de ter entrado na política, pois foi aluna da emedebista no curso de direito do Centro Universitário de Campo Grande (UNAES), do grupo Anhanguera. A candidata também tem MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. A parlamentar e a família têm a propriedade de motéis em Campo Grande.

A senadora nega que a desistência de Bivar represente uma ajuda ao ex-presidente, mas admite que busca os eleitores que hoje pensam em votar em Bolsonaro, assim como também os do petista. "Estou focada em todos os brasileiros, no eleitor que eu não tenho. Estou focada sim no eleitor de Bolsonaro, quero falar para o eleitor do Lula, vou falar para todo mundo porque nossa proposta interessa a todos os brasileiros, sejam eles de direita, esquerda, centro, conservadores ou liberais", disse.

Em 2021, Soraya participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pelo rodízio da bancada feminina. Mesmo sendo vice-líder do governo, a parlamentar se distanciou dos colegas governistas e criticou a atuação do governo na pandemia. "Eu defendo a ciência, aquilo que a gente tem condições de ter um critério. Os números me diziam que esse tratamento precoce não estava funcionando, que nós precisávamos de vacina e assim se comprovou", disse.

Apesar disso, segundo ela, não houve críticas do Planalto à sua atuação. "Sempre fui independente de uma maneira educada, porém firme. Ali eu mostrei minha independência e eles tiveram que aceitar, tanto que eu continuei na vice-liderança do governo no Congresso".

Mesmo com uma candidatura presidencial, em alguns Estados o União prefere apoiar Bolsonaro, como no Amazonas, Rio, Mato Grosso, Distrito Federal e Acre. A parlamentar não vê problema em dividir os palanques. "O palanque vai ficar aberto e vai ter duplo palanque se alguém quiser, é da vontade de cada um", minimizou.

Ela também admite que uma das principais preocupações da legenda é a formação de uma grande bancada no Congresso. O número de deputados federais é importante porque é o critério que determina os fundos eleitoral e partidário, além do tempo de propaganda dos partidos e candidatos. "Algumas questões mudaram, chapas nos Estados e nós também estamos focados nas candidaturas proporcionais, é óbvio. Houve esse chamado para Bivar ir para Pernambuco e eles me fizeram a proposta", disse ela ao comentar sobre o processo que a levou ser candidata.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando