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Cerca de 60 voos foram cancelados nesta sexta-feira (30) no aeroporto internacional de Genebra, o segundo mais movimentado da Suíça, devido a uma greve dos funcionários.

Os voos foram cancelados logo após o início da greve, por volta das 6h locais (1h no horário de Brasília), de acordo com as autoridades aeroportuárias.

As atividades de decolagem e pouso foram retomadas cerca de quatro horas depois, quando as equipes de pista voltaram ao trabalho - embora os sindicatos tenham votado para manter a greve até sábado.

"O tráfego foi retomado, mas será mais lento do que o normal", disse à AFP o porta-voz do aeroporto de Genebra, Ignace Jeannerat.

Os funcionários do aeroporto convocaram a greve na quinta-feira, depois que a diretoria desta plataforma aeroportuária pública anunciou a aprovação de uma polêmica política salarial para os trabalhadores.

Muitos voos internacionais para a América do Norte e Oriente Médio foram afetados pela greve.

Esta é uma greve histórica, já que é a primeira paralisação feita por funcionários do aeroporto que inclui controladores e a equipe das pistas, segundo uma companhia aérea suíça.

Havia policiais e seguranças na entrada do aeroporto nesta sexta-feira, permitindo apenas a passagem de pessoas com voos mantidos.

Enquanto isso, dezenas de trabalhadores em greve e sindicalistas protestavam do lado de fora da entrada principal do terminal.

Um diretor sindicalista manifestou seu descontentamento por ter chegado a esta situação extrema, num país com poucas greves registradas.

"O aeroporto é uma empresa lucrativa, que se beneficia de um monopólio e que está atacando as condições da equipe", disse o presidente do Sindicato Suíço (USS), Pierre-Yves Maillard.

Cerca de 6,8 milhões de passageiros utilizaram este aeroporto entre janeiro e maio, segundo dados oficiais.

O Dia Mundial da Síndrome de Down é celebrado nesta terça-feira (21). Tradicionalmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza um evento em Genebra, na Suíça, para falar sobre as possibilidades e espaço que as pessoas com a síndrome podem alcançar na sociedade. No encerramento do evento, o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) discursou e homenageou seu irmão caçula, Miguel.

“O convívio com as diferenças nos engrandece”, disse Campos em sua fala, quando contou a história da sua família. Seu irmão mais velho, e prefeito do Recife, João Campos (PSB), também homenageou Miguel em seu perfil no Instagram. Em seu breve texto, o prefeito mencionou a importância de uma sociedade mais inclusiva.

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No Senado Federal, um evento foi organizado nesta terça pelo senador Romário (PL-RJ), cuja filha, Ivy Faria, tem a Síndrome. Ela também esteve presente no evento, que teve como tema “Conosco, não por nós”.

“Para deixar marcado que são eles que devem guiar esse caminho, nos dizendo o que eles querem, afinal, eles têm voz e merecem ser ouvidos”, disse o parlamentar em seu perfil oficial nas redes sociais.

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A Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) abriu seleção para o Summer Student Programme (programa de verão para estudantes, em português), que concede bolsas de estudo para alunos latino-americanos estudarem em Genebra, na Suíça. Os estudantes selecionados farão um contrato de associação de 8 a 13 semanas para trabalhar em projeto técnico avançado, programa de palestras de física e de tecnologia da informação, e assistência para encontrar acomodação. 

O programa é voltado para estudantes de bacharelado ou mestrado em física, engenharia, ciências da computação ou matemática. Os participantes receberão uma bolsa de aproximadamente 7 mil euros, que inclui o pagamento de ajuda de custo de 90 francos suíços por dia, para cobrir os custos de acomodação e alimentação; seguro-saúde; e 200 francos suíços para o transporte.

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Entre os requisitos para participar, é necessário ter completado pelo menos três anos de estudos na graduação, até o verão europeu de 2023; possuir bom conhecimento da língua inglesa (conhecimento da língua francesa é considerado uma vantagem); não ter trabalhado na CERN por mais de três meses, e também não ter participado de edições anteriores.

Os interessados podem se inscrever até 30 de janeiro no site da CERN. Para efetuar a inscrição, os candidatos devem anexar currículo, cópia de histórico escolar recente e duas cartas de recomendação de docentes ou de supervisores de estágios anteriores.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, terão sua primeira cúpula no próximo mês em Genebra - anunciaram ambas as partes nesta terça-feira (25), preparando a cena para um novo capítulo na tensa relação entre os dois países.

A reunião na cidade suíça - sede de muitas agências da ONU e palco de uma cúpula histórica em 1985 entre o então líder soviético Mikhail Gorbachev e o presidente norte-americano Ronald Reagan - será em 16 de junho, informou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

"Os líderes discutirão toda a gama de assuntos urgentes, enquanto buscamos restaurar a previsibilidade e a estabilidade da relação entre Estados Unidos e Rússia", completou.

