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A Defesa Civil do município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), encaminhou, nesta quarta-feira (26), os pareceres técnicos de vistoria nos edifícios do Conjunto Beira Mar, localizado no Janga. A Procuradoria Geral do Município (PGM) recebeu a avaliação final, que recomenda a demolição de 14 prédios, do bloco D01 ao D14.

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Vista aérea mostra a localização e extensão do Conjunto Beira Mar. Foto: Divulgação/Prefeitura do Paulista

A PGM repassou os pareceres para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Tribunal de Justiça do Estado (TJPE), que deverão obrigar que as demolições sejam feitas pela empresa seguradora responsável, a Sul América Cia Nacional de Seguros.

Edifício desabou, deixando mortos e feridos. Foto: Divulgação/Prefeitura do Paulista

A seguradora ficou responsável, por determinação da justiça, pela demolição do restante do bloco D07, que desabou na manhã do dia 7 de julho, causando a morte de 14 pessoas, e outras sete feridas. Segundo a Defesa Civil da cidade, o local estava interditado.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu nesta quinta-feira (13) obrigar a seguradora SulAmérica a demolir imediatamente o restante do bloco D7 do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife, que desabou na última sexta-feira (7)

Segundo a sentença, dada pelo juiz Júlio Olney Tenório de Godoy, da Vara da Fazenda Pública de Paulista, a empresa deverá pagar uma multa de R$ 2 mil por cada dia que a ordem não for cumprida. 

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De acordo com a Prefeitura de Paulista, o prédio estava interditado desde 2010, e a seguradora havia negado indenizar os proprietários dos apartamentos. Na última quarta-feira (12), outros cinco blocos do mesmo conjunto foram interditados, após vistoria da Defesa Civil da cidade. No total, 18 blocos do residencial estão interditados. 

O desabamento do Conjunto Beira-Mar causou a morte de 14 pessoas e deixou outras sete feridas.

 

A adolescente Hemilly Misael, de 15 anos, sobrevivente do desabamento parcial de um prédio no Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, recebeu, nesta quinta-feira (13), a visita de jogadores do Santa Cruz Futebol Clube. A jovem estava vestida com a camisa do time quando foi resgatada dos escombros na última sexta-feira (7). Ela foi levada para o Hospital da Restauração, no Recife, e teve alta na segunda (10). 

O goleiro Michael, o atacante Pipico e o meia Chiquinho foram até a casa onde ela está morando com a família, e levaram uma camisa com autógrafos de todo o time. O Santa Cruz se solidarizou com a torcedora, que perdeu três irmãos na tragédia. Hemilly é uma das sete sobreviventes do desabamento do Conjunto Beira Mar, que deixou 14 mortos. 

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“Michael, Pipico e Chiquinho fizeram uma visita bem especial, levando amor, apoio e esperança. Desejamos muita força para que ela possa superar as perdas e uma boa recuperação. Que dias melhores possam vir”, diz uma das publicações no perfil do Santa Cruz, no Instagram. O tricolor também publicou um vídeo mostrando a reação da jovem no momento em que os jogadores chegaram. 

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O Santa Cruz joga neste domingo (16) às 16h, contra o Potiguar, pela série D do Campeonato Brasileiro.

O desabamento do bloco D-7 do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista, desencadeou um comportamento de alerta e apreensão generalizado nos moradores das demais unidades da habitação. Na última sexta-feira (7), a maior parte da vizinhança foi acordada, por volta das 6h, sob um estrondo e uma nuvem de poeira que dava para ser notada mesmo à distância. À ocasião, 14 pessoas morreram embaixo dos escombros, enquanto sobreviventes e vizinhos foram realocados imediatamente, em face ao perigo de um novo desabamento.

