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Em janeiro de 2024, a Academia Assaí, um programa do Instituto Assaí dedicado ao apoio de micro e pequenos empreendedores(as) na área de alimentação, está promovendo, em parceria com o Sebrae, o curso online ao vivo "Como Definir Metas para o Ano". Essa iniciativa visa auxiliar empreendedores(as) na construção de metas e objetivos para seus negócios, contribuindo para o sucesso a longo prazo.

O curso, que ocorrerá no dia 30 de janeiro a partir das 18h, abordará etapas essenciais para o desenvolvimento de um negócio bem-sucedido, como a definição de metas, estabelecimento de prazos e a criação de um plano de ação. Além disso, o conteúdo prático do curso incluirá a apresentação de ferramentas úteis para a construção de metas, simulação de situações cotidianas para compreensão prática e a explicação dos principais conceitos de indicadores de metas, destacando sua importância para a gestão empresarial.

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O instrutor do curso será Caio Monteiro, consultor do Sebrae, e a duração total será de duas horas. A participação é gratuita, mas é necessário realizar a inscrição até o dia 29 de janeiro por meio do link: https://www.academiaassai.com.br/eventos. Todos os(as) participantes que concluírem o curso receberão um certificado de participação.

Para mais informações, acesse o site da Academia Assaí: www.academiaassai.com.br.

Duas comissões do Senado aprovaram o convite a nove ministros do governo Lula para apresentarem suas metas e propostas para os próximos dois anos. As reuniões são realizadas para que as comissões saibam o que esperar de cada pasta.

Marcelo Castro (MDP-PI), presidente da comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, é autor de seis requerimentos, que foram aprovados, para convidar os seguintes ministros: Renan Filho, dos Transportes; Márcio França, de Portos e Aeroportos; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento; Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional; Jader Filho, das Cidades; e Daniela Carneiro, do Turismo.

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A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou os requerimentos, assinados e relatados pelo senador Flávio Arns (PSB/PR), para convidar os ministros das respectivas temáticas: Camilo Santana, Margareth Menezes e Ana Moser.

As datas de apresentação de cada ministro são marcadas com integrantes do legislativo. Por se tratar de um convite, e não de uma convocação, os ministros não são obrigados a comparecer. No entanto, para evitar desgastes, as respostas são dadas em tempo hábil.

Chegado o último dia do ano, é hora de planejar os objetivos para 2023. Antes de almejar perder mais da metade do seu peso atual ou bater o recorde de livros lidos em um mês, reflita primeiro sobre a real necessidade para esse tipo de transformação e mergulhe em um processo de autoconhecimento. 

Se você já planeja 2023, certamente planejou 2022 e pode ter se frustrado por abandonar algumas metas no meio do caminho. Para lidar com essa angústia, a psicóloga e vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco, Telma Melo, aconselha que você seja menos tirano consigo e enxergue o que foi conquistado ao invés de se prender ao que não conseguiu. 

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Motivação para boas mudanças

Esses períodos que carregam um significado de renovação de ciclos podem ser bons quando a busca pela qualidade de vida é priorizada e adaptada a sua realidade. "É uma forma de poder tá renovando a possibilidade de mudanças e transformação. O problema ocorre quando você coloca o peso dessa passagem para a sua mudança, quando na verdade, a mudança mais consistente vem de dentro para fora. É um processo gradual. A mudança tende a ser mais duradoura quanto mais pé no chão for”, pontuou. 

Não se compare à "perfeição" das redes sociais

As próprias tribulações do dia a dia interferem nesse processo. Um dos pontos fundamentais são as redes sociais, que forçam uma comparação desleal entre sua vida e vidas fakes. “As redes sociais têm aquela coisa das pessoas perfeitas, que são ricas, bonitas, magras, superinteligentes, cheio de amigos. Então, você começa muito a se comparar com os outros. Então, a meta precisa tá de acordo com o que são necessidades e parâmetros da própria pessoa. Ao invés de tá olhando para fora, observando os padrões, pode exercitar o autoconhecimento”, orientou Telma. 

Não adianta começar uma dieta restritiva e, pouco tempo depois, recuperar o dobro do peso que tinha antes. Como também não faz sentido ler pilhas de livros se você não consegue interpretar os enredos. Então, busque trabalhar nas próprias angústias que distanciam você dos seus objetivos.  

Respeite as etapas do processo

Iniciado o processo de autoconhecimento, se apoie em metas plausíveis e crescentes, sendo complacente consigo e respeitando cada passo até a realização. Além do impulso da motivação, tente manter a disciplina e a repetição, sempre tratando com humildade seu atual estágio e compreendendo o que suas condições permitem. A chave é a persistência.  

“Se as coisas são inatingíveis… ora! Não é motivo para não querê-las”, indicou a psicóloga e professora universitária Larissa de Oliveira, de Mário Quintana, ao falar sobre sonhos. Dentre os bons sentimentos do Natal e do final do ano, está a realização de sonhos. É a época em que se cria as metas para o ano seguinte e se analisa as que foram cumpridas ou não no ano vigente e, entre elas, os sonhos. 

A psicóloga explicou que são os sonhos que nos motivam a continuar e não desistir mesmo diante das dificuldades da vida. “Os sonhos dão cor à vida, nos proporcionam dar sentido às nossas vidas. Nos dão um propósito pelo qual significaremos a nossa existência. São eles que nos motivam a continuar a caminhada da vida e fazem parte do que Heidegger chamou de: vida autêntica”, disse. 

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Para Larissa de Oliveira, uma vida sem sonhos e metas é sem significado e propósito. “ E uma vida sem significado é uma vida vazia e angustiante. Pessoas sem objetivos e sonhos são como barcos à deriva: não sabem para onde devem seguir e qual devem ancorar. Apenas se deixam levar pela correnteza e pelo vento”, afirmou. 

Sendo assim, a reportagem do LeiaJá falou com pessoas que realizaram sonhos neste ano, depois de toda a angústia e perdas ocasionadas pela pandemia da Covid-19 e várias outras tragédias que aconteceram no Brasil, no mundo e no Recife.

O autônomo Leandro Silva e o enfermeiro Joseildo Silva realizaram o sonho de adotar o segundo filho neste ano, Silas Silva, de 13 anos. O casal já tinha um filho, Paulo Matheus Silva, de 18 anos, também por via adotiva. “Sempre foi um sonho nosso ser pai. Sabiamos que seríamos pais e escolhemos pela via da adoção. Sempre foi um sonho com muita vontade que acontecesse. E a gente correu atrás tanto de Matheus quanto de Silas”, contou. 

Para Leandro, a realização do sonho foi “uma alegria imensa, um prazer imensurável”. “Desde quando começamos o processo da adoção não tivemos pensamento negativo em momento nenhum, ou deixamos de acreditar que o nosso sonho se tornaria realidade. O nosso pensamento era de que o nosso filho já estava nos esperando, só não sabíamos onde e nem quando o telefone tocaria para nos avisar dele”, revelou. 

Agora, o objetivo de Leandro e Joseildo é dar todo o suporte necessário no crescimento e desenvolvimento dos filhos. “Queremos curtir cada momento com eles. Viajar, auxiliar nas tarefas, brincar e dar a atenção necessária a cada um”. 

Já a executiva de negócios Rosinha Lima, realizou neste ano de 2022 o sonho de escrever e publicar um livro de poesia, que não tem lá tanto a ver com a sua vida profissional, pautada pelo atendimento aos clientes. Ela desenvolveu a escrita já na adolescência. “Gostava de escrever textos sobre os sentimentos e já apresentava muita fluidez para escrever cartas, sendo muito explorada quando minhas amigas, por algum motivo nos seus relacionamentos, pediam-me para escrever o que elas queriam transmitir aos namorados”, contou. 

Mas foi em 2008 que Rosinha começou a escrever poemas, no período em que o marido viajava e ela ficava sozinha, “relatando meus sentimentos no papel”, e o sonho começou a ser idealizado.

“Sempre vinha à mente que eu poderia ter um livro de poesias. Nada obstante, igualmente aos meus poemas, era mera imaginação. O tempo passou, teve uma longa pausa e eu retomei de modo vívido esse sonho. No entanto, era um desejo, uma vontade de efetivar esse potencial como escritora, mas nada fazia rumo à essa realização. Em certo momento, em março deste ano, eu parei e pensei: eu quero muito que isso aconteça. Preciso ter atitude. Preciso agir nesse processo e só depende de mim buscar as alternativas. Assim o fiz”, disse. 

E foi no intervalo de nove meses, entre março e dezembro, que Rosinha Lima escreveu o livro “Gotas de Sensibilidade”, que já está na pré-venda. A realização foi uma meta para 2022. “Era uma das minhas metas de vida emergir para o mundo literário. A ideia era ter o meu livro disponível como opção de presente de Natal. Uma maneira de falar de amor em momento bem oportuno e de forma mais abrangente. Como o processo de produção/finalização é demorado, não foi possível”, afirmou.

