SP tem 642 mil pessoas com atraso para a segunda dose
No início de junho, quando São Paulo fez uma ação para diminuir o número de pessoas com o esquema vacinal atrasado, 400 mil pessoas precisavam receber a segunda dose
No Estado de São Paulo, 642 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 atrasada. A informação foi divulgada pela coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, nesta quarta-feira (21) em coletiva de imprensa do governo.
No início de junho, quando São Paulo fez uma ação para diminuir o número de pessoas com o esquema vacinal atrasado, 400 mil pessoas precisavam receber a segunda dose. O Estado não divulgou novas ações nesse sentido, mas Regiane pediu para que todos aqueles que tomaram a primeira dose da vacina chequem a data do reforço no cartão de vacinação. "Só com as duas doses você estará protegido", afirmou.
Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde, falou que o número de pessoas com a segunda dose em atraso é pequeno, mas significativo. "Estamos chamando as pessoas para que tomem a segunda dose e estejam devidamente protegidas", falou.
João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, falou que todas as campanhas de vacinação com imunizantes aplicados em duas doses apresentam uma dificuldade adicional relacionada ao cumprimento do calendário. Para ele, outro fator que pode estar fazendo com que as pessoas não tomem a segunda dose são os efeitos colaterais sentidos após a primeira. "Isso é um equívoco", disse.
Gabbardo também pediu que o Ministério da Saúde faça campanhas de informação e conscientização sobre a importância da segunda dose. Ele acredita que uma comunicação mais eficaz por parte do governo federal fará com que os motivos que impactam na baixa adesão sejam superados.
O Estado já registra transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus. A cepa é mais transmissível que a Gama, atualmente dominante no País. Por isso, a vacinação com duas doses é ainda mais importante. "Essas variantes têm sido mais frequentes naquelas pessoas que ainda não têm a segunda dose da vacina", afirmou Gabbardo.