O Kremlin confirmou o encontro e disse, em um comunicado, que Putin e Biden discutirão "questões de estabilidade estratégica", assim como "a resolução de conflitos regionais" e a pandemia de covid-19.

Biden, que fará sua primeira viagem internacional como presidente, irá a Genebra imediatamente após as cúpulas com seus aliados ocidentais-chave do G7, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia.

A reunião com o líder do Kremlin ocorre em meio a níveis de tensão que não eram vistos há anos, e quando Washington reduziu suas ambições a apenas uma relação em que ambas as partes se entendam e possam trabalhar juntas em áreas específicas.

A reunião de alto nível ocorre em um momento em que Putin enfrenta um Ocidente em grande medida hostil, mas a decisão de Biden de se reunir não deve ser vista como um sinal de aprovação, dizem funcionários da Casa Branca. "Não consideramos o encontro com o presidente russo uma recompensa", disse Psaki.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Biden impôs novas sanções contra Moscou em resposta ao que as autoridades americanas consideram que foi o papel da Rússia no ciberataque maciço da SolarWinds e a repetida ingerência nas eleições presidenciais de 2020.

Washington também criticou Moscou duramente pelo envenenamento e a posterior prisão de um dos últimos opositores abertos a Putin, Alexei Navalny.

O anúncio da cúpula ocorre no mesmo dia em que Navalny afirmou que é alvo de três novos processos penais, no momento em que cresce a pressão contra seu movimento e seus seguidores.

As tensões também estão altas na Ucrânia, onde a Rússia já controla partes do território e tropas recentemente concentradas na fronteira, em uma nova demonstração de força.

E um novo foco de atrito foi inaugurado após o desvio de um avião comercial pela Belarus para prender um jornalista opositor que estava entre os passageiros. Se Washington e as capitais europeias condenaram Minsk, Moscou renovou seu apoio.

Além disso, não se pode esquecer que Biden disse a um entrevistador que concordava com a descrição de Putin como um "assassino", enquanto o governo russo declarou formalmente os Estados Unidos como um país "hostil".

- Acalmar as águas -

As recriminações abertas estão muito longe da relação frequentemente intrigante entre Putin e o antecessor de Biden, Donald Trump.

A cúpula de Genebra acontecerá quase três anos depois que Trump apoiou o líder do Kremlin, e não a avaliação das agências de Inteligência americanas, sobre se Moscou interferiu nas eleições presidenciais americanas de 2016.

Os dois lados estão trabalhando, no entanto, para acalmar as águas antes da cúpula de Genebra. Nesse sentido, a Casa Branca enfatiza as esperanças de trabalhar junto com a Rússia em questões estratégicas bem definidas, como o controle de armas nucleares e as negociações nucleares do Irã.

Para preparar o terreno, o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, e o veterano ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, tiveram uma reunião na semana passada, na capital da Islândia, Reykjavik.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse após a reunião Blinken-Lavrov que retomar os laços "não será fácil", mas viu "um sinal positivo".

Moscou recebeu com satisfação a decisão dos Estados Unidos de renunciarem às sanções que atrasaram a finalização do gasoduto de gás natural Nord Stream 2, uma importante rota de fornecimento de energia da Rússia à Europa. Washington teme que a União Europeia se torne muito dependente dos russos.

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Senado Federal, para apreciação, o nome do diplomata Tovar da Silva Nunes para exercer o cargo de Delegado Permanente do Brasil em Genebra. A indicação consta de mensagem publicada no Diário Oficial da União (DOU). Para assumir o posto, Tovar Nunes precisa passar por sabatina no Senado e ter seu nome aprovado na Casa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para “muito alto” o risco em nível global de disseminação do novo coronavírus. “O contínuo aumento dos casos de Covid-19 e do número de países afetados pelos últimos dias é claramente preocupante”, ressaltou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em coletiva à imprensa em Genebra nesta sexta-feira (28).

Covid-19 é a doença causada pelo novo coronavírus. Entre a manhã da quinta-feira (27) e a da sexta-feira, foram registrados 329 novos casos na China. Este o menor aumento do número de casos do último mês no país asiático.

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No total, a China registrou 78.959 casos do Covid-19, com 2.791 mortes pela doença. Fora da china são 4.351 casos em 49 países, com 67 mortes. Desde esta quinta-feira (27), Dinamarca, Estônia, Lituânia, Holanda e Nigéria reportaram seus primeiros casos, todos relacionados à disseminação do vírus na Itália.