A pensionista Maria Gerônimo, de 58 anos, foi uma das moradoras do conjunto a precisar de realocação nesta quarta-feira (12). Há 27 anos moradora do bloco D-14, duas ruas atrás do D-7, que desabou, ela foi surpreendida pela Defesa Civil Municipal ainda pela manhã, sob notificação de interdição permanente do imóvel. De acordo com a dona do apartamento, o aluguel mais barato que ela encontrou na região, nas últimas 48 horas, foi de R$ 600, para uma casa pequena no bairro. 

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"Não tenho pra onde ir ainda. Aluguei uma casa de R$ 600; nem tenho condições de pagar, mas conto com uma cunhada minha, que vai me ajudar. Meus irmãos não têm como. Hoje eu não sei onde vou dormir por causa [do agendamento] da mudança. Eu tenho uma cachorra lá em cima e eu não consigo dormir sem ela, mas não tem lugar pra gente dormir [junto] hoje. Se eu dormir, vou ter que ir e deixar ela no apartamento. Meu medo é desabar com ela dentro. É como se fosse uma filha minha, eu fico muito triste. Me sinto mal de ir para outro lugar assim, fazer outras amizades e lá ser ruim", conta a moradora.

Apesar de ter feito uso do imóvel por quase três décadas, a escritura do local ainda está no nome de um familiar, e esse detalhe tem segurado a conclusão do cadastramento da mulher no sistema da assistência social de Paulista, que dá base para o suporte em segurança alimentar e também para o transporte das mudanças.

Por essa razão, a situação de Neide seguia indefinida até o momento da entrevista. Ela não possui parentes próximos além da cunhada e tem um filho de 25 anos, internado em uma clínica de reabilitação no Recife. O jovem terá alta na próxima terça-feira (18), mas a mãe não sabe dizer se ele tem conhecimento de toda a situação. Sentindo-se desamparada e apreensiva por perder contato com os vizinhos, Neide reafirmou o que muitos outros moradores disseram: que a comunidade funciona como uma família.

“Me sinto triste porque aqui só tem amigo. Aqui é meu caminho, me dou bem com todo mundo. Meu filho nasceu aqui e a gente vai se separar, vai ser muito ruim pra gente. [...] Já embalei minhas coisas, mas falta pegar o carro na prefeitura. Tenho que pegar os documentos para fazer o cadastro e a mudança, porque eu não tenho como. A casa pra onde eu vou é cara, mas vou pegar assim mesmo, foi o mais barato que encontrei. Fica aqui perto, do lado do mercado”, completa a pensionista.

As novas interdições

No momento em que a reportagem chegou ao local, a Defesa Civil havia interditado mais um bloco na sessão "D" do Conjunto Beira Mar. A habitação é organizada por blocos alfanuméricos, com lados A e B. Da segunda-feira (10) ao começo da tarde desta quarta-feira (12), 15 unidades tinham sido interditadas, de acordo com a prefeitura.

Entre as unidades D, foram interditadas as D-8, D-10, D-12 e D-14. Os blocos D-9 e D-10 estão interditados e vazios desde 2011 e 2012. Um deles abriu uma cratera entre os prédios, o que comprometeu a estrutura dos dois lados. O edifício D-7 também estava interditado, mas foi ocupado novamente e a situação teve o desfecho trágico da última sexta-feira (7).

Apesar das novas notificações, os moradores estão surpresos com a rapidez na qual tudo aconteceu. Dona Nilda, que morava no D-14 há três anos com o filho e o neto, já tem lugar para ir e lamenta a situação, mas diz ter convivido com medo nos último cinco dias.

“Tem dois dias que eu não como direito e nem durmo. Todo mundo é irmão, a gente é praticamente uma família nesse prédio aqui. Os vizinhos todos se ajudam”, relatou Nilda Ferreira Gomes, de 65 anos, que atualmente está desempregada. Ela sobrevive de “bicos”, trabalho informal, enquanto batalha na justiça pela oportunidade de se aposentar. Com ela, vivem também o filho do meio, Leonardo Gomes, de 38 anos, e um neto de 15 anos, filho de Leonardo. “Do dia que aconteceu pra cá, ela não consegue dormir, vem me acordar à noite”, disse Leonardo. 

