Truss continua batalha para seguir como primeira-ministra
Sob uma onda de críticas que incluíram as do presidente americano, Joe Biden, Truss admitiu que foi doloroso demitir Kwasi Kwarteng do cargo de ministro das Finanças
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, insistiu durante uma reunião de crise com seu ministro das Finanças, neste domingo (16), em seu apego a uma economia "sólida", após uma semana tensa sob o ataque de seu próprio partido que ameaça sua continuidade no cargo.
Sob uma onda de críticas que incluíram as do presidente americano, Joe Biden, Truss admitiu que foi doloroso demitir Kwasi Kwarteng do cargo de ministro das Finanças.
Mas, neste domingo, escreveu no jornal The Sun on Sunday: "Você não pode pavimentar o caminho para uma economia com impostos baixos e alto crescimento sem manter a confiança do mercado na força de nossa moeda".
A erosão da confiança começou em 23 de setembro, quando Kwarteng e Truss revelaram seu programa ultraliberal, inspirado nas políticas do presidente americano Ronald Reagan nos anos 1980, para implementar um corte de 45 bilhões de libras (US$ 50 bilhões) em impostos, financiados exclusivamente por um aumento da dívida.
Os mercados despencaram, o que fez as taxas de dívida e o Partido Conservador afundar nas pesquisas.
Começou então uma guerra interna, apenas algumas semanas depois que Truss sucedeu Boris Johnson.
Em uma tentativa de permanecer no cargo, ela demitiu seu recém-nomeado ministro das Finanças e o substituiu por Jeremy Hunt.
Truss se reuniu com seu novo ministro das Finanças no domingo para delinear um novo programa antes da apresentação do orçamento em 31 de outubro.
"Vai ser muito, muito difícil e teremos que ser honestos com as pessoas sobre isso", disse Hunt em entrevista à BBC no mesmo dia.