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Viih Tube usou as redes sociais, neste sábado (11), para denunciar ataques gordofóbicos contra sua filha, Lua di Felice. A pequena, que tem apenas sete meses de idade, já foi alvo de comentários maldosos de seguidores da mãe. 

Pelo Instagram, Viih desabafou: “Já tô sem paciência. Isso não é preocupação, é maldade. Já falei inúmeras vezes que a Lua só mama e só agora começou a introduzir. Tá na fase que nem come direito, mais experimenta e mais frutas", explicou.

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A influenciadora deixou claro que começará a tomar medidas legais contra aqueles que falarem do peso de sua filha. "Não vou mais aturar um só comentário. A partir de agora, vou entrar com todos os meus direitos legais em cada pessoa que comentar. Não quero saber sua opinião, eu não pedi e opinião sobre o corpo de ninguém é bem vinda. Ela ainda é uma bebê, mas e se fosse mais velha e já entendesse? Vocês destruiriam o psicológico da minha filha. Falar mal de um bebê? Vocês estão mortos por dentro."

 

Semanas depois de sua nomeação na assembleia do condado de Kwale, sudeste do Quênia, Judy Kengo se viu 'no olho de um furacão' por uma foto manipulada na qual supostamente beijava outra mulher.

"Olhem, aqui sua dirigente. Que exemplo é esse para nossas filhas?", comentou uma internauta na imagem publicada nas redes sociais.

Kengo sabe qual foi a intenção desta divulgação: forçá-la a renunciar ao cargo em uma das regiões mais conservadoras do país.

Este tipo de ataque não é incomum na África, indicam especialistas à AFP.

Muitas mulheres que desejam entrar para a política enfrentam campanhas de desinformação online para dissuadi-las de se apresentarem às eleições ou desacreditá-las perante os eleitores.

Para resistir a estas pressões, é preciso ter "casca grossa", afirma a política queniana de 35 anos, que formou uma equipe para responder às campanhas de difamação nas redes sociais.

"A política sempre foi um mundo dominado por homens e para entrar nela é preciso ser muito agressiva", explica.

E para uma mulher, exercê-la é delicado. "Se for agressiva na forma de abordar os problemas, as pessoas dizem que é exagerada e linguaruda", afirma.

"Não é assim com nossos homólogos masculinos".

- "Medo" -

"Os ataques sexualizados são muito agressivos e buscam claramente minar a qualificação delas" para o cargo, explica Kristina Wilfore, cofundadora da ONG #ShePersisted (Ela persistiu), que combate a desinformação sexista e abusos online.

Um estudo com a participação de sua organização demonstrou que durante as eleições gerais do Quênia de 2022, as redes sociais permitiram "um discurso de ódio sobre as mulheres", disse Wilfore.

E embora sejam verificadas e corrigidas, as informações falsas "sempre deixam a sensação de que as mulheres não têm espaço em alguns locais públicos", lamenta.

No continente africano, elas ocupam apenas 24% dos 12.100 postos parlamentares, segundo um estudo de 2021 do projeto pan-africano "Women in political participation" (A participação política das mulheres, em tradução livre).

No Quênia, embora a Constituição determine que ao menos um terço das cadeiras da Assembleia Nacional seja ocupado por mulheres, esta cota não é preenchida.

- Nudez e fitas de sexo -

Em Ruanda, a empresária e opositora Diane Rwigara se deparou com supostas imagens suas nua na internet dias após anunciar sua candidatura às presidenciais de 2017. Mais tarde, declarou à CNN que essas imagens foram manipuladas e parte de uma campanha para que não desafiasse o presidente Paul Kagame, no poder desde o ano 2000.

Sua candidatura foi posteriormente recusada devido a supostas falsificações em sua solicitação. Em 2018, um tribunal a absolveu das acusações "infundadas".

Em abril, a ex-senadora queniana Millicent Omanga enfrentou pedidos de demissão de seu cargo de ministra adjunta após a divulgação de vídeos de uma suposta fita sexual. A AFP rastreou a origem de um destes vídeos e chegou à conta de uma atriz amadora de filmes adultos. Omanga nunca comentou publicamente o assunto e não respondeu ao contato da AFP.

Vários especialistas advertem que estas acusações, especialmente as de conotação sexual, podem se tornar mais frequentes com a ascensão da Inteligência Artificial.

Em 2019, o aplicativo DeepNude, que deixa mulheres virtualmente nuas, foi desativado diante de possíveis abusos.

"As redes sociais têm a principal responsabilidade de garantir que os espaços online não sejam usados (...) com o objetivo de causar dano", estima Leah Kimathi da ONG Conselho Queniano para as Redes Sociais Responsáveis.

"As plataformas investem muito menos em segurança na África em comparação com o resto do mundo", acrescenta.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou suas redes sociais para compartilhar uma frase do líder fascista Benito Mussolini. No último sábado (2), o político postou uma frase do ditador italiano para defender que se "deve restringir a liberdade do indivíduo".

"Fomos os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade do indivíduo”, diz a frase de Mussolini postada por Zema. O ditador italiano foi um dos maiores aliados da Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.

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Por meio de nota, o Governo de Minas Gerais disse que Zema defende as liberdades individuais e alega que a citação seria um alerta sobre os supostos riscos do "estado inchado". O posicionamento também afirma que o governador tem compromisso com a democracia e com um estado que sirva às necessidades do povo.

As redes sociais controlados pelo Meta, antigo Facebook, apresentaram instabilidade na tarde desta sexta-feira, 16. O WhatsApp, por exemplo, deixou de enviar mensagens de áudio e recursos como uso figurinhas e fotos também apresentaram problemas.

Já no Instagram, usuários foram ao Twitter reclamar de dificuldade ao tentar compartilhar Stories.

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O Downdetector, plataforma que monitora o funcionamento de serviços on-line, registrou 4.573 notificações sobre falhas no WhatsApp até às 15h59.

No caso do Instagram, esse número foi de 1.060 problemas reportados até as 16h. O Facebook teve 500 ocorrências registradas.

