Arquidiocese adota decreto e Quaresma sofre mudança em PE
As celebrações dos próximos dois fins de semana serão transmitidas pela internet. Ao longo da semana, as atividades eucarísticas ocorrem até às 20h
Com novo decreto que restringe a atividade de setores não essenciais em Pernambuco, as missas dos próximos dois fins de semana serão transmitidas via internet. O anúncio que confirmou a mudança no ciclo da Quaresma foi feito na noite dessa segunda-feira (1º), pela Arquidiocese de Olinda e Recife.
Pelo agravamento da pandemia, que já infectou 300.104 pessoas e resultou na morte de 11.007 pacientes em Pernambuco, ainda nessa segunda o Governo do estado determinou a proibição dos setores não essenciais das 20h às 5h no decorrer da semana. Aos fins de semana, apenas o serviço essencial poderá funcionar, entretanto os templos religiosos não foram inclusos no rol de atividades autorizadas. A medida vale até o dia 17 de março.
Após reunião extraordinária do Conselho Episcopal, a Arquidiocese indicou novas orientações para a continuidade do ciclo da Quaresma. As missas dos próximos fins de semana - dias 6, 7, 13 e 14 - serão transmitidas via internet, sem a presença de fiéis. A celebração dos demais sacramentos e as atividades pastorais também foram suspensas no mesmo período.
De segunda à sexta, as celebrações eucarísticas, bem como as demais atividades nas igrejas, ocorrem de acordo com o decreto, entre às 5h e 20h. A presença de fiéis será permitida desde que adotem as medidas de prevenção sanitária como o uso adequado de máscara, constante higienização das mãos e distanciamento mínimo.
No comunicado oficial, o Arcebispo Dom Fernando Saburido reitera a necessidade da aplicação das vacinas contra a Covid-19 aos fiéis. Após testar positivo e se recuperar recentemente da infecção, ele criticou as recorrentes aglomerações fora dos templos.
"Embora lamentando profundamente que as atividades religiosas não sejam consideradas atividades essenciais, sobretudo neste tempo de tanto sofrimento, obedeceremos ao Decreto do Governo do Estado, porque estamos sempre a favor da vida. Ao mesmo tempo, preocupam-nos as aglomerações, sobretudo no transporte público e nas filas das agências bancárias", posicionou-se na nota.