O apartamento de Dona Nilda fica no térreo e é um dos mais comprometidos no edifício. Há anos ela diz sofrer com infiltrações, apesar de nunca ter notado rachaduras, mas a estrutura externa que contempla as paredes do apartamento está rachada. O LeiaJá teve acesso a apenas alguns dos blocos e apartamentos, incluindo os do bloco D-14. Confira as imagens abaixo. 

“Eu vendi uma casa que eu tinha no Ibura, e comprei aqui. Sempre gostei daqui, já tinha morado de aluguel antes, mas não sabia que a situação era essa. O proprietário não me avisou nada. Quando a pessoa quer vender, não diz, pra não perder a venda, né? No total, investi R$ 50 mil. R$ 42 mil no apartamento e uns R$ 8 mil para a reforma, revestir, colocar cerâmica. Hoje eu vou dormir na casa do meu filho, em Rio Doce, e depois vou deixar as coisas na casa do meu outro filho, aqui perto mesmo, enquanto não vejo uma casa para morar”, completou a proprietária. 

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Imagens dos blocos da sessão D do Conjunto Beira Mar, entre a manhã e a tarde desta quarta-feira (12).

"Como todos que ocupavam aqui, estou saindo em emergência. A gente teve que alugar o que encontrou. Encontrei várias casas, mas a que cabia no meu bolso, só ontem [terça-feira, 11], às 22h. Eu morava no térreo, com dois filhos, e no segundo andar morava a minha filha. Nós não fomos pegas de surpresa, até temos um processo em aberto referente à interdição dos outros prédios. Quando interditaram o D-7, foi que a Defesa Civil veio, com técnicos de três municípios, entraram, fizeram fotos e viram os defeitos, que são defeitos de construção. Lá já era nível de risco moderado a alto", conta Leonilda Rosália Velazco, de 69 anos, agora ex-moradora do Bloco D-10. 

"Fui a primeira a entrar e a última a sair", continuou a aposentada. Ela morava no local há mais de três décadas e, ao momento da entrevista, aguardava o carro da mudança, com seus pertences na calçada do bloco. Leonilda foi a última a sair do prédio. Quando a mulher menciona a situação judicial com os outros prédios, ela se refere aos blocos D-9 e D-11. A filha de Leonilda, Ana Paula Velazco, de 40 anos, morava no bloco D-11, que hoje está esvaziado e completamente deteriorado. A mulher também era proprietária do apartamento anterior e se vê, agora, prestes a iniciar a segunda batalha judicial. 

"Eu morava no D-11 e eles interditaram há 11 anos, pelo mesmo motivo. Os engenheiros da Caixa e da Sulamérica vieram aqui, isolaram tudo. Nunca recebi indenização e para receber o auxílio foi uma confusão. Meu processo ainda está correndo de lá pra cá. Na época, pela agonia e por querer ficar perto da minha mãe, acabei comprando esse aqui também", diz Paula. 

Nilda e Leonardo, mãe e filho, moravam no Conjunto Beira Mar há três anos. Foto: Vitória Silva/LeiaJá

Até às 17h desta quarta-feira (12), o centro de atendimento social funcionou na Igreja Presbiteriana do Janga, ao lado do Conjunto Beira Mar. A partir desta quinta-feira (13), todo morador, ex-morador ou proprietário que precisar de assistência social, deverá comparecer à Escola Municipal Professor Paulo Freire, na Rua Aguazinha, número 15, onde o núcleo da Prefeitura funcionará até o fim dos trabalhos da Defesa Civil. Lá é feito pré-cadastramento para análise dos dados socioeconômicos, que viabiliza a aprovação de benefícios. Os requisitos são: ter menos de um salário-mínimo e meio e/ou estar no Cadastro Único (CadUn). Quem não possui cadastro, pode fazê-lo com o auxílio da secretaria municipal.  

