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A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen disse neste domingo (24) que matou 264 rebeldes houthis nos últimos três dias em bombardeios perto da cidade estratégica de Marib, que está sob ataque há duas semanas.

"Trinta e seis veículos militares foram destruídos e mais de 264 terroristas eliminados" nas últimas 72 horas em Al Jawba, 50 km ao sul de Marib, e em Al Kasara, 30 km a noroeste de Marib, disse a coalizão, citada pela agência oficial saudita SPA, referindo-se aos rebeldes houthis.

Não foi possível verificar esses números de forma independente e os houthis não costumam informar as mortes em suas fileiras.

Antes, o porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, fez uma convocação para a continuidade da luta.

“Se o inimigo acredita que seus aviões podem impedir o avanço de nossas forças ou quebrar a determinação de nossos soldados, eles se enganam”, declarou o porta-voz na rede de televisão dos rebeldes, Al Masirah.

Segundo ele, os houthis mataram 550 combatentes pró-governo e feriram 1.200 outros em Marib, embora não tenha especificado a data dos confrontos.

Marib é o último reduto do governo no norte do Iêmen e desde fevereiro está no centro de uma batalha sangrenta que se intensificou nos últimos dias com o progresso dos rebeldes.

Os rebeldes houthis, próximos ao Irã, enfrentam forças do governo há sete anos. Eles ocuparam a maior parte do norte do país, incluindo a capital Sanaa, que controlam desde 2014.

Um ano depois, uma coalizão liderada por Riade lançou uma intervenção no país para apoiar as forças leais ao governo.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU pediu uma "desaceleração" no Iêmen para conter "o risco crescente de uma fome em grande escala" no país.

A guerra no Iêmen mergulhou o país mais pobre da península arábica na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, e está cada vez mais perto de sofrer de fome. Dezenas de milhares de pessoas, a maioria delas civis, foram mortas e milhões tiveram que deixar suas casas desde o início do conflito.

Um bombardeio da coalizão saudita contra os rebeldes Houtis no Iêmen causou dezenas de mortes nesta quarta-feira (23), informa a mídia local.

Segundo a emissora "Al Jazeera", ao menos 35 pessoas morreram em um ataque próximo à capital Sanaa, sendo a maior parte das vítimas civis. Já a TV local "Al Maseera", afirma que um hotel foi atingido na ação e o número de mortes ultrapassa 60, além de centenas de feridos.

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De acordo com fontes locais, o ataque tinha como objetivo um campo militar dos rebeldes na área de Arhan, ao norte da capital do país, mas acabou atingindo uma área urbana.

Desde fevereiro de 2014, quando o conflito armado explodiu no Iêmen, cerca de 10 mil pessoas foram mortas e mais de três milhões precisaram abandonar suas casas. Além disso, o país enfrenta um surto de cólera, registrando mais de 500 mil casos da doença.

A guerra civil, como ocorre em diversos países da região, tem vários agentes e várias frentes de batalha. De um lado, estão os rebeldes Houthis, que contam com o apoio do Irã, e as forças ainda fiéis ao líder deposto Ali Abdullah Saleh. Do outro, estão as tropas do novo governo reconhecido internacionalmente, liderado por Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiadas pela coalizão de países árabes liderados por Arábia Saudita e pelos Estados Unidos.

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