“O que vemos agora são epidemias do Covid-19 interligadas em muitos países. mas a maioria dos casos são rastreáveis para contatos ou grupos de casos conhecidos. Não vemos evidências de disseminação do vírus livremente em comunidades”, destacou Ghebreyesus.

Segundo ele, desta forma há a chance de conter a disseminação do vírus, se ações drásticas forem tomadas para detectar cedo os casos, isolar e cuidar dos pacientes e de quem teve contato com eles.“São diferentes cenários em diferentes países, e diferentes cenários dentro do mesmo país. A solução para conter o coronavírus é quebrar as cadeias de transmissão”, reforçou o diretor da OMS, convocando governos e população a contribuírem..

Ele reforçou que as pesquisas em medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus estão avançando, porém, o diretor reforça que não é necessário esperar por estes recursos, já que há ações que cada indivíduo pode tomar para prevenir a contaminação, como higienizar bem as mãos, as superfícies e espirrar em lenços descartáveis.

 

Previsto para acontecer entre 5 e 15 de março, o Salão Internacional do Automóvel de Genebra foi cancelado nesta sexta-feira (28), depois que o governo suíço decidiu proibir os grandes atos públicos para impedir a propagação do novo coronavírus.

Decidiu-se proibir os eventos com grande quantidade de público e, "por isso, o Salão do Automóvel não vai acontecer", tuitou o presidente do governo regional, Antonio Hodgers.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai viajar na próxima semana para cumprir agendas em Paris, Genebra e Berlim. Na capital da França, o petista vai receber o título de cidadão honorário parisiense, concedido enquanto ele ainda estava preso em Curitiba, cumprindo a condenação na Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

Na terça-feira (3), o ex-presidente participa do Festival Lula Livre em Paris, no Teatro do Sol, às 19h30. O evento também vai contar com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff e de Fernando Haddad, ambos do PT. 

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Já no dia 6, o ex-presidente estará na Genebra, onde vai encontrar representantes do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), que congrega mais de 340 igrejas em mais de 120 países. Na pauta, o ex-presidente deve abordar a desigualdade social, tema  central do encontro com o papa Francisco no Vaticano. Ainda na Suíça, o ex-presidente participa de encontro com representantes de sindicatos globais.

Já em Berlim, Lula vai se reunir com lideranças políticas e com representantes do movimento sindical alemão. No dia 9, o ex-presidente participa de Encontro em Defesa da Democracia no Brasil, ato público em que deve encontrar representantes dos comitês internacionais Lula Livre.

*Com informações do Instituto Lula

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, está chefiando a delegação brasileira na 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça. O evento começou nesta segunda (24) e segue até a quinta-feira (27).

A reunião é o principal encontro de líderes internacionais sobre o tema. Espera-se que que mais de 100 ministros e altas autoridades da área de direitos humanos participem das discussões previstas para os próximos quatro dias.

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Eu seu discurso, nesta segunda-feira, Damares iniciou comparando o Brasil entregue pela gestão anterior do atual, comandado há pouco mais de um ano pelo presidente Jair Bolsonaro. “No ano passado estive nessa tribuna para falar do Brasil que recebemos. Tínhamos herdado um país mergulhado em corrupção, violência, uma nação triste, em que muitos eram deixados para trás. Mas este ano eu volto para apresentar nesta tribuna um novo Brasil, uma nova nação”.

Sobre os ganhos alcançados no último ano, a ministra frisou o combate a corrupção. “O governo Bolsonaro recebeu de herança um estado debilitado, por anos de sistemáticos desvios de recursos públicos. Nosso governo, contudo, está decidido a mudar essa realidade”.

Como exemplo, citou que em 2019 o equivalente a mais de 25 milhões  de dólares – de ativos recuperados da Operação Lava Jato – foram destinados a promoção de direitos de adolescentes em conflito com a lei. “O dinheiro da corrupção agora vai para políticas públicas de defesa dos direitos humanos no Brasil”, afirmou.

“Sem corrupção já começa a sobrar dinheiro para proteger nossos brasileiros. Um dos muitos exemplos é a recente iniciativa do governo Bolsonaro de pagar pensão vitalícia para crianças nascidas com microcefalia em decorrência do zika vírus e também o pagamento do 13° salário do maior programa de transferência de renda, o Bolsa Família”, pontuou.

“Não fazemos discurso de homenagens aos direitos humanos e a justiça social como cortina de fumaça para o desvio institucionalizado de bilhões de dólares, destinados a saúde, a educação, a segurança pública. Estamos na verdade fazendo o caminho de volta".

A ministra também abordou em seu discurso temas como o Conselho da Amazônia, desmatamento, discriminação contra pessoas LGBT, violência e combate ao crime organizado. Confira:

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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, vai chefiar a delegação brasileira na 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça.