O horário de atendimento no centro de assistência social vai das 8h às 17h e o trabalho da Defesa Civil vai das 9h às 14h. Não há prazo para o fim das vistorias no conjunto, mas passado o período de vistorias, todo o atendimento social será redirecionado aos Centro de Referência da Assistência Social (Cras) designados. A Prefeitura de Paulista disponibiliza transporte gratuito para a realização das mudanças. 

"A necessidade apresentada em maioria, pelas famílias vítimas, foi a segurança alimentar, a entrega das cestas básicas e o auxílio-funeral. Algumas pessoas também deram entrada para o aluguel social e para o auxílio-moradia. Vamos analisar o perfil socioeconômico, mas se a pessoa está no Cadastro Único, a gente acredita que já está num perfil condizente com a política social. São pessoas diversas e de toda a complexidade. Pessoas idosas, com deficiência, família nuclear, mães solo. Em maioria, são os próprios proprietários, que têm dúvidas sobre o laudo da Defesa Civil e sobre como contatar a seguradora, pois é um direito deles receber seus benefícios", explica a secretária-executiva de Assistência Social de Paulista, Elisa Alcântara. 

A Defesa Civil de Paulista ofereceu, em nota ao LeiaJá, o parecer parcial (contínuo) das vistorias. De acordo com o órgão, todos os 29 blocos do conjunto serão vistoriados. Após a conclusão das vistorias nos blocos “E”, foi iniciado o trabalho nos “C” e “D”, e isso prosseguirá gradualmente. A quantidade de famílias afetadas será especificada em um laudo posterior, que deve ficar pronto até o próximo fim de semana. O órgão informou que o aluguel social e o auxílio-moradia terão valor de R$ 250. 

 

A Secretaria Executiva de Defesa Civil do município de Paulista, localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), realizou nesta quarta-feira (12) a interdição de mais cinco blocos do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga. Na última sexta-feira (7), uma parte do bloco D7 desabou, provocando a morte de 14 pessoas, além de outros sete feridos

As vistorias feitas pela equipe técnica concluíram na interdição dos blocos D14 e os C11, C12, C14 e C15. Ao todo, desde 2007, quando a prefeitura passou a avaliar estruturas prediais, 22 edifícios já foram bloqueados. Desde o mês de maio desse ano já foram realizadas 106 vistorias. 

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O Conjunto Beira Mar conta com 29 blocos, e 18 já foram impedidos de serem utilizados pela Defesa Civil

Demolição 

Segundo o prefeito da cidade, Yves Ribeiro (MDB), os prédios que já foram interditados estão em péssima situação, e ainda falta o apoio das seguradoras para garantir a demolição segura das construções condenadas.  

“A gente tem uma seguradora que é responsável por isso, é obrigação de manter esses prédios seguros, mas infelizmente ocorreu isso. Foram onze prédios que caíram, e a gente deu entrada hoje na justiça, através do nosso procurador geral, para que a justiça obrigue essas empresas a derrubar esses prédios e construir moradia com segurança e dignidade para essas pessoas”, declarou Ribeiro. 

O gestor municipal afirmou ainda está em diálogo com o governo do estado para a liberação de mais áreas na cidade para a construção de novas moradias para as famílias que ficaram desabrigadas. A expectativa do município é a reutilização dos terrenos dos prédios interditados para a construção de moradias do programa federal Minha Casa Minha Vida. 

Apoio às famílias 

A Defesa Civil ainda ficou encarregada de elaborar um laudo onde vai informar à Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos a quantidade de famílias e pessoas que ficaram desabrigadas e desalojadas. 

Após o cadastro será possível que as pessoas recebam benefícios como o Auxílio Moradia ou o Aluguel Social. Os benefícios são distribuídos aos que possuem o Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal.  

A Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos informa ainda que o levantamento vai ser concluído até o próximo final de semana e que todas as medidas estão sendo tomadas para a assistência aos moradores, inclusive, com apoio jurídico, retirada de documentos e cesta básica. 