Os serviços parecem já ter voltado a funcionar, e a empresa ainda não se pronunciou sobre o motivo da falha.

Um socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi filmado caindo em cima de um paciente durante um atendimento em Novo Gama, no Distrito Federal. O vídeo viralizou nas redes sociais, ultrapassando a marca de 3 milhões de visualizações.

A situação foi registrada na última sexta-feira (19), quando o Samu foi acionado para uma batida envolvendo um carro e uma moto. Na ocorrência, uma das vítimas ficou com escoriações nos joelhos e precisou ser imobilizada para seguir para uma unidade de saúde. 

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O socorrista se desequilibrou em razão do derramamento de óleo na pista, que não havia sido percebido pelo socorrista. A repercussão do vídeo fez com que o profissional, Gustavo Rios, gravasse um depoimento sobre o caso para seus seguidores no Tik Tok.

Com bom humor, ele ressaltou que o tropeço não machucou o paciente em atendimento, que não apresentava estado de saúde grave. “Estamos montando um top 10 com as melhores piadinhas [...] Esclareço para vocês que isso foi um acidente. Não machucou o paciente, o paciente não teve nenhuma lesão. Inclusive, a gente brincou que se o vídeo viralizasse a gente ia dividir os ganhos com o Tik Tok”, afirmou. 

Na última segunda-feira (25), a Polícia Civil prendeu Mariana Fragoso, de 25 anos, que ficou conhecida como "Senhora do Fuzil", na cidade de Campinas, no interior de São Paulo. Ela, que confessou armazenar armas do PCC, exibia uma rotina de ostentação em suas redes sociais. Suas publicações incluam viagens para lugares paradisíacos e idas a estabelecimentos de luxo. 

No apartamento de Mariana, a Polícia encontrou dois fuzis 556, uma submetralhadora 9mm e uma pistola 9mm, além de munições. A prisão ocorreu no âmbito da Operação "Paiol", instaurada para combater o crime organizado nas regiões de Sumaré, Hortolândia e Campinas.

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Mariana Fragoso expunha vida de luxo nas redes sociais. (Reprodução/Instagram)

"A investigada informou aos agentes que realizava a guarda das armas e munições. A suspeita foi levada para a sede da DISE e, após as medidas de polícia judiciária, foi conduzida à Cadeia Pública de Paulínia", diz a nota oficial da Polícia. 

De acordo com o R7, mulher também disse à Polícia que recebia cerca de R$ 1.000 por mês para manter o armamento em casa. Além disso, ela estava com um teste de gravidez em mãos, alegando que acabara que descobrir uma gestação. 

O site também afirma que Mariana alugava armas para criminosos, embora não tenha indicado os nomes dos donos das armas na conversa com os policiais. Apesar disso, os investigadores acreditam que conseguirão mais informações sobre o esquema no celular da mulher, que foi apreendido. 

Redes sociais

As publicações da mulher, em redes sociais, expondo lanchas em praias e diversos procedimentos estéticos, geraram desconfiança sobre a origem de seus rendimentos. No Instagram, Mariana é seguida por mais de 11 mil pessoas.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que deixará de administrar as redes sociais do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Carlos foi o responsável por criar e comandar as redes de Bolsonaro por mais de dez anos. Em postagens em suas redes sociais nesse domingo (16), o vereador escreveu que "em breve chegará o fim deste ciclo de vida".

O vereador ainda desabafou, afirmando que "pessoas ruins" estariam ganhando com seu trabalho e que ele teria sido "tratado de modo que nem um rato mereceria". "Não acredito mais no que me trouxe até aqui", acrescentou Carlos.

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Ainda assim, disse que não sairá "sem avisar". "(Foram) anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza de que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas", escreveu o vereador.

"A obesidade causa tanto mal quanto a fome. É por isso que Flávio Dino está andando de bicicleta." Se, no discurso feito durante o lançamento do Pronasci II (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), essas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em referência ao ministro da Justiça e Segurança Pública arrancaram risos da plateia, nas redes sociais a repercussão foi outra.

No Twitter, internautas se dividiram em classificar a declaração do petista como brincadeira e grosseria, já que obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo.

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Também durante a cerimônia realizada na tarde de quarta-feira, 15, em Brasília, Lula afirmou que a obesidade deve ser tratada pelo Estado como uma questão de saúde pública. "Vai precisar que o Estado cuide com muito carinho desse mal", complementou.

Em 2020, o Ministério da Saúde apontou que 22% dos brasileiros estão acima do peso considerado saudável. Por outro lado, durante a pandemia, o porcentual de pessoas que vivem em condição de insegurança alimentar saltou 58,7% .

Parlamentares como Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) usaram as redes sociais para falar sobre as declarações de Lula e a maneira como apoiadores do presidente lidaram com a situação.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Flávio Dino, mas, até a publicação da reportagem, não obteve resposta.

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Projeto de extensão acadêmica focado no mercado de trabalho, a Agência de Comunicação da UNAMA - Universidade da Amazônia (Agecom) retornou às atividades neste mês de janeiro com novas propostas e equipe renovada. Um dos núcleos de mídia dos Cursos Criativos Comunica da UNAMA (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing, Design Gráfico e Filmmaker), a Agecom organiza uma cartela de clientes e mobiliza estudantes para atividades práticas criativas.

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Os alunos dos Cursos Criativos Comunica foram recebidos pelo professor Filipe Larêdo, coordenador da agência, que apresentou as novidades. A Agecom tem como principal objetivo gerar conteúdos e oferecer a oportunidade de experiências aos estagiários voluntários.

No começo desse ano a agência assumiu a Rádio Unama FM 105.5 como cliente, assim como as redes sociais dos cursos de Comunicação Social da UNAMA. A agência tem parceria com a rede de cinemas Cinesystem e também programa oficinas para os estudantes.

Rafael Moraes, estagiário de Design, definiu o trabalho na Agecom como acolhedor, ressaltando que todos se ajudam e dão opinião, o que possibilita a criação de um ambiente confortável. Rayssa Sales, estagiária de Publicidade, destacou o ambiente positivo e dirigido para atividades práticas. "Isso é o que realmente importa para formar um profissional de qualidade", assinalou. 

