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Nessa quinta-feira (6), o governo de Pernambuco, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), abriu as inscrições para o Programa Embaixadores da Juventude. As inscrições vão até 6 de agosto.

Serão selecionados 25 jovens para serem Embaixadores das Nações Unidas em Pernambuco. Eles precisarão ter idade entre 18 e 25 anos, serem de nacionalidade brasileira e que residam em Pernambuco, além disso devem ter contato com o ensino médio (concluído, cursando ou trancado) e ter renda salarial per capita de até três salários mínimos.

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O objetivo do programa é aumentar a liderança e o ativismo entre a população jovem com foco na Agenda 2030 das nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Serão feitas capacitações, exercícios de liderança, desenvolvimento de habilidades pessoais e interpessoais e estímulo ao debate inclusivo e produtivo.

Confira outras informações no edital.

Por Mateus Moura, com informações de assessoria

O repórter fotográfico do LeiaJá, João Velozo, foi um dos dois brasileiros premiados do #createCOP27, uma competição da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CPO27), que premiou vários trabalhos sobre mudanças climáticas ao redor do mundo. Os projetos servem de mensagem de que chegou o momento de os governos acabarem com as contribuições à mudança climática. 

A COP27 está sendo realizada no Egito desde o domingo (6), e vai até o dia 18 de novembro. Nomes importantes como o do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do presidente da França, Emannuel Macron, estarão presentes no encontro.  

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Na produção, o fotógrafo João Velozo mostra o resgate de animais afetados pela seca e pelos incêndios no pantanal brasileiro. Ele chegou a receber uma menção honrosa da Confederação e a sua reportagem está sendo exposta COP27. Você pode conferir a reportagem completa aqui

Velozo contou que a reportagem foi produzida no pantanal Norte, no Mato Grosso, e que durou 12 dias intensos de acompanhamento ao Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) durante os esforços para atender os animais atingidos pela seca e pelos incêndios que tomaram o pantanal em 2021. 

“A seca fez com que o solo do pantanal se tornasse uma palha seca, o que favoreceu a propagação de incêndios. Logo no começo da transpantaneira, na ponte 3, um grande lago que era de jacarés, secou”, informou. 

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O fotógrafo explicou que o incêndio fez com que os animais ficassem sem ter para onde ir, já que não tinha mais o lago. “Então, eles se aglomeraram na poça que se formou embaixo da ponte. Muitos morreram de fome e outros, por exposição ao sol. Ao longo dos dias a liderança percebeu que tinha que removê-los de lá e foi montada uma operação inédita no mundo em parceria com o Ibama. Em um dia foram removidos mais de 60 animais para outros rios da região”, detalhou. 

Para João Velozo, o reconhecimento da premiação é importante, sobretudo por ser natural de Caruaru, capital do agreste pernambucano, e uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, que é o semi-árido nordestino e “poder usar uma plataforma como a COP é uma honra e um privilégio”. 

João lembrou do princípio de tornado que se formou em Bonito, também no Agreste pernambucano, nesta semana, e salientou a necessidade de a população se atentar às mudanças climáticas. “A gente precisa entender que as mudanças climáticas já estão entre nós e de que é o nosso dever enquanto humanidade freá-las. Sinto que esse não é um reconhecimento só ao meu trabalho, mas à urgência de se pensar em respostas que englobem também as populações de Países do terceiro mundo. Nós existimos e precisamos ser ouvidos”.

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Quase 80 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas em consequência da violência e da perseguição, o que significa que mais de 1% da humanidade era composta por deslocados em 2019, anunciou a ONU nesta quinta-feira (18).

As 79,5 milhões de pessoas que viviam como deslocados, refugiados ou que solicitaram asilo até o fim de 2019 representam um número recorde, destaca o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

"O 1% da população mundial não pode retornar a suas casas porque há guerras, perseguição, violação dos direitos humanos e outras formas de violência", explicou o diretor do ACNUR, Filippo Grandi, em uma entrevista à AFP.

Em uma década, o número de pessoas obrigadas a fugir de suas casas praticamente dobrou, ainda de acordo com a ONU.

Países como Síria, Venezuela ou República Democrática do Congo registraram grandes fluxos de deslocamento de suas populações devido a conflitos internos, e a tendência ficou mais intensa particularmente a partir de 2012.

"Aconteceram mais conflitos, mais violência", adverte Grandi. "E isto significa que as soluções políticas têm sido insuficientes".

"Com uma comunidade internacional muito dividida, incapaz de alcançar a paz, infelizmente a situação não vai parar de aumentar. E temo que o o próximo ano será pior do que este ano", disse.

Dos quase 80 milhões de afetados, mais da metade, 46 milhões, são o que a ONU denomina "deslocados internos", ou seja, pessoas que não precisaram abandonar seu país. Outros 26 milhões são refugiados fora de sua pátria.

