Manifestação pelo clima convoca o G7 à ação
Frases como "ações, não palavras" e "se o mar morrer, morreremos" estampavam as faixas
Milhares de ambientalistas marcharam neste sábado (12) em uma manifestação ruidosa e colorida em Cornwall, o condado no sudoeste da Inglaterra onde a cúpula do G7 está sendo realizada, para pedir aos seus líderes que intensifiquem os esforços contra a mudança climática.
A marcha, organizada pelo grupo de desobediência civil Extinction Rebellion, percorreu a cidade costeira de Falmouth, localizada a cerca de 40 quilômetros do encontro das sete maiores economias em Carbis Bay e onde o centro de imprensa da cúpula está localizado.
Frases como "ações, não palavras" e "se o mar morrer, morreremos" estampavam as faixas.
"Não podemos fazer com que eles nos ouçam", lamentou Sas Joyce, moradora de Falmouth que veio com seus dois filhos.
“Tenho um neto de um ano e quero que ele tenha uma vida que não seja afetada pela mudança climática e poluição”, disse à AFP David Oliver, aposentado de 62 anos que viajou do noroeste da Inglaterra.
Em sua opinião, os líderes do G7 não parecem dispostos a fazer os sacrifícios "radicais" necessários para evitar uma mudança climática catastrófica.
Dezenas de pessoas vestidas completamente de vermelho para representar o ritmo acelerado de extinção de espécies lideraram a caminhada por Falmouth.
O G7 deve discutir formalmente a luta contra as mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade no domingo, preparando o terreno para a conferência climática da ONU, COP26, que será realizada em novembro na cidade escocesa de Glasgow.
Os líderes devem discutir como proteger pelo menos 30% das terras e oceanos do mundo até 2030, depois de se reunir com grandes empresas na sexta-feira para discutir a intensificação dos esforços para o desenvolvimento sustentável.
Mas os ativistas querem que planos mais detalhados sejam implementados rapidamente, junto com o aumento da ajuda às nações menos favorecidas.
"Temos que pressionar o G7 aqui na Cornualha para fazer muito mais para reduzir suas emissões de carbono", disse Max Lawson da ONG Oxfam, "mas também para tomar as medidas necessárias para ajudar os países pobres que precisam lutar contra a mudança climática".
Disfarçados de líderes mundiais em trajes de banho, os ativistas da Oxfam deitaram na praia, zombando de sua inércia.