A reunião é o principal encontro de líderes internacionais sobre o tema e contará com a participação de mais de 100 ministros e altas autoridades da área de direitos humanos. O evento ocorre entre os dias 24 e 27 de fevereiro.

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Damares vai discursar no Conselho de Direitos Humanos e participará de painéis de alto nível em comemoração aos 30 anos da Convenção sobre Direitos da Criança e aos 25 anos da Conferência de Pequim sobre Mulheres.

A ministra manterá reuniões bilaterais com autoridades internacionais da área dos direitos humanos e participará de eventos promovidos pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa, sobre direitos da criança, e pelo Grupo de Lima, sobre situação dos direitos humanos na Venezuela.

Em seu quarto mandato como membro do Conselho de Direitos Humanos, o Brasil continuará a empenhar-se para tornar mais efetivo o trabalho do órgão na promoção e proteção internacional dos direitos humanos.

Ao longo da 43ª sessão, que se encerra em 20 de março, estão previstos mais de 200 eventos paralelos, promovidos por países e entidades da sociedade civil.

*Com informações do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

 

Centenas de cientistas de todo mundo iniciaram nesta terça-feira (11), em Genebra, uma reunião para intensificar os esforços para combater o novo coronavírus, descrito pela OMS como "uma ameaça muito séria" para o mundo.

"Com 99% dos casos na China, essa continua sendo uma grande emergência para este país, mas também representa uma ameaça muito séria para o resto do mundo", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na abertura da conferência.

Cerca de 400 cientistas devem analisar por dois dias maneiras de combater a epidemia, observando sua transmissão e possíveis tratamentos.

Também compartilharão seu conhecimento sobre as potenciais fontes da doença, que pode ter-se originado em morcegos e depois migrado para outros animais antes de atingir os seres humanos.

"O mais importante é parar a epidemia e salvar vidas. Com o apoio de vocês, é isso que podemos fazer juntos", disse o diretor-geral da OMS aos participantes.

Em particular, Tedros convocou todos os países a mostrarem "solidariedade", compartilhando os dados à sua disposição.

"Isso é particularmente verdade no que diz respeito às amostras e ao sequenciamento" do vírus 2019-nCoV, seu nome provisório.

"Para vencer essa epidemia, precisamos de um compartilhamento equitativo", insistiu.

Nos últimos dias, o chefe da OMS se queixou várias vezes da falta de compartilhamento de dados por certos países, em particular ocidentais, sem nomeá-los.

Ele disse que espera que a reunião resulte em um "roteiro" em termos de pesquisa, no qual "pesquisadores e doadores possam se alinhar".

Mais de 42.600 pessoas foram infectadas na China continental, e pelo menos 1.016 delas morreram. Fora da China continental, o vírus matou duas pessoas (uma nas Filipinas, e uma, em Hong Kong), e mais de 400 casos foram confirmados em cerca de 30 países e territórios.

Em paralelo a esse trabalho em Genebra, a agência especializada das Nações Unidas começou a enviar equipamentos de proteção e de testes para muitos países, em particular na África.

A OMS também acaba de enviar uma missão de especialistas à China para trabalhar com cientistas e autoridades chinesas. Ainda não há certeza, porém, sobre se essa missão poderá ir a Wuhan, epicentro da doença.

No final de janeiro, a OMS classificou a epidemia como "uma emergência de saúde pública de interesse internacional". Recusou-se, contudo, a falar de uma "pandemia".

A preocupação internacional foi revivida com o surgimento de um caso de contaminação fora da China. Um britânico infectado em Singapura transmitiu a doença para vários compatriotas durante uma estada na França, antes de ser diagnosticado na Grã-Bretanha.

Ele teria contaminado pelo menos 11 pessoas, acidentalmente. Cinco delas estão hospitalizadas na França; outras cinco, na Grã-Bretanha; e uma, na ilha espanhola de Maiorca.

"A detecção desse pequeno número de casos pode ser a fagulha que terminará em um incêndio maior", afirmou na segunda-feira o diretor-geral da OMS.

Até então, a maioria das contaminações identificadas no exterior envolvia pessoas que haviam retornado de Wuhan.

Vários laboratórios e institutos farmacêuticos estão envolvidos na busca de uma vacina - nos Estados Unidos, na China, na França, na Alemanha, ou na Austrália -, mas seu desenvolvimento e difusão podem levar vários anos.

Segundo especialistas da OMS, pelo menos 82% dos casos relatados desta doença são considerados pouco graves; 15%, graves; e 3%, "críticos".

A deputada federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Talíria Petrone, utilizou seu perfil oficial no Twitter neste sábado (18) para anunciar que está de partida para cumprir uma série de compromissos internacionais.

 A parlamentar afirmou que vai à Europa para falar sobre direitos humanos. “Embarcando agora para Paris, e depois irei a Genebra. Vamos trocar experiências sobre direitos humanos”, contou Petrone.