O ACNUR estabeleceu uma categoria separada para os 3,6 milhões de venezuelanos que foram obrigados a deixar o país por razões econômicas. Os demais, 4,2 milhões de afetados, são demandantes de asilo.

Cinco países concentram 68% da população de refugiados no planeta: Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar.

Na Síria, 13,2 milhões de pessoas abandonaram suas casas, um sexto da população total, para fugir da guerra civil e seguir para outro lugar, dentro ou fora do país.

E são os países de renda média ou baixa que devem apoiar 85% do enorme fluxo transfronteiriço.

"O que observamos realmente aumentar dramaticamente é a pobreza", explica o diretor da agência.

"Uma atividade que não foi contida pela pandemia (do novo coronavírus) foi a guerra, o conflito ou a violência", resumiu.

A pandemia da Covid-19 é a pior crise global desde a Segunda Guerra Mundial, avaliou o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

Durante uma entrevista coletiva, ao ser perguntado por que considerava a atual "a pior crise mundial desde a fundação da ONU" - há 75 anos -, Guterres respondeu: "é uma combinação, por um lado, de uma doença que é uma ameaça para todos no mundo, e segundo, porque tem um impacto econômico que trará uma recessão sem precedentes no passado recente".

"A combinação desses dois fatores e o risco de contribuir para o aumento da instabilidade, o aumento da violência e o aumento do conflito são coisas que nos fazem acreditar que essa é, de fato, a crise mais desafiadora que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial", explicou.

Para Guterres, "a humanidade está em jogo", mas a comunidade internacional ainda está longe da solidariedade necessária para enfrentar a situação, porque até agora os países desenvolvidos estão atuando principalmente para sustentar suas economias.

"Estamos longe de ter um pacote global para ajudar os países em desenvolvimento a criar condições para eliminar a doença e responder às dramáticas consequências para suas populações, em termos de perda de empregos, pequenas empresas em risco de desaparecer e pessoas que vivem na economia informal e agora não conseguem sobreviver", explicou.

"Estamos caminhando lentamente na direção certa, mas precisamos acelerar e fazer muito mais", continuou.

Nesta terça-feira (31), a ONU criou um novo fundo para os países em desenvolvimento, depois de pedir na semana passada doações para países pobres e em conflito.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, está chefiando a delegação brasileira na 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça. O evento começou nesta segunda (24) e segue até a quinta-feira (27).

A reunião é o principal encontro de líderes internacionais sobre o tema. Espera-se que que mais de 100 ministros e altas autoridades da área de direitos humanos participem das discussões previstas para os próximos quatro dias.

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Eu seu discurso, nesta segunda-feira, Damares iniciou comparando o Brasil entregue pela gestão anterior do atual, comandado há pouco mais de um ano pelo presidente Jair Bolsonaro. “No ano passado estive nessa tribuna para falar do Brasil que recebemos. Tínhamos herdado um país mergulhado em corrupção, violência, uma nação triste, em que muitos eram deixados para trás. Mas este ano eu volto para apresentar nesta tribuna um novo Brasil, uma nova nação”.

Sobre os ganhos alcançados no último ano, a ministra frisou o combate a corrupção. “O governo Bolsonaro recebeu de herança um estado debilitado, por anos de sistemáticos desvios de recursos públicos. Nosso governo, contudo, está decidido a mudar essa realidade”.

Como exemplo, citou que em 2019 o equivalente a mais de 25 milhões  de dólares – de ativos recuperados da Operação Lava Jato – foram destinados a promoção de direitos de adolescentes em conflito com a lei. “O dinheiro da corrupção agora vai para políticas públicas de defesa dos direitos humanos no Brasil”, afirmou.

“Sem corrupção já começa a sobrar dinheiro para proteger nossos brasileiros. Um dos muitos exemplos é a recente iniciativa do governo Bolsonaro de pagar pensão vitalícia para crianças nascidas com microcefalia em decorrência do zika vírus e também o pagamento do 13° salário do maior programa de transferência de renda, o Bolsa Família”, pontuou.

“Não fazemos discurso de homenagens aos direitos humanos e a justiça social como cortina de fumaça para o desvio institucionalizado de bilhões de dólares, destinados a saúde, a educação, a segurança pública. Estamos na verdade fazendo o caminho de volta".

A ministra também abordou em seu discurso temas como o Conselho da Amazônia, desmatamento, discriminação contra pessoas LGBT, violência e combate ao crime organizado. Confira:

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A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu nesta sexta-feira (27) às autoridades egípcias que mudem sua abordagem em relação aos protestos e solicitou a libertação imediata das pessoas detidas por exercerem o direito de se manifestar.

