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A celebração do Natal é um ato comemorado nos quatro cantos do mundo, cada um a sua maneira, preservando seus costumes, peculiaridades e ancestralidades. Neste vídeo, a TV LeiaJá traz mais detalhes de como esse período é visto e celebrados pelas religiões de matrizes africanas. A produção é da jornalista Maria Eduarda Lima, com imagens de Sidney Lucena e André Albino, e edição de Guilherme Silva.

Assista:

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Confira os outros dois episódios:

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O LeiaJá foi o grande vencedor do 19º Prêmio Urbana de Jornalismo, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope). O especial "Calçadas: caminho para a cidadania", assinado por Marília Parente, conquistou as categorias Grande Prêmio e Reportagem em Texto, nessa terça (22).

Em cinco reportagens, o trabalho conta histórias de pessoas e iniciativas que ajudam a construir cidades mais particip(ativas), em que o pedestre - ente mais frágil da mobilidade urbana - seja protagonista. "Calçadas: caminho para a cidadania" conta com edição de vídeo de James William, artes de Felipe Santana, além de imagens de Júlio Gomes e Chico Peixoto, que também fez o webdesign do hotsite.

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A cerimônia reuniu profissionais da imprensa, nessa terça (22), no Armazém Blu’nelle, no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife. As categorias Audiovisual e Fotografia também foram premiadas.

Existem ao menos 15 pontos de desmanche de carros e caminhões roubados somente na região de Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Reportagem exibida no domingo (13), pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostrou a ação de quadrilhas especializadas que desmantelam carros para vender peças no mercado clandestino.

Enquanto as vítimas passavam horas sequestradas, as imagens flagraram criminosos desmontando os carros a céu aberto. Em menos de uma hora, eles depenam um veículo e se escondem na mata. Uma Kombi é utilizada para transportar as peças retiradas dos veículos.

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Caminhões de pequeno e médio porte são alguns dos principais alvos. São retiradas peças como faróis, bancos, painel, escapamento, pneus e motor.

No topo de um morro, onde está localizado um reservatório da Sabesp, a reportagem do Fantástico encontrou vários destroços e carcaças de veículos, em uma espécie de cemitério de carros.

Em outro terreno, foram deixadas dezenas de placas de veículos roubados. Quando a empresa de rastreamento especializada em recuperar carros roubados chega ao local, os veículos já estão todos destruídos e muitas vezes até queimados.

Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado no mês passado, o número de veículos furtados ou roubados aumentou 8% no ano passado e atingiu a média de 1.022 casos por dia nas cidades brasileiras. No total, 373.225 ocorrências envolvendo esses dois tipos de crimes foram registradas no País.

Ao Fantástico, a delegada responsável pelas investigações em São Paulo, Leslie Caram Petrus, declarou que a meta é prender os chefes da organização criminosa. "De nada adianta a gente só prender aqueles que estão efetuando o desmonte, porque nós prendemos eles e daqui meia hora tem um novo carro, outros indivíduos fazendo o mesmo tipo de serviço", disse.

Também ao Fantástico, o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani, destacou que o aumento de roubos de veículos está ligado ao aquecimento do mercado de veículos usados. "A gente teve uma depressão econômica, ou seja, a pessoa comprou um carro usado, que precisa de manutenção muitas vezes, e ela está com menos dinheiro. Qual que é a opção racional que a pessoa faz? Ela tenta comprar peça mais barata. Alimenta essa economia do roubo de carro", disse.

Em nota enviada à TV Globo, a Sabesp, responsável pelo reservatório onde ocorrem os desmontes, informou que está disposta a colaborar com eventuais investigações.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), repudiou a agressão que o repórter Alex Silvestre, o cinegrafista Anderson Bolinha e o motorista Carlos Alberto, da reportagem da TV Guararapes, sofreram na noite de sexta-feira (10), durante cobertura ao vivo de um incêndio em um apartamento na Zona Sul do Recife. 

O gestor municipal apontou que a situação é “inaceitável” e reforçou a necessidade da apuração dos fatos para que os agressores sejam responsabilizados. “Inaceitável ver cenas de violência e desrespeito como as de ontem, com a equipe da TV Guararapes. Atitudes assim não podem passar impunes! Minha solidariedade a Alex, Anderson e Carlos, atacados durante o seu trabalho. É preciso apurar os fatos e responsabilizar os agressores”, afirmou, em publicação nas redes sociais neste sábado (11). 

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De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que também repudiaram a agressão através de nota, o caso ocorreu no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. “Os profissionais estavam na cobertura de um incêndio num apartamento, quando quatro homens surgiram inesperadamente e ameaçaram a continuidade do trabalho jornalístico. Não satisfeitos, os indivíduos agrediram a equipe sem nenhuma justificativa e destruíram os equipamentos. Os trabalhadores da comunicação estavam no meio da via pública, ao vivo, durante o programa Cidade Alerta, apresentado pelo jornalista André Estanislau. O fato causou indignação e revolta aos telespectadores. Após a violência, os agressores fugiram”. 

