Paulista: Bombeiros confirmam 1ª morte e 16 soterrados

Homem de 45 anos estava entre as 19 vítimas inicialmente soterradas nesta sexta-feira (7)

por Vitória Silva sex, 07/07/2023 - 12:47
Elaine Guimarães/LeiaJá Equipe de resgate trabalha em local de desabamento Elaine Guimarães/LeiaJá

A Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) e o Corpo de Bombeiros confirmaram, no inícido da tarde desta sexta-feira (7), a primeira morte no desabamento de um prédio do Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Um homem de 45 anos foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros, mas já sem vida. Outras duas mulheres foram resgatadas com vida e encaminhadas a unidades de saúde do Grande Recife. De um total de 19 pessoas soterradas, 16 ainda aguardam resgate, sendo que uma delas já foi localizada pelas equipes. 

O imóvel fica localizado na Rua Doutor Luiz Inácio de Andrade Lima, próximo ao terminal de ônibus do conjunto, e estava interditado há mais de uma década, de acordo com a Defesa Civil. O desabamento ocorreu por volta das 6h desta sexta-feira (7) e os bombeiros foram acionados às 6h35. Alguns moradores foram retirados por vizinhos e populares antes da chegada das equipes.  

Quatro pessoas deram entrada no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, com ferimentos leves. Esses foram à unidade por conta própria, com o auxílio de familiares e vizinhos. Uma quinta pessoa, socorrida pelo Corpo de Bombeiros, também deu entrada no Miguel Arraes, com fraturas múltiplas. Trata-se da idosa de 65 anos, a primeira resgatada nesta sexta-feira (7). 

A segunda pessoa resgatada pelas equipes foi uma adolescente de 15 anos, encaminhada ao Hospital da Restauração (HR), no Recife, através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima foi localizada com a ajuda de cães farejadores. 

"No momento, estamos com 16 vítimas aguardando resgate, uma delas localizada. Possivelmente há outra vítima ao lado dela e a própria vítima localizada indica que tem. A dificuldade é porque trata-se de uma ocorrência que demanda paciência. Diferente de um deslizamento, que é todo preenchido por terra, aqui a gente tem uma esperança maior de encontrar pessoas com vida porque o concreto não desaba de forma harmônica, ele cria bolsões, a exemplo dessa pessoa que foi encontrada [em um bolsão]", informou o coronel Robson Roberto, dos bombeiros. 

Segundo a secretária executiva de Defesa Civil, Cintia Silva, os imóveis foram interditados em 2010 e em 2018, mas voltaram a ser ocupados. O prédio era dividido em dois blocos, lados A e B. O primeiro desabou completamente e o segundo, parcialmente. As equipes têm duas frentes de trabalho, até o momento.

"O bloco tem 16 apartamentos, mas o desabamento foi de cerca de 40% da estrutura. 13 apartamentos estavam reocupados, porque o prédio já foi interditado em 2010 e 2018, numa atualização. A Defesa Civil está fazendo o cadastramento junto às assistentes sociais para fazer o encaminhamento das famílias. A visita feita aqui, ontem, foi feita pela seguradora. Nós estávamos em vistoria no município ontem, mas na programação em outros bairros, nos morros", informou a responsável pelo órgão. 

 

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