Em um comunicado, Bachelet pediu às autoridades que "mudem radicalmente sua abordagem diante de qualquer manifestação futura".

"Lembro ao governo egípcio que, segundo o Direito Internacional, as pessoas têm o direito de se manifestar pacificamente", acrescentou.

O mesmo pedido foi feito pelos Estados Unidos.

As primeiras manifestações, em 20 de setembro, causaram surpresa no país. A oposição foi severamente reprimida no Egito após a expulsão do ex-presidente Mohamed Mursi em 2013, derrubado por Abdel Fatah al-Sissi, então chefe do Exército.

As autoridades logo responderam e prenderam cerca de 2.000 pessoas, incluindo jornalistas, intelectuais e ativistas políticos, de acordo com a Human Rights Watch e com ONGs locais.

Alguns deles foram soltos, segundo a ONU.

"Todas as pessoas detidas apenas por terem exercido seus direitos devem ser libertadas imediatamente", exigiu Bachelet.

"Qualquer resposta das forças de segurança deve ser feita de acordo com as regras internacionais sobre o direito à liberdade de expressão e reunião pacífica, bem como o direito a um julgamento justo", acrescentou.

A alta comissária destacou sua grande preocupação após informações que afirmam que houve falhas nos procedimentos judiciais que se seguiram às detenções na semana passada.

Segundo Bachelet, a alguns dos detidos foi negado o direito de comparecer com um advogado, e outros foram acusados de infrações graves como "prestar ajuda a um grupo terrorista", "espalhar 'fake news'", ou "participação em manifestações não autorizadas" e "uso abusivo das mídias sociais".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma de suas queixas mais antigas nas Nações Unidas: que é injusto nunca ter recebido o prêmio Nobel da Paz.

"Receberia um Prêmio Nobel por muitas coisas, se o concedessem de maneira justa, mas não fazem isso", reclamou o presidente.

Trump comentou em seguida sua surpresa por seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, ter recebido esse prêmio em 2009 por seus "extraordinários esforços para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre as pessoas", apenas um ano depois de assumir a presidência dos Estados Unidos.

"Eles deram um a Obama imediatamente após ele assumir a presidência e ele não tinha ideia do porquê disso. Sabe de uma coisa? Essa foi a única coisa que concordei com ele", disse Trump.

O atual presidente americano fez essas declarações durante uma reunião bilateral com o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, à margem da Assembleia Geral da ONU.

Um informe anual da ONU divulgado nesta segunda-feira mostrou um aumento das denúncias de abuso sexual e exploração por parte da equipe que trabalha nas agências das Nações Unidas e em suas organizações associadas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou no relatório que, no entanto, houve uma diminuição dos casos de estupros e exploração que envolvem os capacetes azuis: 54 em 2018 contra 62 no ano anterior e 104 em 2016.

Guterres se comprometeu a erradicar do organismo os abusos sexuais, depois de que uma série de casos nos últimos anos mancharam a imagem das missões de manutenção da paz e do pessoal da ONU.

No total, foram registradas 94 denúncias contra funcionários da ONU no ano passado e 109 contra o pessoal de organizações locais que trabalham em conjunto com as Nações Unidas no mundo todo, ante 25 em 2017.

Onze casos se referem a estupros de menores, segundo o informe.

O Programa Mundial de Alimentos recebeu 19 denúncias de abuso sexual contra seu pessoal e organizações associadas em 2018, em comparação com 26 nos 12 anos anteriores.

A Acnur, a agência da ONU para os refugiados, relatou 34 denúncias em 2018, quase o dobro das 19 em 2017; além disso, houve 15 denúncias contra funcionários da agência da ONU para a infância, Unicef, no ano passado, em comparação com oito em 2017.

O aumento das denúncias foi atribuído em parte aos esforços para encorajar as vítimas a apresentar suas acusações.

As últimas cifras sugerem que "os esforços de sensibilização e divulgação estão tendo um impacto e que há uma maior confiança em vítimas e testemunhas e uma maior consciência da necessidade de informar", diz o informe.

No que diz respeito ao pessoal de manutenção da paz, a maioria das acusações (74%) de 2018 vieram de duas missões, uma na República Centro-Africana e outra na República Democrática do Congo.

De acordo com a ONU, cabe aos governos tomar medidas contra suas tropas enviadas como pessoal de manutenção da paz que enfrentem acusações de estupro ou outra má conduta. No entanto, foram dados poucos detalhes sobre os processos, com muitos casos ainda em revisão.

Ao menos um terço dos funcionários das Nações Unidas sofreu assédio sexual no interior do organismo nos últimos dois anos, segundo uma primeira pesquisa sobre o tema, publicada nesta terça-feira (15).