A sensação da realização para a agora - e oficialmente - escritora é de felicidade e gratidão. “Saber que a semente daquilo que você tanto quis, brotou, vai se transformando e permanecerá disponível a todos é muito gratificante. Tenho um objetivo maior por trás desses sentimentos em versos, que é o estímulo à leitura”, confessou. 

Agora, a espera e a nova meta de Rosinha Lima é o lançamento do livro, que ainda não tem data. “É um clichê necessário: é como esperar um filho nascer e apresentá-lo ao mundo. Uma ansiedade benéfica, promovida pela alegria de poder compartilhar um momento único com pessoas queridas. Ocasião da realidade. Meu sonho no modo físico, palpável, transmitindo ‘Gotas de Sensibilidade’”, relatou. 

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima que os compromissos firmados durante a campanha na área da saúde vão exigir uma recomposição orçamentária de R$ 23 bilhões para 2023. O valor será incluído na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição ou qualquer alternativa negociada com o Congresso.

O cálculo tem por objetivo assegurar recursos para alcançar ao menos cinco metas: abastecer as farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS), retomar o programa Farmácia Popular, ampliar a cobertura vacinal, realizar mutirões para atender à demanda reprimida por exames, consultas e cirurgias e ainda implementar um sistema de saúde digital, com ampliação da telemedicina.

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O montante de recursos tem por objetivo corrigir o corte proposto pela gestão Jair Bolsonaro (PL) no orçamento da saúde para 2023. A redução de R$ 22,7 bilhões em relação à verba deste ano foi alvo de denúncia do Conselho Nacional de Saúde a organismos internacionais sob a alegação de que atingiria a oferta de medicamentos, ações de prevenção e controle de doenças. Só o programa de imunização, por exemplo, perderia R$ 5 bilhões.

Com mais de 150 milhões de brasileiros dependentes do SUS e um Ministério da Saúde desacreditado após a pandemia de covid-19, a transição na área será voltada, inicialmente, a oferecer o básico à população. "Temos de assegurar recursos para comprar de dipirona a medicamentos para a aids, que estão em falta nas farmácias do SUS de todo o País", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), um dos responsáveis pela elaboração do programa de Lula na área.

O sanitarista Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Medicina da USP e ex-diretor-presidente da Anvisa, disse que a aquisição de remédios básicos é uma demanda urgente. "A Farmácia Popular atende, por exemplo, quem tem hipertensão e diabetes, doenças que mais matam no Brasil hoje."

Imunização

Segundo Costa, o novo governo também vai priorizar a realização de campanhas para que o Brasil volte a atingir as metas de cobertura de diversos imunizantes. Ele afirmou que há preocupação especificamente em relação à poliomielite, cuja cobertura está em 65% do público-alvo. Em 2015, o índice foi de 98%.

"Há municípios com 100% de cobertura do programa Saúde da Família e com baixa cobertura vacinal. Isso não pode acontecer", disse a epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre 2011 e 2019.

A promessa de atender à demanda de procedimentos represada por causa da pandemia já estava no plano de governo de Lula, mas, após a chegada da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à campanha, ganhou mais destaque. Entre as possibilidades estão a contratação de exames na rede privada e a ampliação da fatia pública do Produto Interno Bruto (PIB) destinada à saúde, hoje em 3,8%, para ao menos 5%.

No Brasil, o índice geral de investimento na saúde não é baixo - cerca de 9,6% do PIB -, mas a divisão dos gastos públicos e privados está muito aquém da dos países desenvolvidos. No Reino Unido, por exemplo, onde há um amplo sistema público, a fatia privada representa 2,2% dos recursos, enquanto no Brasil esse índice é de 5,9%.

Para a professora e pesquisadora Ligia Bahia, da Universidade Federal do Rio, Lula precisa enfrentar o subfinanciamento com políticas federais progressivas. "Mais recursos públicos devem ser alocados para reduzir tempos de espera e exigir resultados positivos para a melhoria da saúde. O papel do governo federal é liderar Estados e municípios para a implementação de iniciativas de valorização do SUS."

Concurso

Outro plano do novo governo, ainda não detalhado, é retomar o programa Mais Médicos, para levar profissionais para unidades de saúde das periferias ou distantes dos grandes centros. Desta vez, porém, não há planos de trazer médicos cubanos.

Para Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e membro da Academia Nacional de Medicina, o ideal seria a realização, logo no início do mandato, de um concurso público emergencial. "Um concurso que ofereça bons salários, ajuda de custo para moradia e um plano de carreira para fixar médicos, com questões contratuais que condicione esse plano à permanência deles nesses locais por um período predeterminado", afirmou.

O enfrentamento do aumento de brasileiros com transtornos mentais também deve ser prioridade. Há a expectativa de criação da Secretaria Nacional de Saúde Mental, o que fortaleceria as políticas públicas voltadas à área. A ação foi uma das condições impostas pelo deputado André Janones (Avante-MG) para abandonar a candidatura presidencial e apoiar Lula.

"Apresentei essa exigência para Lula, Gleisi (Hoffmann) e (Aloizio) Mercadante e aceitaram de imediato, não colocaram nenhum empecilho", afirmou Janones.

Ele defende que a criação da secretaria seja acompanhada do fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e da ampliação da lista de medicamentos para transtornos psiquiátricos oferecidos no SUS. "São poucas opções e os que não estão no SUS são caros. A maioria da população nem sempre tem acesso aos melhores tratamentos. Isso precisa mudar", disse ele.

A equipe de Lula ainda precisará encontrar recursos para outras demandas da área, como a implementação do piso nacional da enfermagem aprovado pelo Congresso, mas suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a campanha, o petista defendeu o piso e se mostrou disposto a negociar com Estados e municípios, que alegam dificuldades financeiras para cumprir a lei. Segundo estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o impacto fiscal estimado é de R$ 10,5 bilhões ao ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mudança do arcabouço fiscal já indicada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto à Presidência, pode colocar em xeque o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos. Com a perspectiva de uma âncora menos austera e de inflação global mais elevada, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que passou a ser incerta a viabilidade de um alvo de 3%, mesmo no longo prazo.

No geral, a avaliação é de que a redução gradual das metas de inflação a partir de 2019 - a partir do nível de 4,5%, que vigorou de 2005 a 2018 - foi possibilitada pela previsibilidade fiscal criada pelo teto dos gastos e pelo ambiente de menor inflação global desde meados da década de 2010. Agora, a perspectiva de mudança do arcabouço fiscal do País, com vistas à ampliação de despesas, e o aumento da inflação mundial podem impedir o cumprimento do alvo.

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"A perspectiva de que a política fiscal será menos austera do que o sinalizado algum tempo atrás com o teto de gastos e o nosso próprio histórico de inflação não corroboram uma leitura de IPCA migrando para 3%", diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. A casa espera IPCA de 5% em 2023 e desaceleração da inflação a 4%, em 2024, e 3,5% em 2025 - acima do centro da meta em ambos os casos (de 3%).

Ainda longe de ser um consenso, essa perspectiva já começa a aparecer nas expectativas do mercado coletadas pelo próprio Banco Central. Embora as medianas do relatório Focus indiquem a convergência do IPCA para o centro da meta em 2025 e 2026, as médias da pesquisa já sugerem, respectivamente, uma inflação de 3,28% e 3,27% nesses anos - mais de 0,25 ponto porcentual acima do alvo.

A economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, reconhece que há muito ceticismo sobre se a meta de 3% é viável para o País, considerando que as reformas fiscais não foram finalizadas e que o mundo vai conviver com inflação mais alta pelo menos por mais um ano. A economista acrescenta que a discussão sobre a viabilidade da meta é diferente aqui e no exterior.

"Há insegurança em relação a atingir a meta. Entendo que essa discussão está no mundo inteiro, já que as projeções de inflação para Europa e EUA no ano que vem também estão acima da meta. Mas, apesar da autonomia do BC, o trabalho de convergência para a meta depende da âncora fiscal por aqui. A discussão sobre viabilidade da meta de 3% no Brasil é diferente do debate sobre a meta de 2% nos EUA", avalia. Segundo Srour, a melhora inflacionária recente diz respeito à "parte fácil", ligada a decisões políticas e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Já o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil, Mauricio Oreng, espera redução do IPCA para o centro do alvo, de 3%, em 2024, mas reconhece que os riscos são de convergência mais lenta. Para ele, a agenda de política fiscal a ser adotada por Executivo e Congresso a partir de 2023 vai sinalizar a possibilidade de cumprimento da meta.

O cenário de convergência da inflação considerado pelo Santander leva em conta três anos consecutivos de taxas de juros restritivas, com uma Selic que encerra 2022 nos atuais 13,75% para recuar a 12%, no fim de 2023, e a 9% em 2024.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A campanha antivacina promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), membros do seu governo e aliados, parece não ter afetado somente quem corre o risco de contrair a Covid-19. Um levantamento do projeto VAX*SIM mostrou que a vacinação infantil contra o sarampo não atingiu as metas nos últimos anos e a doença – que havia sido erradicada do País em 2016 – voltou a acometer os pequenos, provocando mortes.

