Daniel critica política ambiental do Governo do Estado
Segundo o deputado, a política ambiental do governo se resume a distribuição de cargos
Na data em que se celebra mundialmente o Dia do Meio Ambiente, o deputado líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Daniel Coelho (PSDB), criticou a política ambiental do governo estadual citando vários problemas em todas as regiões do Estado. O tucano ressaltou que somente oficinas e simpósios, foram realizados nos últimos dois anos e meio pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
“O que a gente analisa é que a política ambiental do Estado está se restringindo a uma distribuição de cargos comissionados e não a uma efetiva política a ser implementada. Isto demonstra efetivamente que a velha política, tão criticada pelo governador, está sendo praticada quando se refere à política de meio ambiente no Estado de Pernambuco. Um discurso tão diferente da realidade e da prática”, criticou o deputado.
O líder da oposição afirmou que o governo estadual faz o anúncio de um planejamento sustentável com investimento a cima dos R$ 200 milhões, mas não irá colocar em prática. “Mais uma vez, a política ambiental do Estado fica nas palavras, nas promessas e nos compromissos para o futuro. No presente, vemos muito pouco sendo feito”, enfatizou.
Em seu discurso o tucano destacou uma série de problemas ambientais que afetam o sertão do estado como a deterioração das árvores do Araripe para a fabricação de lenha utilizada no polo gesseiro. Ação esta que tem acelerado o processo de desertificação dessa região. “Esse é um problema conhecido pelo governador, mas que não tem sido enfrentado”, comentou.
Outras questões abordadas pelo deputado trata do Rio Capibaribe, que passa por um processo de destruição desde sua nascente, no Agreste, até a dragagem no Recife para o desenvolvimento de um projeto de mobilidade relativo ao transporte fluvial. Segundo o deputado esta ação que tem retirado das águas material contaminado como o mercúrio, está sendo realizada sem licença ambiental.
Finalizando seu discurso Daniel Coelho contou que a desistência sobre a concessão de licença para a instalação de uma usina nuclear em Itacuruba e uma usina termoelétrica a Óleo no Cabo da Santo Agostinho, foram conquistas da oposição. “Essas foram as duas maiores conquistas do governo: ter ouvido a oposição, a pressão popular, e ter compreendido que o momento não era para investir em energia nuclear ou investir numa termelétrica a óleo”, concluiu.