O secretário-geral da ONU, António Guterres, avaliou que a pesquisa traz "algumas estatísticas alarmantes e evidencia que se deve mudar" para melhorar o ambiente de trabalho da organização.

Um a cada três entrevistados - 33% - relatou ao menos uma situação de assédio sexual nos últimos dois anos, mas este número sobe para 38,7% para os que informaram sobre algum tipo de assédio sexual durante todo o tempo de atuação nas Nações Unidas.

O tipo mais comum de assédio são as histórias ou brincadeiras sexuais ofensivas, ou comentários ofensivos sobre a aparência, o corpo ou atividades sexuais. Mas os funcionários também foram objeto de gestos ofensivos, toques e tentativas indesejadas de discutir temas sexuais. 

A pesquisa revela ainda que 1/3 dos assédios foi praticado por mulheres, e um a cada quatro, por supervisores ou gerentes. A taxa de resposta à pesquisa foi moderadamente baixa, de 17%, com 30.364 funcionários completando um questionário confidencial online.

Guterres declarou que os índices são comparáveis aos de outras organizações, mas que as Nações Unidas - que defendem igualdade, dignidade e direitos humanos - devem estabelecer um padrão mais elevado.

O Brasil abandonará o Pacto Mundial para Migração das Nações Unidas, aprovado formalmente nesta segunda-feira (10) em Marrakech, no momento em que Jair Bolsonaro assumir o governo, no dia 1º de janeiro, afirmou o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Twitter.

"O governo Bolsonaro se desligará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech, um instrumento inadequado para lidar com o problema", escreveu Araújo na noite desta segunda-feira, acrescentando que a "imigração é bem-vinda, mas não deve ser indiscriminada".

A saída do Brasil do Pacto é um novo sinal de aproximação com a diplomacia do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abandonou a elaboração do texto em dezembro de 2017. Na América Latina, países como Chile e República Dominicana também se afastaram do pacto.

Bolsonaro e Araújo não escondem sua admiração por Trump e seu desejo de alinhar o futuro governo aos Estados Unidos em matéria de política externa. O futuro presidente do Brasil já havia manifestado sua intenção de abandonar o acordo de Paris sobre o clima.

O anúncio do futuro chefe do Itamaraty chega horas após a aprovação do Pacto para a Migração na conferência que reuniu quase 160 países em Marrakech.

A cerimônia contou com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do atual ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, que se mostrou favorável ao acordo.

Araújo concluiu sua série de mensagens no Twitter afirmando que os imigrantes venezuelanos "que fogem do regime de Maduro" continuarão sendo acolhidos pelo Brasil, mas avaliou que "o fundamental é trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela".

A Organização Internacional para Migrações das Nações Unidas (OIM) está recebendo inscrições de obras cinematográficas, curta e longa-metragem, para serem exibidas no Festival Global de Filmes sobre Migração no final de 2018. Os filmes candidatos devem ser enviados para a OIM até 21 de junho. A informação foi divulgada hoje (4) pela ONU News.

O festival faz parte da campanha "Junto com as Nações Unidas" (UN Together, na sigla em inglês) e aceita candidaturas de obras em todos os gêneros: ficção, documentário, animação, drama e outros. Apenas os filmes enviados através da plataforma FilmFreeway serão considerados.

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A competição está aberta tanto a cineastas emergentes quanto a realizadores com mais experiência. Para serem considerados, os filmes devem abordar desafios e promessas da migração e as várias contribuições dos migrantes nas suas novas comunidades. Além disso, o festival busca focar nas contribuições únicas que os migrantes trazem às suas novas comunidades. "Filmes que abordam as percepções negativas dos migrantes, desafiam os estereótipos e retratam ações positivas e acolhedoras por e para os migrantes são encorajados", diz a OIM através de nota oficial. 

Para outras informações, acesse o site oficial da OIM.

Quando olhamos para o mundo que nos cerca, é possível imaginar e aceitar que tudo o que vemos pode acabar? E quando me refiro ao fim, quero levantar a reflexão justamente para o esgotamento dos recursos naturais e não apenas para a escassez de todos os elementos utilizáveis da terra.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMN), o ano de 2017 está entre os três anos mais quentes desde que há registros - reflexo de um termo muito comum utilizado nos últimos anos chamado de 'aquecimento global', e que traz como consequência um clima propício a terremotos, inundações e secas. O assunto, que já foi consideravelmente discutido, está sendo base de estudos científicos apresentados na 23ª Conferência do Clima das Nações Unidas realizada até o dia 17 de novembro em Bona, na Alemanha, com a presença de membros de 196 países.