"A importância da Agecom para os alunos dos Cursos Criativos Comunica da UNAMA é imensa, porque aqui eles podem colocar em prática aquilo que eles aprendem em sala de aula. Essa cobrança de uma agência, de clientes que precisam aprovar as nossas artes, os nossos projetos, essa pressão dão a eles a vivência, a experiência de estar em um ambiente profissional de fato”, ressaltou o professor Larêdo. Ele também reforçou que os alunos recebem orientação da Agecom em cada trabalho realizado. 

Da Agecom.

 

Da euforia à desolação, o humor dos entusiastas da chamada "revolta dos manés" mudou após a prisão de extremistas no levante contra o Congresso, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre grupos e canais de aplicativos de mensagem pairam os sentimentos de frustração, receio e tensão. Há usuários que só puderam lamentar o desfecho da investida golpista em Brasília.

Os atos de vandalismo no domingo passado tinham por mote uma fala do ministro Luís Roberto Barroso, do STF: "Perdeu, mané". A declaração foi dada em Nova York, quando o magistrado foi abordado por um apoiador de Jair Bolsonaro, candidato derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a eleição, nas ruas, nas redes sociais e em plataformas como WhatsApp e Telegram, bolsonaristas põem em xeque a vitória do petista.

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A reportagem do Estadão acompanhou a troca frenética de mensagens em dois grupos no WhatsApp - um deles restrito - e em 15 no Telegram. "Que mistura de sentimentos. Eu sinto raiva, tristeza, decepção. É como estar em luto e não saber quando irá terminar. Sinto muito pelas pessoas de bem que lá estão (presas) e as pessoas de mal soltas por aí", afirmou uma integrante do grupo Peladeiros 1. Há também relatos de desilusão: "Exército nos abandonando mais uma vez".

O grupo, que é fechado, já se chamou Resistência Joinville. Após a prisão dos extremistas em Brasília, dezenas deles mudaram de nome, mensagens foram apagadas e membros debandaram. "Estamos à beira da loucura. Entramos na era do medo", disse uma usuária do Peladeiros 1, grupo especialmente afetado pela ação policial: o organizador e administrador, o influenciador bolsonarista Eduardo Gadotti Murara, de Joinville (SC), foi detido e está preso em Brasília.

Paranoia

Paranoia, desde então, circula entre os usuários. Há o medo constante de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, leia as mensagens - sentimento replicado em grupos, tanto do WhatsApp como do Telegram. É de Moraes a ordem para prender manifestantes em flagrante, pôr fim aos acampamentos na frente de instalações militares, prender Anderson Torres - ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro - e afastar o governador Ibaneis Rocha (MDB).

No Instagram, Murara é dono de uma página em que fazia "lives" sobre a rotina do acampamento no Quartel-General do Exército em Brasília. Nas postagens, ele convocava apoiadores do ex-presidente a acompanhar os protestos na capital federal e em também em suas cidades.

Nos primeiros dias de janeiro, o influenciador fez a convocação para uma "festa" - código usado por bolsonaristas nas plataformas digitais para os protestos, a "festa da Selma". Tratava-se do ato de Brasília. Catarinenses que não pudessem se deslocar para a capital federal receberam a orientação de procurar o acampamento no quartel de Florianópolis. Murara transmitiu ao vivo a invasão dos prédios públicos da Praça dos Três Poderes.

Reação

No grupo do WhatsApp, a reação após as forças de segurança retomarem o controle da situação foi imediata. Todas as mensagens enviadas no domingo foram apagadas. O verde a amarelo cedeu lugar a uma imagem de uma bola de futebol.

"Estou preocupada com Eduardo. Não deu sinal", disse um usuário na madrugada de terça-feira (10). Na tarde do mesmo dia, uma usuária perguntou se Murara havia sido preso. Uma pessoa que mantém contato com o influenciador bolsonarista confirmou a informação, o que causou comoção entre os integrantes. Em seguida, uma dezena de mensagens foi apagada.

Outras resistiram. "Esse grupo pode estar sendo monitorado para estimular o povo a falar coisas. Depois recebemos um processo. O povo da esquerda está com sangue nos olhos. Ideal seria desfazer o grupo. Pelo menos este", disse uma usuária. "Pessoal, tem de evitar falar certas coisas aqui. Pode ser que o telefone do Eduardo esteja com o Xandão (apelido dado a Moraes)", respondeu outro usuário.

Tristeza

A tristeza dominou os bolsonaristas. "Já chorei tanto hoje. O povo não merece isso", afirmou uma integrante do grupo. "O mais triste é essa impotência que sentimos. Dói", escreveu outro.

Na quinta-feira (12), o nome de Murara passou a figurar na lista oficial da Polícia Federal dos detidos pelos atos de vandalismo. "Eduardo lutou tanto por nós e agora está preso como um marginal. Que dó dele, gente", afirmou um integrante do grupo ao receber a confirmação da prisão. "Muito difícil que quem foi para a penintenciária conseguirá sair", disse outro. A reportagem não localizou a defesa do influenciador.

Em grupos do Telegram, os relatos se repetem. "Que tristeza. Políticos corruptos e no poder e pessoas de bem presas. Uma vergonha para o Brasil", publicou uma usuária.

A temperatura sobe com a presença cada vez maior de supostos petistas infiltrados nos grupos para provocar bolsonaristas: "Tá com medo do Xandão?", questionou um membro, que trocou a foto de perfil para a de Moraes. Dezenas de usuários trocaram ofensas entre si em seguida.

Dissociação da realidade

Em grupos bolsonaristas, há a crença de que os atos violentos foram causados pela ação de "infiltrados". Para Patrícia Rossini, pesquisadora da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, há uma "dissociação da realidade". "Para algumas pessoas, há uma dissociação entre eles e as pessoas que cometeram os atos violentos. Elas não se veem como parte ou contribuidoras daquele movimento de vandalismo", afirmou.