*Com informações da assessoria 

Na manhã deste sábado (8), o Corpo de Bombeiros localizou os corpos de mais duas vítimas do desabamento de um dos prédios do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista. Já são 11 mortes confirmadas e três pessoas ainda estão desaparecidas entre os escombros.

As vítimas encontradas nesta manhã são uma mulher de 37 anos e um homem de 40. Equipes de resgate permanecem no local para localizar duas crianças e um mulher.

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Além dos dois corpos encontrados no início das buscas deste sábado, o levantamento da ocorrência confirmou as mortes de uma mulher de 43 anos, uma mulher trans de 19, três homens de 45, 21 e 18; dois adolescentes de 12 e 16, além de duas crianças de 5 e 8 anos.

O rapaz de 18 anos chegou a ser retirado do local com vida e encaminhado ao Hospital Miguel Arraes, onde teve o óbito confirmado em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.

Uma idosa de 65 anos e duas adolescentes de 15 foram resgatadas com vida. O Corpo de Bombeiros ainda informa que quatro pessoas, dois homens de 22 e 21 anos e dois adolescentes de 16 e 17, foram encontradas fora da edificação, sem ferimentos graves.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou a nona morte decorrente do desabamento parcial de um dos prédios do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista, na manhã dessa sexta (7). Das 21 vítimas do incidente, três foram resgatadas com vida e cinco seguem desaparecidas.

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O início das buscas contou com a ajuda dos vizinhos, mas, ainda na manhã dessa sexta, o Corpo de Bombeiros isolou a área e para dar seguimento aos esforços. Na manhã deste sábado (8), cinco pessoas ainda são procuradas entre os destroços. De acordo com a corporação, se trata de duas crianças, um homem e duas mulheres. 

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O levantamento dos resultados da ocorrência confirmou a morte de uma mulher trans, de 19 anos. Até o momento, também foram encontrados os corpos de uma mulher de 43; três homens de 45, 21 e 18; dois jovens de 12 e 16 e duas crianças de 5 e 8 anos. 

Após ser removido dos destroços, o rapaz de 18 anos chegou a ser socorrido com vida e levado ao Hospital Miguel Arraes. Entretanto, chegou à unidade em parada cardiorrespiratória e teve a morte confirmada no local. 

As equipes de socorro conseguiram salvar três pessoas que estavam soterradas: uma idosa de 65 anos e duas adolescentes de 15. Outras quatro pessoas, dois homens de 22 e 21 anos e dois adolescentes de 16 e 17, foram localizadas fora da edificação, sem ferimentos graves.

A Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) e o Corpo de Bombeiros confirmaram, no inícido da tarde desta sexta-feira (7), a primeira morte no desabamento de um prédio do Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Um homem de 45 anos foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros, mas já sem vida. Outras duas mulheres foram resgatadas com vida e encaminhadas a unidades de saúde do Grande Recife. De um total de 19 pessoas soterradas, 16 ainda aguardam resgate, sendo que uma delas já foi localizada pelas equipes. 

O imóvel fica localizado na Rua Doutor Luiz Inácio de Andrade Lima, próximo ao terminal de ônibus do conjunto, e estava interditado há mais de uma década, de acordo com a Defesa Civil. O desabamento ocorreu por volta das 6h desta sexta-feira (7) e os bombeiros foram acionados às 6h35. Alguns moradores foram retirados por vizinhos e populares antes da chegada das equipes.  

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Quatro pessoas deram entrada no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, com ferimentos leves. Esses foram à unidade por conta própria, com o auxílio de familiares e vizinhos. Uma quinta pessoa, socorrida pelo Corpo de Bombeiros, também deu entrada no Miguel Arraes, com fraturas múltiplas. Trata-se da idosa de 65 anos, a primeira resgatada nesta sexta-feira (7). 

A segunda pessoa resgatada pelas equipes foi uma adolescente de 15 anos, encaminhada ao Hospital da Restauração (HR), no Recife, através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima foi localizada com a ajuda de cães farejadores. 