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 Talíria não deixou de comentar sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. De acordo com ela, o gestor será denunciado internacionalmente. “Vou denunciar o governador Wilson Witzel na ONU. A luta é internacional”, destacou.

O bate-boca entre o ex-deputado federal Jean Wyllys e a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, em Genebra, na semana passada, ainda está dando o que falar.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ligou diretamente para Maria Nazareth - em uma ação rara, pois dificilmente ele telefona para embaixadores - e a agradeceu pela atitude que teve de questionar o que era dito por Wyllys.

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No dia, o ex-parlamentar havia sugerido o envolvimento do crime organizado no governo federal e alertou os presentes para a violação dos direitos humanos. Ao tomar ciência do que foi dito por Wyllys, a embaixadora afirmou que o que ele falava se tratava de fake news.

A partir daí os ânimos se exaltaram e ambos discutiram por alguns minutos diante de dezenas de pessoas. Incomodada, Maria Nazareth deixou a sala, aos gritos, dizendo que Wyllys “envergonha o Brasil”.

O site Airbnb foi condenado ao pagamento de R$ 6 mil a título de danos morais, além de R$ 9,2 mil em danos materiais a uma cliente que alugou um imóvel em Genebra, na Suíça, cheio de percevejos. A mulher afirmou que a equipe da empresa se recusou a dedetizar o apartamento e a ressarcir os valores. A decisão é da 30ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O Airbnb informou que "lamenta a experiência da hóspede" e reiterou que "esse tipo de situação foge completamente do padrão de sua comunidade". "Esclarecemos que a hóspede recebeu assistência tão logo notificou a plataforma do problema, foi transferida para outra hospedagem e foi reembolsada pelo restante do período da reserva. O Airbnb já registrou mais de 300 milhões de reservas em todo mundo e incidentes negativos são extremamente raros."

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A autora da ação afirmou, por meio de seus advogados, que alugou um apartamento em Genebra, pelo valor de R$ 9.206,00, por intermédio do Airbnb - durante período de um mês, em julho de 2017. "Entretanto, na primeira semana de estadia a mesma começou a sentir picadas pelo seu corpo durante o sono, acordando cheia de marcas", narram os advogados.

Segundo a autora da ação, "acreditando que os sintomas tratavam-se de uma alergia, continuou a levar sua rotina". "Porém, as coceiras foram piorando e as marcas de picadas tornaram-se feridas".

"Em contato com algumas pessoas residentes do local, as mesmas lhe avisaram que ela poderia estar sendo vítima de um inseto comum na Suíça, principalmente em lugares com alta rotação de turistas, como albergues e hotéis, e que era comumente chamado de "pulnaises" ou, em português, "percevejo de cama"", relata.

Os advogados afirmam que o "inseto de mais ou menos 7 mm de comprimento, se aloja em camas, roupas, malas e sapatos, onde colocam seus ovos, podendo se esconder inclusive em tomadas, batentes de porta, sendo atraídos pelo calor do corpo humano, durante a noite, período em que se alimentam de sangue, picando a pele humana".

"Tais insetos são considerados um problema de saúde pública na Suíça, sendo, inclusive, tema de conferências", afirmam.

A consumidora afirmou que "preocupada com sua saúde, a Autora procurou pelos supracitados insetos em seu quarto, tendo encontrado vários". "Assim, visitou um médico, o qual confirmou suas suspeitas, aconselhando-a a deixar imediatamente o local, ou realizar uma dedetização".

"Assim, visitou um médico, o qual confirmou suas suspeitas, aconselhando-a a deixar imediatamente o local, ou realizar uma dedetização completa, tanto na cama, quanto em todas as suas roupas, sapatos, toalhas, roupas de cama e a aconselhou a jogar fora suas malas de viagem para evitar o transporte da praga de volta para o Brasil", narra, em petição inicial.

A consumidora encaminhou à Justiça e-mails em que relatava o problema à empresa, que apenas respondeu que estava "verificando com a proprietária se haveria possibilidade de resolução".

De acordo com a autora da ação, "o Airbnb respondeu afirmando que não iriam dedetizar o imóvel, nem tampouco devolver a quantia paga pela Requerente pelo quarto, afirmando, em justificativa superficial e desprovida de qualquer argumento, que a proprietária entendeu que os insetos achados no quarto não eram percevejos, e que, por isso, não havia necessidade de qualquer tipo de atitude por parte dela".