Entre as constatações plausíveis que se pode fazer sobre todos esses acontecimentos climáticos, a sustentabilidade chega como forma rápida, direta e eficaz de combate aos fatores agressivos do nosso planeta. E quando me refiro ao termo sustentabilidade, reforço a ideia que ele vai muito além da economia de energia e água, da coleta seletiva e da reciclagem. Não se limita a entender que ser sustentável é diminuir a produção de resíduos e do uso de agrotóxicos, ou simplesmente preservar o meio ambiente.

Adotar práticas ecologicamente corretas também inclui alternativas viáveis e diversas. Ou seja, a alimentação é um forte canal para desempenharmos hábitos saudáveis e conscientes. Alimentos naturais e orgânicos funcionam como válvulas propulsoras de um forte sistema que envolve a preservação do ar, do solo, da água e, sobretudo, da saúde. Desta forma, a sustentabilidade aplicada à alimentação se enquadra na sustentabilidade ambiental. Esta é a verdadeira ideia de que: precisamos descascar mais ao invés de desembrulhar.

Além disso, engana-se quem pensa que a educação não tem muito a oferecer sobre o tema. Arrisco-me a dizer, inclusive, que ela é a maior e mais importante arma de prevenção e solução dos problemas que envolvem o esgotamento dos recursos naturais do nosso planeta. A diferença consiste na formação de uma sociedade que não vai apenas pensar em solucionar as questões já existentes que ameaçam a nossa sobrevivência, mas também na implementação de hábitos que irão prevenir e evitar que muitos problemas ambientais aconteçam. Enxergar que o planeta precisa ser salvo vai muito além da solução dos contratempos, ela se baseia principalmente na prevenção e na apropriação de hábitos conscientes.

Nenhum país no mundo está em vias de alcançar as metas das Nações Unidas para erradicar a tuberculose até 2030, e muito poucos estão caminhando para impedir novos contágios com o vírus da aids (HIV), segundo um estudo sobre a saúde mundial publicado nesta quarta-feira.

Menos de 5% dos países atingiriam, até 2030, os objetivos de redução de suicídios, mortes em acidentes de trânsito e obesidade infantil, e só 7% poderiam eliminar novas infecções com o HIV, segundo o estudo publicado na revista médica The Lancet.

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Quanto à tuberculose, nenhum país está em vias de uma erradicação de novas infecções.

Por outro lado, mais de 60% dos países avaliados podem alcançar as metas de redução da mortalidade infantil, neonatal e materna, e de eliminação da malária.

Apenas 20% das 37 metas de saúde estabelecidas no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU adotados em 2015 são suscetíveis de serem cumpridas, segundo os autores.

Estes destacam uma "desigualdade considerável" nas projeções para 2030: os países com rendas altas alcançariam 38% das metas, e os com rendas baixas, 3%.

Com base nas tendências registradas, Cazaquistão, Timor-Leste, Angola, Nigéria e Suazilândia teriam os avanços mais notáveis em nível mundial, segundo os autores, que citam, entre seus avanços, uma redução da mortalidade infantil, um melhor acesso aos cuidados, ao planejamento familiar e à presença de profissionais qualificados para os partos.

Outros países registraram retrocessos em termos de obesidade infantil e abuso de álcool, entre eles o Sri Lanka, Venezuela, Sérvia e Ucrânia.

A equipe classificou, ainda, os países com base em um índice global dos objetivos ligados à saúde.

Cingapura, Islândia e Suécia estão no topo desta lista de 188 países, e o Afeganistão aparece em último lugar.

A Espanha está na 23ª posição - com índices ruins em abuso de álcool, tabaco e obesidade infantil - seguida pelos Estados Unidos, cujos maiores problemas são o suicídio, as agressões sexuais a menores, o abuso de álcool e os homicídios.

A Costa Rica (36ª posição) e Cuba (38ª) são os primeiros países latino-americanos da lista, embora o primeiro registre índices altos de abusos sexuais de menores e o segundo tenha como ponto mais fraco a gravidez na adolescência.

Esta última também é o principal problema do Uruguai, (posição 45), Argentina (59), Peru (62), Nicarágua (63), Equador (79) e Bolívia (112).

Os homicídios são o principal flagelo no México (48), Colômbia (51), Brasil (67), El Salvador (75) e Venezuela (99).

O Chile (61) registra especialmente taxas altas de obesidade infantil.

Honduras, no 113º lugar, é o país latino-americano pior classificado, com resultados ruins principalmente em homicídios, gravidez na adolescência e registro de certidões de óbito.

A publicação do estudo, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates, coincide com a realização da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

As Nações Unidas advertiram nesta terça-feira sobre a situação "desesperadora" dos refugiados sírios, um dos aspectos abordados pela conferência de dois dias organizada entre a ONU e a União Europeia (UE) em Bruxelas para discutir o futuro da Síria e a ajuda internacional.