Essa distopia, afirmou o analista de dados do Rooted in Trust Brazil e pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), João Guilherme dos Santos, ocorre por que se formou uma rede bolsonarista tão grande em diversas plataformas que os usuários perderam o contato com o contraditório. "Não podemos tomar como base que essas pessoas viram a mesma coisa que vimos. Existe uma rede de confirmação social das coisas que elas estão acessando. Há os programas jornalísticos delas, os cientistas delas", afirmou.

Segundo Santos, as redes alimentam como convicções reais informações distorcidas. Esse negacionismo se reflete em campos como política e ciência, afirmou o pesquisador. "Meu Deus do céu. Estão picando as pessoas com o veneno. Muita crueldade", afirmou uma usuária sobre o fato de os presos serem vacinados contra covid ao dar entrada no Complexo Penitenciário da Papuda, onde ficam os homens, ou na Colmeia, onde está as mulheres.

Não só os comandantes das Forças Armadas se manifestaram sobre os protestos contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as urnas eletrônicas e as decisões judiciais que excluíram das redes sociais perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionaram o resultado da eleição. Outros militares da ativa fizeram ou compartilharam publicações de caráter político-partidário em redes sociais.

Um dos mais ativos é o coronel Alberto Ono Horita, que comandou o 20.º Batalhão de Logística Paraquedista do Exército, foi adido militar nos Emirados Árabes e hoje dirige o Colégio Militar de Curitiba. Em 2019, o general Edson Leal Pujol fez publicar portaria na qual disciplinava o uso das redes sociais. Desde então, a conta do coronel no Twitter registrava pouquíssimas publicações. Isso mudou em 17 de setembro.

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Na conta, agora sob o nome de Patriota_PQD (abreviação de paraquedista), apareceu naquele dia mensagem compartilhada sobre uma bolsonarista infiltrada em uma manifestação do "nine". Nine é uma alusão a Lula, que teve um dedo amputado em uma prensa quando era torneiro mecânico.

Seguem-se 13 publicações de caráter político-partidário até 30 de outubro, quando a conta do coronel registra o desabafo: "Vergonha! A mentira prevalece! O crime compensa! Esse é o Brasil!". No dia seguinte à derrota de Bolsonaro, o coronel retuitou publicação com foto do presidente: "Jair Bolsonaro é um líder espetacular, independente do que aconteça, devemos respeitá-lo por resgatar nosso patriotismo e nos dar a chance de lutar. Obrigado, capitão".

Nos dias seguintes, há mais 39 publicações partidárias. Em uma delas, o presidente eleito e futuro comandante em chefe das Forças Armadas é chamado de "ladrão". Há ainda acusações sem provas de fraude nas urnas e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal.

Contra Alexandre de Moraes, a conta do coronel diz ao compartilhar um vídeo sobre as urnas: "Que beleza, Xandão! Fez tudo para colocar seu amigo Chuchu!!!!" Xandão é uma referência a Moraes e Chuchu, ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

Generais

O perfil do coronel não foi o único no Exército que fez publicações críticas a Moraes. O comandante de uma Divisão de Exército retuitou um artigo para explicitar a "censura sob a qual o Brasil vive". Era 24 de outubro. O mesmo fez outro general de divisão, subchefe de uma estrutura militar em Brasília, ao compartilhar publicação sobre a "censura" à rádio Jovem Pan. Era 20 de outubro.

São casos menos intensos do que o do coronel. O TSE havia derrubado contas de políticos bolsonaristas porque divulgariam fake news contra as urnas e agira contra a Jovem Pan, impondo multa a comentaristas. Um perfil de um terceiro general de divisão, um engenheiro militar, compartilhou publicações em solidariedade à rádio. Em uma delas, porém, faz menção ao PT: "Um bom teste para todos os comentaristas compartilharem essa imagem. Quem se recusar veste mais a camisa do PT do que a da JP". A publicação é de 19 de outubro.

O Estadão procurou o coronel, mas não conseguiu localizá-lo até a publicação deste texto. A reportagem também procurou o Exército, mas o comando não se manifestou.

Silvanei Vasques conta com 4,1 mil novos seguidores. (Reprodução)

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Neste domingo (30), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, ganhou cerca de 4,1 mil seguidores no Instagram, após a corporação descumprir a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibia operações de trânsito na rodovias capazes de obstruir o percurso dos eleitores aos locais de votação. Vasques declarou seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais. 

De acordo com informações da ferramenta de monitoramento Crowdtangle, a alta nas adesões a Vasques deve se tornar, até o fim do dia, o maior pico de interesse diário pela conta dele desde que chegou ao cargo, em abril de 2021. A projeção é a de que ele totalize 5 mil novos seguidores.

O Instagram da PRF também cresceu. A corporação conta com 4,9 mil novos seguidores na plataforma.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a exclusão de pelo menos 334 publicações em redes sociais, alegando veiculação de conteúdos falsos, desde o início da pré-campanha neste ano. Levantamento feito pelo Estadão mostra que decisões de ministros da Corte ordenaram a retirada de conteúdo de plataformas digitais como Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, WhatsApp, Tiktok, Kwai e Gettr, este último popular entre adeptos de ideologias de extrema direita por não conter ferramentas de moderação de conteúdo.

No total, foram emitidas 43 decisões que têm como principal alvo publicações feitas pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus aliados na disputa eleitoral.

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Algumas decisões do TSE contendo ordens de remoção de conteúdo têm sido questionadas por entidades da sociedade civil por, segundo elas, intervir excessivamente na seara política e na liberdade de expressão. Recentemente, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) condenaram a decisão da Corte que determinou a retirada de 31 publicações que associavam o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, ao ditador da Nicarágua, Daniel Ortega.

Na lista das remoções está um post do jornal paranaense Gazeta do Povo. A ANJ chegou a classificar a medida do tribunal como "censura" e a Abraji afirmou que não é saudável para a democracia colocar "o Judiciário na posição de decidir sobre o que um veículo jornalístico pode ou não publicar".