"No momento, estamos com 16 vítimas aguardando resgate, uma delas localizada. Possivelmente há outra vítima ao lado dela e a própria vítima localizada indica que tem. A dificuldade é porque trata-se de uma ocorrência que demanda paciência. Diferente de um deslizamento, que é todo preenchido por terra, aqui a gente tem uma esperança maior de encontrar pessoas com vida porque o concreto não desaba de forma harmônica, ele cria bolsões, a exemplo dessa pessoa que foi encontrada [em um bolsão]", informou o coronel Robson Roberto, dos bombeiros. 

Segundo a secretária executiva de Defesa Civil, Cintia Silva, os imóveis foram interditados em 2010 e em 2018, mas voltaram a ser ocupados. O prédio era dividido em dois blocos, lados A e B. O primeiro desabou completamente e o segundo, parcialmente. As equipes têm duas frentes de trabalho, até o momento.

"O bloco tem 16 apartamentos, mas o desabamento foi de cerca de 40% da estrutura. 13 apartamentos estavam reocupados, porque o prédio já foi interditado em 2010 e 2018, numa atualização. A Defesa Civil está fazendo o cadastramento junto às assistentes sociais para fazer o encaminhamento das famílias. A visita feita aqui, ontem, foi feita pela seguradora. Nós estávamos em vistoria no município ontem, mas na programação em outros bairros, nos morros", informou a responsável pelo órgão. 

 

Reginaldo Silva, morador do Engenho Maranguape, em Paulista, é pai de seis filhos. Três deles estão desaparecidos, juntos à mãe, nos escombros de um prédio que desabou na manhã desta sexta-feira (7), no Conjunto Beira-Mar, no Janga. As vítimas têm 17, 18 e 21 anos e moram no local desde que eram crianças. Até o momento desta publicação, os filhos de Reginaldo ainda não haviam sido resgatados. 

"Não sei de nada ainda. Eles moravam no terceiro andar, no lado A [o que desmoronou por completo]. Saiu um pessoal de lá, mas não foi nenhum dos quatro. Fiquei sabendo quando liguei a televisão, escutei a reportagem e vim pra cá. Disseram que não acharam ainda, fui ali dar o nome dos meus filhos e estou esperando", disse o pai. 

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O Corpo de Bombeiros, acionado para a ocorrência às 6h35, afirmou que ao menos 10 pessoas estão sob os escombros. Duas delas já foram socorridas; uma senhora de 65 anos foi removida pela corporação, e uma outra mulher foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Há registro de entrada de cinco pacientes, incluindo a idosa de 65 anos, no Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Os demais pacientes teriam sido levados por populares.  

A unidade de saúde informou que quatro vítimas tiveram ferimentos leves, como escoriações e cortes, e devem ter alta ainda nesta sexta-feira (7). A quinta vítima, de 65 anos, chegou à unidade politraumatizada, foi submetida a exames, encontra-se estável e aguarda senha da Central de Regulação para transferência. 

“Ia dar 6h20, estava me organizando para trabalhar e escutei uma 'zuada'. Quando escutei a zuada, fui abrir a porta e vi um fumaceiro de poeira. Saí gritando pelo meu filho: 'filho acorda, acorda', ele estava dormindo, porque está de férias da escola. Saí gritando 'levanta que o prédio caiu'", relatou Adriana Maria da Silva, que sobreviveu ao desabamento e deixou o local por conta própria. "Soltei o meu cachorro e saí correndo e gritando por todo mundo. A gente ainda não tem noção de quantas pessoas são, mas tem muitas crianças. Só aqui, acho que tem umas oito. Também há muitos adultos e adolescentes." 

Ela é proprietária do imóvel e mora no local há 14 anos, junto ao filho, um adolescente de 17 anos. Segundo a moradora, a vistoria técnica da Defesa Civil Municipal, prevista para este ano, ainda não havia sido feita no local. A última vistoria aconteceu em 2018.