Segundo o relator da apelação, desembargador Lino Machado, a empresa dona do site em que são anunciadas as hospedagens é responsável por garantir que o serviço seja prestado de maneira adequada ao público consumidor. "Incumbia à ré tomar as medidas necessárias para verificar o que estava ocorrendo com a consumidora, a qual buscou um serviço confiável. Se ela opta que o consumidor entre em contato diretamente com o responsável pelo imóvel para solucionar eventuais problemas, é como se esses ditos anfitriões agissem como seu preposto para fins de garantia de uma hospedagem de qualidade."

O dano moral é evidente, continuou o magistrado, pois a autora da ação contratou os serviços da empresa visando a não ter problemas em sua viagem ao exterior. "Não houve razoável atendimento à consumidora na busca pela solução do problema que ela encontrou durante a estadia. Isso, por si só, é situação passível de indenização."

O julgamento foi unânime. Completaram a votação os desembargadores Carlos Russo e Marcos Ramos.

Defesa

A Airbnb se manifestou sobre o caso. "Lamentamos a experiência da hóspede e reiteramos que esse tipo de situação foge completamente do padrão da nossa comunidade. Esclarecemos que a hóspede recebeu assistência tão logo notificou a plataforma do problema, foi transferida para outra hospedagem e foi reembolsada pelo restante do período da reserva. O Airbnb já registrou mais de 300 milhões de reservas em todo mundo e incidentes negativos são extremamente raros."

O papa Francisco realiza nesta quinta-feira (21) uma viagem para Genebra, na Suíça, que durará apenas 10 horas. De acordo com o líder da Igreja Católica, o objetivo da visita é levar uma mensagem de "união".

De fato, o tema esteve presente no primeiro discurso de Francisco na Suíça. "Os cristãos devem caminhar em direção a uma meta precisa: a união. O caminho contrário, de divisão, leva à guerra e destruição", disse o Papa, em uma missa ecumênica para representantes religiosos locais.

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O Pontífice também ressaltou que a "comunhão conduz à paz, e que a divisão se opõe abertamente à vontade de Cristo, além de ser um escândalo para o mundo".

Rodeado por um grupo de jornalistas e questionado sobre a possibilidade de ampliar a presença feminina no Vaticano, Francisco brincou, dizendo estar em "negociações com Christine Lagarde para o IOR".

A viagem do Papa marca as celebrações do 70º aniversário do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), com sede em Genebra. Apesar da Igreja Católica não fazer parte da entidade, ela congrega 345 igrejas de mais de 110 países, como as ortodoxas, anglicanas, metodistas, batistas, luteranas e reformadas do mundo.

A última vez que um Pontífice visitou a Suíça foi em 2004, com João Paulo II.

Da Ansa

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU),  incluiu o Brasil na lista de países acusados de descumprir normas internacionais de proteção aos trabalhadores após uma sessão da Comissão de Normas da 107ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, na última terça-feira (29), e designará um comitê para analisar as denúncias. 

Ainda no ano passado o Brasil chegou a ser incluído na lista mais ampla e preliminar, mas acabou de fora da lista definitiva, mas agora foi colocado após denúncias de sindicatos e consultas do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a reforma trabalhista. Além do Brasil, outros 23 países, como o Haiti, Camboja, México, Japão e Líbia integram a lista.

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Antes da aprovação das mudanças na legislação, o Ministério Público do Trabalho (MPT) alertou o Congresso Nacional e o governo federal que ela violava a Constituição Federal e normas internacionais ratificadas pelo Brasil e, em abril, levou informações ao diretor-geral da OIT, Guy Rider, em Genebra.

O Comitê de Peritos da OIT pediu ao governo brasileiro que revisasse o pontos da reforma trabalhista que permitem a prevalência de negociações coletivas sobre a lei, confirmando o seu entendimento de que o projeto de lei que mudou as normas do trabalho no país viola a Convenção nº 98, sobre direito de sindicalização e de negociação coletiva, ratificada pelo Brasil. 

O procurador-geral do MPT, Ronaldo Fleury, afirma que “É uma pena o Brasil ser exposto internacionalmente, entretanto isso é resultado da reforma trabalhista, que só visou a precarização das relações de trabalho, criando formas alternativas e precarizantes de contratação e, principalmente, visando o enfraquecimento da estrutura sindical”. 

Para Fleury, o movimento dos caminhoneiros mostra como entidades com baixa representatividade entre suas categorias têm dificuldade de negociar. ““O Brasil inteiro sente o enfraquecimento da estrutura sindical com o movimento dos caminhoneiros, das empresas, que tem trazido o grande drama de se fazer um movimento muito rapidamente, entretanto não ter como sair dele pela falta de legitimidade, pela falta de representatividade das entidades sindicais dos trabalhadores. Essa situação vai com certeza se refletir nas outras categorias, com a ampla pejotização“, acrescentou.

