Jaboatonenses dividem opiniões sobre consulta popular
Uns acreditam que haverá mudanças e outros acham que nada será alterado
A realização de uma consulta popular promovida pela Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, nesta quinta-feira (12), divide opiniões dos moradores da cidade. O processo iniciou às 6h, por meio da coleta de informações dos moradores em 12 áreas sociais, e durará até às 20h. No município, há quem acredite nas mudanças, quem espera que surte efeito e quem acha que não mudará em nada.
Espalhadas em vários locais das cidades, as 500 urnas distribuídas pela gestão são monitoradas por cerca de duas mil pessoas. Nas cédulas, os participantes com 16 anos ou mais podem opinar sobre transporte, educação, saúde, gastos públicos, infraestrutura, segurança, participação popular, meio ambiente, poder e legislativo, competitividade, cultura e espores/lazer. Além desses assuntos, é possível colocar outras informações, caso não estejam especificadas no documento.
Para o vendedor informal, Luiz Carlos, de 54 anos, a iniciativa é relevante e poderá ajudar nas dificuldades do local. “É uma maneira de tentar solucionar os problemas da cidade, porque Jaboatão está na UTI”, criticou.
O comerciante Geovany Gomes, 40, solicitou mais capacitação para os condutores de transportes públicos. Ele acredita que a consulta irá ser ouvida pela gestão. “É necessário mais qualificação profissional para os motoristas e cobradores, porque eles tratam mal os passageiros”, pontuou, elogiando em seguida a ação. “É muito importante esse processo e acho que a realidade vai mudar porque as solicitações das pessoas vão entrando na sociedade. Acho que a partir de agora poderá melhorar e eles irão atender nossas demandas”, afirmou.
Já para a operadora de caixa, Maria das Dores, 37, a consulta não mudará a realidade da cidade, principalmente na saúde, uma nas reclamações dos moradores. “Não vai mudar nada. Isso aqui é apenas por causa das manifestações. Moro aqui faz tempo e não vejo os prefeitos resolverem os problemas. A saúde aqui é horrível. Para sermos atendidos no posto, precisamos dormir lá para pegar ficha. Acho que ele (Elias Gomes) está com medo que seja tirado da prefeitura, por isso está fazendo isso”, expôs a moradora.
Seguindo a mesma linha de crítica sobre a saúde, o porteiro Luiz Antônio, 59, também solicitou mais serviços. “A consulta é boa, mas o problema principal é a saúde que precisa melhorar. A gente vê a situação no dia a dia e as pessoas têm que se acordar às 3h para pegar uma ficha”, contou.