Na última segunda-feira (2), teve início a Campanha Nacional contra o Sarampo de 2022, para crianças de seis meses até 5 anos de idade. A meta é atingir 95% deste público alvo, o que não ocorreu na grande maioria das cidades no ano passado.

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Em 2021, nenhum estado brasileiro atingiu a meta de vacinação infantil contra sarampo. Só 660 (cerca de 12%) das 5.500 cidades alcançaram a meta. Pior. A vacinação contra o sarampo é feita em duas doses, mas de cada três crianças brasileiras que tomaram a primeira dose do imunizante, uma não voltou para completar o esquema vacinal, ou seja, não ficaram completamente imunizadas.

“O Brasil tem um programa nacional de imunização estruturado, que serve de referência para o mundo inteiro. A vacinação infantil é uma das ações mais importantes para prevenir mortes evitáveis de crianças de até 5 anos, com um excelente custo-benefício. É inaceitável que tenhamos que lamentar mortes por uma doença para a qual há vacina disponível de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde [SUS] há décadas”, afirma Patricia de Moraes Mello Boccolini, coordenadora do VAX*SIM.

Em 2020, o Brasil registrou o recorde de 10 mortes de crianças menores de 5 anos por sarampo. Foi o maior número das últimas duas décadas. Entre 2018 e 2021, 26 crianças nessa faixa etária morreram pela doença, um retrocesso em um país que entre 2000 e 2017 havia registrado apenas uma morte, no ano de 2013.

“Mortes infantis por sarampo podem ser evitadas com uma estratégia simples e consolidada no SUS: a vacinação. Uma única morte nesse contexto pode ser considerada uma tragédia”, aponta Patrícia.

O número de hospitalizações por sarampo também disparou nos últimos anos. Entre 2018 e 2021, 1.606 crianças foram hospitalizadas com a doença no Brasil. Nos quatro anos anteriores, entre 2014 e 2017, o país havia registrado um total de 137 hospitalizações infantis por sarampo.

Outros tempos

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado de país livre de sarampo. Três anos depois, em 2019, o status foi retirado após a confirmação de um caso endêmico da doença no Pará.

Pesquisa

O levantamento do VAX*SIM cruza grandes bases de dados para investigar o papel das mídias sociais, do Programa Bolsa-Família e do acesso à Atenção Primária em Saúde na cobertura vacinal em crianças menores de cinco anos.

O objetivo do projeto é compreender e analisar os determinantes da cobertura vacinal no território brasileiro, utilizando um modelo teórico-conceitual para avaliar sua associação com fatores socioeconômicos, cobertura da Atenção Primária em Saúde (APS) e do Programa Bolsa Família (PBF). A iniciativa também visa avaliar a influência dos padrões de disseminação de conteúdos sobre imunização nas mídias sociais.

O projeto é parte do Observatório de Saúde na Infância - Observa Infância, uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos.

O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto aos sistemas nacionais de informação.

As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Unifase), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Da redação, com informações da Agência Fiocruz de Notícias

Uma meta pode ser definida como os passos ou tarefas que devem ser realizados um a um até que uma pessoa consiga alcançar seu objetivo final. No caso dos estudantes, o sonho é conquistar uma vaga na universidade ou dar início a uma nova caminhada profissional, como no caso de concursos públicos. Para alcançar esses objetivos, nada melhor do que um planejamento realista e organizado. 

Para o professor de linguagens Felipe Rodrigues, a definição de metas tem um potencial de trazer motivação e amadurecimento aos candidatos: “As metas são capazes de fazer com que uma pessoa supere suas próprias limitações, existe uma questão psicológica de autoavaliação e autoconhecimento que permite ao estudante observar sua evolução e somar valores e conhecimentos que vão aproximá-lo do seu sonho.”

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Porém, por mais que as metas sejam fundamentais, é comum que com o entusiasmo da entrada de um ano novo o estudante crie planos de estudo pouco realistas e se frustre ao longo do caminho por não conseguir atender a essas expectativas. É o que vivencia Maria Eduarda, estudante que se dedica ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“O Enem é uma prova extensa, são 90 questões por dia, o que para mim foi muito cansativo. Quem, assim como eu, já fez a prova e não conseguiu o resultado esperado, acaba sentindo uma pressão para no ano seguinte não deixar passar nenhum  assunto e conseguir aprender o máximo que puder. Porém, diante de tanto conteúdo e outros compromissos fica bem difícil.”, explica. 

A estudante ainda conta ao Vai Cair No Enem um pouco da sua rotina de estudos para 2022: “Como eu estudo em escola integral, tenho como meta usar os intervalos para estudar na biblioteca e também os finais de semana para me dedicar ao meu próprio plano de estudos para o Enem.”

Além do caso de Maria Eduarda, existem muitos estudantes que possuem uma rotina ainda mais difícil, como pessoas que trabalham, que possuem filhos e outras obrigações que acabam por ocupar boa parte das suas horas. Para ajudar esses candidatos, a reportagem conversou com os professores Felipe Rodrigues e Everaldo Chaves, além do coordenador pedagógico Marcos Nascimento, que ofereceram algumas dicas para os estudantes criarem metas realistas e eficazes de estudo, confira: 

Defina sua meta principal 

Antes de delimitar as metas mais específicas de estudo é preciso que o estudante tenha bem claro qual objetivo maior irá motivá-lo a enfrentar toda essa maratona de conteúdo. Pode ser entrar em uma universidade pública, passar em um concurso público, melhorar as notas de ciências exatas no exame seguinte, entre outras motivações. O importante, segundo o professor de história Everaldo Chaves, é poder visualizar esse ponto de chegada:

“Os obstáculos fazem parte, cada estudante tem sua própria realidade, daí a importância de ter sempre seu sonho em vista. A escolha de uma meta serve como uma bússola para o aluno, que irá nortear sua preparação até a chegada das provas.”, afirma.

Criar um cronograma realista 

Essa parte é fundamental, já que boa parte das frustrações dos estudantes são ocasionadas por planejamentos que não levam em conta suas dificuldades e limitações diárias. Confira o que os professores dizem a respeito:

“A realidade é o que tem mais peso, não adianta o estudante definir um cronograma distante da sua vida diária. Mesmo que ele perda em termos de quantidade de conteúdo, é fundamental compreender sua rotina antes de definir a quantidade de horas, prazos e assuntos. Então se ele trabalha, seu plano de estudo deve girar em torno das horas vagas e do final de semana.”, esclarece o professor Felipe Rodrigues. 

Segundo o professor Everaldo Chaves, uma meta precisa ser executável: “Uma boa meta de estudos é aquela plausível de ser cumprida. Não adianta criar metas mirabolantes. O aluno precisa respeitar os seus limites e ser consciente com o que for traçado como meta pedagógica, tais como carga horária semanal, bateria de questões, revisão teórica, monitoria e aulas.”

Priorize assuntos

Em meios aos compromissos diários, é impossível estudar todo o conteúdo programático de um processo seletivo. Nesse momento, o que os docentes recomendam é analisar os assuntos e priorizar no cronograma aqueles mais cobrados e que possuem maior peso na nota final. “Todos os conteúdos são importantes, contudo é mais inteligente avaliar quais conhecimentos específicos são mais prováveis estatisticamente de cair na prova", explica o coordenador pedagógico Marcos Nascimento.

Segundo Felipe Rodrigues, ter como meta estudar exatamente todos os assuntos pode causar bastante frustração e ansiedade. O ideal é adquirir o máximo de repertório possível.

“É um desafio, o estudante não vai saber de tudo na hora da prova, assim, a dica é ter os mecanismos necessários para erradicar falhas, para manusear os assuntos e através da interpretação usar a interdisciplinaridade para conseguir marcar as questões. Existem sim, assuntos chaves que devem ser priorizados", diz o docente.

Estabeleça prazos

Por mais que pareça trazer pressão, a definição de prazos é fundamental para que o candidato não se perca em meio a uma extensão de conteúdos e assim deixe assuntos importantes pendentes. Com a organização de datas delimitadas para aprender determinado tópico, é bem mais fácil manter o compromisso e seguir o cronograma.

“Prazos são fundamentais para que todo o conteúdo previamente planejado seja realmente contemplado. No entanto, os prazos podem e devem ser flexíveis, afinal ajustes e adequações são, por vezes, necessários.”, afirma o professor de história, Everaldo Chaves.

Já o professor de redação Felipe Rodrigues explica que no dia a dia os prazos são essenciais para que as metas sejam cumpridas: “O mercado de trabalho exigirá de todos a adequação aos prazos e à avaliação. Então já nos estudos o estudante deve se avaliar, ver seus pontos fracos e fortes, o que deve melhorar dentro de sua realidade de estudos. É sim, uma boa ideia estabelecer prazos semanais, ver o que ele conseguiu assimilar e assim ir seguindo a sequência dentro do cronograma que ele mesmo criou.”