"A situação está ficando vez mais desesperadora", disse em um comunicado o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, que celebrou as doações "já realizadas", mas advertiu que "elas não respondem na realidade às necessidades".

As agências da ONU para os Refugiados (ACNUR) e para o Desenvolvimento (PNUD) indicaram que a ONU recebeu apenas 433 milhões de dólares dos 4,63 bilhões considerados necessários para ajudar em 2017 os cinco milhões de refugiados que vivem no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia.

"Sem fundos adicionais, todas as áreas serão limitadas neste ano", alertam no comunicado. De acordo com Grandi, "já estamos vendo crianças que não podem ir à escola, famílias que não podem ter acesso a um refúgio adequado ou cobrir suas necessidades básicas".

A ajuda da ONU também serve para atender aos cerca de 4,4 milhões de habitantes dos países vizinhos, cujas vidas são afetadas pela presença de um grande número de refugiados. "A história é a mesma em toda a região", disse Helen Clark, administradora do PNUD.

Esperava-se que a conferência, à qual foram convidados mais de 70 países e organizações internacionais, servisse para fazer um balanço sobre as promessas e doações feitas pela comunidade internacional em fevereiro de 2016 durante um encontro similar em Londres. Na época, foram prometidos cerca de 11 bilhões de dólares em ajuda e 41 bilhões de dólares em empréstimos com taxas de juros reduzidas e a vários anos.

Mas a ONU fechou o ano de 2016 sem financiamento para quase a metade de seus programas relacionados ao conflito sírio, que descreveu como "a pior catástrofe provocada pelo homem desde a Segunda Guerra Mundial". Nas cidades sitiadas, os poucos hospitais que resistiram aos bombardeios, ou nos campos de refugiados nos países vizinhos, as necessidades são enormes.

Para 2017, as Nações Unidas calculam que precisarão de 8,1 bilhões de dólares, 4,7 bilhões dos quais seriam destinados aos refugiados sírios e às comunidades dos países da região que os acolhem.

Além disso, a União Europeia (UE) espera que a conferência também seja útil para as negociações entre a oposição e o regime sírio, sob os auspícios da ONU, discutindo as possíveis ações para reconstruir a Síria.

Embora a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, tenha admitido há alguns meses que conversar sobre o pós-guerra na Síria poderia parecer um pouco "surreal", afirmou na segunda-feira que estas negociações "não começarão até o início de uma transição política."

A “Síria é a pior catástrofe causada pelo ser humano desde a Segunda Guerra Mundial” e virou “um lugar de horror selvagem e de injustiça absoluta”, afirmou nesta terça-feira (14) o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, Zeid Al Hussein. As informações são da ONU News.

O pronunciamento de Al Hussein foi feito durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça). Segundo ele, o conflito sírio, que completou seis anos este mês, se transformou numa verdadeira “câmara de torturas”.

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Zeid disse ainda que os “apelos desesperados feitos pela população de Alepo no ano passado tiveram pouco ou nenhum impacto sobre os líderes mundiais, cuja influência poderia ajudar a pôr um fim ao conflito”.

A guerra na Síria já causou a morte de centenas de milhares de pessoas e o deslocamento de milhões de outras, principalmente sírios. Zeid lembrou que “repetidos vetos de resoluções no Conselho de Segurança têm adiado a esperança para o fim da carnificina”.

Crimes de guerra

O alto comissário da ONU afirmou que isso acontece apesar dos sequestros e da venda de mulheres e meninas da minoria Yazidi como escravas sexuais pelos terroristas do grupo Estado Islâmico. Segundo Zeid, é muito importante garantir que os autores dos crimes cometidos no país sejam responsabilizados.

Para isso, o Escritório de Direitos Humanos tenta acelerar a implementação de um mecanismo internacional para julgar os responsáveis pelas atrocidades ocorridas na Síria, muitas das quais podem ser classificadas como “crimes de guerra”.

da ONU News

Relatores especiais da ONU sobre liberdade de expressão divulgaram hoje (3) uma declaração conjunta afirmando que as "notícias falsas" ("fake news", em inglês), a desinformação e a propaganda representam uma  preocupação global. Além das Nações Unidas, o comunicado foi assinado também pela Organização dos Estados Americanos (OEA), pela Organização para Cooperação e Segurança na Europa e pela Comissão Africana sobre Direitos Humanos e dos Povos. As informações são da ONU News.

Segundo David Kaye, relator especial da ONU sobre o direito à liberdade de opinião e expressão, as "fake news" surgiram como um assunto de preocupação global e que os esforços para combatê-las podem levar à censura. Segundo ele, há o risco também da supressão do pensamento crítico e de outras abordagens contrárias à lei de direitos humanos.