O Sinjope fez questão de enfatizar a agressão que jornalistas vêm sofrendo quase que diariamente no Estado e em todo o Brasil. De acordo com dados da Fenaj, há o registro de 376 casos de agressões contra jornalistas e veículos de imprensa só em 2022. 

Incrédulo com a agressão que chegou a ser transmitida ao vivo no programa Cidade Alerta, o apresentador André Estanislau pediu que policiais militares que estivessem acompanhando o programa fossem ao local ajudar a equipe de reportagem. 

Após o ocorrido, a equipe da reportagem da TV Guararapes que foi agredida realizou um boletim de ocorrência e informou que os detalhes da agressão serão relatados na emissora. Eles também agradeceram o carinho recebido, em especial, a atenção de todo o efetivo do 19º Batalhão de Polícia Militar.

Além do prefeito do Recife, outros parlamentares se posicionaram sobre o ocorrido, como a senadora Teresa Leitão (PT-PE), que prestou solidariedade à equipe. “Imprensa livre é essencial numa democracia”, ressaltou. A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB), que também prestou solidariedade à equipe, informou que acompanhará o caso “lamentável e vergonhoso ocorrido”. “A impunidade é o combustível da criminalidade”. 

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O repórter fotográfico do LeiaJá, João Velozo, foi um dos dois brasileiros premiados do #createCOP27, uma competição da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CPO27), que premiou vários trabalhos sobre mudanças climáticas ao redor do mundo. Os projetos servem de mensagem de que chegou o momento de os governos acabarem com as contribuições à mudança climática. 

A COP27 está sendo realizada no Egito desde o domingo (6), e vai até o dia 18 de novembro. Nomes importantes como o do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do presidente da França, Emannuel Macron, estarão presentes no encontro.  

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Na produção, o fotógrafo João Velozo mostra o resgate de animais afetados pela seca e pelos incêndios no pantanal brasileiro. Ele chegou a receber uma menção honrosa da Confederação e a sua reportagem está sendo exposta COP27. Você pode conferir a reportagem completa aqui

Velozo contou que a reportagem foi produzida no pantanal Norte, no Mato Grosso, e que durou 12 dias intensos de acompanhamento ao Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) durante os esforços para atender os animais atingidos pela seca e pelos incêndios que tomaram o pantanal em 2021. 

“A seca fez com que o solo do pantanal se tornasse uma palha seca, o que favoreceu a propagação de incêndios. Logo no começo da transpantaneira, na ponte 3, um grande lago que era de jacarés, secou”, informou. 

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O fotógrafo explicou que o incêndio fez com que os animais ficassem sem ter para onde ir, já que não tinha mais o lago. “Então, eles se aglomeraram na poça que se formou embaixo da ponte. Muitos morreram de fome e outros, por exposição ao sol. Ao longo dos dias a liderança percebeu que tinha que removê-los de lá e foi montada uma operação inédita no mundo em parceria com o Ibama. Em um dia foram removidos mais de 60 animais para outros rios da região”, detalhou. 

Para João Velozo, o reconhecimento da premiação é importante, sobretudo por ser natural de Caruaru, capital do agreste pernambucano, e uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, que é o semi-árido nordestino e “poder usar uma plataforma como a COP é uma honra e um privilégio”. 

João lembrou do princípio de tornado que se formou em Bonito, também no Agreste pernambucano, nesta semana, e salientou a necessidade de a população se atentar às mudanças climáticas. “A gente precisa entender que as mudanças climáticas já estão entre nós e de que é o nosso dever enquanto humanidade freá-las. Sinto que esse não é um reconhecimento só ao meu trabalho, mas à urgência de se pensar em respostas que englobem também as populações de Países do terceiro mundo. Nós existimos e precisamos ser ouvidos”.

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Durante entrevista para a TV Globo, o novo presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, não respondeu a uma pergunta sobre o aumento no volume de trabalho e diminuição no quadro servidores após ser interrompido pela assessora.

A mulher que encerrou a entrevista alegou que a agenda do presidente do INSS estava cheia, não deixando que ele respondesse à pergunta da repórter Mônica Carvalho.

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Guilherme assumiu a presidência do INSS em 7 de abril deste ano, substituindo José Carlos Oliveira, nomeado Ministro do Trabalho e Previdência no lugar de Onyx Lorenzoni (PL), que vai disputar o governo do Rio Grande do Sul.

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O Prêmio LeiaJá- Jornalista do Futuro 2021 segue com inscrições abertas até o próximo dia 29 de abril. São mais de R$ 30 mil em prêmios, distribuídos em cinco categorias. Podem participar estudantes de jornalismo de todo o Brasil.