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As armas letais autônomas (laws, na sigla em inglês), também conhecidas como "robôs assassinos”, têm a capacidade de identificar e eliminar alvos sem a necessidade de uma ação humana. O assunto está em discussão no escritório da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, e será debatido por especialistas nesta semana inteira. O objetivo da Convenção sobre Certas Armas Convencionais (Convention on Certain Conventional Weapons - CWW, na sigla em inglês) "é proibir ou restringir o uso de tipos específicos de armas que causem sofrimento desnecessário ou injustificável aos combatentes ou que afetem civis indiscriminadamente", disse a ONU por meio de nota oficial.

Um documento produzido pelo Unidir (Instituto das Nações Unidas para Pesquisa de Desarmamento) afirma que um dos atuais desafios é a necessidade de discussão contínua entre os países sobre o assunto para que a utilização destas armas seja feita de forma responsável.

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"Por causa do complexo legal, moral, ético e outras questões levantadas pelos sistemas de Inteligência Artificial, os formuladores de políticas deverão ser apoiados por profissionais de diversas áreas, como cientistas, engenheiros, militares, advogados, acadêmicos, membros da sociedade civil e outras vozes. Incluindo diversas perspectivas em discussões sobre armas letais autônomas que podem ajudar a garantir que as forças armadas usem as tecnologias emergentes de maneiras responsáveis", diz trecho do documento.

O diamante azul vivo "The Sky Blue Diamond", peça-chave das vendas da Sotheby's nesta quarta-feira à noite (16) em Genebra, foi vendido por pouco mais de US$ 17 milhões - informou a casa de leilões.

"O fabuloso Sky Blue Diamond foi vendido por US$ 17,1 milhões, 33,6% a mais em relação aos US$ 12,8 milhões, pelos quais foi vendido pela Sotheby's em 2012", declarou à AFP o diretor da Divisão Internacional de Joias na Casa, David Bennett.

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O preço desse diamante montado em um anel Cartier é estimado entre US$ 15 milhões e US$ 25 milhões. "Diamantes azuis são encontrados apenas em uma mina na África do Sul, a famosa Cullinan, e, de todos os diamantes azuis avaliados, apenas 1% deles é azul vibrante", explicou.

Em novembro de 2015, a Sotheby's conseguiu um recorde mundial por um diamante azul, com a venda do "Blue Moon de Josephine", de 12,03 quilates, por US$ 48,5 milhões.

Outro diamante azul, o Oppenheimer, tem desde maio passado o recorde para pedra lapidada e joia (US$ 57,5 milhões). O "Blue Moon de Josephine" continua sendo, porém, o único diamante na história das vendas em leilão, de todas as casas e de todas as cores, a ser vendido por mais de US$ 4 milhões o quilate.

O diamante azul leiloado era do último lote que encerrava as tradicionais vendas de joias excepcionais organizadas em novembro pela Sotheby's, em Genebra.

Outro diamante de cor azul profundo ("deep blue"), de 7,74 quilates, foi vendido esta noite por US$ 13,7 milhões, um recorde para um diamante desse tipo de azul, segundo a Sotheby's. Seu valor estava avaliado entre US$ 9 milhões e US$ 14 milhões.

Dois diamantes rosa pink também foram um grande sucesso. Um de 17,07 quilates e de lapidação esmeralda foi comprado por US$ 20,8 milhões. Seu preço era estimado em algo entre US$ 12 milhões e US$ 15 milhões.

O outro, de formato de pera e de 13,20 quilates, foi vendido por US$ 16,2 milhões. Este último era calculado entre US$ 9 milhões e US$ 14 milhões. Um terceiro diamante rosa-claro (fancy light) de 40,30 quilates foi arrematado por US$ 7,5 milhões.

O famoso diamante azul "Oppenheimer Blue", de valor estimado entre 38 milhões e 45 milhões de dólares, pode estabelecer nesta quarta-feira (18) um novo recorde mundial no leilão da casa Christie's em Genebra.

Este diamante de 14,62 quilates, de um azul luminoso e vivo, montado em um anel, pode se tornar o diamante talhado mais caro do mundo, segundo a Christie's. Trata-se da peça mais cara colocada em leilão nesta semana em Genebra, pelas tradicionais vendas de joias finas de maio organizadas pela Sotheby's e pela Christie's. Ele é classificado na categoria "Fancy vivid Blue", a cor mais rara para os diamantes azuis.

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O recorde atual por um diamante azul pertence ao "Blue Moon of Josephine", de 12,03 quilates, que foi comprado por 48,4 milhões de dólares por um magnata de Hong-Kong, Joseph Lau, em novembro de 2015 na mesma cidade suíça.

O "Oppenheimer Blue" forma parte da coleção do famoso diamantista londrino Sir Philip Oppenheimer (1911-1995), que controlaba o mercado mundial do diamante através da empresa De Beers. O diamante, que passou por diversas mãos após a morte de Sir Philip, é colocado em leilão pela primeira vez.