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A declaração encoraja a promoção da diversidade na mídia e enfatiza o papel das redes sociais, da mídia digital, e também de jornalistas e dos meios de comunicação. O comunicado afirma que as notícias falsas são divulgadas por governos, empresas ou indivíduos e o objetivo é, entre outros, "enganar a população e interferir no direito do público em ter conhecimento do assunto".

Violência

Para os especialistas, a desinformação e a propaganda podem destruir reputações e a privacidade e incitar à violência, discriminação e hostilidade contra certos grupos da sociedade. O comunicado da ONU alerta para a possibilidade de autoridades públicas denegrirem, intimidarem ou ameaçarem os meios de comunicação, incluindo declarações colocando a mídia como sendo "a oposição" ou com falsas acusações de que esteja "mentindo", ou ainda, que tenha uma agenda secreta.

Tudo isso, segundo o documento, aumenta o risco de ameaças e violência contra jornalistas e mina a confiança pública no jornalismo. O comunicado diz ainda que os países têm a obrigação de promover um ambiente para a liberdade de expressão, protegendo e apoiando diversos meios de comunicação.

Os relatores especiais das Nações Unidas sobre liberdade de expressão condenaram as tentativas recentes feitas por alguns governos para suprimir qualquer oposição e controlar a comunicação pública. Entre as medidas adotadas estão a interferência nas operações de meios de comunicação públicos ou privados, incluindo negar credenciamento a jornalistas e encetar perseguições políticas.

O comunicado diz ainda que as ordens de bloqueios de websites na internet determinadas por governos são consideradas medidas extremas. Para os especialistas, elas só podem ser justificadas pela lei e quando forem necessárias para proteger os direitos humanos ou outro interesse público legítimo.

"Caro presidente Obama, lembra-se do garoto socorrido por uma ambulância na Síria? Você poderia buscá-lo e trazê-lo para nossa casa. Nós todos podemos brincar juntos". O trecho foi retirado de uma tocante carta escrita por um garoto de seis anos ao presidente dos Estados Unidos. 

Morador de Nova York, o pequeno Alex escreveu a Barack Obama depois de ver a foto de Omran Daqneesh, garoto sírio que foi resgatado de escombros em Aleppo, na Síria, numa imagem que chocou e rodou o mundo no último mês de agosto. Na carta, Alex oferece seu lar para Omran e diz que vai ajudá-lo a andar de bicicleta, apresentá-lo a um colega sírio que tem na escola, entre outros comoventes argumentos. 

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Obama compartilhou a mensagem durante um encontro das Nações Unidos e também pelas redes sociais. "Nós deveríamos ser mais como Alex. Imaginem como o mundo seria se nós fôssemos assim. Imaginem o sofrimento que poderíamos amenizar e as vidas que poderíamos salvar", escreveu Obama no Facebook. 

O caso viralizou na internet e chamou atenção da imprensa mundial. Os Estados Unidos já afirmaram que pretendem receber mais refugiados sírios em 2017 (cerca de 110 mil). Em 2016, apenas 10 sírios tiveram acolhimento no território norte-americano. 

 

A missão das Nações Unidas no Mali disseram que pelo menos um pacificador foi morto e outros quatro feridos em um ataque no norte do país. A missão disse que um veículo da ONU atingiu um dispositivo explosivo improvisado na manhã de domingo na região de Kidal, cerca de 11 quilômetros de Aguel'hoc, matando o pacificador e ferindo outros quatro.

Um segundo ataque, perto do campo de missão da ONU em Kidal, danificou equipamentos. A ONU condenou os ataques. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade, mas ambos foram próximos a áreas de atuação da Al Qaeda no Magrebe islâmico. A ONU apelou por um acordo de paz com o governo para ajudar a prevenir ataques de extremistas. Fonte: Associated Press

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Uma em cada cinco mulheres com menos de 18 anos no mundo já foi vítima de estupro ou abuso sexual. Os dados integram um raio X produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre o fenômeno da violência como um problema de saúde. O relatório traça a estimativa com base em estudos feitos entre 2011 e 2015 e compila informações de 133 países.

Segundo o informe da entidade das Nações Unidas, que na semana passada aprovou um plano para combater a violência contra a mulher até 2030, os governos precisam agir. "Mulheres violentadas tendem a usar mais os serviços de saúde do que aquelas que não são abusadas, ainda que elas raramente indiquem que são vítimas", diz o informe. "Com muita frequência, instituições de saúde são lentas em reconhecer e lidar com essa violência."

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A entidade aponta que uma em cada três mulheres já "experimentou violência física e/ou sexual por parte de seus parceiros". Além disso, 7% das mulheres foram alvo de violência sexual por desconhecidos e 50% delas se envolveram em uma disputa física com seus companheiros.