A premiação é voltada para estudantes de jornalismo de todo o país e reconhecerá as melhores abordagens para o tema “Empatia e solidariedade: imunizantes contra a desigualdade social em tempos de pandemia”.

Os candidatos poderão concorrer em cinco categorias: texto jornalístico; fotojornalismo; vídeo reportagem; podcast; e reportagem transmídia. Os prêmios vão de R$ 750 até R$ 5 mil.

As inscrições devem ser realizadas por meio do preenchimento do formulário disponível no site oficial da premiação. No ato da inscrição, os interessados precisam enviar comprovante de matrícula válido da instituição de ensino (formato JPG); documento de identificação; material produzido para concorrer ao prêmio; e  termo de consentimento.

Cada participante poderá se cadastrar apenas uma vez em cada categoria. Os trabalhos vencedores serão publicados no LeiaJá.

O concurso celebra os dez anos do veículo, que nasceu online e conta com redações no Recife (PE), Belém (PA) e Guarulhos (SP), atuando nas áreas de política, esportes, entretenimento, tecnologia, educação e carreiras, bem como realizando coberturas especiais com abordagem multimídia.

Uma equipe da TV Guanaré, afiliada da RedeTV em Caxias, no interior do Maranhão, foi agredida pelo ex-deputado federal Paulo Marinho (PL), durante exercício profissional, nessa sexta-feira (4). O caso aconteceu dentro da Prefeitura Municipal de Caxias, na presença de servidores públicos em expediente no local.

De acordo com a RedeTV News, a reportagem foi à Casa para apurar uma denúncia de que o ex-parlamentar havia induzido funcionários do serviço tributário ao erro, no intuito de pagar menos impostos.

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As imagens mostram o momento em que Marinho pega a filmadora do cinegrafista e joga no chão o equipamento, que se estraçalha com a pancada. A equipe da RedeTV registrou boletim de ocorrência.

Paulo Marinho já teve o mandato cassado, após ser condenado pela venda ilegal de um bilhão de ações da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) pertencentes à Prefeitura de Caxias, em 1996, quando era prefeito. A venda foi feita sem licitação. Confira o vídeo da ocorrência:

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Os repórteres Renato Biazzi e Ronaldo de Souza, da TV Globo, foram agredidos nesta quinta-feira (3) enquanto gravavam uma reportagem sobre a situação da conhecida “feira da madrugada”, no Brás, centro de São Paulo.  A “Feira da madrugada” passou por reforma no ano passado e, com a inauguração da nova estrutura, passou a se chamar Circuito de Compras. 

Enquanto faziam imagens do local, um homem que segurava um cachorro numa corrente se aproximou e começou a xingar os repórteres. Em seguida, o mesmo homem foi com uma corrente para cima dos jornalistas. O golpe atingiu a mão do repórter cinematográfico Ronaldo de Souza. De acordo com a TV Globo, ele está bem, mas vai precisar passar por cirurgia. 

A TV Globo se pronunciou e disse que “repudia com veemência a violência, se solidariza com seus profissionais”, e informou que vai tomar as medidas legais. Além disso, a emissora advertiu que quem agride a imprensa com declarações estimula esse tipo de ato.

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A visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Itamaraju e outras áreas inundadas no Sul da Bahia foi marcada por agressões contra jornalistas. De acordo com relatos, nesse domingo (12), seguranças e apoiadores bateram e ameaçaram equipes de reportagem de duas emissoras.

Repórteres e cinegrafistas da TV Aratu, afiliada ao SBT, e da TV Bahia, afiliada a Globo, foram vítimas da truculência dos guarda-costas da Presidência. Um deles ameaçou "enfiar a mão na cara" da equipe de reportagem quando um microfone tocou em suas costas durante uma carreata puxada por Bolsonaro.

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Segundo a GloboNews, a jornalista Camila Marinho chegou a receber um 'mata-leão' de um dos seguranças e teve a pochete arrancada por um dos admiradores do presidente. A espuma que reveste o microfone para a qualidade de captação do áudio também foi rasgada por um apoiador.

Após a confusão, a assessoria de imprensa do presidente chamou os repórteres dos dois veículos para uma escola que funcionava como centro de operações e um dos seguranças teria pedido desculpas às vítimas.

Em seu perfil no Twitter, o governador Rui Costa (PT) repudiou a atitude dos envolvidos na visita de Bolsonaro ao Estado.   

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A Globo emitiu nota e pede uma apuração mais precisa dos fatos. A emissora também cobrou uma atuação mais firme do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, para que a Presidência seja punida por se omitir na garantia de segurança aos profissionais ou por autorizar as agressões, que atentam contra a liberdade de imprensa. 

