Sindicato dos Bancários insiste em aumento de salário
O Comando Nacional dos Bancários conseguiu que a Federação Nacional dos Bancos (Febaban) aumentasse a proposta de reajuste da PLR para 100% da inflação (INPC), nesta quinta-feira (25), durante reunião. Além disso, segundo os bancários, eles manterão o reajuste do salário de 65% da inflação, por isso o comando cobrou uma proposta global com aumento de salários.
"Os bancos não apresentaram o índice numa proposta global. Para a PLR, a proposta chegou ao índice da inflação pelo INPC, mas ainda está longe de atender aos interesses da categoria bancária. Nós precisamos estar firmes e fortes, nas assembleias desta sexta-feira. Em Pernambuco, nossa assembleia será virtual para garantir a participação dos bancários do Interior e da Capital, para que a gente vote na transformação desta assembleia em permanente e avalie as propostas dos banqueiros. Vamos lutar para que amanhã eles apresentem uma proposta decente, que trate a mesa com respeito", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.
Dessa forma, os bancos continuam querendo compensar os valores pagos pelos programas próprios na parcela adicional da PLR. Com isso, os bancários de bancos que possuem programas próprios têm perdas diretas na parcela adicional.
Com a correção da PLR pelo INPC, estimada em 8,88%, nos três maiores bancos privados do país (Bradesco, Itaú e Santander) o percentual de distribuição na regra básica cai de 4,97% do lucro distribuído em 2021 para 4,85%. Na parcela adicional a redução seria de 1,69% para 1,67%.
“Com uma proposta de reajuste sem aumento real, com reajuste do vale alimentação apenas pela inflação geral, sem considerar a inflação dos alimentos, e retirada de direitos na PLR, os bancos jogam a categoria para a greve”, concluiu a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.