Persistência

Os professores deixaram, ainda, uma mensagem sobre perseverança aos estudantes, já que mesmo com o planejamento perfeito, não será fácil manter o foco ao longo das dificuldades que aparecem no dia a dia. Segundo Everaldo, a resiliência é indispensável:

“Acredito que o estudante precisa ser resiliente. As frustrações fazem parte do processo, afinal nem sempre os nossos desejos acontecem, daí a importância da resiliência. O estudante determinado entende que por mais decepcionante que as falhas sejam, o foco e reavaliação das metas garantirão seu sucesso futuro.”

Segundo Felipe, é normal não cumprir todas as metas, o importante é não desistir e abrir mão dos estudos: “Não é derrota não seguir o cronograma de forma perfeita, mas é bastante frustrante passar um dia sem produzir nada, sem adquirir nenhum conhecimento, nem que seja a leitura de um mapa mental de assuntos estudados em determinado dia. Mesmo que não seja possível cumprir a meta principal, sempre é possível aprender, nem que seja por filmes, séries e atividades mais leves.”

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (10) o Projeto de Lei (PL) 2.809/2020, que prorrogou até dezembro de 2020, durante a vigência do estado de calamidade, a suspensão da obrigatoriedade de cumprimento de metas quantitativas e qualitativas acertadas pelos prestadores de serviço de saúde com o Sistema Único de Saúde (SUS). O texto, a ser encaminhado à sanção presidencial, também flexibiliza os requisitos para a renovação do certificado de entidades filantrópicas.

O projeto foi relatado pelo senador Lucas Barreto (PSD-AP), que rejeitou todas as oito emendas apresentadas no Senado, por entender que muitas delas já foram contempladas pelo PL 4.384/2020, aprovado pelo Senado em dezembro de 2020 e enviado à Câmara, onde aguarda votação.

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O relator também considerou prejudicado o PL 4.771/2020, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), por apresentar conteúdo idêntico ao do PL 2.809/2020, ao qual foi apensado. Todas as emendas rejeitadas estendiam de alguma forma a suspensão de metas dos prestadores de saúde — seja por 180 dias, seja até a cobertura vacinal de 75% da população de cada município, entre outros.

Organizações Sociais de Saúde (OSS)

O texto aprovado nesta quarta excluiu as Organizações Sociais de Saúde (OSS). Mas o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), assumiu compromisso de trabalhar junto ao Ministério da Saúde e ao governo federal pela aprovação, na Câmara, do PL 4.384/2020, que inclui essas entidades nessa extensão de prazos. O texto a ser votado na Câmara, já aprovado no Senado, é das senadoras Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Leila Barros (PSD-DF). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também comprometeu-se a defender a votação desse projeto junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira.

"O governo é contrário à inclusão das OSS devido à repercussão financeira dessa medida no Orçamento do Ministério da Saúde. As OSS são unidades de saúde ligadas aos governos estaduais ou municipais, e o governo federal providenciou a transferência de recursos durante a pandemia aos estados e municípios. As OSS prestam um serviço essencial ao SUS. Eu me comprometo, como líder do governo, a trabalhar com o ministro da Saúde para que ele peça urgência na votação do projeto que se encontra na Câmara e que prevê a inclusão das OSS", afirmou Fernando Bezerra.

A senadora Leila Barros, por sua vez, ressaltou a importância das OSS na gestão dos serviços de saúde.

"Não podemos esquecer que as OSS gerem a maioria dos hospitais do país. Estamos salvando uma ponta e prejudicando outra", alertou.

Desobrigação de metas

A Lei 13.992, de 2020, suspendeu por 120 dias, a partir de março de 2020, a obrigatoriedade de manutenção das metas quantitativas e qualitativas contratualizadas pelos prestadores de serviços de saúde. Essa suspensão ocorreu por conta da pandemia da Covid, que dificultou o cumprimento dessas metas.

Esse prazo chegou a ser prorrogado até 30 de setembro de 2020 (Lei 14.061, de 2020). E o PL 2.809 estendeu o prazo até dezembro de 2020.

Entidades beneficentes

De acordo com a Lei 12.101, de 2009, para que a entidade de saúde seja considerada beneficente, é preciso que haja a celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere com o gestor do SUS. A comprovação desse vínculo passou a ser feita através de declaração do gestor local do SUS, pelo Decreto 7.300, de 2010 — mais tarde revogado.

Com a revogação desse decreto, aproximadamente 45% das entidades solicitantes da Certificação de Entidade Beneficente (Cebas) na área da saúde passaram a não mais conseguir comprovar a celebração desses instrumentos.

A Lei 13.650, de 2018, estendeu o prazo para essas entidades regularizarem a situação até 31 de dezembro de 2018 (exercício referente a 2017). O PL estende esse prazo por conta do caráter excepcional da pandemia da Covid. Os requerimentos terão que ser protocolados até 31 de dezembro de 2021 (portanto, até o exercício de 2020).

Importância

Quanto à suspensão de metas, Barreto afirmou que, por causa da pandemia, consultas médicas, procedimentos eletivos, exames complementares e diversas outras ações de saúde foram suspensas. “Nesse contexto, tornou-se impossível para os prestadores cumprir totalmente as metas contratualizadas — realização de cirurgias, biópsias, endoscopias etc —, o que poderia dar ensejo à imposição de sanções por parte da administração pública.”

Quanto às entidades filantrópicas, ele escreveu que, “com o advento da pandemia de covid-19, a questão tornou-se ainda mais delicada, de modo que há necessidade de nova intervenção do Poder Legislativo para a manutenção da regularidade do atendimento prestado por essas entidades.”

*Da Agência Senado

 

O planner tem ganhado bastante popularidade nos últimos anos, mas você sabe o que é, e para que serve um planner? Trata-se de um organizador pessoal usado como agenda de planejamento diária, mas diferente da agenda tradicionalmente usada, o objetivo do planner é tornar sua vida mais produtiva.

A ferramenta deve ser usado para aplicação de metas diárias e um planejamento de curto, médio e longo prazo, é uma ótima opção para que quer deseja ter uma visão geral dos seus objetivos.

No mercado existem vários tipos de planner para diferentes objetivos como o planner de estudos, destinados a estudantes de concursos, acadêmicos e vestibulandos; o planner de hábitos, para as pessoas que desejam fazer mudanças na rotina do dia a dia ou até mesmo manter hábitos importantes; o financeiro, para organizar e administrar melhor suas finanças, e o planner empreendedorismo, para definir prioridades do seu negócio e realizar tarefas para alcançar seus objetivos.

Os valores para quem deseja adquirir a ferramenta varia bastante, mas é possível encontrar o produto custando em média R$ 20 e R$ 30. E pode ser comprado pela internet ou em papelarias e lojas de informática.

Você ainda pode personalizar e criar do zero, o seu planner. No Youtube, a cada dia surgem novos vídeos sobre a criação e personalização da ferramenta, criadas a partir de um caderno em branco. Confira:

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Sem a queda no desmatamento, o Brasil só conseguirá atingir suas metas climáticas, previstas no Acordo de Paris, se mudar completamente seus setores industriais e de energia e ainda comprar créditos de carbono de outros países. Isso pode levar a custo de US$ 5 trilhões até 2050. A conta foi apresentada nesta terça-feira (10) pelo pesquisador Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas (UFMG), na Conferência do Clima de Madri. Rajão atualizou um trabalho publicado em 2018 na revista científica Nature Climate Change.

Na ocasião, foi calculado que o Brasil, sob governo Temer, vivia um momento de governança intermediária - ou seja, as políticas públicas para conter o desmatamento, como fiscalização e aplicação de multas aos infratores, eram consideradas de nível médio. O período anterior, em que houve queda de desmate de 83% desde 2004, foi o que consideraram uma governança forte.

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"Não estamos mais num cenário de governança intermediária, mas de fraca. De 2018 para 2019, houve uma mudança de tendência da curva do desmatamento e isso tem impacto sobre as emissões. Com isso, mesmo a meta para 2025 (de reduzir as emissões do Brasil em 37%) torna-se inviável", afirma Rajão. "Não vai ter jeito de alcançar a meta só com esforços nacionais em outros setores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Salles, atrasou em cinco meses a publicação das metas institucionais que devem ser atingidas todos os anos pelos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com impacto direto na remuneração de cada um dos funcionários do órgão.

O atraso, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo, decorre de uma decisão do próprio Salles, que decidiu colocar o MMA para analisar as metas que seriam publicadas. No dia 5 de novembro, o Diário Oficial trouxe a portaria de Salles, que estabeleceu as Metas Institucionais Globais do Ibama.

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O documento afirma que tem data retroativa a 1º de junho de 2019, com validade até 31 de maio do ano que vem. Na prática, isso significa que os 2.900 servidores do Ibama serão cobrados por cinco meses de metas que simplesmente desconheciam.

No ano passado, como costuma ocorrer, as metas do instituto foram publicadas em junho, quando começa o ciclo de avaliação do Ibama. Essas metas são vitais para o servidor, não apenas porque orientam quais são as prioridades do governo na fiscalização e proteção do meio ambiente, mas porque representam, em média, metade o salário que ele recebe todo o mês.

