Extrema pobreza cai em Pernambuco, aponta estudo do IBGE

A desigualdade também diminui no estado no ano passado

qua, 06/12/2023 - 12:19
Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo Movimentação do comércio no Centro do Recife Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

A extrema pobreza caiu em Pernambuco no ano passado. É o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais 2022, divulgada nesta quarta (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo sobre distribuição de renda e mercado de trabalho compara os registros de 2021 e colocou o estado como o 5º em relação à população em extrema pobreza no Brasil.

Em 2022, 11,7% dos pernambucanos - cerca de 1,1 milhão de pessoas - viviam com menos de US$ 2,15 por dia, ou R$ 199 mensais, como o Banco Mundial propõe como parâmetro de extrema pobreza. No ano anterior, 19,4% da população estava nessa situação. Ainda assim, metade dos residentes, equivalente a 50,7%, continua abaixo da linha da pobreza em 2023. Essas pessoas vivem com menos de US$ 6,85 por dia, ou R$ 635 por mês, frente a 59,7% em 2021.

A pesquisa destaca que se não houvessem programas sociais, como o Bolsa Família e o BPC, 21,4% dos pernambucanos viveriam em extrema pobreza e 56,6% em pobreza. Esses indicativos colocam o estado como o 5º com mais pessoas em extrema pobreza, atrás apenas do Maranhão, Acre, Alagoas e Bahia. No Recife, 6,7% dos moradores estão em condição de extrema pobreza e 36,2% abaixo da linha da pobreza.

Desigualdade também caiu

A Síntese de Indicadores Sociais observou que a desigualdade também diminuiu em Pernambuco. No ano passado, o estado teve a 10ª maior concentração de renda do país, alcançando a marca de 0,515 no índice Gini, comparado a 0,579 em 2021. O registro de 2022 ficou abaixo da média nordestina (0,517) e da média brasileira (0,518). Quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda conforme o índice Gini. Este foi o melhor resultado da série histórica , iniciada em 2012.

Depois de ser a 2ª capital mais desigual do país, Recife apareceu como a 6ª capital mais desigual em 2022. A cidade obteve 0,556 e ficou atrás de João Pessoa (0,568), Fortaleza (0,566), São Paulo (0,564), Natal (0,563) e Belém (0,561). 

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