Nesta quinta-feira (28), um dos maiores craques que o futebol brasileiro já produziu, Garrincha (1933 – 1983) completaria 88 anos de idade. O craque ficou conhecido em todo o mundo por conta de seu estilo de jogo, que se destacava por seus dribles desconcertantes, que poucos zagueiros conseguiam parar. Por conta disso, Garrincha foi considerado um dos maiores, além de estar à frente de seu próprio tempo. Para celebrar a data que relembra o craque, o LeiaJá separou uma lista com recomendação de diferentes mídias para conhecer mais sobre Garrincha. Confira:

Garrincha: Alegria do Povo (1962)

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O documentário “Garrincha: Alegria do Povo” (1962) foi dirigido pelo cineasta Joaquim Pedro de Andrade (1932 – 1988) e apresenta imagens históricas do craque na época em que jogava no Botafogo e na Seleção Brasileira. São mostrados alguns trechos de partidas da Copa do Mundo, especialmente em 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile. Vale lembrar que foi justamente nesse período em que Garrincha alcançou seu auge como futebolista. Além de ser um excelente arquivo histórico para conhecer o craque das pernas tortas, o documentário também traz imagens de outros jogadores históricos que vestiram a camisa amarela, como Zagallo, Jairzinho e o goleiro Manga. Assista ao documentário completo:

https://www.youtube.com/watch?v=50PedXEjfw0&ab_channel=figura2000

Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha (1995)

O livro foi desenvolvido pelo jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, uma biografia realizada a partir de mais de 500 entrevistas com mais de 170 pessoas diferentes que já tiveram contato com o craque do futebol. A biografia conta diversos detalhes e informações sobre Garrincha, não apenas no futebol, mas com detalhes sobre sua vida pessoal. Segundo o autor do livro, até mesmo aqueles que julgam conhecer o futebolista, podem se surpreender com a obra. A repercussão que “Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha” gerou foi tamanha, que chegou a receber o Prêmio Jabuti, em 1996, de Melhor Ensaio e Biografia.

Garrincha – Reportagem Especial 75 anos (2008)

Para homenagear o craque das pernas tortas, a reportagem especial realizada pela TV Cultura mostra em pouco mais de 20 minutos, grandes momentos da história do futebol onde o craque esteve presente, e também explica como começou e quem deu o apelido de “Anjo das Pernas Tortas”. A reportagem conta com entrevistas exclusivas que o craque deu na época em que jogava, seja em momentos depois das partidas de futebol, em programas de auditório no período em que não jogava mais. Vale lembrar que participam também outros nomes do futebol mundial, como o ex-lateral Nilton Santos (1925 – 2013), que jogou ao lado do craque no Botafogo e na Seleção Brasileira. Assista a reportagem:

https://www.youtube.com/watch?v=R84xf_HSicI&t=2s&ab_channel=TVCultura

Garrincha no Timão (2018)

A parceria entre os canais da ESPN e a produtora Canal Azul foi responsável por produzir o documentário “Garrincha no Timão”. A direção ficou com os jornalistas Helvidio Mattos e Rafael Valente e mostra a pouca conhecida trajetória de Mané Garrincha no Corinthians, em 1966, onde ficou apenas uma temporada e teve a oportunidade de defender a camisa alvinegra paulista em 13 jogos. Nesse período Garrincha marcou dois gols e jogou contra seu time do coração, o Botafogo. Vale lembrar que o documentário também possui relatos de grandes jogadores que marcaram época, como Coronel (1935 – 2019), Jair Marinho (1936 – 2020) e Rildo (1942 – 2021). Assista o documentário na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=jVYdQxKrYpU&ab_channel=Passepragol

 

 

O LeiaJá é o grande vencedor da categoria “Online” do “7º Prêmio ABP de Jornalismo”, promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, com a reportagem especial “Na pandemia, a saúde mental também pede socorro”. O trabalho, de autoria do jornalista Nathan Santos, editor do portal, mostra os impactos dos efeitos da Covid-19 na saúde mental da população brasileira, além de destacar depoimentos de especialistas que apresentam soluções para que o poder público atue contra o risco de uma onda de adoecimento psicológico. A reportagem tem artes do designer João de Lima e edição de vídeo de Danillo Campelo.

De acordo com a ABP, o Prêmio busca “reconhecer trabalhos jornalísticos que tiveram como objetivo desmistificar vários aspectos que envolvem os transtornos mentais, o estigma que pesa sobre a psiquiatria e todos os assuntos relacionados à especialidade e seus pacientes”. A cerimônia de entrega da premiação será realizada no dia 6 deste mês, em Porto Alegre, durante o XXXVIII Congresso Brasileiro de Psiquiatria.

