"Geraldo abdicou salário para evitar desgaste", diz tucano
Para a oposição as críticas influenciaram a decisão do prefeito
A desistência de salário do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), anunciada na noite da última terça-feira (27), tem sido analisada por parlamentares oponentes. Além do líder da oposição na Câmara do Recife, vereador Raul Jungmann (PPS) ter abordado a decisão nessa quarta-feira (28), Wanderson Florêncio (PSDB) também tratou do assunto.
Segundo o tucano, o socialista percebeu que o acúmulo de salário seria analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ele iria perder a causa. “Claramente era inconstitucional e ele abriu mão porque sabia que ia ser um desgaste muito grande”, avaliou.,
A cobrança da oposição nos últimos dias ao prefeito Geraldo Julio deve ter influenciado a decisão do gestor, acredita Florêncio. “Trouxemos este tema para a pauta porque além de ser ilegal não é ético, e ele como referência e líder da cidade não poderia aceitar”, argumentou.
Para o vereador a atitude do administrador municipal foi uma antecipação de uma derrota prévia. “Ele antecipou compreendendo que não teria êxito da decisão judicial”, disparou o parlamentar.
Antes da decisão do prefeito, Raul Jungmann tinha pedido ao Ministério Público de Pernambuco informações sobre o acúmulo de salário do gestor.