Aprovado, Remdesivir só serve para paciente hospitalizado
O tratamento com Remdesivir é bastante específico e nem todos os pacientes podem tomar o antiviral
Na manhã desta sexta-feira (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento com indicação contra a Covid-19 no Brasil, o antiviral Remdesivir. Entretanto, a entidade ressalta que há restrições para o tratamento e os pacientes devem ficar atentos às especificações do uso.
Para a terapia da Covid-19, o Remdesivir deve ser ministrado apenas em pacientes acima dos 12 anos, com mais de 40 quilos, que estejam obrigatoriamente com pneumonia e necessidade de oxigênio, desde que não estejam com ventilação mecânica ou em Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO).
A Anvisa concluiu que os pacientes que tomaram Remdesivir tiveram um tempo menor de recuperação, com o tratamento específico de cinco a dez dias. Os estudos ainda sugerem que a maioria dos efeitos adversos estão relacionados às manifestações da própria infecção do que a terapia medicamentosa.
Sua produção passa por cinco fábricas nos Estados Unidos e uma na Irlanda, e o alto valor deve dificultar a aquisição no Brasil. "O medicamento é caro, para uso injetável. [O infectologista Roberto] Medronho comenta que precisamos analisar se o custo de aquisição dele será menor que os beneficios que o medicamento traz, se o SUS terá capacidade de absorvê-lo", analisou a biomédica e cientista Mellanie Fontes-Dutra.
Também nesta sexta (12), a vacina de Oxford/AstraZeneca foi registrada para fabricação local.