A venda da Christie's, que organiza duas vezes por ano leilões de joias finas de prestígio em Genebra, ocorre um dia após a da Sotheby's, sua grande concorrente.

Frankenstein, a história de um cientista que traz um cadáver à vida, causando sua própria desgraça, há dois séculos representa a ansiedade ante o implacável avanço da ciência. Para comemorar os 200 anos da primeira vez em que a inglesa Mary Shelley imaginou a célebre história de terror durante uma visita a uma Suíça chuvosa, a exibição 'Frankenstein, a criação da escuridão' será inaugurada em Genebra na sexta-feira (13).

No amplo e mal iluminado subsolo da Fundação Martin Bodmer, uma longa fila de mostruários de vidro exibem 15 manuscritos amarelados de um caderno onde Shelley escreveu, em 1816, a primeira versão da que é considerada uma obra-prima da literatura romântica. "...Eu contemplei o desgraçado - o miserável monstro que eu tinha criado; ele levantou a cortina, e seus olhos, se é que se pode chamá-los de olhos, estavam fixados em mim", escreveu Shelley.

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A inspiração para o "miserável monstro" veio quando, com apenas 18 anos, a escritora foi com o futuro marido, o poeta inglês Percy Bysshe Shelley, para uma mansão de veraneio - a Villa Diodati, alugada pelo célebre literato Lord Byron - nos arredores de Genebra. Os atuais proprietários da mansão pitoresca com vista para o Lago de Genebra também irão abrir os seus jardins exuberantes para visitas guiadas durante a exposição, que vai até 9 de outubro.

O desafio de Lord Byron

Embora o local hoje seja agradável, com lilases transbordando dos terraços e arcos cobertos de rosas ao longo de calçadas de cascalho sinuosas, no verão de 1816 a atmosfera era mais sombria. Uma grande erupção do vulcão Tambora na Indonésia afetou o clima global daquele ano, e um relatório sobre o tempo em Genebra de então, exibido na mostra, menciona que em junho "nenhuma folha" tinha aparecido ainda nas árvores de carvalho da região.

Para passar o tempo, o poeta Lord Byron lançou um desafiou ao grupo de literários boêmios reunidos na mansão: cada um deles deveria inventar uma história de fantasmas - o que resultou em vários textos famosos. O médico e autor inglês John Polidori teve a ideia para o livro 'O Vampiro', que foi publicado três anos depois e é considerado pioneiro no gênero literatura de vampiros, que inclui obras como 'Drácula', de Bram Stoker.

O livro de Polidori é uma das primeiras edições exibidas na mostra de Genebra, incluindo três cópias do clássico de Mary Shelley 'Frankenstein ou o Moderno Prometeu' - a história mais famosa que surgiu na competição. Quando foi publicado pela primeira vez, em 1818, o livro não trazia inscrito o nome de Shelley, e em uma das edições amareladas da exposição, apresentada como um presente para o homem que inspirou a sua criação, lê-se apenas: "Para Lord Byron, do autor". "O nome dela era desconhecido, e não teria ajudado nas vendas do livro. Principalmente (por ser) um nome feminino", explicou David Spurr, professor de literatura inglesa da Universidade de Genebra e curador da exposição.

Tentando 'brincar de Deus'?

Apesar da pouca idade, Mary Shelley - filha do filósofo político William Godwin e da filósofa feminista Mary Wollstonecraft - sentia uma angústia generalizada ante o crescente poder da ciência e da tecnologia. O livro não revela a "faísca de vida" secreta que Victor Frankenstein descobre e usa para trazer sua criatura à vida, mas o resultado de sua arrogância é retratado em todo o seu horror.

Rejeitado por seu criador, a criatura se transforma em um monstro vingativo que mata o irmão mais novo de Frankenstein, seu melhor amigo e sua amada na noite anterior ao seu casamento. Mais do que simplesmente marcar o 200º aniversário da concepção de Frankenstein, a exibição, junto com uma série de atividades, busca ressaltar que a obra permanece altamente relevante em um momento em que a ciência e a tecnologia avançam de forma perigosamente rápida, disse Spurr.

"As questões fundamentais levantadas sobre a ciência e a capacidade humana de criar vida humana, ou de modificar ou intervir no processo de criação da vida humana, ainda são bastante atuais, e ainda são fonte de inquietação", disse o curador, dando como exemplo as pesquisas sobre o DNA e a manipulação da reprodução humana. Nicolas Ducimetiere, vice-diretor da Fundação Martin Bodmer, concorda: "Quão longe a criatividade científica pode ir sem tentar brincar de Deus, ou sem criar algo que se torne um flagelo para a humanidade?", perguntou.

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