Pelo modelo de remuneração praticado no Ibama, o salário mensal pago ao servidor inclui o atingimento das metas que ele tinha no ano anterior, em um ciclo que começa em junho e avança até maio do ano seguinte. Como não havia metas até agora, simplesmente não se tem ideia de como ficou o desempenho neste segundo semestre.

A portaria de Ricardo Salles propõe, ainda, apenas cinco metas globais para o Ibama, das quais três dizem respeito a "atividades meio", que envolvem a digitalização de documentos e processos de informática, ou seja, não têm impacto nas ações de combate na fiscalização. Esses serviços de tecnologia são prestados, em sua maioria, por empresas terceirizadas.

Na prática, portanto, os servidores do Ibama terão o atingimento de boa parte de suas metas condicionada ao desempenho de empresas.

As metas também estão concentradas na regeneração e recuperação de regiões da Amazônia Legal, que envolve nove Estados do País, sendo os sete da Região Norte, Mato Grosso e Maranhão. Ficou fora das metas, portanto, qualquer outra atividade que envolva outros biomas, como a Mata Atlântica e o Cerrado.

Diferentemente dos anos anteriores, Salles também não incluiu nenhuma meta relacionada ao aumento de autorizações ou licenças ambientais, tampouco qualquer meta ligada à necessidade de ampliação do combate a incêndios. Sobre o combate na Amazônia Legal, estabeleceu que os servidores devem atender a 80% do "número de alertas mais críticos", embora não se saiba exatamente que tipo de alerta seria esse.

A reportagem questionou o ministro Ricardo Salles sobre as razões do atraso de cinco meses em divulgar as metas, a inclusão de três metas - das cinco publicadas - relacionadas a processos tecnológicos. Salles também foi perguntado sobre a exclusão de metas de combate a incêndio e de biomas como o Cerrado e a Mata Atlântica. O ministro não respondeu a nenhum questionamento.

A assessoria de comunicação do MMA também foi acionada, mas não respondeu a nenhum pedido de informação.

Já passamos da metade de 2019. Para muitos, o cansaço já começa a ser sentido, sobretudo em relação aos objetivos traçados para o ano novo. Nessa altura do campeonato, há quem não tenha tirado as metas do papel e quando fala-se da vida profissional, a situação pode ser até pior. Muita gente lá no dia primeiro de janeiro planejava mudar de profissão, conquistar um aumento, uma promoção, arrumar um emprego, mas vê-se estagnado. Isso pode contribuir ainda mais para o desgaste, sentido no corpo e também no psicológico. 

Para ajudar quem está insatisfeito, o LeiaJá conversou com especialistas em planejamento de carreira para tentar entender um pouco o que pode ser feito para aproveitar ao máximo o tempo que se tem até 31 de dezembro e, principalmente, cumprir as promessas feitas para si mesmo. 

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Segundo a professora de MBA e coordenadora de cursos da Fundação Getúlio Vargas (FGV),  Anna Cherubina Scofano, antes de tudo é necessário saber o quer. “As pessoas só podem definir uma meta a partir do momento que elas conseguem identificar, primeiramente, aquilo que elas têm como talento e como objetivo de carreira. As pessoas não conseguem identificar uma meta se elas não têm clareza daquilo que elas vão dar prioridade nas suas carreiras”, afirma.

Com os pontos definidos, é hora da autoanálise: será que há dedicação efetiva para o cumprimento dos próprios desejos? Entre os fatores problematizadores de resultados negativos estão a má administração do tempo para investir no cumprimento das propostas ou até a falta de recursos financeiros para realizar determinadas atividades. “Precisa identificar qual foi o fator para poder trabalhar. Pode ser por exemplo que um dos fatores tenha sido zona de conforto, deixar para amanhã, procrastinar. Então, as pessoas precisam administrar melhor os seus objetivos porque se elas não tiverem uma ação em prol deles não adianta ter no papel. O papel não significa nada se eu não tiver uma ação proativa na busca daquilo”, explica Anna Cherubina. 

Um dos erros de quem costuma fazer uma lista de propósitos é pontuar ideais maiores do que os possíveis de alcançar. Não é proibido sonhar, mas quem quer sair do imaginário para vida real, tem que pôr os pés no chão. Talvez não dependa somente dela, mas da percepção de outras pessoas, como do gestor, por exemplo. “A primeira coisa que ela tem que fazer é buscar um feedback. A partir desse feedback elas vão começar, talvez, a ter um plano de ação mais realista. Às vezes as pessoas criam a expectativa de serem promovidas, mas naquela empresa elas não vão conseguir isso, porque a empresa não tem uma característica de meritocracia, não reconhece os talentos internos. Então tem que identificar onde estão os problemas, se o problema está na geração de expectativa ou está no não reconhecimento do outro”, orienta a professora da FGV.  

A motivação é um fator relevante na vida profissional das pessoas. Para o presidente da Federação Internacional de Desenvolvimento Humano, Nilton Costa, existem aquelas pessoas que têm um sonho e até sabem quais ações priorizar para conseguir realizá-los, no entanto, pecam nas escolhas. A dica do presidente é que os profissionais façam planejamentos de carreira unindo também àquilo que lhes motiva como seres humanos. “Qual é o link que a minha vida pessoal possui com minha vida profissional? Se não existe nenhum link fica muito mais fácil da gente se desmotivar. Tendo esse nível de consciência, fica mais fácil conseguir os objetivos”, diz. 

Um incentivo a não desistir é realizar um acompanhamento dos projetos. Não escrever em algum lugar e deixar largado na gaveta. Mensalmente, ou até quinzenalmente, pode-se acessar as anotações e ver o que mudou até ali. Caso esteja girando sem sair do lugar, a sugestão é mudar a estratégia, mas voltar ao caminho desejado e comemorar a cada pequena vitória, porque isto significa que os passos importantes para terminar o ano realizado estão sendo dados.  

Recomeço

De acordo com Nilton Costa, quem for refazer as metas para o segundo semestre deve fugir da subjetividade e focar em alvos atingíveis, capazes de serem alçados com recursos próprios, ligados aos valores pessoais. Além disso, segundo ele, o estabelecimento de prazos é fundamental. “Muito importante que eu tenha marcos mensuráveis, para saber se eu estou indo bem, se posso modificar minha estratégia e garantir que no final do semestre eu tenha tido sucesso. O ser humano funciona com cobrança. A gente tem tantos desafios e acaba deixando para depois o que é importante e, geralmente, o que é importante tem prazo”, conclui o presidente da FIDH.

Nunca é tarde para mudar de ideia em relação a algo. Como já foi dito, a autoanálise permite que decisões sejam tomadas visando fugir da frustração profissional, que acaba afetando outras áreas da vida. Se o plano é mudar de emprego, de carreira, por que não aproveitar que esta é a época de matrículas nas instituições de ensino superiores, escolas de idiomas e cursos técnicos, e dar esse primeiro passo? Mesmo para quem não tem como investir em uma formação, pode recorrer a cursos gratuitos. Na internet é possível encontrar diversas plataformas com conteúdos de todos os tipos, se não de graça, com preços acessíveis, com opções de parcelamentos e que podem alinhar-se com o tempo livre. 

“Por que que a gente só pode fazer planos e criar metas na virada do ano? Por que eu não posso fazer isso a partir do meio do ano, começar o meu ano novo em julho? em agosto? O ano novo é determinado pelo estado de espírito também. Sempre é tempo de virar, sempre é tempo de se reencontrar, de se revisar, ressignificar. Em qualquer fase da vida é possível tudo. O aprender nunca é demais. Assim como você não joga um aprendizado de uma vida no lixo. Ele vai ser sempre útil em algum lugar. O recomeçar muitas vezes é o oxigênio que as pessoas precisam para olhar para carreira de maneira diferente”, finaliza a professora de MBA e coordenadora de cursos da Fundação Getúlio Vargas (FGV),  Anna Cherubina Scofano. 

Cerca de oito em cada dez redes de educação pública de estados e municípios não têm financiamento suficiente para ofertar uma educação de qualidade, de acordo com levantamento feito por pesquisadores do Simulador de Custos para Planejamento de Sistemas Públicos de Educação Básica em Condições de Qualidade (SimCaq). São escolas que ofertam desde o ensino infantil ao ensino médio.

Os pesquisadores baseiam-se no chamado Custo Aluno Qualidade (Caq) e consideram que para ofertar uma educação de qualidade, as escolas precisam, por exemplo, oferecer formação continuada aos professores, ter internet, banheiros, quadra de esportes, laboratórios e biblioteca. Precisam ainda ter dinheiro para pagar despesas com conta de luz e água, entre outras.

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De acordo com os dados da plataforma, apenas 19% das redes de ensino públicas, estaduais e municipais investem o considerado adequado.

“Estamos falando de um país cuja média de gasto é inferior ao que deveria ser o mínimo. Isso é preocupante”, diz o professor da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, especialista em financiamento da educação, José Marcelino de Rezende, que integra o Conselho Consultivo do Simcaq.

Pelas contas, o investimento em educação básica deveria, em média, aumentar em todas as etapas de ensino. A maior diferença entre o que é gasto e o mínimo considerado adequado para uma educação de qualidade está nas creches de período integral em áreas rurais.