Em outro caso, a Corte Eleitoral determinou que o site de notícias O Antagonista removesse um texto no qual Lula era acusado de ter ligação com o traficante Marcola, que atua como chefe da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Excessos

Para David Nemer, professor de Estudos da Mídia da Universidade de Virginia (EUA), a manifestação de associações como a Abraji, no caso da Gazeta do Povo - que fez uma postagem nas redes sociais vinculando Lula a Ortega -, evidencia possíveis "excessos" na atuação do TSE.

"Uma forma de mitigar isso é o TSE se colocar em conversa com associações de jornais e imprensa. Redes sociais não são entendidas como empresas de bem comum, diferentemente de como é vista a imprensa. Ações contra a imprensa precisam ser vistas com muita cautela", disse o autor do livro Tecnologia do Oprimido.

Balanço

O TSE recebeu, desde julho, 129 representações com denúncias de disseminação de fake news contra os presidenciáveis, o que corresponde à abertura de mais de um processo por dia nos últimos três meses. Nem todos os pedidos, no entanto, resultaram em decisões para retirada do ar de conteúdos que as campanhas consideraram ofensivos. Os ministros negaram a exclusão em 58 processos. Em outros 29 casos, a Corte nem sequer chegou a analisar o mérito dos pedidos.

Nas ações movidas pela campanha de Lula, o alvo mais frequente foram publicações feitas por Bolsonaro e seus aliados mais próximos, como os deputados eleitos Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), eleita para vaga no Senado. A candidatura petista também mirou publicações de influenciadores digitais ou usuários comuns das redes.

Uma dessas ações em que Lula conseguiu a remoção das notícias falsas compartilhadas por adversários foi contra Flávio Bolsonaro e os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ), que acusaram o PT de manter relações com líderes da facção criminosa PCC e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de aplicar um "golpe milionário" em caso de vitória do candidato petista no próximo dia 30 de outubro. Outra postagem dizia que Lula estava associado ao STF "para matar" Bolsonaro.

Em outra ação, a federação composta por PT, PCdoB e PV obteve decisão que obrigou a remoção de publicações de Damares Alves com alegações falsas de que os governos do ex-presidente petista teriam distribuído cartilhas para ensinar os jovens a fumar crack.

A campanha de Bolsonaro, por sua vez, conseguiu tirar do ar vídeos em que Lula o chama de "genocida", assim como a propaganda do PT que compila declarações antigas com falas de Bolsonaro sobre tortura, negação da compra de vacinas e a ofensas às mulheres. Anteontem, o TSE impediu os petistas de usarem vídeo que associa Bolsonaro ao canibalismo. A propaganda petista usava uma entrevista antiga do atual presidente da República destacando frases consideradas fora de contexto.

Ações

O TSE conta com apenas quatro ministros fixos dedicados ao julgamento das propagandas eleitorais. No início de agosto, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, designou Cármen Lúcia, Maria Claudia Bucchianeri, Raúl Araújo e Paulo de Tarso Sanseverino para cuidar desses processos. Além das ações envolvendo fake news, os ministros ainda precisam analisar centenas de pedidos de direito de resposta, acusações de difamação e supostas irregularidades das campanhas.

A advogada Angela Cignachi, da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), destacou que a intervenção judicial não tem a capacidade de reverter todos os danos causados pelas fake news à imagem de um candidato.

"Apesar de essas decisões serem tomadas e haver a determinação de retirada dos conteúdos, nós sabemos que não há meios tecnológicos para tirar aquele vídeo ou conteúdo de todos lugares em que se espalha, o que torna a eficácia dessas medidas bem limitada. O prejuízo para quem é atingido por uma notícia falsa ou descontextualizada que afete a honra é muito grande", argumentou a advogada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A influenciadora Bianca Andrade, dona da marca Boca Rosa, aqueceu as redes sociais, neste domingo (2), ao compartilhar fotos usando uma camiseta de Lula e um mini biquíni lilás.

Nas imagens, a também ex-BBB aparece sorridente, aproveitando o sol e segurando uma cerveja. Na camisa em que veste, estão as palavras: “picanha, cerveja & Lula 2022”.

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Esbanjando charme, ela também faz o “L”, símbolo do candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenções de voto.

A empresária arrancou elogios de fãs e famosos. “Gostosas com Lula”, escreveu Alice Wegmann. “Perfeitaaaa”, comentou Murilo Henare. Gostosa e inteligente”, publicou Nyvi Estephan.

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Momentos críticos do presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral acompanham o aumento na mobilização da retórica "anticomunista" nas redes sociais. Apoiadores do mandatário acusam adversários, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas e até ex-aliados de apoiarem a ideologia e justificam, em razão de uma suposta ameaça, a necessidade de ações mais radicais. A Constituição garante a liberdade de expressão, mas especialistas consultados pelo Estadão enxergam na estratégia a criação de um "ambiente de medo" por meio do uso de um "espantalho eleitoral".

O cenário repete tendência já observada em 2018. Em outubro daquele ano, o Google registrou o maior número de buscas pelo termo "comunismo" nos últimos 18 anos. Em 2022, o termo volta a aparecer com tendência de crescimento. Neste ano, houve um pico de interesse em fevereiro, quando Bolsonaro comparou o comunismo ao nazismo e defendeu a sua criminalização. E volta a disparar no início oficial de campanha, em 16 de agosto, quando usuários buscam, por exemplo, se Lula é comunista.

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Neste ano, pastores e apoiadores de Bolsonaro associam também a ideia de que a esquerda está atrelada ao "ateísmo". Esse movimento foi percebido pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que produziu um vídeo para ironizar o "fantasma do comunismo", ressaltar ações de seu governo favoráveis à liberdade religiosa e contestar a afirmação de que Lula fecharia igrejas, se eleito.

No Instagram, houve picos de citações ao tema em 16 e 22 de agosto, data em que Bolsonaro participou de sabatina no Jornal Nacional, da TV Globo. O total de posts chegou a 4,6 mil. No Twitter, o comunismo foi mencionado 680 mil vezes entre 16 de agosto e 23 de setembro, segundo dados do Monitor de Redes do Estadão.

