Forçada a se prostituir, mulher pede ajuda a cliente
A vítima, de acordo com os policiais, era mantida prisioneira e só podia sair para os "programas" presenciais
Uma mulher que era submetida a cárcere privado e obrigada sob ameaças a se prostituir foi resgatada por policiais civis na quinta-feira, 5, depois que um cliente denunciou o caso por telefone a um ex-namorado da vítima, em Minas Gerais, e este relatou à polícia mineira o que acontecia.
Segundo a Polícia Civil carioca, a mulher tinha se mudado de Minas para o Rio em busca de trabalho. Fora atraída por um anúncio de emprego que encontrara nas redes sociais. Acabou prisioneira de uma quadrilha, que a obrigava a se prostituir em "programas" externos e por videochamada.
Autoridades de Minas encaminharam a denúncia ao Rio. Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) e da 29ª DP (Madureira) localizaram a mulher em Madureira, na zona norte carioca. Na ação policial, uma jovem, de 22 anos, foi presa. Ela é acusada dos crimes de organização criminosa, cárcere privado, favorecimento e casa de prostituição, segundo nota da Polícia Civil.
Cliente telefonou para ex-namorado da vítima e denunciou o caso
A vítima, de acordo com os policiais, era mantida prisioneira e só podia sair para os "programas" presenciais. Em um deles, o cliente percebeu que a mulher estava muito nervosa e tremia. Perguntou o motivo, e ela contou o que se passava. Pediu que ele telefonasse para o ex-namorado e fizesse a denúncia, o que o homem fez.
A suposta vaga era para trabalhar em uma lanchonete, com salário atrativo e moradia. A vítima foi levada para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Lá, foi aprisionada e obrigada a entregar o telefone celular. Um dos criminosos a agrediu e estuprou. Ao sair para os "programas", a mulher era ameaçada, para que não denunciasse o que acontecia.
Policiais da 21ª DP, após investigações, descobriram que a quadrilha havia se mudado para uma casa em Madureira. A mulher tinha sido levada para lá com os olhos vendados. Em conjunto com agentes da 29ª DP, invadiram o local e libertaram a vítima.
A Polícia Civil fluminense diz que já foram identificados três integrantes da quadrilha e o chefe do bando, que estuprou a mulher.