Outros moradores alegam terem sido informados sobre uma vistoria nessa quinta-feira (6) na região, mas não reconhecem visita aos prédios que desabaram. De acordo com a Prefeitura de Paulista, o prédio estava interditado há mais de uma década, por apresentar risco de desabamento. A gestão informou que três famílias estavam no local, no momento da queda.

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A Prefeitura de Paulista, através da Defesa Civil, confirmou que o prédio do Conjunto Beira Mar, que desabou na manhã desta sexta (7), estava interditado. O incidente deixou 19 pessoas soterradas. Duas delas foram retiradas com vida pelas equipes de resgate e um homem de 45 anos faleceu.

A Defesa Civil de Paulista também informou que três famílias estavam no imóvel no momento do desabamento. Proprietários desocuparam o residencial localizado no bairro do Janga, mas, após a saída, grupos de sem-teto invadiram e reocuparam as unidades.

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A situação de risco de desabamento de prédios tipo caixão em Paulista foi debatida na rencente vinda do presidente Lula (PT). Na ocasião, o prefeito Yves Ribeiro (MDB) teria solicitado ao governo federal que encaminhasse uma solução definitiva junto à Caixa Econômica Federal e às seguradoras responsáveis pelos prédios.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local e já conseguiram resgatar uma idosa de 65 anos, que foi levada ao Hospital Miguel Arraes em condição estável, e uma adolescente de 15, encaminhada ao Hospital da Restauração, no Centro do Recife. Outras quatro pessoas foram atendidas no Hospital Miguel Arraes com ferimentos superficiais.

O momento em que o prédio do Conjunto Beira Mar desabou foi registrado por câmeras de monitoramento de um comércio em frente ao residencial. As imagens mostram que a construção veio ao chão às 6h07 desta sexta-feira (7). Equipes de socorro isolaram o local e buscam vítimas entre os escombros.  

A queda do edifício na Rua Doutor Luiz Inácio de Andrade Lima, no bairro do Janga em Paulista, no Grande Recife, deixou pelo menos 14 desaparecidos. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por volta das 6h45. Uma idosa de 65 anos foi resgatada com vida e deu entrada no Hospital Miguel Arraes em situação estável. Uma adolescente, de 15, também foi encontrada e encaminhada ao Hospital da Restauração, no Recife. 

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Uma das primeiras notícias locais nesta sexta-feira (7), em Pernambuco, foi o desabamento de um prédio do Conjunto Beira Mar, no Janga, em Paulista, no Grande Recife. Ainda não é possível falar o número total de vítimas ou de desaparecidos. Nas redes sociais, políticos do estado se manifestaram sobre o ocorrido, prestaram solidariedade aos moradores e alertaram para o problema de habitação que predomina nos municípios da região metropolitana. Em abril, um outro prédio caiu em Olinda e deixou seis mortos

A vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) disse que acompanha a ocorrência e que o Governo de Pernambuco está à disposição da população. O Corpo de Bombeiros já atua no local desde às 6h35, mas ainda não é possível falar o número exato de desaparecidos. Uma idosa de 65 anos foi a primeira resgatada, com vida, e uma segunda mulher também foi resgatada. Os militares afirmam que há vítimas responsivas, ou seja, pessoas soterradas, com vida, respondendo aos estímulos de buscas e aguardando resgate.

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Confira, abaixo, a repercussão do caso entre os políticos locais

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Na manhã chuvosa desta sexta (7), um prédio do Conjunto Beira Mar desabou na Rua Doutor Luiz Inácio de Andrade Lima, no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife. O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 6h35 e enviou oito viaturas ao local.

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Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também participa da ocorrência. As equipes de resgate isolaram a área do desmoronamento e realizam buscas nos escombros.

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O prognóstico indica que 14 pessoas estão desaparecidas. Até o momento, uma idosa de 65 anos foi resgatada com vida e encaminhada ao Hospital Miguel Arraes em estado estável. Uma adolescente, de 15, também foi encontrada e encaminhada ao Hospital da Restauração, no Recife. 

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*Em atualização

 

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