Nesses estabelecimentos, seguindo os critérios do CAQ, deveria ser investido R$ 24.137 por aluno por ano. Atualmente, é investido, de acordo com dados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é a principal fonte de recursos da educação básica, R$ 4.210 por ano por aluno. Ou seja, o valor deveria ser 5,73 vezes maior.

O valor que mais se aproxima do que é investido hoje é o do ensino médio parcial em área urbana. Pelo Fundeb, é investido em média, nas escolas, R$ 4.048. Pelo CAQ, esse valor subiria para R$ 5.679 por aluno por ano.

Custo Aluno Qualidade

O CAQ é um instrumento previsto em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE). Esse mecanismo, no entanto, nunca chegou a ser oficializado nem nunca chegou a existir, na prática.

De acordo com o PNE, até 2016, deveria ter sido definido o CAQ inicial (CAQi), que é o valor calculado com base nos insumos indispensáveis ao processo de ensino e aprendizagem. Após definido, esse valor deveria ser progressivamente reajustado até a implementação plena do CAQ.

“Ter mais recurso na educação interfere nas condições de vida. Tem-se professores que recebem melhor, escolas mais bem equipadas, melhoras na merenda”, diz o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. A entidade que reúne centenas de organizações de educação, é responsável pelo desenvolvimento do CAQ.

Cara ressalta, no entanto, que o aumento de recursos não gera resultados a curto prazo, mas que isso não pode impedir o aumento do financiamento. “Educação é maratona, não é corrida de 100 metros”, defende.

CAQ e Fundeb

O Fundeb está em discussão tanto no Senado Federal, quanto na Câmara dos Deputados. A intenção é que esse fundo, que é composto por recursos dos estados, municípios e da União e vale apenas até o final de 2020, torne-se permanente.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2019, em tramitação no Senado, coloca o CAQ como base de cálculo para o valor anual mínimo por aluno.

Rezende defende que com a aplicação do CAQ, a intenção é que todas as escolas tenham o mínimo para garantir que os estudantes aprendam o adequado. Para isso, não basta apenas redistribuir, mas é preciso aumentar o bolo. “Não adianta equalizar. Posso equalizar, mas equalizar na miséria. Preciso garantir um padrão mínimo de qualidade”, diz.

Cara defende que o Fundeb permanente, com o CAQ como parâmetro, trará previsibilidade para os gestores. “Muita gente que defende a desvinculação afirma que prioriza a questão da gestão, mas eu só consigo ser um bom gestor se tiver previsão do que eu vou ter no ano seguinte”, diz.

MEC

Em audiência pública na semana passada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o governo trabalha em uma proposta para ampliar os recursos do Fundeb. A pasta pretende também premiar aqueles que tiverem melhores resultados educacionais.

“A gente está trabalhando em uma proposta que melhore o Fundeb, amplie os recursos, acho muito importante. Sou a favor, sim, de dar mais autonomia a recursos, mas cobrar também algumas métricas, para que a gente tenha uma premiação para quem tiver melhor desempenho”, disse.

Simcaq

O Sistema foi elaborado por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Federal de Goiás, do Laboratório de Dados Educacionais e do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3sl). O projeto foi financiado pelo Ministério da Educação.

O Simcaq reúne dados do Ministério da Educação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria do Tesouro Nacional. Nele é possível ver como cada uma das redes está hoje em termos de matrículas, infraestrutura e recursos. É possível também fazer simulações para se chegar a um padrão adequado. O Simcaq deverá ser disponibilizado para o público em junho deste ano.

Plano Nacional de Educação

Em cinco anos de vigência, quatro das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE) foram parcialmente cumpridas, de acordo com relatório divulgado na semana passada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

O PNE, estabelecido pela Lei 13.005/2014, estipula metas para serem cumpridas na educação até 2024, desde o ensino infantil até a pós-graduação, incluindo formação de professores e aumento do investimento no setor até pelo menos o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de riquezas produzidas pelo país. Para atingir as metas até o final do período de vigência, a lei estabelece etapas intermediárias e estratégias.

Todos os anos, a Campanha divulga um monitoramento próprio do cumprimento das metas, baseado em dados oficiais do Ministério da Educação (MEC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros. Pelo próprio PNE, cabe ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC, elaborar, a cada dois anos, um relatório oficial do cumprimento das metas do PNE. O último relatório foi divulgado no ano passado.

No ano passado, o relatório mostrou que apenas um dos dispositivos intermediários previstos no PNE foi cumprido integralmente. Cerca de um terço, 30%, do que deveria ter sido cumprido até 2018, de acordo com a organização, foi parcialmente cumprido. Em 2019, a organização mudou a metodologia e passou a divulgar não apenas o que deveria ter sido cumprido até o ano em questão, mas um balanço geral de todas as metas, o que mostrou que o Brasil se adiantou e atingiu parcialmente metas previstas para serem cumpridas até 2024.

Metas cumpridas

Uma das metas que foi parcialmente cumprida foi melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é um dos principais indicadores de qualidade do ensino fundamental e médio. Embora o Ideb tenha melhorado em todas as etapas, apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, a meta estipulada na lei foi cumprida. Nos anos finais, do 6º ao 9º ano, e no ensino médio, o índice ficou abaixo do esperado.

Outra meta considerada parcialmente cumprida é a de triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. As matrículas ainda não atingiram a marca esperada, mas houve expansão. Em 2018, cresceram 24,2% em relação a 2013 e a expansão do setor público foi de 85,8%, superando a meta.

O país também conseguiu ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior. A meta era que 75% dos docentes fossem pós-graduados em 2024. Em 2017, essa proporção já era 79,6%. Além disso, pelo 35% devem ser doutores. Essa proporção já é, também desde 2017, 42,1%.

Metas estagnadas

Pela lei, todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos deveriam estar matriculados na escola até 2016. Na creche, etapa até os 3 anos, o objetivo é ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças até 2024. Dos 4 aos 5 anos, o atendimento chegou, em 2017, a 93%. Na creche, o atendimento, chegou, no mesmo ano, a 34,1%.

No ensino fundamental, dos 6 aos 14 anos, etapa que já é tida como universalizada, a meta é que até 2024, todos nessa faixa etária estejam na escola - a taxa atual é 98% - e que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada. Hoje, 75,7% concluem na idade adequada.  

Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, 91,9% estavam na escola em 2018, sendo que 70,9% estavam no ensino médio, ou seja, na série adequada à idade. O objetivo é que, em 2024, essa porcentagem suba para 85%.

Pelo PNE, até 2015, os professores deveriam ser formados na área em que atuam e deveria estar definida uma política nacional de formação dos profissionais da educação. Até 2018, apenas 49,9% dos professores que atuavam na educação infantil tinham formação para tal. No ensino médio, esse índice era 61,9%.

Para o coordenador geral da Campanha, Daniel Cara, o PNE foi deixado de lado no debate público. “O PNE está em um contínuo descumprimento, as metas estão estagnadas”, diz. A educação básica é, segundo ele, etapa mais crítica. “As metas do ensino superior estão sendo cumpridas, o que é ótimo, não é, em nada, negativo, mas na educação básica, a gente está completamente estagnado”.

De acordo com ele, uma ênfase maior na educação por meio do cumprimento da lei, ajudaria, inclusive, o Brasil a sair da crise econômica. “A educação é também uma porta de saída para o desenvolvimento do país, para evitar que crises futuras venham a se repetir”, diz.

Responsáveis pelo PNE

O cumprimento do PNE cabe a diversos atores, entre eles, o Congresso Nacional que é responsável por legislar, entre outros, sobre a cooperação entre União, estados e municípios, criando um Sistema Nacional de Educação, à semelhança do Sistema Único de Saúde (SUS).

Cabe ainda aos estados e municípios, que são os maiores responsáveis pela educação básica, do ensino infantil ao ensino médio e à União, que tem o papel de ajudar os demais entes federados e de desenvolver políticas públicas nacionais para todas as etapas de ensino. Em audiência pública na semana passada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, analisou o cumprimento do PNE. “Nós temos várias metas aqui que estão sob risco, e em outras acho que teremos que fazer escolhas. Portanto, eu queria abrir esse diálogo”, disse à deputados federais.

O ministro também ressaltou que o país passa por um momento delicado economicamente, o que fez com que o contingenciamento feito pelo Ministério da Economia fosse necessário. Ele destacou que a pasta prioriza a educação básica e que é necessário melhorar resultados e olhar para o que já está sendo feito. “Há municípios que estão fazendo um trabalho maravilhoso. Temos que olhar para os municípios no Brasil que estão fazendo um trabalho maravilhoso e copiar deles”, destacou.

Um levantamento realizado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), divulgado nesta segunda-feira (27), apontou que apenas 4 das 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) foram parcialmente ou totalmente cumpridas, o que significa que 80% das metas estão estagnadas, segundo a análise. De acordo com a pesquisa, há retrocessos que inviabilizam os avanços na educação.