Para os especialistas da OMS, os dados revelam o caráter rotineiro da violência contra a mulher. "Trata-se de algo muito comum e muito mais regular do que imaginamos", diz Berit Kieselbach, uma das responsáveis pelo plano de enfrentamento da entidade. Ela diz ainda que o fenômeno da violência contra a mulher não é novo. "O que é novo é a capacidade de começar a coletar dados sobre o tema", explica. Berit lembra que dezenas de países não têm sistemas para identificar causas de mortes nem para medir a violência.

Ao lado da estratégia para identificar os autores de crimes, a OMS tenta lidar com o impacto para a saúde, como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, suicídios, gravidez indesejada, resultados adversos nos bebês, transmissão de infecções e aids.

Professora do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Carmen Simone Grilo Diniz explica que, como preconiza a OMS, o abuso sexual durante a infância e a adolescência implica problemas físicos e psíquicos que podem perdurar para o resto da vida. "Uma experiência como essa pode provocar quadros de estresse pós-traumático, depressão, comportamento autoagressivo, além do risco de se contrair doenças sexualmente transmissíveis", diz.

Trauma

Julia (nome fictício), de 24 anos, é um exemplo de mulher que precisou de ajuda psicológica para superar os traumas causados pelo abuso sexual. Aos 11 anos, ela se tornou uma vítima e entrou nas estimativas.

A jovem conta que foi abusada por um funcionário da loja de seu tio, onde costumava ficar e brincar após as aulas. Com a chegada do novo atendente de 19 anos, a garota pensara ter ganhado um companheiro de brincadeiras. Todos os dias, jogavam forca e jogo da velha, mas, quando o tio saía, uma regra era imposta. "Ele dizia que, se eu perdesse, tinha de pagar uma prenda. E a prenda era me levar para um canto da papelaria e passar a mão em mim, no meu corpo, na minha vagina", conta.

Ela sentia desconforto, mas era levada a acreditar que tudo fazia parte da brincadeira. "Só fui perceber que era algo muito errado quando contei para a minha mãe."

Por um tempo, a jovem pensou que não conseguiria mais se relacionar com ninguém, mas, com acompanhamento psicológico, diz ter superado o problema. "O que eu sinto hoje é raiva quando vejo outros casos de abuso, porque o homem sabe que a criança não entende muito bem o que está acontecendo e se aproveita desse poder", diz.

De acordo com Marina Ganzarolli, advogada e cofundadora da Rede Feminista de Juristas, se a maior parte dos casos de abuso contra mulheres é praticada por conhecidos da vítima, no caso de crianças e adolescentes, isso é ainda mais comum. "O chamado 'estupro de beco', em que um estranho violenta uma mulher, é o menos frequente. Geralmente, os abusos acontecem em espaços privados, cometidos por pais, padrastos, tios, amigos da família", afirma ela, assim como aconteceu com Julia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai realizar uma reunião de emergência na quinta-feira sobre o surto de febre amarela que atinge principalmente a Angola, mas corre o risco de se espalhar para outros países se a oferta de vacinas não aumentar.

Essas reuniões da agência das Nações Unidas geralmente são realizadas antes da declaração de uma emergência internacional de saúde, como aconteceu em meio ao surto de ebola na África Ocidental e ao aumento repentino de distúrbios neurológicos ligados à propagação do zika vírus nas Américas.

O porta-voz da OMS Tarik Jasarevic disse à AFP que a reunião havia sido convocada para ressaltar a gravidade do surto de febre amarela e para enfatizar mais uma vez a necessidade de vacinação em massa contra essa doença viral.

Em 12 de maio, Angola havia registrado 2.267 casos suspeitos de febre amarela e 293 mortes, em um surto que começou em dezembro e se concentra principalmente na capital, Luanda.

A República Democrática do Congo registou 44 casos suspeitos, relacionados tanto a um surto local como a pacientes que contraíram o vírus na vizinha Angola.

Na China, os exames de onze pessoas deram positivo para febre amarela após elas terem viajado para Angola, o que mostra "o risco de propagação internacional através de viajantes não imunizados", segundo a OMS.

Vários casos também foram registrados em Uganda. O percentual de pessoas vacinadas contra a febre amarela continua sendo baixo em muitas partes da África, apesar de a vacina ser quase 100% eficaz e relativamente barata. A OMS enviou 11,7 milhões de doses para Angola e há planos de vacinar 2,2 milhões de pessoas na República Democrática do Congo.

A OMS se comprometeu, ainda, a reforçar os seus sistemas de respostas de emergência, depois de ter recebido críticas em relação ao surto de ebola, com muitos especialistas dizendo que a agência da ONU demorou tempo demais para lançar um alerta global.

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