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Para o jornalista Nathan Santos, a reportagem tem um papel social importante, a partir do momento em que traz um alerta para os riscos de adoecimento mental da população. O comunicador também destacou a felicidade em ter o trabalho reconhecido. “É uma reportagem necessária, que permite um debate aprofundado sobre a maneira como a pandemia da Covid-19 afeta a nossa saúde mental. Casos de ansiedade e depressão, por exemplo, aparecem em números assustadores de pesquisas. Fico muito feliz pelo reconhecimento do trabalho e espero que mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo”, declarou o jornalista.

Além do LeiaJá, a ABP premiará os seguintes trabalhos:

Categoria "Impresso" - 'Covid e isolamento criam alerta sobre depressão infantil', de Júlia Marques - O Estado de São Paulo

Rádio - 'Desassistência na saúde mental', de Cléber Moletta Gomes - Rádio Cultura Guarapuava Jornal Brasil Hoje

Televisão - 'Brasil tem maior índice de pessoas com transtornos de ansiedade do mundo, de Luiz Fernando Pereira Castiglioni - Fantástico/ TV Globo.

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O Prêmio ABP é o 11º de Nathan Santos. Em sua trajetória, o jornalista também conquistou, por exemplo, o Grande Prêmio MPT de Jornalismo, ao lado das repórteres Marília Parente e Eduarda Esteve, além do Abrafarma, Sebrae – etapa estadual -, NHR, Urbana de Jornalismo, entre outros. Todas as conquistas foram na categoria on-line, pelo portal LeiaJá.

Em 2021, o LeiaJá celebra dez anos de existência. Em comemoração à década de atuação, a empresa promove uma premiação jornalística dedicada a estudantes de jornalismo, abordando o tema “Empatia e solidariedade: imunizantes contra a desigualdade social em tempos de pandemia”. Saiba como participar.

Uma reportagem da Agência Sportlight resgatou a ‘dolce vita’ do general Augusto Heleno durante o seu período na direção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), entre os anos de 2011 e 2017. Sem as correções, o salário do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional chegou aos R$ 58.581,00 no contracheque e corrigidos, os valores se aproximaram dos atuais R$ 87 mil (IGP-M), segundo os documentos revelados no texto. A maior parte do dinheiro seria oriunda do dinheiro público.

Parte da informação já havia sido publicada em 2017, pela Folha de São Paulo, mas o relato atual mostra detalhes da rotina de trabalho do chefe, que no cargo de “diretor de comunicação e educação corporativa do COB”, frequentava reuniões quinzenais e, segundo funcionários do COB, não possuía atuação presente nas atividades do comitê. Em 2019, o ministro já havia rebatido críticas sobre o assunto, alegando que o salário líquido atual de R$ 19 mil é uma “vergonha” para um militar da sua patente.

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A reportagem também revela que da remuneração de R$ 58.581,00, R$ 47.024,00 vinham de fonte pública, como mostram os registros públicos contendo os salários dos funcionários do COB. A sigla “LAP” que acompanha a descrição dos vencimentos ao lado dessa quantia quer dizer que ela era vinda dos recursos oriundos da Lei Agnelo Piva, fruto de arrecadação pública.

Heleno atuou no COB por seis anos e deixou o cargo em meio à crise oriunda da prisão de Carlos Arthur Nuzman, presidente antecessor do comitê e também responsável pelo convite do general ao cargo. Nuzman esteve envolvido em esquemas para o desvio de recursos do órgão.

 

Nesse último domingo (3), o 'Fantástico' exibiu uma reportagem em que o arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, é acusado por quatro ex-seminaristas de abuso sexual.

O caso que está sendo investigado pelo Vaticano e também pela Polícia Civil, a pedido do Ministério Público de Belém, traz relatos de que o arcebispo teria usado o poder de seu cargo religioso para cometer os crimes. Apesar disso, Dom Alberto recebeu o apoio de diversas figuras religiosas, entre elas os padres Fábio de Melo e Marcelo Rossi. 

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“Dom Alberto já me amparou muitas vezes. Eu gostaria que as minhas orações e o meu carinho fizessem o mesmo por ele, neste momento”, disse o padre Fábio de Melo na reportagem. Já o padre Marcelo Rossi, comentou: “Nessa hora de combate, estamos juntos em oração”.

A reportagem é resultado de dois meses de trabalho de apuração dos jornalistas Fabiano Villela e James Alberti, e, após sua exibição, os religiosos que se posicionaram a favor do arcebispo foram criticados nas redes sociais, entrando para os assuntos mais comentados ainda nesta segunda-feira (4).

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Uma reportagem do jornal argentino Clarín, publicada neste fim de semana, trouxe uma história curiosa e com o risco de um desfecho trágico. De acordo com a publicação, um casal de terraplanistas, de origem italiana, se perdeu em alto mar ao navegar em uma embarcação. Eles queriam chegar à “borda do mundo”.