Além do 7 de Setembro, o maior pico de menções ocorreu nos dias 10 e 11 daquele mês, quando o jogador Lucas Moura, do time inglês de futebol Tottenham, associou Lula ao socialismo e ao comunismo. No Facebook, foram 5 mil publicações na semana do 7 de Setembro, de um total de 35 mil coletadas em todo o período eleitoral.

"A política do medo é decisiva em todo esse processo. Ela acompanha essa linguagem e adquire uma conotação mais ou menos agressiva ao longo do tempo", afirmou a cientista política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Daniela Mussi.

Para Eugênio Bucci, professor titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e coordenador acadêmico do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, o desconhecimento alimenta a disseminação das mensagens. "Esses grupos que alimentam o medo do comunismo têm em comum a característica de não saber o que é comunismo. Não há muito como esperar se resolver esse tipo de coisa com algum tipo de censura. De forma nenhuma", disse.

O movimento nas redes acompanha o posicionamento do presidente, que nos seus discursos costuma dizer que pede a Deus que o País "não experimente as dores do comunismo". Para o pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) Viktor Chagas, trata-se de um termo "esvaziado completamente de sentido". "Não importa efetivamente o significado, porque ele é empregado de maneira a constituir uma imagem negativa do adversário", disse. Em 2018, o grupo de pesquisa de Chagas identificou que o termo costumava circular com maior frequência nos dias em que eram divulgadas pesquisas e notícias desfavoráveis a Bolsonaro.

Radicalização

Em grupos de WhatsApp e Telegram, a retórica anticomunista costuma ser mais radical, com teorias da conspiração relacionadas ao período eleitoral e pedidos de intervenção militar para "libertar o povo brasileiro". Levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontrou 3.885 mensagens sobre o tema em 485 grupos bolsonaristas no WhatsApp e 1.842 em 79 grupos do Telegram nos últimos 90 dias.

Para a cientista política Daniela Mussi, o uso do termo está cada vez mais associado a uma perspectiva antidemocrática. "O comunismo se torna um significante vazio, uma espécie de embalagem onde se coloca o inimigo a ser combatido. Não só no sentido das ideias, mas de sua própria existência como expressão política", afirmou.

Procurado, o WhatsApp afirmou que conteúdos ofensivos e possivelmente ilegais devem ser denunciados às autoridades competentes, e que costuma banir contas e grupos imediatamente com base em ordens judiciais. O Telegram afirmou que chamados à violência são removidos.

O Twitter afirmou que procura estabelecer um equilíbrio entre o direito à liberdade de expressão e a segurança do usuário. O Facebook e o Instagram, por sua vez, disseram que não permitem que organizações ou indivíduos "anunciem uma missão violenta" nas plataformas. Segundo as empresas, elas monitoram os apoios a organizações que propagam "ódio organizado".

A primeira-dama Michelle Bolsonaro se tornou uma das figuras mais influentes do segmento evangélico nas redes sociais e tem servido como trunfo da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para neutralizar a rejeição do marido, principalmente entre as mulheres.

A Casa Galileia, organização que promove ações e campanhas sobre os cristãos no Brasil, fez um monitoramento em milhares de publicações de influenciadores evangélicos, de fevereiro a agosto. E identificou que a primeira-dama passou a figurar entre os campeões de engajamento nesse público, não só por publicações próprias, mas, principalmente, pelos assuntos impulsionados por campeões de seguidores.

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Com perfil apenas no Instagram, as publicações de Michelle têm superado 150 mil interações na semana. Seu maior alcance, no entanto, está nos perfis de pastores e políticos de direita que usam a imagem da mulher de Bolsonaro para impulsionar a campanha. As aparições públicas servem de conteúdo para perfis com altos índices de engajamento nas redes sociais, como é o caso do músico Rafael Bitencourt, do pastor Rodrigo Mocellin, da ex-ministra Damares Alves e do portal Pleno News.

Entre os dias 15 e 21 de agosto, Michelle divulgou o "santinho" da campanha à reeleição do marido e atraiu 570.135 interações. Ficou em segundo lugar no ranking de publicações mais influentes entre perfis evangélicos na rede social, liderado pelo vereador Nikolas Ferreira (PL-MG), candidato a deputado federal.

A primeira-dama também aparece ao publicar apoio à candidatura de Damares para o Senado e ser citada como alguém que a campanha do PT "tem que se preocupar mesmo". Em sete meses, 18 publicações de Michelle ficaram entre os 20 posts de influenciadores evangélicos com maior engajamento na rede.

Em geral, a primeira-dama é vista entre os cristãos como "temente a Deus, que equilibra o temperamento difícil e explosivo do seu marido". A autenticidade da fé virou ferramenta da campanha de Bolsonaro, mostra o levantamento.

ALERTA

O estudo identifica que Michelle mergulhou na campanha do marido a partir de junho, quando pesquisas apontaram baixa adesão do eleitorado feminino ao presidente, além de queda do apoio evangélico. Foi quando a campanha começou a focar nesses grupos nos discursos e agenda do candidato à reeleição.

"Michelle Bolsonaro performa o rosto do evangélico conservador e fundamentalista no Brasil, uma esposa crente e sábia que edifica sua casa, é temente a Deus e equilibra o temperamento difícil e explosivo do marido", disse a pesquisadora Andréa Santos, autora do levantamento.

O atual presidente lidera as intenções de voto entre evangélicos, mas a rejeição cresce quando as mulheres são consultadas. Conforme a última pesquisa Datafolha, o presidente tem 49% das intenções de voto entre evangélicos, ante 32% de Lula. O petista tem 47% entre as mulheres, ante 29% de Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Em maio deste ano, o jornalista e apresentador Matheus Baldi, durante uma live, falou que sabia da história de uma "atriz mirim'"que tinha engravidado e entregue o bebê para adoção, deixando rumores de que a pessoa em questão seria Klara Castanho (leia sobre o caso aqui). Em junho o episódio ganhou grande repercussão quando a apresentadora Antonia Fontenelle, em um vídeo publicado no YouTube, surpreendeu os fãs ao falar que uma atriz da TV Globo, de apenas 21 anos, escondeu a gravidez com a ajuda da mãe. As informações que Fontenelle possuía eram de fonte do jornalista Léo Dias. “Segundo as informações que ele tem, pediu que o hospital apagasse a entrada dela no hospital e pediu que nem queria ver o filho”, disse ela.