Um exemplo é a primeira meta que determina que, até 2016, o Brasil alcance pelo menos 50% da cobertura plena de crianças de 0 a 3 anos de idade na creche, até o fim da vigência do plano (2024). Contudo, em 2017, apenas 34,1% das crianças nessa idade estavam matriculadas, com base em dados do Pnad Contínua do IBGE.

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Outro dado é o da educação superior, na qual o PNE designa elevar a taxa bruta de matrícula para 50% até 2024. Apesar de ter crescido entre 2012 e 2016, o nível de matrícula no ensino superior caiu para 34,6%, em 2017. Além disso, também foram analisados os níveis de desigualdades territorial. Norte e Nordeste ainda são as regiões com os menores índices de pessoas matriculadas na educação, em comparação com as demais regiões. Sendo: Norte (29,9%); Nordeste (27,7%); Centro-Oeste (42,7%); Sul (42,7%); e Sudeste (36,5%).

Metas avaliadas

Dentre as metas, são analisadas a educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação especial, alfabetização, educação integral, aprendizado na idade certa, escolaridade da população adulta, analfabetismo dos adultos, Eja integrada à educação profissional, educação profissional, educação superior, titulação de professores na educação superior, pós-graduação, formação de professores, pós-graduação de professores, salários do professor, plano de carreira do professor, gestão demográfica, financiamento na educação.

Contingenciamento do MEC é um agravante

Segundo informações de Andressa Pellanda, coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, fornecidas ao portal de notícias G1, o quadro se agrava com o bloqueio das verbas avaliadas em R$ 5,8 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC).  Para Andressa, o Brasil está distante de cumprir a meta com acesso universal para todas as crianças e adolescentes na escola. Isso se dá pelo de financiamento, que já existe um teto de gastos e com o contingenciamento, a situação se torna ainda mais preocupante, segundo Pellanda.

O Plano Nacional de Educação (PNE)

O PNE foi aprovado em 2014 propondo metas de elevação da qualidade e de acesso a educação brasileira. Todas as metas devem ser cumpridas dentro de um prazo de vigência. Os relatórios são realizados de acordo com o monitoramento das metas feitas pela Diretoria de Estudos Educacionais do Inep, por intermédio da Diretoria de Estudos Educacionais (Dired).

 

Esperança, diálogo e disposição para enfrentar e vencer as dificuldades são os alguns dos principais itens do programa do episcopado para os próximos quatro anos. O novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), D. Walmor Oliveira de Azevedo, anunciou as metas de gestão ao lado do cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, que até agora ocupava a presidência, do até ontem vice-presidente d. Murilo Krieger, arcebispo-primaz de Salvador, e dos 12 membros eleitos para as Comissões Episcopais Pastorais da CNBB.

O anúncio apostólico no Brasil, d. Giovanni D'Aniello, leu na cerimônia de encerramento uma mensagem do papa Francisco em resposta à carta que os bispos do Brasil enviaram a ele durante o evento. Na correspondência, o papa agradeceu a manifestação de comunhão da CNBB, fez votos de que os compromissos assumidos durante a assembleia ajudem os bispos a ser mais fiéis à sua missão evangelizadora.

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D. Walmor disse que "a nova presidência assume consciente de que as dificuldades são imensas e de que as complexidades são quase indescritíveis". Acrescentou que os bispos sabem que o Evangelho ajuda a dar novas respostas para dentro da Igreja como também para a sociedade. "Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária".

Os vice-presidentes eleitos nessa 57.ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil - d. Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, e dom Mário Antônio da Silva, de Roraima, que também participaram das cerimônia de posse, falaram da realidade de suas dioceses na entrevista coletiva. Dom Mario comentou o drama dos refugiados venezuelanos em Roraima.

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter declarado nesta quinta-feira, 11, que o governo cumpriu as 35 metas tidas como prioritárias para os cem primeiros dias de gestão, 17 delas - quase metade do total - ainda estão em curso e dependem de novas etapas para entrar em vigor. Além disso, algumas foram apresentadas no limite do prazo, nestas quarta e quinta-feiras, e com texto genérico.

O levantamento do jornal O Estado de S. Paulo considerou "parcialmente cumpridas" metas de dois tipos: as que já deveriam estar mais detalhadas, mas que ainda estão colocadas de maneira genérica; e aquelas cuja redação deixava claro que as diretrizes deveriam entrar em vigor no período de cem dias, sem depender, por exemplo, de outros Poderes.

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Um exemplo do primeiro caso é a meta de "modernizar" o programa Bolsa Atleta. O governo anunciou nesta quinta-feira a reabertura de 3.142 bolsas que haviam sido cortadas pela gestão de Michel Temer. Mas a questão da modernização foi citada apenas de forma genérica - segundo o governo, um projeto de lei será enviado ao Congresso para este fim.

O segundo caso se aplica à autonomia do Banco Central. Na redação inicial, o Planalto diz que vai "seguir modelo vigente em economias avançadas, garantindo a independência do Banco Central". Mas o governo enviou somente nesta quinta ao Congresso a proposta, que precisa ser votada no Legislativo.

É diferente, por exemplo, do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Na diretriz que apontava para a criação do texto, o governo falava apenas em propor um projeto de lei voltado ao tema, sem dar a entender que ele deveria ser aprovado nos cem primeiros dias.

O levantamento se baseou em estudo dos pesquisadores Luiz Alberto dos Santos e Antonio Augusto de Queiroz, publicado em 3 de abril. A reportagem atualizou o status de cumprimento considerando ações realizadas pelo Executivo na última semana e os 18 atos de governo anunciados por Bolsonaro nesta quinta-feira.

Entre as medidas classificadas como "cumpridas" estão o decreto que facilita a posse de armas, as privatizações no setor de transportes, o Plano Nacional de Segurança Hídrica e o 13.º salário para usuários do programa Bolsa Família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta manhã vários instrumentos de mudanças e novas políticas para o país, que fazem parte das ações de 100 dias de governo, celebrados nesta quinta-feira (11) em cerimônia no Palácio do Planalto. Entre eles, o que estabelece o 13º para o Bolsa Família, a Política Nacional de Alfabetização e a revogação de colegiados com a participação da sociedade civil no âmbito da administração pública federal.

Bolsonaro agradeceu à sua equipe o empenho nesses dias e reafirmou os compromissos do governo em trabalhar “com foco na valorização da família, nos valores cristãos, para uma educação de qualidade e sem viés ideológico”.

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“Estamos buscando alavancar nossa economia com geração de emprego e renda, com desburocratização do Estado brasileiro, com aperfeiçoamento do pacto federativo, com um governo transparente e com critérios técnicos, com austeridade dos gastos públicos, sem com foco no melhor para o cidadão brasileiro”, disse.

Bolsonaro destacou o cumprimento de metas para esses 100 dias nas áreas social, de infraestrutura, econômica, institucional e ambiental, e o empenho do governo em aprovara a nova Previdência, “que tem especial papel no equilíbrio das contas públicas e futuros investimentos”. “Tivemos um intenso ritmo de trabalho nos 100 dias governo e continuamos empenhados nas melhores práticas de governança do Estado para que tenhamos uma nação mais justa, próspera e inovadora”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro comanda nesta quinta-feira (11), no Palácio do Planalto, uma solenidade para marcar os 100 primeiros dias de governo. O evento contará com a presença de ministros, diversas autoridades e parlamentares. Segundo o presidente, o governo conseguiu cumprir, nesses pouco mais de três meses, cerca de 95% das metas estabelecidas para o período.

O detalhamento deve ser apresentado na cerimônia, assim como novos anúncios. Dois dos projetos mais importantes estregues no período são representativos das bandeiras anunciadas pelo governo ainda durante o período de transição: a proposta de reforma da Previdência e o pacote anticrime. As duas medidas, no entanto, precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional.

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Medida econômica mais aguardada pelo setor empresarial e o mercado financeiro, a proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência foi entregue no dia 20 de fevereiro. O texto elaborado pelo governo propõe idade mínima para aposentadoria para homens (65 anos) e mulheres (62 anos), além de um período de transição.

No mês seguinte, o governo enviou as alterações no sistema de pensão dos militares, que inclui também uma reestruturação da carreira nas Forças Armadas. Os projetos devem tramitar de forma paralela no Congresso Nacional.

Segurança

Outra bandeira do governo Bolsonaro, o projeto de lei batizado de "anticrime", elaborado pela equipe do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi entregue no dia 19 de fevereiro.

As medidas, que incluem alterações em 14 leis, como o Código Penal, o Código de Processo Penal, a Lei de Execução Penal, a Lei de Crimes Hediondos e o Código Eleitoral, buscam formas de endurecer o combate a crimes violentos, como o homicídio e o latrocínio, e também contra a corrupção e organizações criminosas.

Assinado em 15 de janeiro, Bolsonaro editou decreto flexibilizando a posse de armas de fogo no país, uma das principais propostas de campanha. Com a medida, os critérios para registro e posse de armas ficam mais objetivos e, na prática, qualquer cidadão de 25 anos ou mais, sem antecedentes criminais e com emprego e residência fixa, poderá ter em sua posse até quatro armas de fogo. 