Segundo a reportagem, eles partiram do porto da Ilha de Lampedusa, entre a Sicília, na Itália, e o Norte da África. No percurso, porém, o casal se perdeu no Mar Mediterrâneo. Sem detalhar a data do início da navegação, a matéria do jornal argentino informa que os terraplanistas foram salvos por Salvatore Zichichi, funcionário do Ministério da Saúde da Itália.

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Na matéria, há a informação de que o funcionário ajudou o casal a usar uma bússola para navegar de volta ao porto, por meio de comunicação marítima. O objeto funciona conforme o magnetismo da terra, geralmente rejeitado por pessoas que acreditam que a terra é plana.

No retorno à Itália, o casal ainda precisou ficar em quarentena. De acordo com reportagem do Clarín, a medida foi necessária para evitar casos de Covid-19.

A rede de televisão britânica BBC exibe ao longo de sua programação desta sexta-feira (22) uma reportagem, de mais de três minutos de duração, sobre a Covid-19 no Brasil, enfatizando que o número de novas mortes voltou a ser recorde no País, mas que o fluxo de pessoas nas praias de São Paulo pode aumentar por causa da antecipação de um feriado. O canal de notícias disse que o número de óbitos por conta do coronavírus já passa de 20 mil e que o Estado mais afetado decidiu mudar o feriado para evitar que as pessoas fossem trabalhar, mas acabou criticado pelas cidades do litoral, que temem a chegada de "milhares" de turistas à costa.

"A praia é um remédio para a alma do brasileiro. Mesmo se respirar um pouco de ar fresco do mar está mais difícil nestes dias", afirmou a repórter. "Curtir a praia definitivamente não é permitido. Nem surfar, a menos que isso seja feito na primeira hora da manhã. Mas as regras são regularmente quebradas", continuou, com imagens exibindo uma criança praticando o esporte.

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A BBC entrevista o pai da criança, que argumenta que os dois não estão na praia, mas que veio com o filho de bicicleta e trouxe a prancha para o mar. "A praia é o local pelo qual eu tenho de passar para chegar ao mar", alegou.

A polícia está nas ruas, conforme a reportagem, mas não pode fazer muito. Neste final de semana, a preocupação é a de que a situação piore.

A chegada de mais pessoas a Santos, por exemplo, tem preocupado a população local. "Temos medo. São Paulo é o local com o maior número de casos de vírus. Num dia ensolarado como este, a praia pode ficar cheia", disse um morador local que estava na praia com uma mulher, ambos usando máscaras.

Os governos municipais colocaram barreiras nas estradas para tentar interromper o êxodo da capital e um policial militar disse à rede britânica que aumentou o fluxo na baixada santista por causa do fim de semana prolongado. José Silva de Jesus explicou que a orientação da polícia tem sido a de recomendar que as pessoas voltem para as suas casas porque não é seguro estar nas ruas: "Dizemos às pessoas que as nossas cidades estão fechadas, que os hotéis estão fechados, assim como as praias."

As barreiras nas estradas, de acordo com a repórter, acabaram sendo suspensas porque começou a haver engarrafamentos, o que impedia as ambulâncias de trafegarem. Ela citou, também, que nem todos os brasileiros estão respeitando as medidas de distanciamento social, que o número de casos e de mortes é crescente e que o fim de semana maior não é uma desculpa para se quebrar a quarentena. Imagens com protestos de pessoas contra a chegada de turistas nas estradas e de uma simulação de um cemitério nas areias das praias também foram mostradas.

A reportagem trouxe ainda uma entrevista com o diretor da Santa Casa de Santos, Alex Macedo, que se mostrou preocupado com a possibilidade do aumento do fluxo na cidade sobrecarregar o sistema de saúde local. "Em tempos normais, já temos problemas com isso", comparou, dizendo que o número de pessoas na cidade pode chegar a duas ou três vezes o tamanho da população local. "Neste tipo de situação, estamos mais preocupados", continuou.

A BBC diz que o governo de São Paulo está desesperadamente tentando encontrar formas para que as pessoas fiquem em suas casas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) qualificou como "alegações falsas" uma reportagem da mídia alemã que diz que teria ocultado informações sobre o novo coronavírus após pressão da China. A OMS disse, em comunicado, que os relatos da revista alemã Der Spiegel sobre uma conversa telefônica entre o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o presidente da China, Xi Jinping, em 21 de janeiro são "infundados e falsos".

Segundo a Der Spiegel, Xi teria pedido a Tedros durante a ligação para segurar informações sobre a transmissão entre seres humanos do vírus e atrasar a declaração de pandemia. A revista citou a agência de inteligência alemã BND, que se recusou a comentar o assunto neste domingo. A Der Spiegel também afirmou que o BND concluiu que até seis semanas para combater o surto haviam sido perdidas devido à política de informação da China.

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A agência da ONU disse que Tedros e Xi "nunca falaram por telefone" e acrescentou que "essas reportagens imprecisas distraem e prejudicam os esforços da OMS e do mundo para acabar com a pandemia de Covid-19". A OMS informou que a China confirmou a transmissão entre seres humanos do novo coronavírus em 20 de janeiro.

