Caso Miguel: Sarí Corte Real vai a julgamento de recursos

A ré foi condenada, mas entrou com recurso e segue respondendo em liberdade

por Rachel Andrade seg, 06/11/2023 - 19:57
Reprodução/redes sociais Miguel Otávio, filho de Mirtes Renata Reprodução/redes sociais

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) agendou o julgamento dos dois recursos do processo que apura a responsabilidade de Sarí Corte Real pela morte de Miguel Otávio Santana da Silva para aa próxima quarta-feira (8), às 9h, no Palácio da Justiça, localizado no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife. Sarí chegou a ser condenada, em maio do ano passado, por abandono de incapaz com resultado em morte, mas entrou com recurso e segue respondendo em liberdade. 

O recurso corre na 3ª Câmara Criminal do TJPE, com relatoria do desembargador Cláudio Jean Nogueira Virgínio. O julgamento também analisará o recurso da assistência de acusação, movido por Mirtes Renata de Souza, mãe de Miguel, que pede a reformulação da sentença para retirar trechos revitimizantes contra a família e a memória de Miguel. Estes trechos questionam e acusam o modo de Mirtes e Marta, mãe e avó de Miguel, criarem e educarem a criança, com base no depoimento de funcionários de Sarí e seu esposo, Sérgio Hacker, ex-prefeito de Tamandaré. 

Mirtes publicou, nesta segunda-feira (6), um convite público para a participação da população em um ato em frente ao Palácio de Justiça, no dia do julgamento, em solidariedade à família da criança. “Esse é um momento muito importante para mim e para todos e todas que querem justiça por Miguel, por isso estamos convocando os movimentos sociais e sociedade civil para prestarem solidariedade à nossa família”, disse nas redes sociais. 

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Miguel morreu ao cair do 9º andar do prédio em que morava Sarí Corte Real e sua família, para quem Mirtes trabalhava como empregada doméstica. Ela deixou o filho aos cuidados da patroa para passear com o cachorro, quando ele fugiu do apartamento, entrou no elevador e foi parar em outro andar. O caso aconteceu em junho de 2020. Dois anos depois, em junho de 2022, Sarí foi condenada a oito anos e seis meses de prisão, mas recorreu à época. 

*Com informações da assessoria 

 

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