Coalizão saudita afirma ter matado 264 rebeldes

O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, fez uma convocação para a continuidade da luta

dom, 24/10/2021 - 13:08
- Combatentes pró-governo apoiados pela Arábia Saudita ocupam uma posição perto da linha de frente contra os rebeldes houthis apoiados pelo Irã em Marib, uma província do norte do Iêmen, em 17 de outubro de 2021 -

A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen disse neste domingo (24) que matou 264 rebeldes houthis nos últimos três dias em bombardeios perto da cidade estratégica de Marib, que está sob ataque há duas semanas.

"Trinta e seis veículos militares foram destruídos e mais de 264 terroristas eliminados" nas últimas 72 horas em Al Jawba, 50 km ao sul de Marib, e em Al Kasara, 30 km a noroeste de Marib, disse a coalizão, citada pela agência oficial saudita SPA, referindo-se aos rebeldes houthis.

Não foi possível verificar esses números de forma independente e os houthis não costumam informar as mortes em suas fileiras.

Antes, o porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, fez uma convocação para a continuidade da luta.

“Se o inimigo acredita que seus aviões podem impedir o avanço de nossas forças ou quebrar a determinação de nossos soldados, eles se enganam”, declarou o porta-voz na rede de televisão dos rebeldes, Al Masirah.

Segundo ele, os houthis mataram 550 combatentes pró-governo e feriram 1.200 outros em Marib, embora não tenha especificado a data dos confrontos.

Marib é o último reduto do governo no norte do Iêmen e desde fevereiro está no centro de uma batalha sangrenta que se intensificou nos últimos dias com o progresso dos rebeldes.

Os rebeldes houthis, próximos ao Irã, enfrentam forças do governo há sete anos. Eles ocuparam a maior parte do norte do país, incluindo a capital Sanaa, que controlam desde 2014.

Um ano depois, uma coalizão liderada por Riade lançou uma intervenção no país para apoiar as forças leais ao governo.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU pediu uma "desaceleração" no Iêmen para conter "o risco crescente de uma fome em grande escala" no país.

A guerra no Iêmen mergulhou o país mais pobre da península arábica na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, e está cada vez mais perto de sofrer de fome. Dezenas de milhares de pessoas, a maioria delas civis, foram mortas e milhões tiveram que deixar suas casas desde o início do conflito.

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