Autoridades da OMS divulgaram um comunicado dois dias depois dizendo haver evidências de transmissão entre seres humanos em Wuhan, mas que eram necessárias mais investigações. A organização declarou a Covid-19 uma pandemia em 11 de fevereiro.

O presidente dos EUA, Donald Trump, está entre os críticos mais fortes da OMS no tratamento da pandemia, acusando-a de deferência à China e cessando pagamentos à agência. Fonte: Associated Press.

Após a repercussão dos crimes cometidos pela trans Suzi Oliveira, a mãe do garoto que a detenta estuprou e asfixiou revoltou-se com o teor da reportagem exibida no Fantástico, no domingo (1º). Dez anos após o crime, Aparecida dos Santos afirmo em entrevista à RedeTV! que ainda não superou a perda do filho.

"Quando vi a matéria fiquei até com dor de cabeça. Tô tremendo até agora", descreve a mãe. Aparecida conta que o que mais lhe incomodou na reportagem feita pelo médico Dráuzio Varella foi o tratamento dado à Suzi, que recebeu mais de 280 cartas após relatar que não recebia visitas há, pelo menos, oito anos. "Foi dele receber abraços, receber cartinha e ainda um bombonzinho? Na prisão? Eu recebi o que nesses 10 anos?", disparou à RedeTv!.

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Ela também relatou que está "muito indignada" com o desfecho positivo dado à trans e revelou que ainda não superou a perda de Fábio dos Santos, assassinado com apenas nove anos de idade. "Estou me levantando, porque Deus está comigo", pontuou.

Em um comunicado enviado pela advogada da presidiária, Suzi admite o erro e reforça que teve a liberdade privada justamente para pagar pelo crime.

Após a revelação dos crimes cometidos pela trans abraçada por Dráuzio Varella em um presídio da Grande São Paulo, o médico preferiu reforçar o compromisso com a medicina. A reviravolta na repercussão da reportagem transmitida no último domingo (1º) mexeu com as redes sociais, que dividiu-se entre repúdios e apoio ao oncologista.   

Focado em apresentar percepções particulares do sofrimento enfrentado por mulheres trans no Presídio de Guarulhos, Dráuzio conversou com diversas detentas, dentre elas Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos, a Suzy. A presidiária detalhou a solidão de estar atrás das grades e afirmou que não recebia visitas há cerca de oito anos. A cena do abraço entre os dois gerou uma comoção nacional, que rendeu uma campanha solidária. Em uma semana, pelo menos 234 cartas, além de itens de higiene e chocolate foram enviados à detenta.

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Entretanto, a reportagem exibida no Fantástico não mencionou os crimes cometidos pelas entrevistadas, o que gerou debate e culminou na circulação da suposta sentença de Suzy nas redes sociais. De acordo com o documento, ela responde por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável após abusar e asfixiar um menino de nove anos, na Zona Leste de São Paulo, em maio de 2010.

A divulgação rendeu uma série de acusações contra Dráuzio, que emitiu nota reforçando a conduta isenta que deve ser tomada por um profissional de saúde. Ele destacou que não pergunta aos pacientes o que eles fizeram de errado para que o julgamento pessoal não o impeça de cumprir com as responsabilidades da profissão. Em um post, ele destacou o compromisso com juramento feito ao se tornar médico e destacou: "sou médico, não juiz".

Há cerca de 30 anos atendendo em unidades prisionais, Dráuzio é o autor do livro Estação Carandiru. O material inspirou o filme Carandiru, que retrata os dias que antecederam a chacina de 111 presos, em 1992.

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“Se as pessoas soubessem o que a gente passa todo dia, quando saímos de casa sem saber se vamos voltar, pois a qualquer momento corremos risco de encontrar um LGBTfóbico que tire nossa vida por conta do que somos, talvez elas se tornem mais empáticas.” O depoimento de Gleyson Oliveira, presidente da ONG Olivia (Organização da Livre Identidade e Orientação Sexual do Pará), traduz uma realidade: o Brasil é o país que mais mata LGBTs.

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Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 20 horas uma pessoa morre vítima da LGBTfobia. Em 2018, foram registradas 420 mortes, sendo 320 homicídios e 100 suicídios. São números um pouco menores se comparados aos de 2017, quando 445 mortes foram catalogadas, número recorde nos 39 anos de trabalho do GGB. 

“A LGBTfobia será combatida quando a sociedade perceber que nós somos apenas humanos que querem amar. É bem melhor amar do que matar e odiar, que é exatamente o que fazem com a gente. O nosso recado é: parem de nos matar. A gente precisa viver, a gente quer viver e por isso nós estamos aí para lutar”, afirma Gleyson. 