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A função social do jornalismo é historicamente legitimada por informar o que acontece de mais importante no dia a dia e serve como documento da memória social. Mas até onde vai o furo jornalístico?

A estudante de jornalismo Giovanna Minarrini diz que, para ter limites na veiculação de determinada informação, apesar de não ser uma regra, os jornalistas devem ter bom senso e ética. “A partir do momento que eu entrei na faculdade de jornalismo, eu aprendi que há um limite até onde a gente pode veicular uma informação. No caso da Klara Castanho, eu achei muito lamentável o que aconteceu. Não houve ética nenhuma a partir da pessoa que se intitula jornalista na veiculação e na exposição da imagem da pessoa. Houve, assim, um total desrespeito com todos os envolvidos e, inclusive, com a classe jornalística que, dia a dia, combate a fake news e atitudes como essa”, enfatiza Giovanna.

Para Giovanna, o jornalismo de fofoca, comumente conhecido como jornalismo de entretenimento, tem sido feito de forma irresponsável e nociva aos profissionais e à população. “A forma como é veiculada [a informação] e a forma como eles [jornalistas] estão, também, se apropriando de outras pautas, eu acho que está sendo feita de forma completamente equivocada, sem profissionalismo e que não colabora para o jornalismo de qualidade”, pondera.

Giovanna ressalta a importância da formação jornalística para que as informações sejam veiculadas de forma correta para o público. O que, no caso de Klara, não aconteceu. Antonia Fontenelle não possui formação jornalística. “A gente consome muitas informações de forma on-line e isso acaba dando brecha para que pessoas não especializadas, não capacitadas em jornalismo, se apropriem e não contribuam de verdade para a classe, para que o nosso respeito em relação à profissão seja mantido. Então, na minha opinião, a primeira coisa que deve ser feita é a volta da obrigatoriedade do diploma”, fala.

Minarrini diz, ainda, que o jornalismo digital é movido a likes, engajamento, comentários, polêmicas e furos de reportagem que nem sempre são verídicos e que, muitas vezes, chegam a ser invasivos. “Tem limites éticos e que devem ser respeitados, até porque todos nós compomos a sociedade e não respeitá-los faz com que dificulte tudo, tanto o trabalho de um jornalista, tanto a vida da pessoa envolvida na notícia”, conclui.

O professor de jornalismo Thiago Barros, da UNAMA - Universidade da Amazônia, enfatiza que a atuação do jornalista deve respeitar o direito do cidadão e não ser pautado por interesses individuas ou de grupos específicos. 

“O jornalista deve conhecer e respeitar os direitos humanos, nosso código de ética, a Constituição Federal. O jornalista é responsável pelas notícias que produz. A notícia é um produto com elevado poder simbólico e desvios na sua elaboração geram impactos sociais muitas vezes nocivos, porque têm o potencial de desvirtuar o debate público sobre questões importantes, fazer circular desinformação”, ressalta Thiago, doutor em Comunicação e também editor do jornal O Liberal, de Belém.

Thiago enfatiza que a função social primordial do jornalismo é divulgar todo fato de relevância pública - especialmente oferecer aos cidadãos informações que não são facilmente acessadas ou até restritas

“A notícia precisa fazer diferença positiva para a vida das pessoas. Somos representantes da sociedade, escolhidos para essa função justamente pela consolidação das práticas jornalísticas, que carregam componentes importantes, como nosso código de ética”, afirma.

O professor ressalta sobre a conduta ética em cima do caso Klara e de como essa postura dos jornalistas pode afetar a vida pessoal da atriz.

“No caso da atriz Klara Castanho, um direito legal foi desrespeitado em várias esferas profissionais. A atriz, ainda que figura pública, teve o direito à privacidade violado. Quando um jornalista recebe esse tipo de informação, ele deve ativar seus diversos filtros técnicos e éticos. A divulgação dessa informação, de forma equivocada, pode causar problemas graves à pessoa”, conclui.

Por Amanda Martins, Even Oliveira e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Daiana Garbin revelou ao lado do marido, Tiago Leifert, que a pequena Lua foi diagnosticada com um câncer raro no olho e como descobriram logo no começo o tratamento já estava sendo realizado.

E após meses de idas e vindas do hospital, a jornalista utilizou as redes sociais para fazer um desabafo e revelou que ninguém é forte o tempo todo.

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"Recebo muitas mensagens aqui de pessoas dizendo assim: nossa, Daiana, como você está forte o tempo diante de tudo que vocês estão passando! E quero dizer que isso não é verdade. Ninguém testá forte o tempo todo. Tenho certeza que - não sei qual é a dor que você está vivendo neste momento - mas tenho absoluta certeza que tem horas que você está forte, você está firme, e tem horas que você desaba, que chora muito, que se sente frágil, fraca, vulnerável", disse.

E emendou: "E é assim para todo mundo e está tudo bem. Enfim, nem sei porque vim aqui dizer isso para vocês hoje. Acho que talvez alguém que me segue aqui está passando por algum momento muito difícil e está precisando ouvir essas palavras, e espero que de alguma forma conforte seu coração, sua dor, porque muitas vezes a gente não vai encontrar respostas do por que isso está acontecendo. Muitas coisas não têm resposta".

O governo federal anunciou na manhã desta quarta-feira (29), a criação de perfis temporários em todas as redes sociais para se blindar de eventuais violações à legislação eleitoral. As contas provisórias ficarão ativas de 2 de julho até o fim das eleições.

A decisão de criar contas provisórias foi tomada a partir de pareceres da equipe jurídica do governo e visam a proteger ao máximo o presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, de problemas com a Justiça Eleitoral, órgão contra o qual coleciona ataques. Na segunda-feira (27), o presidente chegou a editar decreto ampliando os poderes da Advocacia-Geral da União (AGU), também para cercar Bolsonaro de "proteção legal" na tomada de decisões em ano eleitoral.