Em andamento

Algumas das metas programadas para os 100 dias estão em andamento. É o caso, por exemplo, da tentativa do governo federal de viabilizar o leilão de cessão onerosa. A cessão onerosa trata de um contrato firmado em 2010, em que o governo cedeu parte da área do pré-sal para a Petrobras, que teve o direito de explorar 5 bilhões de barris de petróleo. Com a descoberta de volume maior de petróleo na área, o governo irá vender o excedente.

O governo federal negocia a redução tarifária no âmbito do Mercosul (Brasil, Argentina, Urugaui, Paraguai e Venezuela, que está suspensa do bloco). A medida era prevista para os primeiros 100 dias, mas como depende de negociação com as demais nações, ainda não saiu do papel.

Também em fase de andamento está a articulação para instituir o Comitê Interministerial de Combate à Corrupção do Governo Federal, que visa a conduzir essa política na administração pública.

Há ainda a meta de implementar a autonomia do Banco Central, prevista para a primeira fase do mandato.

Confira outras das principais medidas do governo nos primeiros 100 dias de mandato:

Redução de ministérios

Com a promessa de enxugar a máquina pública, o governo Bolsonaro conseguiu reduzir de 29 para 22 o número de ministérios. A meta inicial era ter entre 15 e 17 pastas.

Houve um processo de reestruturação administrativa que, além de fundir ministérios, realocou órgãos de segundo escalão. O governo ainda prometeu aprovar o projeto de autonomia do Banco Central, que deixaria de ser contado como ministério, além de alterar o status da Advocacia-Geral da União. Se isso ocorrer, o governo reduzirá mais duas pastas e ficará com um total de 20 ministérios.

"Revogaço"

Em anúncio desta semana, o governo confirmou a revogação de 250 decretos normativos ainda vigentes, mas que perderam o efeito ao longo do tempo.

A medida alcança normas de 15 ministérios e foi resultado de um estudo que analisou mais de 27 mil decretos editados desde 1889, primeiro ano da República, até os atos mais recentes, deste ano.

A medida está sendo chamada de "revogaço" e precisa ser oficializada no Diário Oficial da União, por meio de um decreto presencial, o que deve ocorrer na cerimônia de hoje. 

Critérios para cargos

Em março, o governo estabeleceu decreto regulamentando critérios, perfil profissional e procedimentos gerais para a ocupação de cargos em comissão e funções comissionadas na administração federal direta, incluindo autarquias e fundações.

A medida atinge os mais de 24,5 mil cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) e das Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE) e vale desde o dia 1º de janeiro.

Ocupantes de cargos que não se encaixarem nos critérios poderão ser exonerados. Entres os pré-requisitos exigidos para a ocupação dos cargos e funções estão idoneidade moral e reputação ilibada; perfil profissional ou formação acadêmica compatível; e não estar impedido de acordo com a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 64/1990).      

Bolsa Família

Promessa de campanha do então candidato Jair Bolsonaro, o pagamento de um décimo terceiro benefício do Bolsa Família deve ser assinado na solenidade desta quinta-feira.

O custo total com o pagamento extra do benefício de combate à miséria será de R$ 2,5 bilhões, como já havia estimado o ministro da Cidadania, Osmar Terra. O Bolsa Família é pago a quase 14 milhões de famílias pobres do país.

Leilões e concessões

Nos primeiros 100 dias, o governo conseguiu concluir um total de 23 leilões de portos, aeroportos e ferrovia. No total, foram arrecadados mais de R$ 7 bilhões com as concessões para a iniciativa privada. Essa era uma das metas anunciadas para o período.

Ensino a distância

Outra meta estabelecida para os primeiros 100 dias, a medida provisória (MP) para regular o ensino domiciliar de crianças e adolescentes, conhecido como homeschooling, ainda deverá ser enviada ao Congresso Nacional, segundo a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves 

De acordo com Damares, a MP vai garantir “o direito da família de escolher a modalidade de ensino e proteger as crianças como elas querem proteger”. Alguns pontos do projeto foram apresentados durante audiência pública da ministra na semana passada.  

Agenda internacional

A estreia internacional de Bolsonaro como presidente foi no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, no fim do mês de janeiro, onde falou a empresários e chefes de Estado sobre abertura do país para novos investimentos.

Nos primeiros 100 dias, o presidente Jair Bolsonaro já cumpriu agenda de Estado em outros três países: Estados Unidos, Chile e Israel.

Em Israel, o presidente anunciou parcerias nas áreas de defesa, ciência, tecnologia e comércio. A visita gerou tensões com os países islâmicos, grandes parceiros comerciais do Brasil no agronegócio. Por isso, ontem (10), Bolsonaro participou de um jantar com embaixadores de países islâmicos na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

Na viagem oficial aos Estados Unidos, Bolsonaro se reuniu com o presidente norte-americano, Donald Trump, que afirmou que o Brasil seria designado principal aliado fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O norte-americano também disse apoiar o desejo do Brasil de integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Na mesma viagem, os governos dos dois países assinaram o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) para uso comercial da base de lançamentos aeroespaciais de Alcântara, no Maranhão.

Outra medida anunciada pelo presidente em sua visita aos EUA foi a edição de um decreto dispensando o visto de entrada no Brasil para canadenses, australianos, japoneses e norte-americanos. A medida visa, principalmente, a atrair turistas dessas regiões para o Brasil.

No Chile, onde esteve no fim de março, Bolsonaro participou da Cúpula Presidencial de Integração Sul-Americana. Além do líder brasileiro, participaram do encontro os presidentes da Argentina, do Peru, da Colômbia, do Paraguai, Equador e Chile.

Na ocasião, foi lançado o Prosul, nova comunidade de países latino-americanos que deverá substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O Prosul será formado por 12 países. Bolsonaro e o presidente chileno, Sebástian Piñera, também assinaram acordos de cooperação para impulsionar a relação comercial entre os dois países. 

*Com informações de Andreia Verdélio, repórter da Agência Brasil

A um ano e meio da eleição, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou uma revisão do Plano de Metas aprovado em 2017, com maior foco em ações de zeladoria. Só o orçamento para serviços de limpeza e capinação, por exemplo, chega a R$ 3,4 bilhões - quase cinco vezes mais do que o investimento previsto em novos equipamentos de Educação e Saúde.

Anunciado nesta segunda-feira (8) o plano de Covas aumenta de 53 para 71 as metas para o biênio 2019-2020. Na prática, também altera promessas do ex-prefeito e atual governador João Doria (PSDB). Entre elas, reduz o número de equipamentos públicos que devem ser repassados à iniciativa privada, de 55 para 10. A expectativa de conseguir R$ 5 bilhões, no entanto, foi mantida.

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O plano de Covas tem previsão orçamentária de R$ 15,3 bilhões para os próximos dois anos, incluindo custeio e investimentos. Desses, ao menos R$ 6,7 bilhões (43%) serão destinados a metas de zeladoria, incrementando serviços de limpeza, coleta seletiva, construção de calçadas e programas de tapa-buraco, além de revitalizar praças, parques, pontes e viadutos.

Por sua vez, Saúde e Educação preveem investimento de R$ 747 milhões em novos equipamentos. Para essas áreas, a gestão Covas espera entregar o Hospital da Brasilândia, além de duas UBSs, 12 UPAs e 12 CEUs. Também foi incluído no plano equipar o Hospital de Parelheiros, na zona sul.

"O que aprendemos aqui em relação ao acontecimento no (Largo do) Paiçandu, com aquele prédio que caiu, e com o viaduto da Marginal do Pinheiros (...) é que a gente precisa arrumar a casa", disse Covas. "É melhor pôr para funcionar o que já existe do que colocar coisa nova e deixar o que já existe ruim."

A revisão

O Plano de Metas passa a ter 36 objetivos, em três eixos: "cuidar da cidade", "proteger o cidadão" e "inovar a gestão". Foram incluídas 25 metas. Outras 18 foram mantidas na íntegra e 7, que já teriam sido cumpridas, retiradas. Só 6 das 28 restantes foram ampliadas - as demais acabaram sendo "incorporadas parcialmente" ou com "escopo ajustado". Segundo Covas, houve ajuste de objetivos, uma vez que o otimismo para o cenário econômico em 2017 não se confirmou. "A reforma (da Previdência) não foi aprovada, a expectativa de crescimento não se realizou e nós tivemos frustração com o comportamento do PIB em 2017 e 2018."

Entre as novas metas está reduzir em 80% o número de usuários de drogas em logradouros públicos - ação que será limitada à região da Luz. A referência são 496 pessoas contadas pela GCM em dezembro. Houve redução de novos corredores de ônibus de 72 km para 9,4 km.

Embora argumente adversidade econômica, a Prefeitura afirma que vai aumentar a previsão de investimento de R$ 10,8 bilhões (plano de Doria) para R$ 12,8 bilhões. Todo o orçamento estaria garantido, diz Covas. "Havendo sucesso no plano de desestatização ou aumento de repasse federal e estadual, nós poderemos fazer a mais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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