Letiery Cheval, do Comitê Estadual de Segurança Pública e Combate a LGBTfobia, informou que este ano, no Pará, o número de mortes LGBTs está em 28 pessoas. Porém, existe a possibilidade de o número ser maior, pois o acesso aos outros municípios é ruim e fica difícil conseguir informações. “A maioria dos assassinatos dos homossexuais é dentro de casa, e dos trans e travestis é nas ruas”, informa Cheval. 

“A comunidade LGBT, atualmente, vem se organizando e se fortalecendo. Aqui no Pará existem diversas instituições já constituídas que lutam pelos direitos da população LGBT em todo o território do Estado. São espaços que foram criados para discutir a questão de políticas públicas. A gente vê um grande avanço da própria população se inserindo e procurando discutir as problemáticas existentes sobre esse tema. No entanto, a desunião da comunidade continua sendo uma grande dificuldade”, comenta Eduarda Lacerda, representante do Grupo de Homossexuais do Pará (GHP). 

De acordo com Eduarda, a comunidade avançou bastante em relação aos direitos, como a adoção de crianças por casais LGBTs, o casamento de pessoas do mesmo sexo e agora a criminalização da LGBTfobia dentro da lei do racismo, mas não é apenas isso que os LGBTs precisam. “A garantia da inclusão dessas pessoas nas escolas e nas universidades, o acesso integral dos LGBTs no Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, a valorização da vida enquanto pessoa LGBT também são direitos essenciais”, defende. 

A ONG Olivia foi criada em 2014 com a intenção de acolher e cuidar dos LGBTs psicologicamente afetados e em processo de aceitação da sua orientação sexual e identidade de gênero. “Nós atendemos pessoas que procuram atendimento psicológico porque sabemos que a comunidade é agredida verbalmente e fisicamente o tempo inteiro, além do alto índice de suicídio entre os LGBTs. Eles precisam de uma fortaleza e de um cuidado maior. A gente sabe também que o atendimento psicológico não é acessível para todos”, explicou Gleyson Oliveira. A ONG tem cinco psicólogos e todos são LGBTs que fazem o trabalho de forma voluntária. Para agendar a sua consulta, basta ligar para a sede: 3201-7285.

Conquistas e preconceito

“É muito complexo falar sobre a situação atual da comunidade LGBT no Brasil, porque a gente já tem muitas vitórias, mas o preconceito ainda é grande, causado também por essas nossas vitórias. Em 2019 a gente conseguiu criminalizar a LGBTfobia e mostrar que esse crime não deve ser aceito, mas a gente ainda enfrenta muitos discursos de ódio e ainda encontra casos de LGBTfobia em lugares onde isso não deveria acontecer, como por exemplo nas escolas”, alegou Marcos Melo, integrante da ONG Olivia.

Segundo Marcos, a comunidade já obteve muitas conquistas por meio de ações e luta. Uma parte da sociedade conservadora, no entanto, afirma, resiste. “Isso acaba se tornando uma eterna guerra, principalmente com o cenário atual de um governo que nos ataca diretamente, corta os nossos direitos e põe as nossas vidas em risco. O governo atual legitima a violência contra a população LGBT, normalizando e banalizando os ataques. De um lado a gente enxerga os nossos avanços e conquistas, mas do outro a gente fica muito preocupado com um governo que traz de volta diversos retrocessos”, destaca.

Marcos afirma que a próxima e maior conquista da população LGBT é a educação inclusiva e respeitosa que discute identidade de gênero e orientação sexual com jovens e adolescentes, pois isso vai evitar que as pessoas cresçam frustradas e violentas. Em vez de prender quem cometeu um crime, observa, é importante educar aquela pessoa para que ela não cometa esse crime.

“Sempre que eu vejo um ato de LGBTfobia, tento entender o que leva uma pessoa a fazer isso e eu vejo uma vida cheia de traumas, uma vida sem muita informação, uma criação que talvez não tenha feito com que aquela pessoa refletisse. Eu espero que essas pessoas parem de enxergar o mundo a partir do olhar delas apenas. Elas precisam enxergar o mundo com um olhar diverso. Nós não pensamos igual, nós não agimos igual e nós nem queremos agir assim”, disse Marcos.

Algumas ideias de ações para o governo, propostas por Luiz Mott, fundador do GGB, para diminuir as estatísticas de violência e discriminação contra LGBTs, são: educação sexual e de gênero para ensinar a população sobre direitos humanos e cidadania dos LGBTs; aprovação de leis afirmativas que garantem a cidadania plena da população LGBT; políticas públicas na área de saúde, direitos humanos e educação que proporcionem igualdade cidadã à comunidade; e exigir que a polícia e a justiça investiguem e punam com toda severidade os crimes LGBTfóbicos. Dois mecanismos de denúncia contra a LGBTfobia são o 181, estadual, e o 100, nacional.

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