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A Secretaria de Comunicação do governo (Secom) afirma que os conteúdos que serão publicados nos novos perfis serão "inequivocamente de acordo com a legislação eleitoral, eliminando qualquer possibilidade de interpretações prejudiciais ao Governo e ao Presidente da República".

"Há também várias interpretações judiciais da Lei Eleitoral que geram um enorme grau de incertezas sobre o tema devido aos diversos entendimentos disponíveis. Sabe-se que não se pode fazer abordagem publicitária institucional no período eleitoral, mas as dúvidas pairam sobre publicações antigas, realizadas, sim, antes do período eleitoral - mas que seguiriam no ar, dado o caráter de permanência e a interatividade das redes sociais", defende o Executivo, em nota.

A desarticulação político-partidária e a dificuldade dos pré-candidatos da chamada terceira via de alcançar protagonismo na disputa presidencial também são uma realidade nas redes sociais. Sem a definição até agora de um nome capaz de confrontar a polarização Lula-Bolsonaro - líderes nas pesquisas de intenção de votos -, políticos de centro penam para produzir engajamento e mobilizar discussões em torno de suas pautas na internet.

A presença apagada nas mídias sociais e no ambiente digital reduz o alcance de uma mensagem de impacto das candidaturas alternativas ao petismo e ao bolsonarismo. Levantamento do Observatório Democracia em Xeque feito por Marcelo Alves, professor do Departamento de Comunicação da PUC-Rio, mostra, por exemplo, que as publicações de direita têm alcance seis vezes maior do que as de centro no YouTube.

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O monitoramento foi feito com base em uma análise de alcance de publicações de influenciadores e políticos. A pesquisa acompanhou as postagens de cada espectro político com o maior número de interações - curtidas, visualizações e comentários - por dia, de 1.º de janeiro a 26 de abril deste ano. Foram observadas as redes sociais Facebook, Instagram e YouTube.

No Facebook, a direita gerou 273 milhões de interações entre as publicações mais virais. A esquerda, por sua vez, fez 113 milhões; o centro não passou dos 23 milhões. No Instagram, foram 400 milhões de impressões da direita ante 320 milhões da esquerda. O centro segue atrás, com 21 milhões de interações na rede.

De acordo com Alves, o insucesso da terceira via se dá por dois motivos. O primeiro é o fato de as redes sociais estimularem antagonismos. O segundo deve-se à indefinição de quem será o representante do grupo na eleição, e o tempo é curto. "A terceira via ainda não tem nem um candidato. Não é de abril até a eleição, em outubro, que haverá a possibilidade de se construir uma rede de comunicação ampla que cruze as plataformas", afirmou Alves.

Líderes de União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania já anunciaram que iriam formalizar a pré-candidatura única da terceira via no dia 18 de maio. No entanto, interesses pessoais e disputas internas minam a possibilidade de uma candidatura unificada.

O União Brasil, que tem como pré-candidato o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente da legenda, já desembarcou da construção de um projeto único ao Palácio do Planalto. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) seguem no páreo.

Profissionalização

Sem um nome, a terceira via carece de uma estrutura capaz de mobilizar no mundo digital. "Ter bons canais de rede com visibilidade é um processo que exige um alto nível de profissionalização e organização, e isso não acontece de um dia para o outro", disse Alves. "A rede, como o próprio nome diz, demanda coletividade. Um erro comum de estratégia, de marketing digital, é construir um canal do Doria, Lula. É claro que são canais, mas não funciona."

Nesse sentido, a rede bolsonarista, de acordo com o pesquisador, obtém resultados promissores por agregar "um conjunto muito significativo de centenas de canais, de página, organização entre diversas plataformas para disseminar a mensagem do candidato".

Só no YouTube, a direita produziu cerca de 1,6 bilhão de visualizações se reunidos os vídeos mais visualizados de cada dia deste ano - a esquerda gerou 309 milhões. O centro soma 253 milhões.

Na semana passada, com discussões políticas impulsionadas pelo perdão dado por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitar agressões contra ministros e atacar a democracia, a terceira via teve participação ainda mais reduzida em comparação com o chefe do Executivo e Lula e seus seguidores.

No Instagram, por exemplo, enquanto a terceira via gerou cerca de 544 mil interações por influenciadores e políticos do centro democrático, tanto a direita como a esquerda produziram quatro vezes mais. Bolsonaro chegou a ter 250 mil visualizações em seu vídeo mais acessado no YouTube. Representante da terceira via, Doria registrou apenas 437 visualizações na publicação.

Na avaliação de Lucas Prado, sócio da agência de publicidade Ative, que atua no setor político, o baixo engajamento da terceira via é ainda consequência da falta de materialização de ideias, de um projeto. "Quais são as promessas que a terceira via faz? Hoje, ela aposta em uma única tese: 'Nem Lula nem Bolsonaro'. Mas o que isso quer dizer com a terceira via?", questionou.

Agressividade

Responsável pelas redes de Doria, Daniel Braga apresentou outra explicação para esses dados. De acordo com ele, monitoramento de sua equipe aponta que a maior parte do engajamento nas redes, à direita ou à esquerda, é de robôs e militantes. "Quem fala de política agora é militante, é robô, é MAV (sigla para Militante em Ambientes Virtuais)".

A razão para o afastamento do eleitor dos debates políticos neste momento, disse Braga, é a agressividade nas redes. "Cada perfil, quando é da direita ou da esquerda, chega a falar dez vezes do mesmo assunto. Quando é um discurso menos raivoso e propositivo, no caso do João, as pessoas falam em média duas vezes."

De acordo com o marqueteiro, 40% dos eleitores ainda não conhecem o tucano. "Agora as pessoas não querem consumir o assunto. Estamos rodando o Brasil, mostrando tudo o que ele fez de gestão, mostrando as propostas ao Brasil. Isso gera um repositório. Quando as pessoas tiverem interesse, elas vão ser impactadas pela nossa comunicação e vão entrar na rede", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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